GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL GERÊNCIA DE PROJETOS MINERÁRIOS
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1 GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL GERÊNCIA DE PROJETOS MINERÁRIOS ITAITUBA PA Junho/2012
2 O QUE É O LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O Licenciamento Ambiental é o procedimento pelo qual o órgão ambiental licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras e/ou degradadoras do Meio Ambiente, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. (Resolução CONAMA Nº 237/1997, Art. 1º)
3 HISTÓRICO: Bases do Licenciamento Lei 6.938/1981: Sistema Nacional de Meio Ambiente; Resolução CONAMA n 001/1986: Diretrizes para o RIMA; Constituição 1988, Art : determina que a utilização de recursos naturais deixa o empreendedor obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão publico competente, na forma da lei; Decreto n /1989: Estabelece que os empreendimentos já existentes destinados à exploração de recursos minerais, deveriam em um prazo de 180 dias a partir da data de publicação, apresentar ao órgão ambiental competente o Plano de Recuperação de Área Degradada - PRAD.
4 HISTÓRICO: Bases do Licenciamento Resolução CONAMA n 009/1990: Estabelece Normas e Procedimentos para o Licenciamento Ambiental para o setor mineral, destacando-se: Todo o empreendimento cujo o objetivo é a explotação (produção e comercialização), deve apresentar o Estudo de Impactos Ambientais - EIA, e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental RIMA, como instrumento de análise. Resolução CONAMA n 010/1990: Para as atividades de mineração dos minerais classe II, em função de sua localização, porte e demais particularidades, poderá ser dispensado da apresentação do EIA/RIMA. Nessa hipótese, deverá ser apresentado um Relatório de Controle Ambiental - RCA.
5 HISTÓRICO: Bases do Licenciamento Resolução CONAMA n 237/1997: Estabelece quais as atividades passivas de licenciamento ambiental e define as competências de Gestão, nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Lei Estadual n 5.887/1995: Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente e cria o Sistema Estadual de Meio Ambiente, no qual confere a SEMA a competência para licenciar. Art. 38 A lavra de recursos minerais, sob qualquer regime de exploração e aproveitamento, dependerá do prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sempre respeitada a legislação federal pertinente, assim como os demais atos e normas específicos de atribuição da União.
6 LICENÇA S AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 8º) Licença Prévia - LP: concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. Lei Estadual N 5.887/1995, Art. 94
7 LICENÇA S AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 8º) Licença de Instalação LI: autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. Lei Estadual N 5.887/1995, Art. 94
8 LICENÇA S AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 8º) Licença de Operação LO: autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Lei Estadual N 5.887/1995, Art. 94 Decreto Estadual n 1.120/2008, Art. 7 : A renovação da Licença de Operação fica condicionada à apresentação de Relatório de Informação Ambiental Anual e informações complementares exigidas pela SEMA. A não apresentação do Relatório Ambiental Anual, implica na perda imediata da validade da Licença de Operação, bem como instauração de procedimento administrativo.
9 PRAZOS DAS LICENÇA S AMBIENTAIS Decreto Estadual N de , Art. 1 : TIPO DE LICENÇA Licença Prévia - LP Licença de Instalação LI Licença de Operação - LO PRAZO Mínimo 3 anos Mínimo 3 anos Mínimo 4 anos Resolução CONAMA n 237/1997, Parágrafo Único: As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.
10 ESTUDOS AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 1º) São todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco.
11 ESTUDOS AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 1º) Estudos de Impacto Ambiental - EIA Identificação; Caracterização do Empreendimento; Métodos e Técnicas para realização do EIA; Delimitação da Área de Influência; Caracterização Ambiental; Diagnóstico Ambiental das Áreas de Influência; Identificação e Avaliação dos Impactos Gerados; Ações de Controle, Mitigação e Compensação Ambiental; Estudo de Análise de Risco.
12 ESTUDOS AMBIENTAIS (CONAMA Nº 237/1997, Art. 1º) Relatório de Impacto Ambiental- RIMA Descrição do Projeto; Descrição dos Impactos Ambientais Analisados; Caracterização da Qualidade Ambiental Futura da Área de Influência; Descrição do Efeito Esperado das Medidas Mitigadoras; Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos Impactos; Reflete as conclusões do EIA, em linguagem acessível ao público geral e ilustradas por mapas ;
13 ESTUDOS AMBIENTAIS (CONAMA Nº 010/1990) Relatório de Controle Ambiental - RCA Caracterização do Empreendimento. Caracterização Ambiental. Aspectos da Lavra e Beneficiamento. Disposição Final e Tratamento de Rejeitos. Transporte, Armazenamento e Estocagem de Material. Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais Gerados pela atividade. Proposição de Medidas Mitigadoras, de Controle e de Proteção Ambiental. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas.
14 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS CONAMA Nº 009/1987 e Lei Estadual n 5.887/1995, Art. 106 Sempre que julgar necessário, ou quando forem solicitados por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 ou mais cidadãos, a SEMA promove a realização de audiência(s) pública(s). A partir da data do recebimento do RIMA, será fixada em edital e anunciada pela imprensa local a abertura do prazo para audiência(s), que será no mínimo de 45 dias, para solicitação da(s) mesma(s). Havendo solicitação de audiência(s) pública(s) e na hipótese da SEMA não realizá-la(s), a licença concedida não terá
15 PROCEDIMENTOS Definição pela SEMA dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença requerida (carta consulta, Termo de Referência); Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos obrigatórios, projetos e estudos ambientais, dando-se a devida publicidade; Análise pela equipe técnica da GEMINA, da referida documentação para emissão de Parecer Técnico, o qual deverá ser subsidiado por vistorias, que em alguns casos poderão ser dispensadas; Solicitação de esclarecimentos e complementações pela equipe técnica da GEMINA, quando couber, podendo ser reiterada mais uma vez, caso não seja atendida, ou quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido satisfatórios;
16 PROCEDIMENTOS Realização de Audiência(s) pública(s), quando couber, de acordo com a legislação em vigor; Emissão de parecer técnico conclusivo com minutas da notificação e da licença ambiental pertinente; Análise jurídica e quando couber, com emissão de parecer jurídico; Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, pelo Secretário e no caso de EIA/RIMA pelo COEMA, dando-se a devida publicidade.
