APRESENTAÇÃO Cultura com Inclusão e Educação

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2 APRESENTAÇÃO O projeto Cultura com Inclusão e Educação vem consolidar um movimento que articula cultura, educação e inclusão social como importantes estratégias para a garantia de acesso aos bens culturais e sociais a partir da ideia de que todos os cidadãos são sujeitos diversos e, por isso, as intervenções precisam ser multidimensionais. Nessa perspectiva, o Grupo Cultural AfroReggae propõe um conjunto de ações intersetoriais para o atendimento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, integradas às políticas públicas, tendo como foco o desenvolvimento diversos segmentos atendidos pelos projetos da instituição. Entre os segmentos atendidos pelo Grupo Cultural AfroReggae e foco desta proposta, apontamos como público alvo prioritário os moradores das áreas de abrangência dos núcleos do Caju, Cantagalo, bem como demais grupos atendidos nas atividades desenvolvidas em nosso Núcleo Central, que atravessados por estigmas, como egressos do sistema penitenciário, travestis e transexuais, encontram-se em situação de vulnerabilidade social. Acreditamos que essa parceria institucional, associada a uma ampla rede composta por artistas, lideranças comunitárias, moradores de favela e segmentos historicamente estigmatizados e marginalizados da sociedade, proporcionará uma mobilização cultural fundamental para a união da cidade e construção de pilares de empoderamento, sustentabilidade, criatividade, participação e mobilização. 2

3 O AFROREGGAE O AfroReggae é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, criada em 1993 com a missão de promover a justiça e a inclusão, através da arte, da cultura afro-brasileira e da educação, construindo pontes que unam as diferenças e sejam alicerces para a sustentabilidade e para a cidadania. A instituição mantém ativos seus projetos nos núcleos de cultura e ação comunitária do Cantagalo, Vigário Geral, Caju e seu Núcleo Central na Lapa, onde desenvolve atividades culturais e sociais, encontros e oficinas de inovação. Todas as atividades articulam o acesso ao direito e têm como base a cultura, a educação, a promoção social e a construção de uma cidade integrada. Nosso trabalho diário busca reafirmar que a cidade do Rio de Janeiro pertence ao povo carioca e é apostando no sentido de liberdade que construímos o nosso trabalho com crianças, adolescentes, jovens, famílias e com a comunidade. No sentido organizacional, nossas intervenções estão divididas em duas formas de atuação: distribuição territorial por meio de equipamentos instalados em comunidades do Rio de Janeiro e atuação direcionada por meio de projetos específicos que trabalham na perspectiva temática. Tanto os equipamentos quanto os projetos desenvolvidos nesses espaços estão classificados em Eixos de Transformação, a saber: Eixo de Transformação Sociocultural; Eixo de Transformação Artístico-cultural; Eixo de Transformação Transversal. Agência Segunda Chance Uma das maiores dificuldades encontradas por egressos do sistema penitenciário no Brasil é o retorno ao mercado formal de trabalho, tanto pelo tempo fora do convívio extramuros como pelo estigma adquirido em decorrência do cumprimento de pena. Nesse contexto, a Agência de Empregos Segunda Chance oferece uma rede de suporte àqueles que enfrentam cotidianamente esses obstáculos, para que, de fato, tenham na empregabilidade um dos elementos para o processo de ressocialização. Em 2015, a agência realizou mais de atendimentos de egressos e seus familiares através da atuação de uma equipe composta por pessoas que em algum momento participaram de atividades 3

4 criminosas, provando que o convívio entre ex-rivais é possível quando exercitada a cultura da paz, um diferencial do AfroReggae em ações culturais, artísticas e de ressocialização. A agência de empregos Segunda Chance é um projeto do nosso Eixo Transversal, com atividades desenvolvidas em nosso Núcleo Central, oferecendo uma oportunidade de recomeço para essas pessoas. Comandos A Agência Segunda Chance possui uma ação de mobilização/sensibilização chamada Comandos que consiste em colocar frente a frente pessoas que, em um passado não muito distante, estiveram em conflito direto, garantindo um debate sem meias palavras. No Comandos, visões de mundos opostos se unem pela crença na transformação social e na educação, a partir de histórias de vida que contribuem para a formação de uma consciência crítica. Os debates também auxiliam em decisões responsáveis, criando possibilidades de discernimento e melhor perspectiva de futuro. Os debates ocorrem nos mais diversos espaços de produção de conhecimento, sejam eles públicos ou privados, tais como: escolas, universidades, empresas, etc. 4

5 Além do Arco Íris O Além do Arco Íris configura-se como uma estratégia de mobilização de travestis e transexuais por meio de uma série de ações que visam seu empoderamento e fortalecimento numa sociedade que insiste em não reconhecer suas identidades de gênero. Esta negação materializa-se num contínuo processo de violência física e simbólica, colocando o Brasil como um dos países líderes em crimes por motivação transfóbica. A metodologia do projeto consiste em um contínuo processo de busca ativa em espaços de trabalho e sociabilidade de mulheres trans, com foco nas que se encontram em situação de pobreza, entendendo que o acúmulo de vulnerabilidades aumenta o risco deste grupo extremamente estigmatizado em decorrência do preconceito e da discriminação. O Além do Arco-íris é um projeto do Eixo Transversal, que tem suas atividades realizadas em nosso Núcleo Central. Entre as atividades propostas estão: encontros semanais, oficinas culturais, encaminhamento à programas de aumento de escolaridade, passeios à centros culturais e museus, entrevistas de trabalho através da Agência Segunda Chance, discussões de interesse sobre direitos humanos, civis, legislação, entre outras demandadas pelo grupo acompanhado, bem como um acompanhamento socioassistencial sistemático para o levantamento de eventuais problemas que possam contribuir com o processo de vulnerabilização. Através dessas ações, temos o objetivo de aproximar o público transexual da arte, da cultura e da educação. 5

