Recall: Proteção da Saúde e Segurança do Consumidor. 10º Seminário sobre Relações de Consumo IBRAC - Ago/13
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- Theodoro Nunes Castilho
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1 Recall: Proteção da Saúde e Segurança do Consumidor 10º Seminário sobre Relações de Consumo IBRAC - Ago/13
2 A Proteção do Consumidor no Brasil Principais marcos históricos: 1962 Todos somos consumidores - Presidente John Kennedy 1962 Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços - SUNAB 1962 Lei delegada 4, de 26 de setembro: assegurar a livre distribuição de produtos necessários ao consumo do povo 1976 Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor Procon SP, Associação de Proteção ao Consumidor de Porto Alegre (APC) e Associação de Defesa e Orientação do Consumidor de Curitiba ADOC 1985 Resolução 39/248 da Assembléia Geral da ONU 1985 Criação do Conselho Nacional de Defesa do Consumidor
3 A Proteção do Consumidor no Brasil 1988 A proteção do consumidor torna-se direito constitucional; 1990 OBrasilpassaaterumCódigodeDefesadoConsumidor; 1991 Criação do Departamento Nacional de Defesa do Consumidor; 1997 Regulamentação do CDC por meio do Decreto 2.181; 2004 Inicia-se o processo de integração dos Procons pelo SINDEC; 2008 Criação da Escola Nacional de Defesa do Consumidor; 2008 Regulamentação do Serviço de Atendimento ao Consumidor (Decreto 6.523); 2012 Criação da Secretaria Nacional do Consumidor; 2013 Instituição do Plano Nacional de Consumo e Cidadania.
4 A Proteção do Consumidor no Brasil Eixo Normativo: Proteção Constitucional i. Garantia Fundamental art. 5º, XXXII ii. Princípiodaordemeconômica art.170,v Código de Defesa do Consumidor Lei 8.078/1990 i. Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e dos princípios da boa-fé, transparência e harmonia nas relações de consumo; ii. Instituição do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor- Procons, Ministério Público, Defensoria Pública e Entidades Civis de Defesa do Consumidor; iii. Criação do órgão federal responsável pela Política Nacional das Relações de Consumo e pela articulação do SNDC.
5 A Secretaria Nacional do Consumidor Criadaem28demaiode2012,peloDecretoN.7.738; Atribuições definidas pela Lei 8.078/90 e Decreto 2.181/97; Responsável pela elaboração e execução da Política Nacional das Relações de Consumo, com dois objetivos principais; Coordenação e articulação do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; Articulação e cooperação com agências e órgãos reguladores; Coordenação de diálogos setoriais; Advocacia normativa; Prevenção e repressão de práticas infrativas com impacto nacional; Representação dos interesses dos consumidores e do SNDC nas organizações internacionais.
6 Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) Procon: elabora, coordena e executa a política estadual ou municipal de proteção e defesa do consumidor, articula os sistemas estaduais ou municipais, promove o atendimento ao consumidor e fiscaliza infrações aos direitos dos consumidores; Ministério Público: promove e atua na defesa dos interesses difusos e coletivos dos consumidores; Defensoria Pública: promove assistência e orientação jurídica gratuita aos consumidores e atua na sua defesa coletiva; Entidades Civis: atuam na proteção e defesa do consumidor representando interesses gerais e setoriais da sociedade civil perante o mercado e órgãos públicos.
7 Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) Composição atual: 27 Procons Estaduais e do Distrito Federal; 748 Procons Municipais; Ministério Público das 27 unidades federativas; Ministério Público Federal; Defensoria Pública de 26 unidades federativas; 23 Associações Civis de defesa do Consumidor. Reunidos em quatro associações: Associação ProconsBrasil; Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON); Conselho Nacional de Defensores Públicos Gerais (CONDEGE) e no Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor. Também participam das reuniões do SNDC os Juizados Especiais (FONAJE).
8 A construção da Política Nacional das Relações de Consumo Reuniões trimestrais com o SNDC para: estabelecer em conjunto a agenda prioritária; posicionamentos comuns e ações estratégicas; Intervenções a partir do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC): É a voz dos consumidores no Brasil: 461 postos de atendimento em 292 cidades e 150 mil consumidores atendidos mensalmente. Formação e construção do conhecimento pela Escola Nacional de Defesa do Consumidor:(i) Cursos presenciais, itinerantes e à distância sobre temas de Direito do Consumidor; (ii) Oficinas temáticas para construção de posicionamentos conjuntos; (iii) Publicações de defesa do consumidor, manuais, Cadernos de Investigações Científicas entre outras.
