FARMACOLOGIA OCULAR. 2001/2002 Dra. Odete Almeida

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Dalila Marroquim da Costa
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1 FARMACOLOGIA OCULAR 2001/2002 Dra. Odete Almeida

2 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO FACTORES A CONSIDERAR! BIOFASE! BARREIRAS INTACTAS! FÓRMULA COMERCIAL! COMPORTAMENTO DO ANIMAL! COOPERAÇÃO PROPRIETÁRIO/ANIMAL

3 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO " TÓPICA " SUBCONJUNTIVAL " RETROBULBAR " INTRAOCULAR " SISTÉMICA

4 VIA TÓPICA EXISTEM DUAS BARREIRAS PARA A PENETRAÇÃO DO PRINCÍPIO ACTIVO Ν SECREÇÃO E DRENAGEM LACRIMAL Ν CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA CÓRNEA (só 1-3% penetra no meio intraocular)

5 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. Ν lavagem pelo turn-over das lágrimas Ν ausência de penetração através da córnea e esclera Ν distribuição dentro do meio intraocular

6 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. LAVAGEM PELO TURN-OVER DAS LÁGRIMAS A DRENAGEM ELIMINA CERCA DE 80% DO PRODUTO EM 15-30SEG. SE AUMENTAMOS A DOSE ADMINISTRADA AUMENTA A DRENAGEM

7 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. AUSÊNCIA DE PENETRAÇÃO ATRAVÉS DA CÓRNEA E ESCLERA PRIMEIRA BARREIRA CÓRNEA # LIGAÇÃO DAS MOLÉCULAS ÀS PROTEÍNAS DA LÁGRIMA EPITÉLIO # IMPERMEÁVEL AOS IÕES ESTROMA # IMPERMEÁVEL AOS LÍPIDOS/PERMEÁVEL AOS IÕES ENDOTÉLIO # PERMEÁVEL

LIGAÇÃO DAS MOLÉCULAS ÀS PROTEÍNAS DA LÁGRIMA EPITÉLIO # IMPERMEÁVEL

8 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. AUSÊNCIA DE PENETRAÇÃO ATRAVÉS DA CÓRNEA E ESCLERA CÓRNEA FORMA IONIZADA E NÃO IONIZADA FASES AQUOSA E LIPÍDICA EX: CLORANFENICOL

9 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. AUSÊNCIA DE PENETRAÇÃO ATRAVÉS DA CÓRNEA E ESCLERA ESCLERA # A CONJUTIVA BULBAR É MAIS PERMEÁVEL QUE O EPITÉLIO DA CÓRNEA # ALGUNS MEDICAMENTOS CONSEGUEM PENETRAR ATRAVÉS DESTES VASOS PARA O MEIO INTRAOCULAR # A INFLAMAÇÃO (CONJUNTIVITE) AUMENTA A SUA PERMEABILIDADE MAS TAMBÉ A DRENAGEM LACRIMAL

# ALGUNS MEDICAMENTOS CONSEGUEM PENETRAR ATRAVÉS DESTES VASOS PARA O MEIO INTRAOCULAR #

10 FACTORES QUE AFECTAM A PENETRAÇÃO INTRAOCULAR DO P.A. DISTRIBUIÇÃO DENTRO DO MEIO INTRAOCULAR ALGUMAS MOLÉCULAS APRESENTAM TROPISMO PARA TECIDOS PIGMENTADOS PILOCARPINA ATROPINA ADRENALINA TIMOLOL

11 FORMAS FARMACÊUTICAS TÓPICAS COLÍRIO (SOLUÇÃO/SUSPENSÃO) POMADA GEL OUTROS

12 FORMAS FARMACÊUTICAS TÓPICAS ATENÇÃO!!!!!!!!! HIPERSECREÇÃO LACRIMAL OLHO INFLAMADO/ANIMAL EXCITADO

13 COLÍRIO Ν MEIO AQUOSO Ν APLICAÇÃO SOBRE A CONJUNTIVA Ν 4-6X/DIA NO MÍNIMO # VOLUME ADMINISTRADO: 1GOTA: 50µL # VOLUME RETIDO NA LÁGRIMA: 3µL # VOLUME MÁXIMO APROVEITADO: 20µL

14 POMADA Ν EXCIPIENTE LIPÍDICO: EMULSÃO Ν LIBERTAÇÃO DO P.ª 15-30SEG. APÓS A ADMINISTRAÇÃO Ν CONTRA-INDICAÇÕES LESÕES DA CÓRNEA DIMINUIÇÃO DA OXIGENAÇÃO

15 GEL Ν P.A. LIBERTADO POR DIFUSÃO APÓS EROSÃO DOS POLÍMEROS SOLÚVEIS Ν ACUMULA AS VANTAGENS DOS COLÍRIOS E POMADAS Ν ADMINISTRAÇÃO MENOS FRQUENTE QUE AS POMADAS