6 Arena Benjamim de Oliveira A Arena de Circo, que leva o nome de Benjamim de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil, foi inaugurada em Tudo começou com o projeto que se chamava Levantando a Lona, mas logo surgiram mais trupes e as atividades foram ampliadas. Esse núcleo pertence ao Eixo Artístico-cultural e atua com foco na formação técnica e artística através de duas vertentes, a saber: oficinas de circo para crianças, adolescentes e jovens da comunidade e do entorno e capacitações contínuas voltadas para o Afro Circo, que envolvem técnica, preparação cênica e desenvolvimento corporal. Oficinas de Circo Através das oficinas desenvolvemos o potencial educativo, formativo e lúdico das atividades circenses, mostrando a importância do circo enquanto parte relevante da cultura corporal e como instrumento para a melhora da qualidade de vida das crianças, adolescentes e adultos envolvidos. Por meio da transmissão de novos conhecimentos técnicos e artísticos, estimulamos o desbloqueio de movimentos corporais, ampliando as possibilidades de expressão, com a incorporação de novos gestos, ativando o desenvolvimento físico e social. 6

7 Outro ponto importante das oficinas é seu caráter de capacitação artístico-cultural que visa iniciação na prática circense para posterior ingresso no Afro Circo. Residência Artística do Afro Circo Na Arena de Circo Benjamin de Oliveira temos o berço do Afro Circo. O espaço onde o grupo ensaia semanalmente, traz a referência de Benjamim de Oliveira como fonte de inspiração, por se tratar de um artista circense completo, que começou sua atuação como trapezista e acrobata para, enfim, ser marcado pelo sucesso como palhaço. Nesse espaço oferecemos atividades de desenvolvimento técnico e artístico, através de atividades circenses que envolvem acrobacias, palhaçaria, malabares, monociclo e aéreos. Além de atividades artísticas que utilizam outras linguagens, importantes para o amadurecimento de uma artista circense completo, como atividades de maquiagem, dança, música e teatro. Centro Cultural Waly Salomão (CCWS) O CCWS é um grande polo de formação artística, cultural e educacional que beneficia os moradores de Vigário Geral e de toda cidade do Rio de Janeiro. Pessoas das mais variadas idades usufruem da estrutura robusta do Centro Cultural que possui um estúdio de gravação de última geração e um ambiente digital para experimentação de batidas eletrônicas. 7

8 Cursos de Formação Artístico-cultural Nossos cursos têm por objetivo a formação artística e cultural de alunos, a democratização dos espaços onde o público morador de favela está inserido e o estímulo ao conhecimento sobre as mais diferentes linguagens. Todos os cursos são disponíveis para crianças a partir de 7 anos, adolescentes, adultos e idosos e estão divididos em três grandes eixos: música, dança e teatro. Esses eixos trabalham a variedade de estilos capazes de ampliar as possibilidades de expressão. Epicentro do Kaô Estúdio de Batidas Eletrônicas O curso de Batida Eletrônica forma DJs para o mercado com participação periódica de profissionais renomados que realizam workshops ao longo do curso. O curso é organizado em seis módulos: Conhecendo a Estrutura de uma Música; Iniciação a Mixagem; Ligando Equipamentos; Técnicas de Mixagem; Mixagem e Ingressando no Mercado. Estúdio de Técnico em Som (Gravação) 8

9 O curso abrange toda a parte de áudio de estúdio de gravação, com aulas divididas em 13 módulos e mais um módulo extra, que podem ser feitos sequencialmente ou aleatoriamente e sem necessidade de conhecimento prévio de áudio. O curso é destinado a músicos e entusiastas de áudio com pouca ou nenhuma experiência. No final desse curso, o aluno será capaz de: Gravar música utilizando um número variado de microfones, canais de áudio, instrumentos em programas de áudio; Mixar músicas basicamente; Masterizar; Montar um Home-Estúdio. Estúdio de Edição Audiovisual (Câmera, Áudio e Edição) Também em módulos, o curso em Edição Audiovisual oferece capacitação em Câmera, Operador de Áudio e Editor de Vídeo, com materiais didáticos/pedagógicos. O curso de Operação de Câmera objetiva capacitar o aluno nas operações básicas para uso do equipamento, como: uso de cartões de gravação, diafragma, foco, troca de lentes, uso do tripé e otimização do uso da luz, em conjunto com noções de enquadramento, composição de imagem e movimentos de câmera. No módulo de Operador de Áudio, o aluno aprende, no Estúdio Musical, noções básicas para captação de som direto, aprendendo a operar microfones de lapela e direcional e o processo de gravação de áudio em gravador digital e portátil, assim como entender os mais variados modelos de microfones existentes e os momentos certos de uso pra cada um deles. O curso de edição de vídeo é realizado em computadores equipados com softwares profissionais, onde os alunos terão lições básicas de um fluxo de trabalho em uma ilha de edição, aprendendo sobre a captura, transfer e organização de material gravado para o computador, sincronização de áudio e vídeo, corte de imagem, inserção de trilha, efeitos básicos de edição e inserção de caracteres. Praça Tropicalismo (Arte na Praça) A Praça Tropicalismo é um espaço aberto que integra o Centro Cultural Waly Salomão com a comunidade de Vigário Geral. A praça tem como objetivo potencializar o Centro Cultural oferecendo uma programação artística gratuita, que envolve a realização de eventos e apresentações de dança, teatro e música para a comunidade. 9

