TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS (REPASSES) PARA AS EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES OUTUBRO 2011
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- Henrique Castelhano Gentil
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1 TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS (REPASSES) PARA AS EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES OUTUBRO 2011
2 O QUE SÃO EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES? LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL Art. 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação; III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária; ANÁLISE DOS ASPECTOS SUBJETIVOS, DAS FINALIDADES E DOS EFEITOS
3 O QUE SÃO EMPRESAS PÚBLICAS DEPENDENTES? Ente Controlador Recurso financeiro Pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral; ou de despesas de capital não provenientes de aumento de participação i acionária i Empresa Controlada QUALIFICAÇÕES Empresa Pública Dependente OU
4 QUESTÃO A empresa pública dependente está pagando tributos e dividendos com o recurso financeiro da programação orçamentária. ái
5 FORMA ORÇAMENTÁRIA Lei 4320/64 Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal. Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas: a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais; i b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados d gêneros ou materiais. i
6 FORMA ORÇAMENTÁRIA Lei 4320/64 Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: (Vide Decreto-lei nº 1.805, de 1980) 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive i para contribuições tib i e subvenções destinadas d a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado. 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se como: I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
7 FORMA ORÇAMENTÁRIA Portaria STN Nº 589 Art. 3º A subvenção de que trata o caput do art. 18 da Lei 4.320, de 17 de março de 1964 e o repasse de recursos previsto no inciso III, do art. 2º, da Lei Complementar nº 101 de 2000 destinam-se exclusivamente à cobertura de déficits de empresas e devem ser alocados diretamente no orçamento da empresa beneficiária, nos termos do art. 7º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de Parágrafo único. Para efeitos desta portaria, considera-se ainda subvenção econômica a transferência permanente de recursos decapital para empresa controlada deficitária itá i nos termos do caput deste artigo.
8 FORMA ORÇAMENTÁRIA ÓRGÃO SUPERVISOR DÉFICITS DE MANUTENÇÃO EMPRESA PÚBLICA DEPENDENTE SUBUENÇÃO ECONÔMICA
9 FORMA PATRIMONIAL Conselho Federal de Contabilidade - NBC TG - Estrutura t Conceitual - Resolução nº /08121/08 Confiabilidade 31. Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar. 32. Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações contábeis. Primazia da Essência sobre a Forma 35. Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. l A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente t com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida.
10 RESOLUÇÃO CFC N.º 1.305/10 Aprova a NBC TG 07 Subvenção e Assistência Governamentais. 3. Os seguintes termos são usados nesta Norma com as definições descritas a seguir: Subvenção governamental é uma assistência governamental geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade. Não são subvenções governamentais aquelas que não podem ser razoavelmente quantificadas em dinheiro e as transações com o governo que não podem ser distinguidas das transações comerciais normais da entidade. 15. O tratamento contábil da subvenção governamental como receita deriva dos seguintes principais argumentos: - Uma vez que a subvenção governamental é recebida de uma fonte quenão osacionistas i e deriva de ato de gestão em benefício da entidade, não deve ser creditada diretamente no patrimônio líquido, mas, sim, reconhecida como receita nos períodos apropriados; - Subvenção governamental raramente é gratuita. A entidade ganha efetivamente essa receita quando cumpre as regras das subvenções e cumpre determinadas obrigações. A subvenção, dessa forma, deve ser reconhecida como receita na demonstração doresultado nos períodos ao longo dos quais a entidade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de compensação; - Assim como os tributos são despesas reconhecidas na demonstração do resultado, é lógico registrar a subvenção governamental que é, em essência, uma extensão da política fiscal, como receita na demonstração do resultado.
11 DUAS ATUAÇÕES DO ENTE - FORMA PATRIMONIAL ENTE ACIONISTA GOVERNO INTEGRALIZA CAPITAL SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL
12 FORMA ORÇAMENTÁRIA X FORMA PATRIMONIAL FORMA ORÇAMENTÁRIA FORMA PATRIMONIAL SUBVENÇÃO ECONÔMICA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SUBVENÇÃO GOVERNAMENTAL
13 NA UNIÃO NA UNIÃO Atualmente RECURSOS PARA DESPESA DE CAPITAL AFAC RECURSOS PARA DESPESA CORRENTE VARIAÇÃO PATRIMONIAL AUMENTATIVA
14 PROPOSTA PROPOSTA RECURSO FINANCEIRO DO ACIONISTA AFAC RECURSO FINANCEIRO DO GOVERNO SUBVENCIONADOR VARIAÇÃO PATRIMONIAL ATIVA
15 EFEITOS EFEITOS - As empresas públicas dependentes passarão a dar resultado do exercício negativo (prejuízo); - As empresas públicas dependentes não pagarão tributos sobre os repasses financeiros; - As empresas públicas dependentes não distribuirão dividendos sobre os repasses financeiros para o ente acionista ; - O patrimônio líquido das empresas públicas dependentes não sofrerá diminuição; - O patrimônio das empresas públicas dependentes e suas variações ficará melhor representado nas Demonstrações Contábeis; - Fim da pressão por mais orçamento para pagar tributos e distribuir dividendos.
16 OBRIGADO. Francisco Wayne Moreira Coordenador-Geral de Contabilidade e Custos da União Rosilene Oliveira de Souza Coordenadora de Contabilidade e Custos da União
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