ESCATOLOGIA. Apocalipse 8.12,13. Prof. Davi Albuquerque

Transcrição

1 ESCATOLOGIA Apocalipse 8.12,13 Prof. Davi Albuquerque

2 Capítulo 8.12,13 - A quarta trombeta 12 O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite. 13 Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!

3 Capítulo 8.12,13 A quarta trombeta

4 Como no versículo anterior, aqui os corpos celestes são nomeados: o sol, a lua e as estrelas. Esse texto é mais enfático que qualquer outro do AT e do NT, no sentido de que cada tipo de luminar é identificado. Diferente de outras passagens aqui, aqui a escuridão é total. Isso não é um eclipse, pois sabemos que, num eclipse, o resultado não é escuridão total, nem um esgotamento da luz, pois fica evidente que, durante um terço do dia e da noite, a escuridão reina.

5 A natureza complicada da frase do v.12, é que com toda a repetição, enfatiza três verdades: que tanto o dia quanto a noite ficam igualmente sem luz. A escuridão aqui toma uma amplitude nunca antes visto, pois temos parte deles escurecesse e não brilhasse, para declarar isso positivamente e negativamente. Trevas e eclipses comumente representam juízos escatológicos na bíblia.

6 A escuridão é uma característica do início da criação Gn 1.2, e ainda vemos por toda a Bíblia, as trevas caracterizam o mundo do mal Jó 12.22; Jo Deus porém, controla a escuridão e a luz, pois criou ambos Is 45.7; Sl 104,20. Nos escritos de Qumran, luz e trevas são personificados como poderes rivais, à medida que as trevas tentam vencer o povo de Deus e aqueles que rejeitam o caminho da luz são condenados à escuridão eterna.

7 Deus ainda está no controle das trevas e, portanto, pode usá-las para julgar o mundo. No discurso de Jesus no monte das Oliveiras, que desempenha um papel tão importante como pano de fundo dos selos, que lá ele descreve um fenômeno cósmico Mc13.24,25 cf Ap 6.12,13. Portanto, neste caso, a escuridão é um sinal apocalíptico contra este mundo. Não há sofrimento neste juízo, mas pode estar implícito por causa do tema apocalíptico das trevas.

8 Tanto no hebraico (nesher) quanto no grego (aetós) referem-se tanto para águia quanto ao abutre, pois ambos eram conhecidos por seu tamanho, força e velocidade. Embora na Torá a águia/o abutre fossem passáros impuros Lv 11.13, era um simbolo usado no AT para cinco coisas: Poder e agilidade (Ex 19.4; Is 40.31); Presságios de morte (Jr ; Os 8.1); Ninhos criação de Deus (Jó ); Aparência régia (Ez 1.10; 10.14); Vigor e força da juventude (Sl 103.5; Is 40.31).

9 No NT, esse grande passáro aparece duas vezes fora do Apocalipse, Mateus em paralelo a Lucas A mensagem que a águia entrega domina o capítulo 9. O triplo ai aparece provavelmente, por causa das três trombetas que virão. Essa é uma intensificação da condenação iminente

10 A expressão não indica pesar por parte dos que pecam (como alguns exegetas interpretam erroneamente os ais em Lc ), mas é um anúncio do desastre que está por vir. O desastre vira sobre aqueles que moram na terra. Essa é a antítese de os que habitam no céu (12.12; 13.6). Esses juízos são iminentes, porque as trombetas estão prestes a soar.