Cooperativas de Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos uma questão social, ambiental e econômica
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- Anderson Mirandela
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1 Cooperativas de Reciclagem dos Resíduos Sólidos Urbanos uma questão social, ambiental e econômica Prof. Dr. Márcio Magera magera@uol.com.br Tel
2 Cooperativismo Cooperativa é uma organização de pessoas físicas unidas pela cooperação e ajuda mútua, gerida de forma democrática e participativa com objetivos econômicos e sociais comuns. Fundamenta-se na Economia Solidária e se propõe a obter um desempenho econômico eficiente, através da qualidade e da confiabilidade dos serviços que presta aos próprios associados e aos usuários.
3 Os princípios do cooperativismo 1. Da livre e aberta adesão dos sócios; 2. Gestão e controle democrático dos sócios; 3. Participação econômica do sócio; 4. Autonomia e independência; 5. Educação, treinamento e informação; 6. Intercooperação; 7. Interesse pela comunidade.
4 Diferenças entre as Cooperativas e as Empresas Diferenças entre as várias formas de sociedade Sociedade Cooperativa Sociedade Mercantil Cooperativas Estudadas O principal é o homem O principal é o capital O principal é tirar o cidadão das ruas e dar a ele um trabalho (renda), mesmo que seja precarizado. Cada cooperativado conta com um voto O controle é democrático Cada ação ou quota conta com um voto O controle é proporcional ao capital Os cooperativados possuem pouco ou nenhuma participação nas decisões de ordem administrativa e econômica O controle é exercido por uma instituição (prefeituras, ONGs, de consultorias, capitalistas, religiosos)
5 Diferenças entre as Cooperativas e as Empresas Diferenças entre as várias formas de sociedade Sociedade Cooperativa Sociedade Mercantil É sociedade de pessoas, que funciona democraticamente É sociedade de capital que funciona hierarquicamente Os resultados retornam aos sócios proporcionalmente às operações Os dividendos retornam aos sócios proporcionalmente ao capital investido Valoriza o trabalhador e suas condições de trabalho e vida Contrata o trabalhador como empregado subordinado
6 Diferenças entre as Cooperativas e as Empresas Comparação entre as condições de trabalho do trabalhador cooperativado e do trabalhador mercantil Trabalhador Cooperativado É considerado contribuinte individual Sistema de Seguridade Social Trabalhador Mercantil Seu contrato é individual através da Carteira Profissional assinada pelo empregador Pode constituir os Fundos Cooperativos para satisfazer os patamares mínimos de descanso anual, poupança, seguros, etc Fates Fundo de assistência técnicoeducacional e social obrigatório Os empregados recebem férias, 13º salário, 1/3 de férias, FGTS e outros benefícios proporcionais ao salário Seguro de acidente gerenciado pelo Estado
7 Diferenças entre as Cooperativas e as Empresas Comparação entre as condições de trabalho do trabalhador cooperativado e do trabalhador mercantil Trabalhador Cooperativado Trabalhador Mercantil Não há grau de subordinação entre os trabalhadores O trabalhador é subordinado a um empregador Participa das decisões e regras de funcionamento Não participa nas decisões Recebe antecipação de resultados segundo a produção Recebe salário de acordo com seu contrato de trabalho
8 Conselho Fiscal Gerência Assembléia Geral Conselho Administrativo Cooperados/ Associados
9 Crescimento das Associações e Cooperativas de Reciclagem no Brasil (fonte: PNUD e autor)
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17 Cooperativa de Reciclagem- Modelo inadequado
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23 Menor de idade trabalhando na cooperativa
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27 Depósito Só Alegria- Sucateiro
28 Coperlínia Ambiental do Brasil
29 G.R.C Gestão em Rede das Cooperativas Centro de Triagens Centro Estratégico de Operações Administrativas Centro de Cooperação e Associativismo Captação de Parceiros Central de Negócios Catadores Saúde Infra-estrutura Núcleo Organizacional Triagem Educação Produção Mecanismo de Operação Meio Ambiente Habitação Montagem Planejamento Estratégico Serviços Crédito Pré-Operação Organização Política Produção Consumo
