FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM TUBERCULOSE. Profª Ma. Júlia Arêas Garbois VITÓRIA 2015
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- Thalita Fortunato Pedroso
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1 FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM TUBERCULOSE Profª Ma. Júlia Arêas Garbois VITÓRIA 2015
2 TUBERCULOSE Doença infecciosa, atinge, principalmente, o pulmão. Éuma doença grave, transmitida pelo ar; O microorganismo causador da doença éo bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis. Bacilo de crescimento lento, aeróbio estrito, de transmissibilidade aerógena.
3 TUBERCULOSE -Há mais de 3 mil anos, essa bactéria acomete de maneira crescente a população mundial. -Na década de 1990, foi considerada como problema de saúde de emergência global pela OMS, tendo em vista o aumento da incidência e da mortalidade por uma doença tratável e curável
4 Período de incubação: Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em media, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primarias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. Período de transmissibilidade: - Enquanto o doente estiver eliminando bacilos e não houver iniciado o tratamento. Com o inicio do esquema terapêutico, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas. As crianças, com Tuberculose pulmonar, geralmente não são infectantes.
5 A disseminação acontece pelo ar. O espirro de uma pessoa infectada joga no ar, cerca de 2 milhões de bacilos. Pela tosse cerca de 3,5 mil partículas são liberadas. Os bacilos da tuberculose jogados no ar (aerossóis) permanecem em suspensão durante horas. Quem respira em um ambiente por onde passou um doente pode se infectar. O bacilo inalado se implantaráno pulmão. Em poucas semanas, pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação.
6 TUBERCULOSE - O primeiro contato do germe com o organismo: - Esse processo de primeiro contato do germe com o organismo e a reação inflamatória que ocorre édenominada de primo-infecção
7 PRIMO-INFECÇÃO TUBERCULOSA A chegada do bacilo de Koch nos alvéolos é reconhecida por macrófagos e pelos linfócitos T, que identificam a cápsula do bacilo como um antígeno e provocam uma reação específica com formação de granuloma; assim acontece o chamado complexo primário (lesão do parênquima pulmonar e adenopatia). Na maioria das pessoas, a primo-infecção tuberculosa adquire uma forma subclínica sem que o doente sequer percebe sintomas de doença.
8 FORMAÇÃO DO GRANULOMA
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10 TUBERCULOSE PRIMÁRIA Após um período de 15 dias, os bacilos passam a se multiplicar facilmente nos pulmões, pois ainda não háproteção natural do organismo contra a doença. Se o sistema de defesa não conseguir encurralar o bacilo, instalase a tuberculose primária, caracterizada por pequenas lesões (nódulos) nos pulmões.
11 TUBERCULOSE DEPOIS... Essa bactéria pode se espalhar e se alojar em vários locais do corpo. Se o sistema de defesa do organismo estiver com boa vigilância, na maioria dos casos, o bacilo não causará doença, ficará sem atividade (infecção latente). MAS... -Se, em algum momento da vida, o sistema de defesa diminuir, o bacilo que estava no período latente poderá entrar em atividade e causar doença
12 CAVERNAS TUBERCULOSAS lesão tecidual édecorrente da resposta imunológica do hospedeiro, e não do efeito direto do bacilo, jáque édesprovido de toxinas de alto poder lesivo. Ou seja, na tentativa de controlar a infecção, o sistema imunológico gera inflamação e destruição tecidual. No caseo, os bacilos se proliferam com muita dificuldade devido às baixas tensões de oxigênio e ao ph ácido. O processo tende a se estabilizar nesse ponto. Contudo, vem o grande perigo: a liquefação da necrose caseosaque ocorre, provavelmente, pela liberação de grandes quantidades de proteases, lípases e nucleases pelos macrófagos ativados que circundam o foco caseoso. Háum aumento da osmolaridadelocal, puxando água do tecido circunjacente, transformando o material em um excelente caldo de cultura para obacilo da tuberculose. Se o foco de necrose caseosaliquefeita atinge um brônquio, erodindo a sua parede permitindo comunicação com o espaço aéreo rico em oxigênio, exacerba-se ainda mais a proliferação bacilar. Surge a caverna tuberculosa
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16 TUBERCULOSE -Condições de risco para infecção por TB: -Estão implicadas as gotículas de saliva expelidas por pessoas com doença pulmonar (comumente chamadas de bacilíferos); -A renovação do ar do ambiente e -O tempo de exposição entre a fonte (bacilífero) e o contato.
17 TUBERCULOSE -SINTOMAS: Tosse crônica ( o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias); Febre vespertina; Suor noturno; Dor no tórax; Perda de peso lenta e progressiva; Anorexia; Adinamia.
18 TUBERCULOSE - Os maiores transmissores de TB são: As pessoas que tossem e que têm resultado positivo no exame de escarro, Os doentes de TB pulmonar sem tratamento, Os pacientes que recém iniciaram a terapia específica ou Os casos com pobre resposta ao tratamento.
