O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. (Prov. 28:13)

Transcrição

1 CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. (Prov. 28:13)

2 A consequência natural do arrependimento é a confissão. O arrependimento e a confissão são duas atitudes que andam de mãos dadas. Não existe arrependimento sem confissão. As duas atitudes praticadas, geram uma mudança radical na conduta espiritual. As duas atitudes não nascem por vontade humana, mas são uma dádiva de Deus, fruto da manifestação do Seu amor pelo pecador. (Ler Rom. 2:4) Quando o pecador toma consciência do seu pecado e o reconhece pelo toque do amor de Deus, o arrependimento o conduz à confissão. (Ler Salmo 32:5) Em realidade nada pode o pecador fazer por si mesmo, para se justificar, obter o perdão e desfrutar paz com Deus. Unicamente pode aceitar ou rejeitar a oferta de Deus.

3 A consequência natural do arrependimento é a confissão. Por nascimento somos escravos do pecado. Pelo arrependimento e a confissão somos justificados e nos tornamos servos da Justiça. O desejo desta mudança é fruto do amor de Deus por nós. (ler I João 4:9,10) Isto é muito bem ilustrado na parábola do filho pródigo. O amor do pai desperta no filho os sentimentos adormecidos e atrai-o, gerando o desejo de arrependimento e confissão e o anseio para uma mudança de vida. (Ler Luc. 15:18-20) Luc. 5:32 Atos 3:19

4 É o amor de Deus em nós que desperta o arrependimento em nosso coração. Sem a manifestação do amor de Deus em nós, não temos consciência de nossa condição pecaminosa. A nossa condição pecaminosa é consequência da transgressão da lei de Deus. Porém, somente tomamos conhecimento de nossa condição de pecado quando compreendemos a mensagem do amor de Deus. A maior demonstração do amor de Deus está revelada na morte de Jesus. (Ler Isa.53:4,5) Antes eu vivia sem a Lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu, e eu morri. Descobri que o próprio mandamento, destinado a produzir vida, na verdade produziu morte. (Rom. 7:9,10) Vamos entender

5 É o amor de Deus em nós que desperta o arrependimento em nosso coração. Paulo está dizendo que antes de conhecer a lei ele vivia. Vivia a seu modo, não compreendendo sua condição pecaminosa e sua condenação à morte eterna. Vivia a vida que conhecia. Mas quando recebeu e entendeu a revelação do amor de Deus na morte de Jesus, como uma dádiva, para livrá-lo da condenação de sua transgressão da lei, ele compreendeu sua condição pecaminosa e que em verdade ele estava morto. Era um vivo morto. Para viver de verdade, necessitava aceitar o dom do arrependimento e torna-lo real em sua vida.

6 É o amor de Deus em nós que desperta o arrependimento em nosso coração. O conhecimento de Jesus como Salvador é o dom do arrependimento. Sem conhecer Jesus, o pecador não tem consciência do que se arrepender. Todo pecador arrependido torna-se filho de Deus mediante a fé em Jesus. Por natureza todos são filhos da ira. (Ler Efé. 2:1-5; Gál. 3:26) Sem lei os homens não têm uma concepção justa da pureza e santidade de Deus, ou da culpa e impureza deles mesmos. Não têm verdadeira convicção do pecado, e não sentem necessidade de arrependimento. Não vendo a sua condição perdida, como transgressores da lei de Deus, não se compenetram da necessidade do sangue expiatório de Cristo. A esperança de salvação é aceita sem mudança radical do coração ou reforma da vida. São assim abundantes as conversões superficiais, e unem-se às igrejas multidões que nunca se uniram a Cristo. (O Grande Conflito, pag. 468)

7 Vamos Refletir O verdadeiro arrependimento produz um estado de tristeza por ter transgredido a lei e praticado o pecado, que é ofensivo a Deus e provoca uma situação de separação entre dois amigos, neste caso, entre Deus e o homem. Paulo declara que esta tristeza cria dentro de nós a necessidade de reconciliação. É uma tristeza por ter praticado um ato que é abominável a Deus, mas que também traz em si a certeza de que pelo arrependimento e a confissão, o perdão conduz para a reconciliação.