30 Mercado dos recicláveis Recicladores Sucateiros Sucateiros urbanos Cooperativas Catadores aut.
31 Um olhar sobre Vitória População da cidade de Vitória 340 mil e gera 90 mil toneladas anual de resíduos sólidos urbanos (110 mil, sazonalidade)
32 Dados da cidade de Vitória programa Resíduos Sólidos Urbanos Verdes Resultado anual em toneladas Resultado anual em $ Reais Papel e Papelão R$ ,00 Vidro R$ ,00 Alumínio 286 R$ ,00 Ferro/Aço R$ ,00 Plástico R$ ,00 Total Geral R$ ,00
33 Resultado Econômico do processo da Reciclagem dos R.S.U. Resultado Econômico Potencial a ser conseguido com a reciclagem dos 5 principais resíduos por ano: R$ ,00, e por mês R$ ,40 Empregos potenciais a serem gerados de um salário mínimo 2.000
34 Principais motivos da baixa reciclagem baixa adesão da população ao descarte seletivo disputa pela sucata no próprio município, inclusive por escolas públicas concorrência com sucateiros de fora da cidade falhas na coleta seletiva e convencional Cooperativas sem infra-estrutura adequada Associados sem capacitação profissional Falta um projeto mais eficiente para a coleta seletiva na cidade Um grande número de sucateiros clandestinos instalados na cidade Falta de uma política pública eficiente na gestão dos resíduos sólidos urbanos Tornar a reciclagem uma política municipal (institucional) e não de governo
35 Recomendações montar um projeto de coleta seletiva no município que funcione adequadamente realizar um diagnóstico licenciamento dos sucateiros criar parcerias entre a cooperativa e os principais fornecedores de sucata maior vigilância na comercialização de sucata melhorar a infra-estrutura das cooperativas instaladas - capacitação empresarial - educação e alfabetização - pesquisa de mercado (incluir óleo de cozinha) - convênio
36 Ambiental Social Econômico
37 Ambiental Na dimensão ambiental o projeto tem como princípios básicos: o melhor destino para os resíduos sólidos e úmidos do município; aumento da vida útil dos aterros sanitários; fornecimento de matéria-prima para as empresas, pela reciclagem; preservação dos recursos naturais; melhoramento da qualidade de vida dos habitantes do município; diminuição da poluição ambiental; economia de energia, utilização de matrizes energéticas sustentáveis, água e matéria-prima.
38 Social Na dimensão social devem ser atendidas algumas premissas básicas, tais como: geração de emprego e renda, que propicia a cidadania; capacitação profissional; educação escolar; igualdade e oportunidade; solidariedade; resgate da auto-estima dos catadores e agentes envolvidos com o lixo; inclusão social do catador (principalmente dos que trabalham nas ruas); diminuição do grau de precarização desse segmento; eliminação dos aproveitadores que são os sucateiros, os quais exploram os catadores de sucata que trabalham nas ruas; promoção da solidariedade entre as pessoas, associativismo como forma de trabalho em grupo.
39 Econômica Na dimensão econômica o alcance deve ser micro e macro, e como pontos norteadores podemos citar: facilidade na comercialização por meio de rede de cooperativas; retornos econômicos considerados aos associados; difusão e valorização dos produtos da cadeia produtiva de resíduos sólidos; estímulo do espírito empreendedor dos associados; desenvolvimento de habilidades e técnicas de gerenciamento de negócios; visão crítica sobre os valores individualistas e concorrenciais do sistema capitalista; ganho em escala de produção e verticalização das cooperativas.
40 Obrigado pela atenção! Espero ter contribuído um pouco para o entendimento de um dos maiores problemas da sociedade atual. Prof. PhD Márcio Magera magera@uol.com.br celular:
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