16 ABSORÇÃO DO PA APÓS ADMINISTRAÇÃO TÓPICA FRACÇÃO NÃO DRENADA É ABSORVIDA Vasos conjuntivais (+++inflamação) CÓRNEA epitélio estroma # barreira para PA lipofílicos # reservatório para PA hidrofílicos endotélio humor aquoso: não limita a difusão das drogas

estroma # barreira para PA lipofílicos # reservatório para PA

19 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Ν TÓPICA Ν SUBCONJUNTIVAL Ν RETROBULBAR Ν INTRAOCULAR Ν SISTÉMICA

20 ADMINISTRAÇÃO SUBCONJUNTIVAL #PERMITE OBTER MAIORES CONCENTRAÇÕES NOS TECIDOS OCULARES, DIMINUINDO A FRQUÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO #INDICAÇÕES: INFLAMAÇÕES DO SEGMENTO ANTERIOR

21 ADMINISTRAÇÃO SUBCONJUNTIVAL TÉCNICA ANESTESIA LOCAL AGULHA 2-3mm ATRÁS DO LIMBO ESCLERO-CORNEAL FORMAÇÃO DE UMA BOLHA ABSORÇÃO LOCAL E SISTÉMICA

22 TÉCNICA

23 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Ν TÓPICA Ν SUBCONJUNTIVAL Ν RETROBULBAR Ν INTRAOCULAR Ν SISTÉMICA

24 ADMINISTRAÇÃO RETROBULBAR INDICAÇÕES Ν INFLAMAÇÃO DO SEGMENTO POSTERIOR Ν ADMINISTRAÇÃO DE ANETÉSICO UTILIZAR AGULHA DE 25-30mm DE COMPRIMENTO

25 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Ν TÓPICA Ν SUBCONJUNTIVAL Ν RETROBULBAR Ν INTRAOCULAR Ν SISTÉMICA

26 ADMINISTRAÇÃO INTRAOCULAR INDICAÇÕES # CIRURGIA INTRAOCULAR # ADMINISTRAÇÃO DE GENTAMICINA NA CÂMARA VÍTREA

27 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Ν TÓPICA Ν SUBCONJUNTIVAL Ν RETROBULBAR Ν INTRAOCULAR Ν SISTÉMICA

28 VIA SISTÉMICA TEORICAMENTE, SÓ AGENTES DE BAIXO PESO MOLECULAR E LIPOFÍLICOS CONSEGUEM ATRAVESSAR A BARREIRA HEMATOCULAR

29 VIA SISTÉMICA BARREIRA HEMATOCULAR # BARREIRA HEMATOAQUOSA sangue capilares humor aquoso epitélios ciliar e da íris # BARREIRA HEMATORRETINIANA vasos retinianos epitélio pigmentado da retina DURANTE A INFLAMAÇÃO A PERMEABILIDADE AUMENTA!!!!!!!

30 FÁRMACOS UTILIZADOS EM TERAPIA OCULAR

31 GRUPOS DE FÁRMACOS ANTIBIÓTICOS ANTIVÍRICOS MIDRIÁTICOS E CICLOPLÉGICOS ANTIMICÓTICOS ANTIPROTOZOÁRIOS ANTIGLAUCOMATOSOS CORTICOSTERÓIDES AINE S ANTIHISTAMÍNICOS IMINOSSUPRESSORES

32 ANTIBIÓTICOS ADMINISTRAÇÃO TÓPICA # INFECÇÕES SUPERFICIAIS (CÓRNEA E CONJUNTIVA) VANTAGEM # ADMINISTRAÇÃO DE AB COM TOXICIDADE SISTÉMICA DE FORMA SEGURA EX. CLORANFENICOL, NEOMICINA

33 ANTIBIÓTICOS ESCOLHA # SENSIBILIDADE # AGENTE DESCONHECIDO Ν neomicina + bacitracina + polimixina B # GRAM - Ν tobramicina; gentamicina; neomicina # Pseudomonas sp (Estafilococos; Estreptococos) Ν ciprofloxacina

35 ANTIBIÓTICOS VIA SISTÉMICA SÓ AB MUITO LIPOSSOLÚVEIS # TETRACICLINA # SULFAMIDAS # CLORANFENICOL

36 ANTIVÍRICOS QUERATITE HERPÉTICA # IDOXURIDINA # TRIFLURIDINA

37 QUERATITE HERPÉTICA # IDOXURIDINA # TRIFLURIDINA

38 ANTIGLAUCOMATOSOS GLAUCOMA AUMENTO DA PRESSÃO INTRAOCULAR POR DIFICULDADES NA DRENAGEM DO HUMOR AQUOSO

39 ANTIGLAUCOMATOSOS AGENTES OSMÓTICOS PARASSIMPÁTICOMIMÉTICOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÓNICA ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS

40 ANTIGLAUCOMATOSOS AGENTES OSMÓTICOS # MANITOL # GLICERINA MEC. ACÇÃO: aumento da osmolalidade do plasma perda de água das câmaras gradiente de pressão osmótica através da barreira hematocular no epitélio ciliar