9 Proteção à Saúde e Segurança Prevenção de acidentes: Senacon acompanha e fiscaliza os procedimentos de recall realizados pelos fornecedores, nos termos da Portaria MJ 487/12, que regulamenta o artigo 10 do CDC. Também mantém o sistema de nacional de alertas rápidos de recall. Formação e capacitação de agentes por meio da Escola Nacional de Defesa do Consumidor. Articulação com órgãos técnicos: Senacon também promove a articulação do SNDC com os diversos órgãos técnicos competentes. Gepac, GT-Brasil e Rede Consumo Seguro e Saúde das Américas.
10 Proteção à Saúde e Segurança Uma das maiores preocupações do Código diz respeito à saúde do consumidor e ao grau de segurança oferecido pelos produtos colocados no mercado de consumo. Art. 6º. São direitos básicos do consumidor: I a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos VI a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
11 Proteção à Saúde e Segurança Prevençãodeacidentes:art.8,9e10 Reparação:art.12,13e14 Art 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. 1 O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
12 Análise de Risco No Brasil, a proteção contra os riscos à saúde e segurança dos consumidores é uma questão de Estado(proteção constitucional e infraconstitucional); A análise da segurança dos produtos não é atribuída exclusivamente a um órgão governamental, o que exige a articulação precisa dos diversos órgãos competentes para o eficaz tratamento do tema.
13 Análise de Risco Órgão técnicos como Anvisa, Inmetro, Denatran e Ministério da Agricultura exercem a regulamentação e fiscalização do padrão de segurança dos produtos e serviços colocados no mercado de consumo, nas suas respectivas áreas de atuação; Órgãos de proteção e defesa do consumidor monitoram reclamações, recebem denúncias, exigem a comunicação imediata de recall pelos fornecedores, acompanham a eficácia das campanhas e a eliminação do risco no mercado de consumo.
14 Cooperação e articulação Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo (GEPAC), criado em 2008 e coordenado pela Senacon, tem por objetivo promover estratégias de prevenção e repressão de acidentes de consumo. o Articulação entre SNDC (MPF, MPSP, Procon SP, Idec, MPCon) e órgãos reguladores(anvisa, Inmetro, Denatran); o Investigação conjunta: Casos Fox e Fiat Stilo; o Discussão de normas e regulamentos: atualização da portaria de recall; o Recomendações para o mercado: Recomendação 1/2012 (recall no exterior); Recomendação 1/2013 (modelo de aviso derisco);
15 Cooperação e articulação Rede Consumo Seguro e Saúde Brasil (GT Brasil), criada em 2010, reúne a Senacon, Anvisa, Inmetro e Ministério da Saúde, com o objetivo de promover a cooperação entre órgãos federais e impulsionar as ações da Rede Consumo e Seguro das Américas. o Trocadeinformaçõesealertasderisco; o Capacitação de agentes de defesa do consumidor, saúde e metrologia: Seminário Consumo Seguro e Saúde, cursos de capacitação; o Participação no Grupo Técnico Assessor da RedenaOEA; o Articulação para criação de redes locais; o Integração de dados e registros de acidentes de consumo.
16 Cooperação internacional Rede Consumo Seguro e Saúde das Américas: criada em 2012 e coordenada pelaoea,emparceriacomaops. - troca de experiências e alertas; - ações de capacitação; - sistema interamericano de alertas rápidos. Mercosul: CT-7 - troca de informações sobre campanhas de recall; - regra comum para comunicação de risco
17 Campanhas de recall por ano
18 Campanhas de recall por produto
19 Consulta Pública 21/2013 Normas complementares; Especifica fluxos de comunicação com a cadeia de distribuição para suspensão da comercialização(art. 9); Acompanhamento da destinação final dos produtos recolhidos (art.14); Alerta aos consumidores também em caso de descumprimento da legislação sanitária(art. 27); Comunicação à Anvisa não exime a comunicação de risco aos órgãos de defesa do consumidor(art. 32).
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21 Obrigado!
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