8 Vamos Refletir O falso arrependimento gera uma tristeza de remorso por temer as consequências do ato de transgressão da lei e a condenação. É um arrependimento que não confia na graça perdoadora de Deus, mas o vê como despótico e vingativo. Não se fundamenta na dádiva do amor de Deus, por meio de Cristo Jesus, mas na justiça própria. Paulo, que era um cruel perseguidor da Igreja apostólica, quando viu o seu ódio e sua crueldade confrontados com o amor e a bondade de Jesus, compreendeu o seu espírito de rebelião contra Deus, humilhou-se arrependido e reconhecendo a sua maldade, assumiu e confessou a sua culpa, confiando na graça do perdão.

9 Reconhecendo ser o maior e pior pecador, porque sem piedade perseguiu a Igreja de Cristo, também compreendeu a grandeza do amor e da graça de Deus e foi transformado no mais vibrante e ousado mensageiro do plano da salvação. Paulo é um exemplo da gloriosa operação transformadora realizada pelo arrependimento e confissão sinceros. Portanto, nós também, podemos aproximar-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontramos graça que nos ajude no momento da necessidade. (Heb. 4:16)

10 O arrependimento e a confissão, em dois tempos. Primeiro: Quando Adão pecou, seu pecado foi como raça humana. Ele havia recebido a Terra como seu domínio: (Gên. 1:26) Portanto, o pecado de Adão atingiu a todos os seus descendentes, porque em Adão todos pecaram. (Rom. 5:12 e 3:23) Em Jesus(O novo Adão), todos recebem a oportunidade para o perdão e a justificação do pecado como raça: (Rom. 5:15-19) Assim como a condenação foi ampla, atingindo todos os descendentes de Adão, assim o perdão e a justificação são amplos para toda a raça humana. O dom da graça e da justiça para livrar o pecador da condenação, em consequência do pecado de Adão, está em Cristo Jesus. É uma questão de aceitar e receber a dádiva oferecida. É preciso reconhecer nossa condição pecaminosa, arrepender-se e confessar que somos pecadores por herança.

11 O arrependimento e a confissão, em dois tempos. Segundo: O arrependimento e a confissão são uma dádiva para curar nossos pecados individuais. Como todos estamos sujeitos às tentações de Satanás, somos induzidos a cometer pecados que são individuais. No caso individual, a fonte de graça e justificação é a mesma da provisão ampla, para o pecado da raça. Davi que reconheceu trazer o vírus do pecado desde a concepção e a necessidade de libertação, também confessa seus pecados pessoais. (Ler Sal. 51:3-5)

12 O verdadeiro arrependimento coloca o pecador perdoado em harmonia com Deus e com a Sua vontade, nascendo assim, a genuína alegria da salvação que conduz à feliz obediência.

13 O verdadeiro Arrependimento: Contrastes O falso Arrependimento: 1 - Traz consigo a tristeza de praticar atos que são abomináveis a Deus, agridem o Seu caráter e nos separam dele. 2 - Reconhece o pecado e o confessa. Não racionaliza procurando uma razão para justificar o pecado. 3 - Confia na graça e no perdão de Deus e leva à decisão de afastar-se do pecado. 4 - Conduz a atitude de odiar o pecado, amar a companhia de Deus e andar com Ele. 1 - Se entristece por temer as consequências da prática dos atos pecaminosos, e pela perda de benefícios pessoais que julga merecer de direito. 2 - Racionaliza com argumentos culpando outras pessoas e situações para justificar os seus atos. 3 - Não confia na graça e no perdão de Deus porque se julga suficientemente bom, comparando-se com outros pecadores. 4 - Não produz a verdadeira alegria da salvação, porque questiona a obediência aos preceitos de Deus para a conduta.

14 Quando o pecador se arrepende e confessa seus pecados, três coisas importantes acontecem simultaneamente: Perdão incondicional com a consequente justificação por Cristo, e o controle do Espírito Santo sobre a conduta. É impossível uma acontecer independente das outras. O perdão e a justificação são atos no momento da confissão. O controle do Espírito Santo é o processo da santificação através dos anos com a obediência pela fé. O processo de santificação, a obediência pela fé, é a rejeição do mundo e mundanismo; é a identidade com Cristo, tornando-nos como Ele, reavivados pela atuação do Espírito Santo. O verdadeiro reavivamento é marcado pela rejeição da impiedade e das paixões mundanas, trocando-as pelo viver sensato, justo e piedoso. O verdadeiro reavivamento não se fundamenta no sentimentalismo das emoções, mas em decisões da razão santificada.