FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO

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1 Sist. Nac. de Informações Culturais SNIC FICHA DE REGISTRO DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO Depto.de Identificação e Documentação-DID Nome do Sítio: SANTA ALICE Outras designações ou siglas: Município: SEROPÉDICA Localidade: BAIRRO SANTA ALICE Outras designações da localidade: Descrição sumária: CNSA : (campo reservado) UF RJ Sítio localizado em terreno distando 1500 metros da rodovia Presidente Dutra seguindo pela RJ 125 em direção ao Município de Miguel Pereira. Entre março e abril de 2012, o trecho situado entre as estacas 2371 e 2393 foi monitorado durante as atividades de limpeza e terraplanagem para implantação da faixa de domínio da BR493. À época foi identificado sedimento escuro, arenoso, vestígios de uma construção em alvenaria contemporânea com tijolos e presença de cacos de louça moderna, uma pocilga, restos de uma plantação doméstica e junto às estacas 2380 e 2383 um alagadiço. O achado não foi considerado Sítio arqueológico na ocasião. Quando do monitoramento em 2013, para limpeza e terraplanagem da área contígua à pocilga e ao alagadiço para implantação de uma alça de acesso ao viaduto, foram encontrados vestígios mais significativos do que aqueles encontrados durante o monitoramento da pocilga em Foi então proposta uma vistoria de prospecção extensiva para além da faixa de domínio, já que na localidade foram registrados e pesquisados três sítios arqueológicos. Na vistoria de 2013 a área total foi dividida então em três áreas A, B e C e abertos de 33 cortes estratigráficos de 1m x 1m em profundidades variadas para o Diagnostico. Área (A) Nesta foram identificados vestígios de um antigo aterro contendo fragmentos de louça, vidro, metal e stoneware, reconhecendo-se nela vestígios arqueológicos históricos que seriam diretamente impactados pelas obras de alça do viaduto. Além do impacto na faixa de domínio da alça, devido ao assoreamento do alagadiço, outros vestígios também puderam ser evidenciados nas margens direita e esquerda da mesma, seguindo em direção à margem da RJ 125 (antiga Estrada de Miguel Pereira). Como o trecho correspondente à faixa de domínio da RJ 493 e da alça é de propriedade do Departamento de Estradas e Rodagem do Estado do Rio de Janeiro, foi possível fazer a pesquisa de resgate sem entraves burocráticos, enquanto nas áreas B e C o proprietário (Mauricio Jetirana) não deu permissão, alegando o não pagamento da desapropriação da terra. Na área A se concentraram então as pesquisas de resgate. Infelizmente esta parte já fora duramente impactada pela presença da pocilga e de plantações domésticas. Para sua abordagem foram praticadas 232 sondagens em poço teste e abertos mais 12 cortes estratigráficos (além dos 10 feitos na etapa de prospecção), dos quais foram coletados fragmentos de cerâmica, louça, vidro, metal, cravo de ferro e stoneware. Área (B) Na prospecção foram fundados 12 cortes estratigráficos, e identificados vestígios de louça, telha colonial, vidro, metal e artefatos líticos pré-coloniais. Não foi feita escavação ficando a área preservada, sob custódia de seu proprietário. Nesta área B foi evidenciado algum material associado ao aterro da área A. Mas foi localizado em especial fragmentos de louça, metal, vidro, cravo, telha colonial e tijolos maciços, diferenciados daqueles por se tratar de material proveniente de uma antiga construção no local. Foram encontrados também dois artefatos líticos préhistóricos. Não foram feitas escavações e esta área do Sítio está preservada. Na Área (C) Durante as prospecções permitidas pelo Senhor Jetirana foram abertos 11 cortes estratigráficos com a coleta de fragmentos de cerâmica da Tradição Tupiguarani, esparsos e insuficientes para caracterizar sítio, daí ser incluído na totalidade da poligonal. Não foi feita escavação ficando a área preservada, sob custódia de seu proprietário. Sítios relacionados: Sítio Três Lagos, Japeri proximidade física. Sítio Águas Lindas I e Sítio Águas Lindas II, além de ocorrências de material indígena em terreno na margem da RJ 125 nº 75 proximidade física e filiação cultural.