10 Nosso objetivo com a Praça Tropicalismo é proporcionar aos moradores de Vigário Geral e comunidades vizinhas, acesso a uma programação cultural gratuita, integrando a cidade, criando um espaço de promoção artística e fomentando o hábito de participação popular em atividades coletivas de cultura e lazer. Editora AfroReggae A Editora AfroReggae foi criada para produzir conteúdos relevantes e levar a discussão não só para o terceiro setor, mas para o público em geral com temas ligados a cultura, educação, juventude, saúde e demais pautas de interesse social. A Editora está instalada no Núcleo Central e pertence ao Eixo de Transformação Transversal. 10

11 Desde 2013, produzimos 129 publicações e dentre delas a Coleção Conversas, os InfoReggaes e a Coleção Presta Atenção. Todas as edições estão disponibilizadas no site do AfroReggae. Grupos Artísticos O AfroReggae conta com nove grupos artísticos formados por alunos que se destacam nas atividades de formação. São eles: Afro Circo A história do Afro Circo começa em 1996, na cidade canadense de Montreal. José Júnior, Coordenador Executivo do AfroReggae, estava lá para participar de um seminário sobre movimento popular quando conheceu Guy Laliberté, fundador do mundialmente famoso Cirque du Soleil. 11

12 A ideia inicial era de levar oficinas de circo para Vigário Geral, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto havia um grande interesse em desenvolver algum trabalho no Cantagalo, então as primeiras cambalhotas foram dadas na favela da Zona Sul carioca e até hoje o grupo artístico tem realizado suas atividades tendo como base a favela do Cantagalo, porém, apresentando-se nos mais diversos espaços do país, além de já ter se apresentado no exterior. 12

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14 Afro Lata Em 1998, um grupo de jovens de Vigário Geral se reuniu e formou uma banda fora dos padrões. Um grupo de percussão que se destaca pela sua qualidade musical e inovação. Com criatividade, eles driblaram a falta de instrumentos convencionais de percussão e começaram a tocar com pedaços de cabo de vassoura, latões de óleo, toneis e baldes de plástico. Autodidatas, esses jovens aprenderam a percussão de forma completamente intuitiva, o que não prejudicou em nada sua capacidade de fazer vibrar os que escutam seus batuques. E da arte que nasceu do lixo surgiu um som único e uma forma reciclada de se fazer música, saindo das ruas de Vigário Geral para o os maiores palco do mundo, como foi no Rock in Rio, em

15 Afro Samba A história do Afro Samba tem início em 1998 com duas crianças de apenas 8 anos de idade, apaixonadas pela música. Jonas e Raquel se uniram com outros integrantes de diferentes oficinas do Núcleo de Vigário Geral e fundaram o Afro Samba. De lá pra cá, o grupo vem crescendo e já tocou com artistas renomados no universo do samba, como Almir Guineto, Dudu Nobre, Jongo da Serrinha, Eletrosamba, Moacyr Luz e sua madrinha Dorina. AR 21 Os integrantes do AR 21 fizeram parte das primeiras oficinas musicais do AfroReggae, que aconteceram no início da década de 1990, em Vigário Geral. Com anos de estrada e shows na Bélgica, China, Estados Unidos, França, Itália e Holanda, a banda AR21 se consolidou na cena musical. Uma das primeiras sementes plantadas pelo AfroReggae, o AR21, colhe os frutos de um trabalho bem feito. O grupo apresenta ao público letras fortes, com uma pegada contagiante de pop, rap e rock. 15

16 Em 2001, o grupo chegou a se apresentar na terceira edição do Rock in Rio em Lisboa e, já em 2006, ainda com nome de Banda AfroReggae, o AR21 abriu o show dos Rolling Stones em Copacabana para mais de 1 milhão pessoas. Além dos inúmeros shows pelo mundo, a banda também já lançou dois CDs: Nova Cara e Nenhum Motivo Explica a Guerra. Em 2012, a banda lançou Erga-se, sua música de trabalho. A composição virou um videoclipe dirigido por Fernando Gronstein e gravado em Vigário Geral. 16

17 Bloco AfroReggae Já com seu espaço cativo entre os grandes blocos do carnaval de rua do Rio de Janeiro, o Bloco AfroReggae arrasta centenas de milhares de foliões ao som de sua música vibrante, um samba temperado por influências do rock e do funk e agitado pelo ritmo de seus percussionistas. Makala Música & Dança O grupo promove a cultura africana por meio da dança e da percussão. Mais uma iniciativa que surgiu como uma oficina do AfroReggae e se profissionalizou. Desenvolvendo estilo e identidades próprias, o grupo leva a sua coreografia e percussão afrobrasileiras até teatros e espaços culturais desde Sob direção artística de Betho Pacheco, o grupo representa a ancestralidade brasileira e suas manifestações artísticas e culturais. Até mesmo na escolha do nome: Makala, que no Kimbundo, língua de etnia africana trazida para o Brasil na época da escravidão, significa carvão. 17