17 LICENCIAMENTO PARA A EXTRAÇÃO DE MINERAIS EM REGIME DE PERMISSÃO DE LAVRA GARIMPEIRA - PLG A exploração desses bens minerais deverá ser precedido de licenciamento, nos termos da legislação vigente (Art. 38, Lei N 5.887/1995); O empreendedor deverá apresentar um RCA, elaborado de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo órgão licenciador; O empreendedor deverá apresentar ao DNPM a Licença Ambiental para obtenção da PLG; Após a obtenção da PLG e a implantação dos projetos constantes no RCA, aprovados quando da concessão da Licença Ambiental é que o empreendedor deverá iniciar a atividade.
18 AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO (Decreto n 5.975/ Art. 10. A exploração de florestas e formações sucessoras que implique a supressão a corte raso de vegetação arbórea natural somente será permitida mediante autorização de supressão para o uso alternativo do solo expedida pelo órgão competente do SISNAMA. A I.N. n 03/2002, se refere aos procedimentos para solicitação de Autorização de Supressão de Vegetação, e em seu Art. 14 define, Ficam dispensadas de autorização de desmatamento as operações de limpeza e reforma de pastagem, limpeza de culturas agrícolas, bem como as operações de corte de bambu Bambusa vulgaris.
19 SUPRESSÃO EM APP (CONAMA n 369/2006) Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente - APP. Art. 2 O órgão ambiental competente somente poderá autorizar a intervenção ou supressão de vegetação em APP..., nos seguintes casos: I - utilidade pública: II - interesse social: d) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade competente; Art. 4 Toda obra, plano, atividade ou projeto de utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto ambiental, deverá obter do órgão ambiental competente a autorização para intervenção ou supressão de vegetação em APP, em processo administrativo próprio, nos termos previstos nesta resolução, no âmbito do processo de licenciamento ou autorização, motivado tecnicamente, observadas as normas ambientais aplicáveis.
20 BENEFICIAMENTO MINERAL EM LAGOS E RIOS O beneficiamento mineral em lagos, rios ou qualquer curso d água só poderá ser realizado de acordo com solução técnica aprovada pelos órgãos competentes (Art. 40 da Lei 5.887/95). SUSPENSÃO TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA Os trabalhos de pesquisa ou de lavra que causarem danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão temporária ou definitiva pelo órgão ambiental competente.
21 ÁREAS DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL PROIBIDAS À EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS Nas áreas de Reservas Biológicas, Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, são proibidas a exploração dos recursos minerais. Nas demais áreas de conservação (Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, e Áreas de Proteção Ambiental) a realização de trabalhos de pesquisa e lavra dependerão de prévia autorização do órgão que as administre.
22 PRINCIPAIS IMPACTOS DA MINERAÇÃO Supressão de vegetação e degradação do solo; Instabilidade de encostas; Susceptibilidade a erosão; Assoreamento de cursos d água; Comprometimento da qualidade das águas superficiais e subterrâneas; Alteração de nível do lençol freático; Comprometimento no sistema de abastecimento de água; Modificações cênicas; Alteração na fauna e flora; Possíveis proliferações de vetores de doenças em lagoas estagnadas; Geração de conflitos de uso do solo e da água; etc...
23 CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES Lei Estadual n 6.013/1996, Art. 9 As atividades sujeitas as taxas foram enquadradas em classes definidas mediante a conjugação dos seguintes critérios: Porte do empreendimento A, B, C, D e E; Potencial poluidor/ degradador gerado pela atividade I, II e III; Resolução COEMA n 044/2006, Anexo 2 (Pesquisa, Lavra e Beneficiamento Mineral) Obs: Para os empreendimentos com mais de uma atividade sujeitas ao licenciamento ou à autorização sofrem a incidência de taxa respectiva em cada atividade isoladamente considerada.
24 INFRAÇÕES AMBIENTAIS PREVISTAS PARA MINERAÇÃO Lei Federal n 9.605/1998, Art. 55 Executar pesquisa, lavra ou extração de minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença da autoridade ambiental competente ou em desacordo com a obtida. Detenção de seis meses a um ano, e multa Parágrafo Único Incorre nas mesma multas quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada nos termos da autorização, permissão, concessão ou determinação do Órgão competente. Decreto Federal n 6.514/2008, Art. 63 Multa de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00 por hectare ou fração.
25 RESPONSABILIDADE TÉCNICA Lei Federal n 9.605/1998, Art. 66 Fazer o Funcionário Público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informação ou dados técnicos - científicos em procedimentos de autorização ou licenciamento ambiental. Pena Reclusão de 01 a 03 anos e multa. Parágrafo único se o crime é culposo, a pena é de 03 meses sem o prejuízo da multa.
26 Garimpos: Município de Itaituba
27 Garimpos: Município de Itaituba
28 Assoreamento: Rio Tapajós
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