Aula 07. O preposto da empresa deve ser empregado desta. Exceto quando se tratar de microempresa ou pequeno empresário.

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1 Turma e Ano: Master B 2015 Matéria / Aula: Direito Processual do Trabalho Professor: Leandro Antunes Monitor: Rafael Felipe G. do Nascimento Aula 07 Assunto: procedimentos 1 O preposto da empresa deve ser empregado desta. Exceto quando se tratar de microempresa ou pequeno empresário. Súmula nº 377 do TST PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO (nova redação) - Res. 146/2008, DJ , 02 e Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de Obs.: o empregado doméstico não participa de atividades lucrativas do empregador! Assim é o conceito de empregado doméstico presente na Lei Complementar 150/2015. Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.(...) Obs.: O bem de família é absolutamente impenhorável, inclusive para pagamento de verbas trabalhistas de empregado doméstico. 1 Aula ministrada em 19/11/2015

2 Art. 46. Revogam-se o inciso I do art. 3o da Lei no 8.009, de 29 de março de Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas contribuições previdenciárias; PROVAS NO PROCESSO TRABALHISTA. Art. 818 da CLT ônus da Prova: Art A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. (V. Art.333,II, CPC/1973) Cabe ao reclamado, provar fato extintivo, modificativo ou impeditivo do direito do Autor. CASO DO CONTROLE DE PONTO BRITÂNICO O assunto aqui abordado tem como base a Súmula 338, TST: SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-súmula nº 338 alterada pela Res. 121/2003, DJ ) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-oj nº 234 da SBDI-1 - inserida em ) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-oj nº 306 da SBDI-1- DJ )

3 O controle de ponto britânico uniforme é o documento que registra os horários de entrada e saída dos empregados de uma empresa, de forma genérica, sempre com mesmo termo de início e de fim de jornada. A título de exemplo, teríamos uma empresa com nove empregados, cujo controle de ponto demonstra que todos, durante um ano inteiro, entraram às 8hrs e saíram às 17 horas, com 1 hora de intervalo intrajornada, sem variações. Tal documento não serve como meio de prova. Neste diapasão, o professor cita exemplo em que a Reclamante apresentou em sua petição inicial, alegação de que sua jornada diária seria de 8hrs até as 22hrs, sem horário de almoço. Como meio de defesa, o Reclamado apresentou prova documental, o malfadado controle de ponto britânico. Há, nestes casos, uma presunção relativa de veracidade dos fatos alegados pelo Reclamante que, se aparentemente inverídicos per si poderão não ser considerados como verdadeiros pelo Magistrado. É o caso do Reclamante que apresenta carga horário de trabalho de 8hrs às 22hrs, por exemplo. Obs.: se a empresa tem mais de dez empregados, atrai para si o ônus da prova no processo trabalhista, com relação à jornada de trabalho, conforme Súmula 338 do TST. PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO DO TRABALHO O novo CPC traz a possibilidade de prova emprestada no processo civil e consequentemente a sua aplicação no processo trabalhista, na forma subsidiária. Art O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO TERCEIRIZADAS Em caso onde o tomador do serviço é ente público, a sua responsabilidade será subsidiária se demonstrada a sua culpa na violação das normas trabalhistas ao terceirizado. A quem pertence o ônus da comprovação da culpa? O TST com base na teoria dinâmica da distribuição das provas entende que o ônus de comprovar a inexistência de culpa é do ente público. Obs.: Cláusula de barreira: se a empresa não estiver pagando as verbas dos empregados, o tomador de serviço pode reter sua prestação em pecúnia do contrato para que esta seja utilizada no pagamento dos empregados. VALE-TRANSPORTE

4 O ônus de comprovar a entrega de vale-transporte era do reclamante. OJ 215, SDI-I (cancelada), sendo invertido agora para o empregador. ÔNUS DA PROVA. VALE-TRANSPORTE. É do empregador o ônus de comprovar o oferecimento do vale-transporte ao empregado, já que o decreto regulamentador criou condição para a aquisição do direito (requerimento do empregado) não prevista em lei. (TRT-1 - RO: RJ, Relator: Volia Bomfim Cassar, Data de Julgamento: 05/06/2012, Segunda Turma, Data de Publicação: ) NOTIFICAÇÃO O ônus da prova da entrega da notificação é do notificado, conforme Súmula 16 do TST. Súmula 16, TST: Súmula nº 16 do TST NOTIFICAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. TESTEMUNHAS Art. 821, CLT: Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). 1) Até 3 testemunhas: rito ordinário 2) Até 2 testemunhas: rito sumaríssimo 3) Até 6 testemunhas: inquérito par apuração de falta grave. No procedimento ordinário, o fato de haver convite da testemunha é suficiente para que haja a intimação. Inclusive pode o Juiz intimar de ofício. No rito sumaríssimo deve haver a comprovação efetiva do convite para que seja feita a intimação em caso de não comparecimento da mesma.

5 Obs.: em caso de litisconsórcio ativo, o número de testemunhas é para o polo ativo e não para cada parte que compõe o polo ativo. O mesmo não se aplica para litisconsórcio passivo, onde cada reclamado terá direito a convidar suas próprias testemunhas. ATUALIZAÇÃO SUMULAR: Súmula nº 392 do TST DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em sessão do Tribunal Pleno realizada em ) - Res. 200/2015, DEJT divulgado em e 03 e Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.