Economia Política da Prevenção e Tratamento das DST e Aids
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- Levi das Neves Azambuja
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1 IV Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e AIDS Economia Política da Prevenção e Tratamento das DST e Aids Sérgio Francisco Piola Belo Horizonte, 7 de novembro de 2006.
2 O Programa Brasileiro tem tido sucesso Os resultados favoráveis podem ser medidos sob diversos ângulos: (i) estabilização da transmissão; (ii) redução da mortalidade; (iii) altas taxas de cobertura com ARV; (iv) integralidade da atenção;
3 Fatores Importantes A existência do SUS: sistema de acesso universal e de atenção integral; Resposta governamental precoce desde 1983; Empréstimos externos (BIRD) recursos para atividades pouco atendidas com recursos internos;
4 Fatores Importantes Adoção pelo Programa da perspectiva de direito humano na sua implementação, em harmonia com a perspectiva do SUS. Por fim, as estratégias adotada, que envolveram diversos segmentos da sociedade;
5 O impacto social e econômico da Aids é elevado Nas famílias: - perda de renda: hoje e no futuro; diminuição da expectativa de vida. No Sistema de Saúde: custo do tratamento; do auxílio incapacidade.
6 No mundo, háh necessidade crescente de recursos Gastos necessários, em países em desenvolvimento estimados em: US$ 9,2 bi, em 2005; US$ 13 a 15 bi, em 2007; US$ 20 a 25 bi, em 2015.
7 Há dificuldades de acesso ao ARV Apenas 1 em cada 5 pessoas que necessitam do tratamento, em países de renda baixa e média, recebem-no. Altos custos da terapia, em que pesem recentes reduções de preços. Sistemas de saúde deficientes em países pobres; Participação crescente dos gastos com ARV no total dos dispêndios com epidemia (2001, 14%; 2007, 25%).
8 Como enfrentar as limitações financeiras Redução de custos de insumos e serviços; Aumento da eficiência no acesso e no uso dos recursos; Canalização de novos recursos.
9 Situação Brasileira No Brasil, felizmente, os problemas de dificuldades de acesso aos medicamentos tem sido episódicos; A participação dos gastos com Aids no total de gastos do MS tem se mantido mais ou menos estável A sustentabilidade financeira do SUS pode garantir a sustentabilidade do Programa.
10 Participação % do gasto AIDS no gasto do MS (ASS) Ano MS AIDS % ,6 3, ,3 3, ,5 3, ,1 3, ,7 3, ,3 2,77 Fonte: MS/SPD e PN/DST/AIDS (Contas em Aids) Em R$ Milhões
11 Fortalecimento Institucional dos Executores R$ 80 9 Brasil: Distribuição do Gasto Federal em HIV/Aids, segundo subcomponente, 2004 Promoção, Proteção e Prevenção R$ 102,19 Em R$ Milhões 8,95% 11,30% 79,75% Diagnóstico, Tratamento e Assistência
12 Brasil: Distribuição do Gasto em Diagnóstico, Tratamento e Assistência em HIV/Aids, segundo subcomponente, 2004 Testes de Diagnóstico e Monitoramento 9,13% Diagnóstico e Acompanhamento Laboratorial 1,04% Banco de Sangue (2/12) 5,00% Modalidades de Assistência aos Portadores de HIV/Aids 2,46% AIH 3,71% Consultas 0,61% Medicamentos ARV 78,05%
13 Brasil: Distribuição do Gasto Federal em Fortalecimento Institucional dos Executores, segundo subcomponentes, 2004 Vigilância Epidemiológica Informática e Programação Visual 1,19% 2,14% Treinamento 8,92% Estudos e Pesquisas 1,53% Gerência Administrativa e Financeira 61,55% Gestão: Planejamento, Monitoramento e Avaliação 24,66%
14 Evolução dos custos dos insumos no Brasil 1999 a 2004: sustentabilidade do programa nacional graças à redução de 12% dos gastos: com tratamento hospitalar (30% inferiores); com compra de medicamentos ARV (20% menores); com bancos de sangue (18% inferiores); com administração das ações (cortes de 17%) Com testes de diagnóstico e monitoramento ( %)
15 Itens de Gasto Federal: Atenção Hospitalar ,00 Em R$ Milhões 35,00 36,83 30,00 27,97 27,28 25,00 28,18 29,18 26,74 20,00 15,00 10,00 5,
16 Itens de Gasto Federal: Medicamentos ARV ,00 Em R$ Milhões 800,00 700,00 600,00 500,00 704,54 702,48 773,71 618,56 616,44 562,40 400,00 300,00 200,00 100,
17 Itens de Gasto Federal: Banco de Sangue ,00 45,00 40,00 44,56 46,27 43,91 39,53 39,44 Em R$ Milhões 35,00 36,03 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,
18 60,00 50,00 51,33 50,46 Itens de Gasto Federal: Testes de Diagnóstico e Monitoramento ,70 55,67 45,33 Em R$ Milhões 41,44 40,00 31,91 31,91 30,00 24,43 20,00 24,86 22,67 10,00 16, Testes de diagnóstico Testes de monitoramento
19 Fatores de Incremento dos Gastos com ARVs no Brasil Crescimento do número de pessoas em tratamento; Emergência de resistência viral; Incorporação de novas drogas; Incorporação de novos testes; Enfraquecimento da indústria nacional; Resultados insatisfatórios nas negociações com a indústria farmacêutica.
20 Gasto Médio por Paciente Tratado com ARV (Em R$ 1,00 correntes) Ano Nº Pacientes Gasto Médio Fonte: Granjeiro, A et al. RSP nº 40, 2006
21 Gasto Médio ARV por Paciente Tratado, Fonte: Granjeiro, A et al. RSP nº 40, 2006
22 Aumento da eficiência no uso dos recursos Riscos e oportunidades da descentralização Risco: utilização dos recursos federais para outras ações; Oportunidade: melhor atendimento das necessidades locais Entender descentralização como processo do SUS
23 Aporte de novos recursos (no Mundo) Ampliar a assistência oficial para o desenvolvimento de 0,24% do PIB dos países doadores para 0,7%. Reconhecimento do controle da epidemia como um bem público global. Considerar estreita relação entre HIV/Aids e pobreza (e desigualdade) para acessar recursos destinados à sua erradicação. Incluir HIV/Aids nos projetos de perdão de dívidas;
24 Aporte de novos recursos No BRASIL regulamentação da EC 29 garantia para o SUS e, consequentemente, para as DST/Aids; Infelizmente, a não regulamentação parece interessar ás três esferas; As estimativas de perdas são de mais de 10 bilhões no Governo Federal e Estados.
Objetivo 2 Ampliar e qualificar o acesso integral e universal à prevenção das DST/HIV/aids para Gays, outros HSH e Travestis.
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