18 Párvati Com a garra que vem da favela, um estilo que vem da superação e um som que vem da intensidade, a banda Párvati toca um rock que vai desde os clássicos da banda americana Iron Maiden, aos sucessos de Pitty. Criada em 2005, a banda representa o que os jovens são capazes quando desafiados. Os integrantes da banda conduzem uma apresentação essencialmente rock n roll com muita personalidade e energia e um tom atrevido que parece dizer: Sim, nós podemos!. 18

19 Orquestra AfroReggae O AfroReggae rompeu as barreiras do preconceito e iniciou em 2005 a primeira oficina de música clássica em Parda de Lucas. Das ativiades surgiram os primeiros talentos que mais tarde integrariam a Orquestra AfroReggae, formada em Os talentos desenvolvidos durante as aulas abriram as portas e atraíram também músicos de outros projetos sociais cariocas. O grupo pode ser sintetizado como uma orquestra completa: com metais, sopros e cordas, que se adapta e se reinventa a cada apresentação, seja em camerata de cordas, big band (metais de sopro) e orquestra mirim (até 12 anos). 19

20 Trupe de Teatro A Trupe de Teatro AfroReggae é formada por um grupo de atores com motivações especiais. Eles, que um dia foram alunos da oficina de teatro, hoje apresentam a sua arte profissionalmente, exemplificando a transformação social que é a marca registrada da instituição. O trabalho teve início em 1997, com o nome de Trupe da Saúde e tinha como objetivo levar aos jovens informações como prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e a importância do aleitamento materno, através de uma linguagem que conseguisse alcançar a todos. Em 2004, o grupo adotou o nome Trupe de Teatro AfroReggae e desde então vem se apresentando no Brasil e no exterior. 20

21 Núcleo Comunitário do Caju O AfroReggae iniciou suas atividades no Complexo do Caju, na comunidade de Boa Esperança, em dezembro de 2013, através do projeto Mutirão AfroReggae. Atualmente o Caju conta como um equipamento fixo, dentro do Eixo Sociocultural, oferecendo oficinas das mais variadas linguagens artísticas, atividades recreativas, atendimentos técnicos sociais de acompanhamento familiar e acolhimento de demandas espontâneas da comunidade. Dessa forma, podemos afirmar que este é um equipamento que utiliza a arte e a cultura como estratégia de transformação social. Afro Cine Visando uma ampliação de nossas ações culturais para o público em geral realizamos sessões de cinema abertas a comunidade e as escolas municipais locais, dentro do espaço do núcleo comunitário do Caju. O Afro Cine tem como maior objetivo promover um espaço de entretenimento e socialização entre as crianças e jovens da comunidade. Além de aproximar o público-alvo da cultura audiovisual e de temas que acreditamos importantes para o convívio comunitário, através de filmes infanto-juvenis com temas de interesse do grupo. Movimento da Alegria O Movimento da Alegria é uma estratégia de levar as ações do Núcleo Comunitário para o público em geral na comunidade, mesmo aqueles não inscritos nas oficinas. A ideia é que todos se beneficiem com as atividades recreativas que temos em nossos equipamentos, criando um espaço de convivência. No Movimento da Alegria oferecemos às crianças e adolescentes, atividades de desenho, jogos de tabuleiro, leitura, entre outras. 21

22 Oficinas Culturais As oficinas culturais oferecidas em nosso núcleo do Caju trabalham com diversas linguagens artísticas e compreendem atividades que tem um cuidado com o desenvolvimento técnico, mas que priorizam a experimentação prática e o acesso artístico e cultural. São atividades que não tem como objetivo central a formação profissional, mas que devem funcionar como via estratégica para a transformação social dos envolvidos. Dessa forma, as oficinas devem estimular capacidades expressivas e promover a auto-estima em nossos alunos. Produtora de Audiovisual A produtora de audiovisual do AfroReggae surgiu em 2008, a partir da criação da série Conexões Urbanas, apresentada por José Junior. Naquele momento, surgia a possibilidade de criar uma produtora que atendesse à produção da série, bem como pudesse registrar as atividades do AfroReggae, ajudando a difundir nossas ações e canalizar os diversos conteúdos gerados pelo trabalho da instituição em projetos audiovisuais e programas de TV. Assim, a produtora que conta com uma equipe formada por profissionais do mercado, das comunidades e também por expresidiários, formou um time capaz de fazer registros com um olhar muito singular. Hoje, já levamos ao ar mais de 150 episódios de séries para a TV. 22