19 TRANSMISSÃO, PATOGÊNESE E QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA 10% das pessoas infectadas adoecem, metade durante os 2 primeiros anos após a infecção e a outra metade ao longo da vida. O risco de progressão da infecção para a doença aumenta na presença de situações que debilitem o sistema imunológico da pessoa: Diabetes Mellitus (DM); Infecção pelo HIV; Tratamento prolongado com corticosteroídes; Terapia imunossupressora; Doenças renais crônicas, entre outras.
20 TUBERCULOSE -Por que nos pulmões? -Como o bacilo de Koch se reproduz e se desenvolve rapidamente em áreas do corpo com muito oxigênio, o pulmão é o principal órgão atingido pela tuberculose.
21 TUBERCULOSE - PREVENÇÃO: - A prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 3 dias de vida, é capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. -TRATAMENTO: -Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de medicamentos: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol
22 - ESQUEMA BÁSICO
23 - ESQUEMA BÁSICO - CRIANÇAS
24 TB MENINGOENCEFÁLICA
25 - TUBERCULOSE
26 - TUBERCULOSE
27 QUIMIOPROFILAXIA PRIMÁRIA -Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosa em RN cohabitantes de caso bacilífero. O RN deve NÃO deverá ser vacinado ao nascer. -A Isoniazida é apilcada por 3 meses e, após esse período, fazese o PPD. Se tiver PT> ou = 5mm: a medicação deve ser mantida por 3 meses; caso contrário, interrompe-se e vacina-se com BCG.
28 Na TB pulmonar, após 15 dias de tratamento, a tosse diminui bastante e o risco de contágio cai de maneira significativa Com o inicio do esquema terapêutico recomendado a transmissão é reduzida gradativamente, a níveis insignificantes a fim de poucos dias ou semanas.
29 -Se o paciente tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam. - O tratamento interrompido fortalece o bacilo e pode trazer de volta a doença que causou pavor no passado. Pode também causar um outro tipo de tuberculose, a Tuberculose Resistente.
30 TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO Profissional treinado passa observar a tomada da medicação do paciente desde o inicio do tratamento Taxas de cura inferiores a meta preconizada de 85% e de abandono superiores a 5% demonstram a necessidade de aumentar a qualidade na cobertura do tratamento diretamente observado no Pais. E desejável que a tomada observada seja diária, de segunda a sexta-- feira. No entanto, se para o doente a opção de três vezes por semana for a única possível,deve ser exaustivamente a ele explicada a necessidade da tomada diária, incluindo os dias em que o tratamento não será observado.
31 CASO CONFIRMADO Tuberculose pulmonar bacilífera: 2 baciloscopias diretas positivas, ou 1baciloscopia direta positiva e cultura positiva ou 1 baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de TB. Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK) - 2 baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva, e achados clínicos ou outros exames complementares. Tuberculose extrapulmonar - evidências clinicas, achados laboratoriais, inclusive histopatológicos compatíveis com Tuberculose extrapulmonarativa; ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para M. tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar.
32 OUTROS TIPOS DE TUBERCULOSE TUBERCULOSE PLEURAL: A tuberculose extrapulmonar mais comum é tuberculose pleural, que como diz o nome, acomete a pleura, membrana que recobre os pulmões. Os sintomas mais comuns são dor torácica unilateral e falta de ar, causado pelo aparecimento de derrame pleural, mais conhecido com água na pleura.
33 TUBERCULOSE ÓSSEA Costuma envolver a coluna vertebral, causando destruição das vértebras. A tuberculose da coluna também échamada de "Mal de Pott". Apresenta sintomas de dor leve/moderada nas costas, que piora progressivamente. Conforme a vértebra vai sendo destruída, a medula pode ser acometida causando intensa dor e alterações neurológicas, incluindo até paralisia dos membros.
34 DIAGNÓSTICO - Clínico e laboratorial: -Baciloscopia direta do escarro: método prioritário para todos os sintomáticos respiratórios. -Cultura do escarro ou outras secreções: para suspeitos de TB negativos ao exame direto do escarro e para diagnósticos de formas extrapulmonares,e para diagnóstico de TB em HIV positivo. - Exame radiológico: auxiliar aos outros exames.
35 TESTE TUBERCULÍNICO (PPD) - Injeção intradérmica de 0,1 ml (2 UIT) de solução de tuberculina. -No terço médio anterior do antebraço, de preferência esquerdo. -Quando a injeção érealizada corretamente, háa formação de pequena pápulapálida com aproximadamente 10 mm de largura, com aspecto de casca de laranja e que se mantém endurecida por cerca de dez minutos. Pacientes que tomaram a vacina BCG podem apresentar resultado positivo, por isso é importante a confirmação por outros métodos.