41 ANTIGLAUCOMATOSOS PARASSIMPÁTICOMIMÉTICOS # PILOCARPINA MEC. ACÇÃO: estimulação directa dos receptores colinérgicos diminuição da miose resistência ao fluxo de humor aquoso MUITO IRRITANTE: ph 4-5

42 ANTIGLAUCOMATOSOS AGONISTAS ADRENÉRGICOS # EPINEFRINA/ADRENALINA MEC. ACÇÃO: diminuição da formação de humor aquoso e aumento do fluxo uveo-escleral

43 ANTIGLAUCOMATOSOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS # TIMOLOL (ß-BLOQUEANTE) as concentrações comerciais não são efectivas (0,25-0,5%) # BETAXOLOL (ß-BLOQUEANTE) # LEVOBUNOLOL (ß-BLOQUEANTE)

44 ANTIGLAUCOMATOSOS Inibidores da anidrase carbónica # ACETAZOLAMIDA: muitos efeitos secundários # DICLOROFENAMIDA: maior tolerância nos pequenos animais # METAZOLAMIDA # DORZOLAMIDA: administração tópica

45 ANTIGLAUCOMATOSOS ANÁLOGOS DAS PROSTAGLANDINAS # LATANOPROST (0,005%) # UNOPROSTONE (0,12%) - aumentam a drenagem de humor aquoso pela via não convencional (plexo uveo-escleral) - contra-indicados na uveíte

47 MIDRIÁTICOS E CICLOPLÉGICOS MEC. ACÇÃO Ν paralisia do m. esfincter da íris inibição da acção da acetilcolina # parassimpáticolíticos (anticolinérgicos) Ν estimulação do m. radial da íris: activação dos receptores alfaadrenérgicos # simpáticomiméticos

48 MIDRIÁTICOS E CICLOPLÉGICOS PARASIMPÁTICOLÍTICOS Ν ATROPINA (SULFATO DE) (O,25-0,5%) # POSSUI ACTIVIDADE CICLOPLÉGICA # ACTIVA DURANTE 1H-120H (15 DIAS); BID/SID Ν TROPICAMIDA (O,5-1,0%) # EFEITO EM 15-20MIN # SEM ACTIVIDADE CICLOPLÉGICA

50 MIDRIÁTICOS E CICLOPLÉGICOS SIMPÁTICOMIMÉTICOS Ν FENILFRINA (10%) # UTILIZADO EM CONJUNTO COM A ATROPINA # ESTIMULA OS RECEPTORES ALFA # ACÇÃO DURANTE 2-18H Ν EPINEFRINA # CIRURGIA INTRAOCULAR # Dx DIFERENCIAL DO SÍNDROME DE HORNER

51 ANESTÉSICOS TÓPICOS MEC. ACÇÃO bloqueiam a propagação dos impulsos nervosos por interferirem com o processo fundamental da geração de potencial de acção do nervo difundem-se pela membrana diminuição da permeabilidade aos iões de Na produzida pela despolarização

52 ANESTÉSICOS TÓPICOS Ν TETRACAÍNA (0,5%) # efeito em seg # acção durante 10-20min Ν OXIBUPROCAÍNA # menor toxicidade para o epitélio Ν PROPARACAÍNA # menor toxicidade para o epitélio

53 LÁGRIMAS ARTIFICIAIS REGRAS DE UTILIZAÇÃO # não utilizar SF; é rapidamente eliminado # alcoól polivinílico mal tolerado pelos carnívoros # pomadas mal toleradas por olhos secos # a apresentação sob a forma de gel é a ideal

54 LÁGRIMAS ARTIFICIAIS PRINCÍPIOS ACTIVOS UTILIZADOS # metilcelulose; hidroxipropilmetilcelulose # alcoól polivinílico # carbómeros # ácido hialurónico

55 ANTINFLAMATÓRIOS CORTICOSTERÓIDES VIA TÓPICA # acetato de prednisolona # fosfato de dexametasona VIA SUBCONJUNTIVAL # acetato de metilprednisolona # triancinolona # betametasona

56 ANTINFLAMATÓRIOS AINE S # FLURBIPROFENO # SUPROFENO # DICLOFENAC DE Na

57 ANTICOLAGENOLÍTICOS IMPORTÂNCIA Algumas bactérias (+++ Pseudomonas) e as células da córnea podem libertar colagenases e proteases Destroem o colagénio do estroma Perfuração ocular em poucas horas

58 ANTICOLAGENOLÍTICOS # ACETILCISTEÍNA a 5% # EDTA 0,4ml (150mg/ml) + 15ml de SF # CISTEÍNA # HEPARINA #(SORO AUTÓLOGO)

59 DROGAS IMUNOSSUPRESSORAS # CORTICOSTERÓIDES # CICLOSPORINA A - INIBE OS LINFÓCITOS T HELPER - ACÇÃO LACRIMOMIMÉTICA

60 INIBIDORES DA DESGRANULAÇÃO DOS MASTÓCITOS CROMOGLICATO DE SÓDIO

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