23 Selo AR O Selo AR é um importante caminho para a sustentabilidade financeira de nossas atividades. Essa iniciativa funciona como um licenciamento, uma etiqueta, mas com objetivos muito mais profundos, ela identifica empresas comprometidas com a transformação social. Cada item do Selo AR vendido representa um novo passo dado em direção à mudança que queremos. Esse selo conecta as empresas parceiras, a responsabilidade social do AfroReggae e o consumidor em uma rede de financiamento dos nossos projetos, que atendem centenas de jovens por mês, transformando a vida dessas pessoas e melhorando o mundo. O Selo AR provoca empresas a participarem de uma causa, ajudando no combate à estigmatização de jovens moradores de favela. Tá No Mapa Existem mais de mil favelas no Rio de Janeiro, mas até pouco tempo era impossível encontrá-las nos mapas da internet. Isso começou a mudar em 2013 quando o projeto Tá no Mapa, literalmente, colocou ruas, estabelecimentos comerciais e pontos de referência de Parada de Lucas no mapa. No ano seguinte, Complexo do Caju, Rocinha, Vigário Geral e Vidigal também foram mapeadas. Com isso milhares de pessoas saíram da invisibilidade digital. Além de ganhar uma representação, o 23

24 projeto também estimula a economia local dando visibilidade a pequenos empreendimentos. Em 2015, Babilônia, Cantagalo e Chapéu Mangueira também foram contempladas pela iniciativa. O Tá no Mapa resgata a cidadania e contribui para a economia local e é desenvolvido em parceria com os moradores de cada comunidade. 24

25 PLANO DE TRABALHO O projeto CULTURA COM INCLUSÃO E EDUCAÇÃO, objeto desta proposta, compreende as ações da Arena de Circo Benjamim de Oliveira, Afro Circo, Oficinas de Circo, Núcleo Comunitário do Caju, Centro de Inteligência Coletiva Lorenzo Sanetti, Afro Cine, Movimento da Alegria, Oficinas Culturais, Núcleo Lapa, Além do Arco-íris, distribuídas entre os Eixos de Transformação. Esta parceria de 6 meses se organiza em: objetivos, metas e marco. Sendo o primeiro item o alvo que devemos atingir, as metas apresentam o caminho a ser percorrido para o alcance dos objetivos e o marco demonstra o produto/resultado alçado. Além disso, organizamos o cronograma de atividade e a programação orçamentária. Objetivo Geral Garantir ações, projetos e atividades de cultura, inclusão e educação para crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, através de 575 atendimentos. Público Alvo Crianças, adolescentes, jovens e adultos na cidade do Rio de Janeiro em situação de vulnerabilidade social. Quadro de Atendimentos Eixo Artístico Cultural Eixo Sócio Cultural Eixo Transversal Afro Circo Cantagalo 10 Circo Social Cantagalo 50 Afro Cine Movimento da Alegria Oficinas Culturais Caju 70 Parada de Lucas 100 Caju 85 Parada de Lucas 50 Caju 145 Parada de Lucas 40 Além do Arco-Íris Lapa 25 Editora AfroReggae* Lapa - TOTAL 575 *Serão produzidas duas publicações durante o período de vigência do convênio com tiragem de mil cópias cada. 25

26 Objetivos Específicos Promover a valorização e integração social dos jovens, por meio de manifestações culturais e artísticas. Aumentar a autoestima e o comprometimento do público vulneráveis com as questões de sua comunidade. Garantir o debate estratégico sobre cultura, educação, inclusão social e combate à violência com a população, bem como com os instrutores de nossas oficinas. Garantir a articulação com os serviços das redes socioassistencial e cultural nas comunidades atendidas pelo AfroReggae. Justificativa O acesso à cultura é o acesso à reflexão, ao pensamento e, mais do que tudo, à busca continuada de um novo olhar sobre as experiências individuais e coletivas. Para o AfroReggae, não existem expressões mais libertadoras do que a cultura e a garantia de direitos. Os segmentos contemplados neste projeto constituem, atualmente, os principais alvos de uma trajetória marcada pelo preconceito, discriminação e ausência de direitos. Neste contexto, são necessárias ações afirmativas, de sensibilização e proteção para o tratamento de tais problemáticas. O AfroReggae, alinhado a esse movimento, vem, por meio do projeto CULTURA COM INCLUSÃO E EDUCAÇÃO, criar condições para que o público-alvo saia da situação de invisibilidade/marginalidade e acesse a cultura, a arte e os direitos sociais. Acreditamos que a parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, associada a uma ampla rede composta por artistas, lideranças comunitárias e moradores de favelas proporcionará uma mobilização cultural fundamental para a união da cidade e construção de pilares de sustentabilidade, criatividade, participação e mobilização. O AfroReggae, a partir dos seus três Eixos de Transformação, seguirá na construção de uma novo patamar de vida comunitária, utilizando a arte e a cultura como estratégias potentes para a vivência de uma cidade plural e atenta aos seus desafios de crescimento e desenvolvimento. 26

27 METAS Eixo de Transformação Artístico-cultural Arena de Circo Benjamin de Oliveira Rua Alberto de Campos Nº 12 Ipanema Rio De Janeiro RJ Brasil Cep: Afro Circo Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar, no primeiro mês do projeto, ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo do Cantagalo. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 - Realizar semanalmente ensaios e treinamentos para desenvolvimento técnico e artístico, nas modalidades de acrobacias, solos e aéreos circenses para 10 artistas. Meta 3 Promover mensalmente intercâmbios dos artistas do Afro Circo com demais artistas por meio de workshops, oficinas, palestras, seminários, apresentações. Meta 4 Desenvolver duas ações culturais e criativas, através de empreendedores individuais, em instituições públicas e/ou privadas das áreas de saúde, assistência e educação, tais como: escolas, abrigos, hospitais, etc. Meta 5 Promover uma Ação Cultural com o grupo de atendidas do Projeto Além do Arco-íris, através da participação em workshop artístico e apresentação dos grupos artísticos do AfroReggae. Meta 6 Realizar o seminário Fazedores de Cultura com todos os artistas e instrutores do AfroReggae, visando a qualificação profissional em temas ligados à arte, cultura e educação, bem como a melhoria das atividades oferecidas nas oficinas culturais. Marco Formar artistas circenses, garantindo 80% de jovens formados e aptos para a prática no cenário artístico-cultural, conforme Regulamento de Residência Artística AfroReggae. 27

