ENSINO FUNDAMENTAL: fim de um ciclo expansionista? Eloísa Vidal (UECE) Leandro Costa (IPECE) Sofia Lerche Vieira (UECE, coord.)

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1 ENSINO FUNDAMENTAL: fim de um ciclo expansionista? Eloísa Vidal (UECE) Leandro Costa (IPECE) Sofia Lerche Vieira (UECE, coord.)

2 Artigo sumário Introdução: recorte metodológico (Ensino Fundamental) e bases de dados (PNAD, Censo Escolar, SAEB e UNESCO). Breve retrospectiva Dados da PNAD: Freqüência escolar, Distorção Idade- Série, Oferta por rede, Ensino Fundamental e mercado de trabalho, Acesso a novas tecnologias, Pirâmide etária. Outros indicadores: Censo Escolar e SAEB Uma perspectiva comparada: Taxas de Matrícula, Taxas de Repetência, Taxas de Abandono, Relação Professor- Aluno, Gasto Público. Síntese prospectiva: a PNAD versus outros indicadores, uma agenda para o século XXI

3 Questão norteadora queda na freqüência do Ensino Fundamental ( alunos a menos) A redução de matrículas entre 2004 e 2005 sinaliza mera retração da oferta ou estaria a ilustrar outro movimento? Fim do ciclo expansionista relacionado a dois fatores mutuamente articulados: Redução da população nesta faixa etária Relativa estabilização do fluxo escolar

4 PNAD 1992 estrutura etária Pirâmide Etária anos ou mais 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos -1,4% -0,9% -1,2% -1,4% -1,7% -2,1% -2,7% -3,2% -3,7% -4,0% -4,4% -5,0% 1,8% 1,1% 1,4% 1,6% 1,9% 2,2% 2,9% 3,4% 4,0% 4,3% 4,5% 5,1% 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos -5,9% -5,8% -5,4% 5,2% 5,8% 5,7% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% mulher homem

5 PNAD estrutura etária Pirâmide Etária anos ou mais -1,8% 2,6% 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos -1,1% -1,4% -1,8% -2,3% -2,8% -3,2% -3,4% -3,7% -4,1% -4,7% -4,9% -4,8% -4,7% -4,0% 1,3% 1,6% 2,1% 2,6% 3,1% 3,5% 3,8% 3,9% 4,3% 4,7% 4,8% 4,6% 4,5% 3,9% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% mulher homem

6 PNAD retrospectiva Evolução dos percentuais de distorção idade-série 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0%

7 PNAD retrospectiva Maior crescimento da freqüência início da década de noventa, com estabilização em torno de Nordeste e Norte surto expansionista tardio em relação ao Sudeste. Evidência do forte impacto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) para as regiões mais pobres do país.

8 PNAD Freqüência Educação Infantil: crescimento diferenciado, com redução de freqüência em 1,3% no país (de para ) e manutenção de crescimento positivo no Norte e Nordeste (2,9% e 1,1%). Freqüência Ensino Fundamental: diminuição na freqüência escolar de 1% (de para ), explicado pelos resultados na redução da distorção idade-série e pelo comportamento da pirâmide populacional. Freqüência Ensino Médio: queda de 1,7% (de para ), mantendo-se tendência de crescimento apenas no Norte (6%).

9 PNAD Sexo: variações negativas no biênio. Maior decréscimo no percentual de mulheres (-1,2% x -0,8%). Homens: de para Mulheres: de para Raça: redução na branca (4,7%) (de para ) e aumento nas demais raças. Oferta por rede: confirmação do predomínio da rede pública no país e nas diversas regiões, com decréscimo de 0,2% da rede privada; crescimento apenas da região Sul (de 8,5% para 9,2%).

10 PNAD Mercado de trabalho: 18,2% dos estudantes do Ensino Fundamental na condição de economicamente ativos (crescimento de 2,5% no período); 85,3% dos estudantes ocupados, com maior percentual no Nordeste (90,8%) e menor no Sudeste (70,7%). Acesso a novas tecnologias: 13,5% dos estudantes habitam em domicílios com computador, 68,7% utilizam este equipamento para acessar a internet e 22,4% o fizeram nos últimos 3 meses.

