Varejo brasileiro cresce 2% em junho, de acordo com ICVA

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1 Varejo brasileiro cresce 2% em junho, de acordo com ICVA Houve desaceleração do crescimento das vendas no primeiro semestre, interrompendo sequência de quatro semestres seguidos de aceleração As vendas no varejo brasileiro cresceram 2,0% em junho, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o ICVA apresentou alta de 5,4%. Três jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2018, realizados no mês de junho, enfraqueceram as vendas. Esse quadro favorece o desempenho de junho deste ano na comparação ano contra ano. O resultado de junho deste ano só não foi melhor porque o mês contou com um domingo a mais e um feriado, dias mais fracos para o varejo. Dessa maneira, o calendário pouco interferiu no resultado do mês. Ao ajustar o ICVA deflacionado para esse efeito não recorrente, a alta seria de 1,9%. O ICVA nominal, por sua vez, registraria alta de 5,3%. Verificamos aceleração do crescimento no mês de junho, algo que não ocorria desde fevereiro. Esse resultado, no entanto, não compensou a queda de ritmo verificada ao longo do primeiro semestre, afirma o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto. Crescimento da Receita de Vendas sem ajustes de calendário 7,8% 6,8% 8,0% 6,8% 4,4% 4,7% 4,9% 5,4% 0,5% 1,5% 4,4% 3,3% 3,5% 4,7% 4,0% 1,9% 2,0% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19-0,7%

2 Crescimento da Receita de Vendas com ajustes de calendário 8,8% 4,4% 5,3% 6,7% 6,4% 6,8% 7,1% 6,1% 5,1% 5,3% 1,1% 1,4% 4,1% 2,4% 3,3% 3,8% 2,1% 0,8% 0,6% 1,9% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19 c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário DIA DOS NAMORADOS Em termos nominais, houve alta de 8,8% nas vendas na semana que antecedeu o Dia dos Namorados em relação ao mesmo período do ano passado. No segmento de presentes, os crescimentos mais relevantes foram notados nos ramos de óticas e joalherias (5,4%); varejo alimentício especializado (4,2%); e vestuários e artigos esportivos (2,8%). INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em junho pelo IBGE apontou alta de 3,37% no acumulado dos últimos 12 meses, com uma desaceleração em relação ao número registrado em maio (4,66%). Os grupos de Alimentação no domicílio e Transportes contribuíram para a desaceleração do índice. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em junho ficou em com desaceleração em relação a maio (4,5%). SETORES Os três blocos de setores cresceram em junho em comparação com o mesmo período do ano anterior já descontada a inflação. No grupo de Serviços, o crescimento foi puxado pelos setores de Alimentação em bares e restaurantes e Automotivo, enquanto Turismo e transporte contribuiu negativamente para o resultado. Em Bens não duráveis, o destaque foi Drogarias e farmácias e Supermercados. Cosméticos e higiene pessoal puxou o resultado para baixo. No bloco de Bens duráveis, os setores de Móveis, eletro e departamento e Vestuário contribuíram positivamente para o resultado e o setor de Material para construção contribuiu negativamente.

3 REGIÕES As regiões brasileiras Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram aceleração na passagem mensal, segundo o ICVA Deflacionado com ajuste de calendário. As regiões Norte e Nordeste registraram leve desaceleração. Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado na região Sul apresentou alta de, seguida pelas regiões Norte e Centro-Oeste, com e 2,7% respectivamente. A região Nordeste registrou alta de 1,8%. A alta no Sudeste foi de 0,8%. Pelo ICVA nominal que não considera o desconto da inflação, os destaques foram as regiões Sul e Norte, com altas de e 6,2%, respectivamente. Centro-Oeste e Sudeste apresentaram crescimento de 5,2% em junho. Já o Nordeste registrou crescimento de 4,4%. 8,2% SUDESTE 6,1% 7,6% 6,2% 4,9% 6,1% 3,8% 5,1% 3,3% 2,7% 3,0% 2,4% 1,4% 2,7% 1,5% 1,5% 0,2% 0,8% 1,0% 1,5% 1,4% -0,6% -0,9% -0,7% 5,7% 5,2% 2,8% 3,5% 1,8% 0,6% 0,8% 0,6% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19-0,9% -1,9% -2,8% -1,6% -1,7% c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário -0,2%

4 7,9% 9,2% 7,4% 8,2% 6,5% 4,8% 9,2% 4,0% 4,2% 9,7% 8,6% 6,5% 5,4% 9,4% 8,0% 6,6% 8,1% 6,8% 6,7% 6,0% 5,7% 8,6% 7,8% 8,3% 6,0% 4,7% 4,3% SUL 10,5% 8,7% 7,5% 8,0% 6,4% 4,9% 4,3% 3,5% 1,4% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19 c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário 11,4% NORDESTE 8,6% 8,3% 9,1% 10,5% 7,7% 7,6% 7,7% 4,1% 5,2% 3,7% 3,1% 9,3% 9,3% 9,0% 7,4% 7,7% 8,4% 7,6% 6,8% 4,7% 4,0% 3,7% 4,4% 3,9% 2,9% 8,1% 7,7% 4,1% 4,4% 2,7% 2,7% 3,8% 1,8% 2,7% 1,8% 1,3% 1,1% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19-0,7% c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário

5 CENTRO-OESTE 7,7% 6,5% 4,0% 8,2% 5,6% 11,1% 10,4% 9,8% 8,6% 8,1% 6,4% 7,9% 5,3% 4,1% 9,8% 9,4% 6,4% 6,1% 8,4% 8,3% 8,4% 8,0% 6,1% 5,8% 6,2% 5,3% 10,5% 7,8% 7,9% 7,6% 7,4% 7,4% 4,7% 4,3% 3,5% 3,0% 5,2% 2,9% 2,7% 0,8% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19 c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário NORTE 8,4% 6,5% 7,1% 4,8% 11,3% 10,7% 9,6% 10,3% 10,8% 8,7% 1 11,8% 8,9% 8,9% 8,1% 6,8% 6,0% 11,8% 10,0% 9,5% 9,1% 6,7% 5,6% 11,2% 10,5% 7,1% 9,8% 9,6% 5,7% 6,2% 5,6% jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov -18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19 jun-19 c/ ajuste calendário c/ ajuste calendário SEGUNDO TRIMESTRE DE 2019 Após descontada a inflação, o ICVA encerrou o segundo trimestre de 2019 com crescimento de 2,0% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos nominais, o índice apontou crescimento de 6,5% no segundo trimestre e ficou um pouco acima do registrado no trimestre anterior. O calendário afetou positivamente o resultado do segundo trimestre deste ano porque, no segundo trimestre do ano passado, a atividade econômica foi atingida por eventos

6 como a Greve dos Caminhoneiros, ocorrida em maio, e três partidas do Brasil na Copa do Mundo realizadas em junho. Crescimento da Receita de Vendas sem ajustes de calendário - TRIMESTRAL 4,0% 4,3% 2,5% 1,1% 1,7% 1,9% 2,1% 1,2% 1,3% 1,7% 4,5% 5,7% 2,4% 7,5% 6,2% 6,5% 2,4% 2,0% -5,1% -3,0% -4,8% -4,5% -4,9% -0,7% 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 4T17 1T18 2T18 3T18 4T18 1T19 2T19 PRIMEIRO SEMESTRE DE 2019 Após descontada a inflação, o ICVA encerrou o primeiro semestre de 2019 com crescimento de em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos nominais, o índice seguiu a mesma tendência: cresceu na comparação com o primeiro semestre de Houve uma desaceleração no crescimento das vendas no período. O resultado é um marco porque interrompe a sequência de quatro semestres de aceleração, diz Mariotto. Crescimento da Receita de Vendas sem ajustes de calendário - SEMESTRAL 12,3% 9,7% 7,4% 6,7% 5,2% 1,4% 3,9% 3,8% 3,3% -3,9% - -4,7% 1,4% -1,9% 2,0% 1,2% 3,8% 2,1% 2,9% 1S14 2S14 1S15 2S15 1S16 2S16 1S17 2S17 1S18 2S18 1S19

7 SETORES - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2019 O primeiro semestre de 2019 cresceu em todos os macrossetores do Varejo. O bloco dos setores de Bens não Duráveis foi o que apresentou maior alta: em comparação com o primeiro semestre de 2018 quando descontada a inflação. Em termos nominais, o crescimento foi de. O setor de Drogarias e Farmácias foi destaque do bloco. Por outro lado, o setor de Varejo alimentício especializado fechou o semestre em retração descontada a inflação. O grupo de Bens Duráveis e Semiduráveis cresceu 1,6% no conceito deflacionado e 3,7% no conceito nominal. O resultado deflacionado do macrossetor foi puxado pelo desempenho positivo dos setores Vestuário e artigos esportivos; e Móveis, Eletro e Lojas de Departamento. O desempenho de Óticas e joalherias contribuiu negativamente para o grupo. O bloco de Serviços cresceu 0,2% quando descontada a inflação e em termos nominais. O resultado positivo, descontada a inflação, foi puxado pelos setores de Alimentação em Bares e Restaurantes e de Serviços automotivos, enquanto Turismo e Transportes impactou negativamente o macrossetor. Crescimento da Receita Nominal e Deflacionada por Macrossetor 1S 2019 Nominal Deflacionado* 3,7% 1,6% 0,2% Varejo Bens não duráveis Bens duráveis e semiduráveis Serviços Principais setores: - Bens não duráveis: Supermercados e Hipermercados; Drogarias e Farmácias; Postos de Gasolina; entre outros. - Bens duráveis e semiduráveis: Vestuário; Móveis, Eletro e Lojas de Departamento; Materiais para Construção; entre outros. - Serviços: Alimentação em Bares e Restaurantes; Turismo e Transporte; Recreação e Lazer; entre outros. REGIÕES - PRIMEIRO SEMESTRE DE 2019 Houve crescimento das vendas no varejo em todas as regiões brasileiras no período. Pelo ICVA deflacionado, as altas foram de 6,0% na região Norte, 4,9% na região Sul, 4% no Centro-Oeste, 2,7% no Nordeste e 0,3% no Sudeste. Em termos nominais, as altas foram de 9,0% na região Norte, 7,7% na região Sul, 7,4% no Centro-Oeste, 6,8% na região Nordeste e 5,6% na região Sudeste.

8 Crescimento da Receita Nominal e Deflacionada por Região 1S 2019 Nominal Deflacionado* 9,0% 5,6% 7,7% 4,9% 6,8% 7,4% 6,0% 4,0% 2,7% 0,3% Brasil Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte SOBRE O ICVA O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,2 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês. O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais. COMO É CALCULADO A unidade de Inteligência da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento - como a variação de market share - e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda. Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas. ENTENDA O ÍNDICE Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.

9 ICVA Deflacionado descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, ajustado ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA. Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços. /Deflacionado com ajuste calendário ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice. Barueri, 15 de julho de Gustavo Henrique Santos de Sousa Vice-Presidente Executivo de Finanças e Diretor de Relações com Investidores