28 Etapa 3: Avaliação Meta 7 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela Arena de Circo do Cantagalo. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Oficinas de Circo Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar, no primeiro mês do projeto, ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo do Cantagalo. Meta 2 Realizar apresentação com instrutores das oficinas e artistas do Afro Circo na comunidade do Cantagalo, inaugurando as Oficinas de Circo. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 3 Realizar semanalmente ensaios e treinamentos, promovendo o envolvimento artístico-cultural, a identificação de potenciais artísticos e o fortalecimento de vínculo com a comunidade, através de atividades circenses de acrobacias, solos e aéreos, alcançando no final de cada mês 50 crianças e jovens. Meta 4 Promover duas ações culturais extracurriculares integrando artistas do Afro Circo e alunos das oficinas do Cantagalo, no espaço da Arena de Circo. As ações serão definidas em conformidade com as datas festivas, culturais e comemorativas, tais como: Jogos Olímpicos e Confraternização de Fim de Ano. Meta 5 - Realizar uma atividade extracurricular, que consistirá em passeio a espaços artísticos e culturais da Cidade do Rio de Janeiro, tais como cinemas, teatros, museus. Meta 6 Realizar dois workshops em escolas no entorno do Núcleo do Cantagalo com o objetivo de aperfeiçoar o processo de articulação das oficinas de circo com as escolas. Marco Realizar apresentação dos alunos da oficina de circo no último mês do projeto, visando a culminância das atividades realizadas ao longo do projeto, bem como a avaliação técnica e artística de nossos alunos. 28

29 Etapa 3: Avaliação Meta 7 Promover avaliação dos alunos das oficinas conforme Regulamento Avaliativo de Alunos das Oficinas Culturais. A avaliação deverá atender dois aspectos, a saber: frequência e desempenho. Meta 8 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela Arena de Circo do Cantagalo. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Quadro de Atividades Cantagalo ESPAÇO ATIVIDADE DIAS DA SEMANA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA Picadeiro Picadeiro Oficina de Circo Ensaio Afro Circo 9h às 11h e 14h às 16h 10h às 12h e 14h30 às 18h 9h às 11h e 14h às 16h 10h às 12h e 14h30 às 18h 9h às 11h e 14h às 16h 11h às 13h30 e 16h às 18h Eixo de Transformação Sociocultural Núcleo Comunitário do Caju Rua Carlos Seidl, nº CEP Afro Cine Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar trimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo do Caju. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 Realização de duas sessões mensais do Afro Cine para crianças, adolescentes e jovens. Marco Garantir acesso de crianças e adolescentes à sétima arte, aproximando o público da cultura audiovisual e de temas importantes ao convívio comunitário, através de 70 atendimentos mensais. 29

30 Etapa 3: Avaliação Meta 3 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelo Núcleo Comunitário do Caju. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Movimento da Alegria Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar trimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo do Caju. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 Oferecer semanalmente atividades recreativas a crianças e adolescentes do entorno do Núcleo do Caju, através de atividades de desenho, jogos de tabuleiro, leitura e demais atividades extracurriculares, dentro do espaço do núcleo. Meta 4 Garantir que crianças e adolescentes tenham acesso a atividades culturais livres e momentos de recreação, em oposição as vulnerabilidades e desproteções que poderiam estar expostas nas ruas da comunidade, através de 85 atendimentos mensais. Etapa 3: Avaliação Meta 3 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelo Núcleo Comunitário do Caju. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Oficinas Culturais Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar bimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo do Caju. Meta 2 Realizar apresentação com instrutores das oficinas e artistas dos grupos artísticos do AfroReggae na comunidade do Complexo do Caju, inaugurando as Oficinas Culturais. 30

31 Meta 3 Elaborar no primeiro bimestre do projeto um Mapa de Serviços da Rede dos territórios de atuação que envolve a comunidade do Caju. O mapa deverá estar fixado em local visível. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 4 Realizar Acompanhamento Social das famílias dos alunos matriculados nas Oficinas Culturais do Núcleo. O diagnóstico levantado pela equipe técnica social deverá ser apresentado e referenciado à Rede Local. Meta 5 Oferecer oficinas culturais para 145 crianças e adolescentes da comunidade do Caju, utilizando as linguagens artísticas de circo, dança, grafite e música, visando um primeiro acesso à cultura e funcionando como estratégia para a transformação social. Meta 6 Articular as atividades artísticas entre alunos das oficinas do Caju e os cursos oferecidos no Centro Cultural Waly Salomão, através de duas ações. Meta 7 Ativar o processo de articulação das oficinas culturais com a Escola da Criança ou Adolescente para estimular a presença na escola. Realizaremos uma oficina/workshop em alguma escola do entorno do Núcleo do Caju, através de duas ações. Meta 8 Realizar encontros participativos no núcleo de ação comunitária do Caju, ou seja, reuniões que agreguem todas as instituições da rede de serviços dos territórios. Ao todo dois encontros deverão ser realizados. Meta 9 - Realizar uma atividade extracurricular, que consistirá em passeios a espaços artísticos e culturais da Cidade do Rio de Janeiro, tais como cinemas, teatros, museus. Meta 10 Promover duas ações culturais extracurriculares no espaço do Núcleo do Caju. As ações serão definidas em conformidade com as datas festivas, culturais e comemorativas, tais como: Jogos Olímpicos e Confraternização de Fim de Ano. Marco Realizar apresentação dos alunos das oficinas culturais no último mês do projeto, visando a culminância das atividades realizadas ao longo do projeto, bem como a avaliação técnica e artística de nossos alunos. Etapa 3: Avaliação 31