36 TESTE TUBERCULÍNICO O resultado deve ser avaliado após 3 a 4 dias da injeção (72 a 96 horas). A reação positiva se observa quando há uma infiltração nodular, plana e irregular (pápula), acompanhada de área eritematosa (avermelhada) de extensão mais ou menos delimitada. Deve-se medir o tamanho apenas do nódulo (pápula) com uma régua milimétrica no sentido transversal em relação ao maior eixo do braço (imagem) e anotar o resultado em mm.
37 TESTE TUBERCULÍNICO: Interpretação 0-4 mm:não reator: Indivíduo não infectado pelo M. tuberculosisou com hipersensibilidade reduzida. 5-9 mm: Reator fraco: Indivíduo vacinado com BCG ou infectado por M. tuberculosis ou outras micobactérias. 10 mm: Reator forte: indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, (doente ou não) e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos. Um teste cutâneo negativo não exclui a doença em pacientes imunocomprometidos e pacientes com tuberculose avançada podem ser anérgicos(não reagir).
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40 A baciloscopiadireta deve ser solicitada aos pacientes que apresentem: critérios de definição de sintomático respiratório (tosse por tempo igual ou superior a três semanas); suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse (exame de escarro); e suspeita clinica de TB extrapulmonar(exame em materiais biológicos diversos).
41 A baciloscopiado escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que e importante do ponto de vista epidemiológico, jáque os casos bacilíferossão os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão.
42 A baciloscopiade escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma por ocasião da primeira consulta e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. Nos casos em que háindícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais.
43 BIOSSEGURANÇA NA COLHEITA DAS AMOSTRAS
44 CONSERVAÇÃO DAS AMOSTRAS
45 CAIXA TÉRMICA UTILIZADA NO TRANSPORTE DE AMOSTRAS
46 - TUBERCULOSE
47 - TUBERCULOSE
48 - TUBERCULOSE
49 - TUBERCULOSE
50 TUBERCULOSE - TESTE GENEXPERT - ESTV
51 DEFINIÇÕES Recidiva:tuberculose em atividade, játratada e curada anteriormente, independentemente do tempo decorrido do tratamento anterior. Retorno após abondono: doente que retorna, após iniciado o tratamento para tuberculose e que deixou de comparecer àunidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos a partir da data marcada para seu retorno ou da última tomada de medicação supervisionada.
52 DEFINIÇÕES Retratamento: prescrição de um esquema de drogas para o doente játratado por mais de 30 dias e a menos que cinco anos, que venha a necessitar de nova terapia por recidiva após cura (RC) ou retorno após abandono (RA). Falência: persistência de baciloscopiapositiva ao final do tratamento, fortemente positiva (++ ou +++) no início do tratamento, mantendo esta situação atéo quarto mês de tratamento ou positividade inicial seguida de negativaçãoe nova positividade a partir do quarto mês de tratamento.
53 CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO TTO NAS UNIDADES DE SAÚDE ALTA POR CURA: ao completar o tratamento o paciente apresentar duas baciloscopias negativas: uma na fase de acompanhamento e outra no final do tratamento (cura). ALTA POR COMPLETAR O TTO: serádada com base em critérios clínicos e radiológicos, quando: o paciente não tiver realizado o exame de escarro por ausência de expectoração, e tiver alta com base em dados clínicos e exames complementares; casos de tuberculose pulmonar inicialmente negativos; casos de tuberculose extrapulmonar. ALTA POR ABANDONO DE TTO: serádada ao doente que deixou de comparecer à unidade por mais de 30 dias consecutivos, após a data prevista para seu retorno. Nos casos de tratamento supervisionado, o prazo de 30 dias conta a partir da última tomada da droga. ALTA POR MUDANÇA DE DIAGNÓSTICO: será dada quando for constatado erro no diagnóstico.
54 CRITÉRIOS PARA ENCERRAMENTO DO TTO NAS UNIDADES DE SAÚDE ALTA POR ÓBITO: Será dada por ocasião do conhecimento da morte do paciente, durante o tratamento e independentemente da causa. ALTA POR FALÊNCIA:serádada quando houver persistência da positividade do escarro ao final do 4.ºou 5.ºmês de tratamento. Os doentes que no início do tratamento são fortemente positivos (+ + ou + + +) e mantêm essa situação atéo 4.ºmês, ou os que apresentam positividade inicial seguida de negativaçãoe nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4.ºmês de tratamento, são classificados como caso de falência. ALTA POR TRANSFERÊNCIA: dada quando o doente for transferido para outro serviço de saúde. A transferência deve ser processada através de documento que informará sobre o diagnóstico e o tratamento realizado até aquele momento.
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56 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O Brasil ocupa o 17ºlugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Nos últimos 17 anos, a tuberculose apresentou queda de 38,7% na taxa de incidência e 33,6% na taxa de mortalidade.
57 Fonte: Ministério da Saúde, 2013
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62 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de bolso: doenças infecciosas e parasitárias. Brasília: BRASIL. Ministério da Saúde. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose na atenção básica: protocolo de Enfermagem.Brasília: Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil Brasília, d=11045&itemid=674
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