Incorporação de residuos de vidro em argamassas de revestimento Avaliação da sua influência nas características da argamassa
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1 Incorporação de residuos de vidro em argamassas de revestimento Avaliação da sua influência nas características da argamassa Ana Fragata - LNEC Maria do Rosário Veiga - LNEC Ana Luísa Velosa Universidade de Aveiro/MIA V.M. Ferreira Universidade de Aveiro/CICECO
2 Tópicos da apresentação Objectivos do estudo Exigências a cumprir pelas argamassas de substituição Caracterização do vidro Composição e condições de cura da argamassa Campanha de ensaios desenvolvida Resultados do trabalho experimental e requisitos mínimos Conclusões
3 Objectivos do estudo Desenvolver argamassas de substituição para aplicação em edifícios antigos Compatibilidade a nível químico, mecânico e físico, com acréscimo de durabilidade e resistência relativamente às argamassas de cal sem adições Contributo para o desenvolvimento de produtos sustentáveis Minimização dos problemas ambientais, promovendo a reutilização de resíduos industriais
4 Exigências a cumprir pelas argamassas de substituição Resistência mecânica - ligeiramente inferior à do suporte Módulo de elasticidade - ligeiramente inferior ao do suporte Resistência à penetração da água Facilidade de secagem Uso da argamassa Reboco exterior Reboco interior Juntas Características mecânicas aos 90 dias (N/mm 2 ) Rt 0,2 0,7 0,2 0,7 0,4 0,8 Rc 0,4 2,5 0,4 2,5 0,6 3,0 E Comportamento à água C (kg/m 2.min 1/2 ) <1,5;> 1,0 - <1,5;> 1,0
5 Caracterização do vidro Elevado teor em sílica essencialmente no estado amorfo Óxido Percentagem em massa SiO CaO 9.18 Na 2 O 13.2 Elevada superfície específica Elevado potencial pozolânico Superficie específica Blaine 3060 cm2/g Elevado consumo de Ca(OH) 2 segundo EN E ainda, cor branca favorável à utilização em argamassas de restauro O vidro satisfaz os requisitos básicos para pozolana
6 Composição (traços volumétricos) Argamassa CA CVA Dosagem volumétrica 1:3 1:1:4 Constituintes Cal aérea em pó; areia do rio Tejo Cal aérea em pó; vidro moído; areia do rio Tejo Condições de cura Argamassa CA CVAS CVAH7 CVAH12 Condições de cura A - 23 ± 2ºC e 50 ± 5% HR A - 23 ± 2ºC e 50 ± 5% HR B - 20 ± 2ºC e 95 ± 5% HR (7 dias) B - 20 ± 2ºC e 65% ± 5% (restantes dias até ensaio) C - 20 ± 2ºC e 95 ± 5% HR (12 dias) C - 20 ± 2ºC e 65% ± 5% (restantes dias até ensaio)
7 Campanha de ensaios Resistência à compressão (NP EN ) Resistência à flexão (NP EN ) Módulo de elasticidade (NF B10-511F) Absorção de água por capilaridade (EN )
8 Resultados do trabalho experimental e requisitos mínimos Resistência à flexão (MPa) ٠,٦ ٠,٥ ٠,٤ ٠,٣ ٠,٢ ٠,١ ٠ CA CVAS CVAH٧ CVAH١٢ ٢٨ dias ٩٠ dias Cura A obtém maiores resistências à flexão e superiores à argamassa de referência Cura C obtém menores resistências à flexão, mantendo-se constantes no intervalo dos 28 aos 90 dias Curas B e C resultados semelhantes e inferiores à argamassa de referência Utilização da argamassa Reboco exterior Reboco interior Juntas Resistência à flexão (MPa) 0,2-0,7 0,2-0,7 0,4-0,8 Cura A são as que melhor se enquadram nos limites propostos para a resistência à flexão Curas B e C não se enquadram nos limites propostos
9 Resultados do trabalho experimental e requisitos mínimos Resistência à compressão (MPa) Cura A obtém maiores resistências à compressão Cura B obtém menores resistências à compressão Cura C - aos 90 dias obtém resistência à compressão próxima da verificada para as condições de cura A Cura A e C resultados semelhantes aos 90 dias e superiores à argamassa de referência Utilização da argamassa Reboco exterior Reboco interior Juntas Resistência à compressão (MPa) 0,4-2,5 0,4-2,5 0,6 3,0 Cura A são as que melhor se enquadram nos limites propostos para a resistência à compressão Cura B não se enquadra nos limites propostos
10 Resultados do trabalho experimental e requisitos mínimos Módulo de elasticidade (MPa) ٦٠٠٠ ٥٠٠٠ ٤٠٠٠ ٣٠٠٠ ٢٠٠٠ ١٠٠٠ ٠ CA CVAS CVAH٧ CVAH١٢ ٢٨ dias ٩٠ dias Cura A obtém maiores módulos de elasticidade e superiores à argamassa de referência Cura B obtém menores módulos de elasticidade e inferiores à argamassa de referência Cura C - aos 90 dias obtém modulo de elasticidade ligeiramente superior à argamassa de referência Utilização da argamassa Reboco exterior Reboco interior Juntas Módulo de elasticidade (MPa) Cura A enquadra-se nos limites propostos para o módulo de elasticidade, atingindo o limite superior estabelecido Curas A e C satisfazem os requisitos mínimos
11 Resultados do trabalho experimental e requisitos mínimos Coeficiente de capilaridade (Kg/m 2.min 1/2 1/2 ) ٤ ٣,٥ ٣ ٢,٥ ٢ ١,٥ ١ ٠,٥ ٠ CA CVAS CVAH٧ CVAH١٢ ٢٨ dias ٩٠ dias Cura A coeficiente de capilaridade baixo e próximo do da argamassa de referência Curas B e C coeficiente de capilaridade muito elevado, sendo superior para as condições de cura C Utilização da argamassa Reboco exterior Reboco interior Juntas Coeficiente de capilaridade (Kg/m 2.min 1/2 ) <1,5;> 1,0 - <1,5;> 1,0 Cura A próximo do limite superior estabelecido Curas B e C valores bastante superiores, ultrapassando o limite estabelecido para os requisitos mínimos
12 Conclusões Os resíduos de vidro podem ser utilizados como material pozolânico Composição e superfície específica Esperava-se que as condições de cura húmida fossem as mais aconselháveis para estas argamassas Obteve-se um melhor desempenho da argamassa submetida a condições de cura A As propriedades mecânicas e físicas variam com as condições de cura adoptadas
13 Conclusões Estão a ser desenvolvidos estudos relativamente às reacções químicas Contributos para além da reacção pozolânica Recomendações para potenciais aplicações Conseguiu-se: Melhoria das características das argamassas de cal Contributo para o desenvolvimento de produtos sustentáveis O resíduo de vidro é um material promissor a ser utilizado em argamassas
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