32 Meta 11 Promover avaliação dos alunos das oficinas conforme Regulamento Avaliativo das Oficinas Culturais. A avaliação deverá atender dois aspectos, a saber: frequência e desempenho. Meta 12 Avaliar as atividades oferecidas pelo núcleo do Caju, através de questionário respondido pelos alunos matriculados e seus pais ou responsáveis. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Quadro de Atividades Caju ESPAÇO ATIVIDADE DIAS DA SEMANA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA Salão Salão Zumba Circo 9h às 10h e 15h às 16 9h às 10h e 13h às 14h 9h às 10h e 15h às 16 Salão Jazz 10h às 11h 10h às 11h Sala Salão Salão Sala Grafite Percussão Dança Moderna Afro Cine 9h às 10h; 10h às 11h; 14h às 15h; 15h às 16h 11h às 12h e 13h às 14h 15h às 16h e 16h às 17h 11h às 12h e 13h às 14h 15h às 16h e 16h às 17h 9h às 11h e 13h às 15h Centro de Inteligência Coletiva Lourenzo Zaneti Núcleo Parada de Lucas Rua da Democracia, 17 Parada de Lucas, Rio de Janeiro CEP: Afro Cine Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar trimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo de Parada de Lucas. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 Realização de quatro sessões mensais do Afro Cine para crianças, adolescentes e jovens. 32

33 Marco Garantir acesso de crianças e adolescentes à sétima arte, aproximando o público da cultura audiovisual e de temas importantes ao convívio comunitário, através de 100 atendimentos mensais. Etapa 3: Avaliação Meta 3 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Parada de Lucas. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Movimento da Alegria Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar trimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo de Parada de Lucas. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 Oferecer semanalmente atividades recreativas a crianças e adolescentes do entorno do Núcleo de Parada de Lucas, através de atividades de desenho, jogos de tabuleiro, leitura e demais atividades extracurriculares, dentro do espaço do núcleo. Marco Garantir que crianças e adolescentes tenham acesso a atividades culturais livres e momentos de recreação, em oposição as vulnerabilidades e desproteções que poderiam estar expostas nas ruas da comunidade, através de 50 atendimentos mensais. Etapa 3: Avaliação Meta 3 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Parada de Lucas. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Oficinas Culturais Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar bimestralmente ampla divulgação das atividades nas redes sociais e em equipamentos (públicos ou privados) no entorno do Núcleo de Parada de Lucas. 33

34 Meta 2 Realizar uma apresentação com instrutores das oficinas e artistas dos grupos artísticos do AfroReggae na comunidade de Parada de Lucas, inaugurando as Oficinas Culturais Meta 3 Elaborar no primeiro bimestre do projeto um Mapa de Serviços da Rede dos territórios de atuação que envolve a comunidade de Parada de Lucas. O mapa deverá estar fixado em local visível. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 4 Oferecer oficinas culturais para 40 crianças e adolescentes da comunidade de Parada de Lucas, utilizando as linguagens artísticas de circo, dança, grafite e música, visando um primeiro acesso à cultura e funcionando como estratégia para a transformação social. Meta 5 Articular as atividades artísticas entre alunos das oficinas de Parada de Lucas e os cursos oferecidos no Centro Cultural Waly Salomão, através de duas ações. Meta 6 Ativar o processo de articulação das oficinas culturais com a Escola da Criança ou Adolescente para estimular a presença na escola. Realizaremos uma oficina/workshop em alguma escola do entorno do Núcleo de Parada de Lucas, através de três ações. Meta 7 - Realizar uma atividade extracurricular, que consistirá em passeios a espaços artísticos e culturais da Cidade do Rio de Janeiro, tais como cinemas, teatros, museus. Meta 8 Promover duas ações culturais extracurriculares no espaço do Núcleo de Parada de Lucas. As ações serão definidas em conformidade com as datas festivas, culturais e comemorativas, tais como: Jogos Olímpicos e Confraternização de Fim de Ano. Marco Realizar apresentação dos alunos das oficinas culturais no último mês do projeto, visando a culminância das atividades realizadas ao longo do projeto, bem como a avaliação técnica e artística de nossos alunos. Etapa 3: Avaliação Meta 9 Promover avaliação dos alunos das oficinas conforme Regulamento Avaliativo das Oficinas Culturais. A avaliação deverá atender dois aspectos, a saber: frequência e desempenho. 34