2 Nome do proprietário do terreno: DER Departamento de Estradas e Rodagem e Sr. Mauricio Jetirana. Endereço: Endereço do DER Av. Presidente Vargas 1100 RJ Centro Rio de Janeiro Endereço do Sr. Mauricio Jetirana Estrada de Miguel Pereira lote 16 Fundos Cidade: Seropédica CEP: Ocupante atual: BR 493 Acesso ao sítio: Cidade: Rio de Janeiro Fone/Fax UF RJ Seguindo pela rodovia presidente Dutra RJ 116, saída 206, acessar a RJ 125, número 16 no Bairro Santa Alice no município de Seropédica. Medidas do sítio: Comprimento: 523m Largura: 378 m Altura máxima: 0 m (a partir do nível do solo) Área: m 2 Medição: Estima Passo Mapa Instrumento Nome e sigla do documento cartográfico: Medidas tomadas por GPS Ano de edição: Órgão: Escala: IBGE DSG OUTRO Delimitação da área/coordenadas UTM: Ponto central: Zona: 23 K E: N: Perímetro: Zona: 23 K E: N: DATUM: WGS 84 Zona: 23 K E: N: GPS Em mapa Margem de erro 7 m Zona: Zona: 23 K 23 K E: E: N: N: Unidade geomorfológica: (vide tabela) Planice e meia encosta Compartimento topográfico: (vide tabela) Meia encosta Altitude: (com relação ao nivel do mar) 30 m Outras referência de localização: Agua mais próxima: Rio Guandu Distância: 6 Km Rio: Guandu Bacia: Guandu/ Sepetiba RJ 493 Arco Metropolitano Vegetação atual: Floresta ombrófita Campinarana Savana-estépica (caatinga Capoeira Floresta estacional Savana (cerrado) Estepe Outra:Pastagem Uso atual do terreno: Atividade urbana Estrutura da fazenda Plantio

3 Via pública Pasto Área não utilizada Outro: Parte do terreno foi ser utilizado na construção de um ramo de acesso da Rodovia RJ 493. Propriedade da terra: Área pública Área privada Área militar Área indígena Outra: Proteção legal Unidade de conservação ambiental Categoria: Municipal Estadual Federal Patrimônio da humanidade/unesco Exposição: Contexto de deposição: Uniconponencial Multicomponencial Pré-colonial De contato Histórico Céu aberto Gruta Abrigo sob rocha Submerso Outra: Em superfície Em profundidade Tipo de sítio: Cerâmico - habitação Forma: (vide tabela) Trapezoidal Estratigrafia: (indicar o número, espessura e profundidade das camadas arqueológicas) Tipo de solo Areno argiloso com vestígios de tabatinga e argila plástica Foram identificadas 3 camadas ocupacionais com espessura variando entre 30 e 50 cm de profundidades médias atingindo os 50 cm na maioria dos cortes onde foram efetuadas as sondagens e em que houve ocorrência de material arqueológico. Estruturas Área de refugo Vestígios de mineração Buracos de estacas De Lascamento Fossas Alinhamento de pedras De Combustão (fogueira, forno, fogão) Manchas pretas Muros de Pedra Funerárias Canais tipo trincheira, valetas Palafitas Vestígios de edificação Círculo de pedra Paliçadas Concentrações cerâmicas Quantidades Outras: Muitos fragmentos de louça. Artefatos: Lítico lascado Lítico político Cerâmico Sim Sobre concha Sobre material orgânico Outros vestígios líticos: Pequenos fragmentos de material em rocha. Material histórico: Sim Louça, vidro, corrente de metal, fragmentos de telha e tijolo maciço colonial, stoneware e cravo em ferro. Alguns poucos cacos de cerâmica tupi, esparsos, insuficientes para determinação de ocorrência ou sítio. Outros vestígios orgânicos: Outros vestígios inorgânicos: Resíduos domiciliares (Lixo atual) Vestígios da pocilga Acervo: Instituições: (em que se encontra o material coletado) INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Arte rupestre: Pintura Gravura Ausente Artefatos líticos - Filiação cultural: Tradições: em processo de análise Fases: Números de catálogo: Complementos: Outras atribuições: Artefatos cerâmicos - Filiação cultural: Tradições: Fases: Complementos: Outras atribuições:

4 Em processo de análise pós higienização Arte rupestre - Filiação cultural: Tradições: Não Fases: Complementos: Outras atribuições: Datações absolutas: Datações relativas: Grau de integridade: mais de 75% entre 25 e 75% Sim menos de 25% Fatores de destruição: Erosão eólica Erosão pluvial Construção de estradas Vandalismo Erosão Fluvial Atividades agrícolas Construções de moradias Outros fatores naturais: Erosão Outros fatores antrópicos: Construção de estradas, edificaçoes residenciais, atividades de pecuaria, retirada de terra preta para emboço de paredes Possibilidades de destruição: Sim - Construção de alça de viaduto da BR493 Medidas para preservação: Foi feito o resgate e guarda do acervo coletado nas prospecçoes de toda a poligonal e das escavações da Área A em Instituição específica de Patrimônio (IAB) e realizado procedimento de Educação Patrimonial com os proprietários, moradores do entorno e em Escola Rural distando apenas três quilômetros do Sítio. Relevância do sítio: Alta Média Baixa Atividades desenvolvidas no local: Registro Coleta de Responsável pelo registro: Sondagem ou Corte estratigráfico Escavação de grande superfície Levantamento de gráficos rupestres Nomes: Divino de Oliveira coleta de dados de campo (prospecção escavação) Josefa Jandira Neto Ferreira Dias Coleta de dados etnográficos e preenchimento da ficha em gabinete Cidade: Estrada Sarapuí, 3200 Vila Santa Tereza CEP: Fone/Fax: jandira@arqueologia-iab.com.br Belford Roxo UF RJ Nome do projeto: Projeto de Monitoramento, Salvamento Arqueológico e Valorização do Patrimônio Cultural nas Obras da Estrada RJ 493/ RJ109 - Trecho C do Arco Metropolitano.

5 Nome da instituição: Endereço INSTITUTO DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA Cidade: Estrada da Cruz Vermelha, 45 Vila Santa Tereza Belford Roxo RJ CEP Documentação produzida: (quantidade) Fone/Fax: Belford Roxo (21) UF RJ Mapa com sítio pilotado: Planta baixa dos locais afetados: Perfil topográfico: Foto preto e branco: Cópia total de arte rupestre: Caderneta de campo: Croqui: Planta baixa de estrutura: Foto aérea: Reprografia de imagem: Cópia parcial de arte rupestre: Video/filme: Planta baixa do sítio: Perfil estratigráfico: Foto colorida: Imagem de satélite: Ilustração de imagem: Outra: Bibliografia: Quantidade de imagens anexadas à Ficha de registro para inclusão no Banco de imagens 10 fotos : Relatório nos arquivos do IPHAN. Relatório final entregue ao Iphan : Observações: 1. Em função das prospecções e do resgate concluído pode-se definir que das três áreas que compõem o sítio somente uma delas, a principal, A, foi diretamente atingida pela rodovia, que atingiu parte significativa da mesma, que incidiu sobre uma área já impactada anteriormente pela existência de uma imensa e antiga pocilga, razão pela qual a equipe de monitoramento de 2012 não encontrou, à época, evidências que pudessem ser consideradas arqueológicas. Somente em 2013, quando do estabelecimento de uma alça de viaduto para a mesma rodovia do Arco Metropolitano, a área contígua foi desmatada e o alagadiço aberto pondo então em evidência o material histórico que levou ao registro do sítio e à necessidade do seu resgate. Com base na abertura de 33 cortes de 1mx 1m com profundidades variadas, quando da prospecção efetivada, na variedade e sobreposição, a continuidade e a particularização de materiais entre os espaços de uma extensa superfície tomou-se a decisão de registrar toda a área como sendo único sítio para fins de registro e salvaguarda do patrimônio. Porém, diante do Relatório de Prospecção foi proposto que a pesquisa de campo intensiva (escavação) fosse feita objetivando definir as áreas de concentração de material especifico, podendo desse manejo, resultar uma conclusão sobre a importância e extensão de reocupações do mesmo sítio. Infelizmente o proprietário da maior parte do Sítio não permitiu as escavações das áreas B e C. A maior parte da área A já havia há muito sido destruída pelos fatores antrópicos já descritos acima, nos restando somente uma parte relativamente pequena para o salvamento. O resgate foi feito dentro do permitido, e quando da organização do relatório Final das Escavações empreendidas, diante da confirmação de existirem dois proprietários, considerou-se como melhor solução confirmar tratarem-se de três áreas, duas das quais não correm perigo imediato de impacto - áreas B e C, e serão colocadas sob proteção do senhor Jetirana. A pesquisa de resgate recaiu, portanto, sobre a A que será diretamente impactada pela estrada e pela construção de uma alça, dentro do terreno o DER.

6 2. Todos os processos de atividades de Educação Patrimonial e Estudos de Patrimônio Cultural Imaterial desenvolvidos ao longo de cinco anos se encontram no Relatório Final. Atenção! Esta Ficha de Registro foi refeita ao final da pesquisa e deverá substituir a anterior no CNSA. Belford Roxo, Data: 22/03/2014 Assinatura: Mapas, planta e fotos, abaixo: Mapas

7 Planta Fotos Panorâmica - Sítio Santa Alice Setorização Sítio Santa Alice

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