11 Outros indicadores (Censo Escolar) Redução no número absoluto de matrículas, com queda de 7% no período Maiores reduções no Nordeste e Sudeste (10,4% e 6 6,5%). Articulação deste indicador com a melhoria do fluxo escolar, fruto da redução da distorção idade-série empreendida pelos sistemas de ensino. Distorção idade-série: queda de 31,8% no período Maiores taxas de distorção idade-série nas regiões Norte e Nordeste (45,3% e 47,3%). Rede privada: crescimento (1% no período ) com maior percentual no Centro-Oeste e Sudeste (12,1% e 12,8%).

12 Outros indicadores (Censo Escolar) Elevado percentual de escolas com menos de cinco salas de aulas no Ensino Fundamental do Brasil (59,2%) e grande o número de escolas com apenas uma sala de aula nas regiões Norte (48%) e Nordeste (31%). Serviços básicos (água, energia, sanitários e esgoto): altos índices de acesso, registrando-se ligeira heterogeneidade entre as regiões geográficas. Recursos pedagógicos: escolas com reduzida presença de Biblioteca, Laboratório Informática, Laboratório Ciências, Quadra de Esportes, Computadores, Internet (menos de 40%). Salários: queda na renda real média dos professores com nível superior (Ensinos Fundamental I e II), sobretudo no Nordeste. Custo aluno: flagrantes disparidades regionais Nordeste (37%) inferior à média do Brasil; Sudeste maior que a mesma média (17%). Custo-aluno Sudeste que o do Nordeste (1,87 vezes maior).

13 Outros indicadores (Censo Escolar) Taxa de aprovação: crescimento de apenas 0,5%, no período , com decréscimo no Nordeste (1,4%). Taxa de reprovação: crescimento de 25%, com maior percentual no Sudeste (43,5%) seguido da Nordeste (21,9%). Taxa de abandono: diminuição expressiva no período (26,5%), com menor redução no Nordeste (12,8%). No Sudeste e Sul registra-se decréscimo (44,4% e 49,1%). SAEB/2005: resultados de desempenho muito inferiores aos desejados. Entre 1999 e 2005, o Brasil mantém os mesmos níveis de desempenho nos quatro indicadores, com quedas registradas na região Nordeste e Centro- Oeste para Língua Portuguesa na 4ª série do Ensino Fundamental, e Matemática na 8ª série, nas regiões Sudeste e Sul.

14 Perspectiva comparada Amostra: Argentina, Chile, China, Índia, Irlanda, Coréia do Sul, México, Portugal e Espanha. Taxa de escolarização líquida: superior a 90%. Somente a Índia apresenta percentual inferior. Demais países latinos americanos com percentuais acima dos brasileiros. Taxa de escolarização bruta: permanece alta em relação a todos os países, a despeito do esforço de redução no período (14 pontos percentuais). Taxas de repetência: outros países assimilaram efeitos negativos de altos percentuais para o sistema escolar, ainda um sério problema no sistema escolar brasileiro. Em 2003, o país se sobressai por apresentar a maior taxa de repetência (19,55%) na amostra, seguido da Argentina (6,35%) e do México (5,12%).

15 Perspectiva comparada Taxa de abandono: em processo de redução com indicador (15,59%) abaixo apenas da Índia (38,63%) em México e Argentina com percentuais inferiores ao Brasil (11,01% e 10,07%). Número de alunos por professor: compatível com os paises selecionados. Números estabilizados em média que atende as recomendações internacionais. Gasto público: redução nas despesas (17% no período ). Explicação associada, em parte, ao decréscimo de matrículas nesta etapa de ensino e ao contingenciamento do custo-aluno, via FUNDEF, embora o número de alunos por professor tenha diminuído.

16 Desafios a enfrentar Os indicadores nacionais e internacionais não deixam margem a dúvida: O Brasil está ficando mais para trás. Ao lado dos problemas do passado há novos desafios por enfrentar. A universalização do Ensino Fundamental está praticamente consolidada, mas ainda há margem para expansão. Na Educação Infantil e no Ensino Médio o desafio do crescimento permanece elevado. O crescimento sem qualidade tem representado pesado ônus para o país: tanto no que se refere ao Gasto Público quanto à efetividade do sistema.

17 Uma agenda mínima Aprendizagem na idade certa. Política indutora de qualidade (subvinculação de recursos por desempenho). Política indutora de equidade entre redes (rede física, nucleação, transporte escolar). Disseminação de cultura de avaliação e de uso de indicadores. Inclusão digital e tecnológica.

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