35 Meta 10 Avaliar as atividades oferecidas pelo núcleo de Parada de Lucas, através de questionário respondido pelos alunos matriculados e seus pais ou responsáveis. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% dos atendidos. Quadro de Atividades Parada de Lucas ESPAÇO ATIVIDADE DIAS DA SEMANA SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA Salão Percussão 10h30 às 11h30 e 16h às 17h 16h às 17h Sala Salão Salão Grafite Circo Afro Cine 9h às 10h30 e 14h às 16h 9h às 11h e 14h às 16h 9h às 11h e 14h às 16h Eixo de Transformação Transversal Núcleo Central Rua da Lapa, nº 180, Centro 12º andar. Além do Arco-íris Etapa 1: Ativação Meta 1 Realizar, no primeiro mês do projeto busca ativa em locais de trabalho e sociabilidade de travestis e transexuais para divulgação do projeto Além do Arco-íris. Etapa 2: Desenvolvimento Meta 2 Realizar encontros semanais e acompanhamento sistemático de 25 travestis/transexuais. Meta 3 Realizar um Evento Cultural, elaborado a partir das sugestões apresentadas pelas participantes em atividade orientada pela Direção Artística. Meta 4 Realizar workshop/oficina bimestralmente com o público atendido pelo Além do Arco- Íris utilizando as linguagens de circo, dança, teatro e música, visando o desenvolvimento do potencial artístico-cultural do grupo. 35

36 Meta 5 Viabilizar uma visita à espaços culturais da Cidade do Rio de Janeiro, como forma de ampliação da experimentação cultural e artística do grupo de atendidas. Meta 6 Realizar mensalmente uma sessão de Afro Cine com Cine Debate, promovendo a inclusão, através de recurso audiovisual, e o acesso a novos conteúdos artísticos e culturais. Marco 1 Seminário de Visibilidade Trans, visando um debate amplo sobre temas de relevância para o público do Além do Arco-Íris e debatidos ao longo dos encontros semanais realizados pelo projeto. Marco 2 Apresentação Artística-cultural como atividade de culminância e avaliação das oficinas/workshops artísticas realizadas pelo projeto com mulheres trans, demonstrando o acesso do grupo ao panorama artístico e cultural da cidade do Rio de Janeiro. Etapa 3: Avaliação Meta 7 Aplicar instrumento de avaliação e monitoramento para aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelo Além do Arco-íris. O instrumento deverá ser aplicado em pelo menos 75% das atendidas. Editora AfroReggae Etapa 1: Pesquisa Meta 1 Realizar trimestralmente pesquisa de conteúdo de interesse social que pautarão a elaboração das publicações ao longo da execução do projeto Etapa 2: Elaboração Meta 2 Elaborar publicações trimestrais da revista Contracapa, através da Editora AfroReggae, com temas definidos a partir das nossas intervenções nas áreas de cultura, educação e inclusão. Etapa 3: Publicação Meta 3 Enviar as publicações trimestralmente para escolas municipais no entorno dos Núcleos de atuação e serão veiculados nas mídias sociais da instituição. Marco Duas publicações, garantindo mil cópias de cada material produzido. 36

37 GESTÃO E TRANSPARÊNCIA Aperfeiçoar de forma permanente o processo de gestão descentralizada com foco no aprimoramento das estratégias de Gestão das Metas, Gestão de Pessoas e Gestão Financeira. Garantir total transparência de todas as compras, despesas e demais informações de gestão através de publicação periódica no site da instituição de toda a documentação relativa ao projeto, tais como: convênios, contratos, relatórios, notas e balancetes. DIVULGAÇÃO O Plano de Divulgação é essencial para conectar pessoas e propósitos. O AfroReggae transforma vidas através da arte, da cultura e educação. A comunicação é essencial para abrir e manter diálogos com o nosso público. Através de nossos canais, atingimos e impactamos milhares de pessoas. Sabemos que não basta oferecer caminhos para cidadania, as pessoas precisam saber que essas alternativas existem. AVALIAÇÃO A boa execução das ações depende de estratégias contínuas de monitoramento e avaliação. Todo processo de avaliação é importante à gestão no sentido de retomar os objetivos, identificar possíveis pontos de atenção, reestruturação de decisões, medir o impacto do projeto, melhor investimento de recursos e, por conseguinte, direcionamento e aprimoramento das atividades de forma eficiente. Com essa compreensão contaremos com mecanismo de monitoramento e avaliação presente em todos os projetos, em que os envolvidos em nossas atividades poderão avaliar o projeto, a instituição e seus trabalhadores. 37

38 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO As atividades estão organizadas para serem executadas em 6 meses conforme Cronograma de Execução, Anexo I. ORÇAMENTO E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO O valor total do projeto é de R$ ,00 (um milhão seiscentos e setenta e cinco mil e quinhentos reais) para execução no período de 6 meses, divididos em duas parcelas conforme cronograma de desembolso abaixo: PARCELA VALOR % Nº DE DIAS APÓS A ASSINATURA DO CONVÊNIO 1ª PARCELA ,00 40% ATÉ 30 DIAS 2ª PARCELA ,00 60% ATÉ 120 DIAS Total ,00 100% ORÇAMENTO Anexo II Planilha Orçamentária Anexo III Detalhamento de Pessoal Anexo IV Detalhamento de Instrutores Anexo V Detalhamento das Ações, Eventos e Estrutura. Rio de Janeiro, 22 de Junho de Johayne de Oliveira Ildefonso Presidente Grupo Cultural AfroReggae 38