PORTUGUÊS. Literatura Romantismo Poesia. Prof.ª Isabel Vega
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- Natan Custódio Medina
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1 PORTUGUÊS Literatura Romantismo Poesia Prof.ª Isabel Vega
2 ROMANTISMO: século XIX (1836 publicação do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães) I) Contexto histórico: Independência do Brasil II) Palavras-chave: emoção / subjetividade / liberdade formal II) As três gerações poéticas: a) Nacionalista / Indianista Gonçalves Dias b) Ultrarromântica / Álvares de Azevedo c) Condoreira Castro Alves
3 a) Nacionalista / Indianista Gonçalves Dias ( ) Criação do herói nacional índio ( homem natural ) Ufanismo natureza exuberante Platonismo amor em segredo; idealização Popularização vocabulário simples; liberdade formal Ex.1: Como se ama o calor e a luz querida, A harmonia, o frescor, os sons, os céus, Silêncio, e cores, e perfume, e vida, Os pais e a pátria e a virtude e a Deus: Assim eu te amo, assim; mais do que podem Dizer-to os lábios meus, mais do que vale Cantar a voz do trovador cansada:
4 Ex.2: Canção do Tamoio (fragmento) Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. Um dia vivemos! O homem que é forte Não teme da morte, Só teme fugir; No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, Condor ou tapir.
5 Ex.3: Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas tem mais flores, Nossos bosques tem mais vida, Nossa vida mais amores. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. (...)
6 b) Ultrarromântica Álvares de Azevedo ( ) Negação do nacionalismo individualismo Pessimismo / Mal do século desejo de morte Idealização da mulher amada anjo Ex.1: Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! Não levo da existência uma saudade! E tanta vida que meu peito enchia Morreu na minha triste mocidade! Misérrimo! Votei meus pobres dias À sina doida de um amor sem fruto, E minh'alma na treva agora dorme Como um olhar que a morte envolve em luto.
7 Ex.2: Soneto Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!
8 Ex.2: Soneto Era a mais bela! Seio palpitando... Negros olhos as pálpebras abrindo... Formas nuas no leito resvalando... Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
9 c) Condoreira Castro Alves ( ) Preocupação social abolição da escravatura Poemas para recitar grandiloquência Realização do amor carnal sensualidade Ex.1: Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos beijá-la.
10 Ex.2: A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala Adeus eu disse-lhe a tremer co a fala... E ela, corando, murmurou-me: adeus. (...) Quando voltei... era o palácio em festa!... E a voz d ela e de um homem lá na orquestra Preenchiam de amor o azul dos céus. Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa! Foi a última vez que eu vi Teresa!... E ela arquejando murmurou-me: adeus!
11 Ex.3: O navio negreiro Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer... Prende-os a mesma corrente Férrea, lúgubre serpente Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoute... Irrisão!... Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!...
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