ECONOMIA E EMPREENDEDORISMO

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1 ECONOMIA E Rui Leão Martinho Junho 2013

2 O O termo empreendedor é derivado da palavra francesa entrepreneur e foi usada pela primeira vez em 1725, pelo economista irlandês Richard Cantillon, reconhecido por muitos historiadores como o grande teórico da economia, segundo o qual o entrepreneur é o indivíduo que assume riscos. Pode assim ser aplicado a uma variedade de organizações nos seus vários momentos de desenvolvimento: Uma pequena empresa em início de actividade Uma média empresa em fase de crescimento Uma empresa familiar em fase de profissionalização Uma ONG Uma entidade e órgãos públicos Em associações e cooperativas Em empresas já estabelecidas, que procuram uma renovação e crescimento

3 VANTAGENS DO Nas últimas décadas tem-se assistido a uma viragem profunda da economia de gestão de empresas para uma economia empreendedora e à consequente valorização social do empreendedor. Os benefícios do empreendedorismo não se restringem ao aumento da produção e da riqueza, também se traduzem na promoção de mudanças nos negócios e na sociedade: criação de emprego meio de integração de desempregados desfavorecidos no meio laboral aumento das escolhas individuais de cada indivíduo, reforço da coesão económica e social das regiões menos desenvolvidas constitui um caminho para a inovação, crucial para a competitividade oferece aos consumidores mais possibilidades de escolha e preços mais baixos.

4 COMISSÃO EUROPEIA A Comissão Europeia, reforça a ideia de promover o empreendedorismo, principalmente quando a inovação, a competitividade e o emprego são preocupações políticas e estratégicas. As políticas económicas e sociais europeias têm vindo a ser direccionadas e adaptadas ao nível nacional em função de uma nova estratégia global, baseada na importância da manutenção de uma economia baseada no conhecimento, capaz de garantir um crescimento económico sustentável. Os empreendedores são agentes de mudança e crescimento numa economia de mercado, podendo agir para acelerar a geração, a disseminação e a aplicação de ideias inovadoras, IAPMEI

5 EM PORTUGAL É benéfico para Portugal investir no empreendedorismo! A qualidade do desenvolvimento económico depende essencialmente do processo de renovação das pessoas, empresas e instituições - mais, melhores e mais inovadoras e, sobretudo, de empreendedores capazes de aproveitar as oportunidades, investindo e gerando riqueza. O período em que vivemos é de uma enorme instabilidade, mas ao mesmo tempo também é propício a novas oportunidades. As empresas devem formatar os seus produtos e serviços às novas necessidades e às novas referências de valores, podendo usar novos modelos de negócio mais resistentes a tempos conturbados: a sociedade floresce quando as pessoas pensam de forma empreendedora.

6 EM PORTUGAL As principais debilidades limitadoras da actividade empreendedora aqui são: ausência de um mercado interno saudável ao qual vender (com a quebra dos índices de consumo é difícil sustentar a actividade); obstáculos no acesso a capitais e desconhecimento dos meios de financiamento existentes; inconstância das políticas industriais e das estratégias de desenvolvimento nacional; pouca oferta no ensino do empreendedorismo como disciplina nas escolas (apesar de ser um conceito que cada vez mais tem destaque nas empresas, notícias, concursos, faculdades); insuficiente desenvolvimento dos serviços comerciais e profissionais; grande aversão à incerteza

7 FINANCIAMENTO AO Hoje em dia já existe uma oferta variada para financiar um negócio: Empresas de capital de risco; Financiadores individuais; Apoios e Incentivos públicos ou comunitários; Empréstimo bancário; Leasing; Microcrédito; Garantia mútua.

8 FINANCIAMENTO AO - CAPITAL DE RISCO - CAPITAL DE RISCO O Capital de Risco - também chamado de capital de investimento, capital de desenvolvimento, venture capital e private equity - pode ser definido como uma forma de investimento empresarial, com o objectivo de financiar empresas, apoiando o seu desenvolvimento e crescimento, com fortes reflexos na gestão. O Capital de Risco destaca-se pela análise concreta dos projectos apresentados, do seu potencial de crescimento e da relação com o risco. Ao contrário das formas tradicionais de financiamento, o Capital de Risco assume integralmente os desafios do mercado, ao não ser recompensado pelos juros do capital investido mas sim pelo sucesso da empresa financiada. O investidor em capital de risco, todavia, não é um mero prestamista, mas sim um novo sócio da empresa: se esta fracassa, ele não retirará benefício algum do investimento. Se tiver êxito, terá direito a participar nesse sucesso.

9 FINANCIAMENTO AO - CAPITAL DE RISCO - Em Portugal existem diversas formas de obter este tipo de capital, um deles é através dos Business Angels. Hoje em dia já existe uma Associação Portuguesa de Business Angels (APBA), onde os membros acreditam nos negócios, ao nível de seed capital e early stage que caracterizam o verdadeiro espírito de empreendedorismo, são uma componente crítica de uma economia de sucesso. Existe também o Business Angels Club, um site criado pela Gesventure (resultante da joint-venture constituída entre a Gesbanha, S.A.. e a Chausson Finance) como o ponto de encontro entre empreendedores que procuram capital e os investidores que procuram boas oportunidades de investimento para facilitar os processos de financiamento de start-ups no mercado português. Os Business Angels têm 42 milhões de euros para investir em novos projectos até Julho de 2013 FONTE: Francisco Banha Blog

10 FINANCIAMENTO AO Concurso Caixa Empreender + Criado pela CGD com o intuito de estimular novas actividades económicas, de promover o surgimento de empresas com atributos distintivos e de apoiar a afirmação de uma nova classe de empresários. Podem apresentar projectos empresariais uma ou várias pessoas singulares, constituídas em equipa, que assumam obrigatoriamente a intenção de constituir uma sociedade com sede social em território português. Fonte: Empreender-Mais.aspx Passaporte para o Empreendedorismo Programa do Estado português que visa promover o desenvolvimento de projectos de empreendedorismo inovador e, ou, com potencial de elevado crescimento, por parte de jovens com qualificações superiores. Dá acesso a uma bolsa mensal de 691,70 euros, a atribuir durante um período mínimo de 4 meses e até ao máximo de 12 meses para o desenvolvimento do projecto empresarial e a uma rede de mentores, que fornecem aconselhamento. Fonte:

11 FINANCIAMENTO AO Call For Entrepreneuship Call For Entrepreneuship, uma iniciativa da Portugal Ventures (sociedade de capital de risco) para projectos inovadores de base científica e tecnológica. A ideia aqui é precisamente possibilitar o acesso a investimento de capital de risco, sendo que os empreendedores contarão com apoio e orientação de uma das entidades da rede de parceiros (são 28, no total) na preparação e estruturação do projecto. Os projectos seleccionados beneficiarão de um investimento de até 750 mil euros, num máximo de 85% do seu orçamento. Fonte: Micro Empreender Esta iniciativa acompanha micro-empresários já instalados no mercado que pretendem expandir o seu negócio e também particulares que queiram iniciar um. Muita gente que recorre a esta opção são pessoas desempregadas e a ajuda prestada dá-se desde o processo inicial de solidificação e maturação da ideia, até à fase de implementação da mesma, passando pela mais difícil e exigente - a procura de fundos para investir. Uma das ferramentas utilizadas é o pagamento antecipado do subsídio de desemprego ou a tentativa de recurso ao micro-crédito, nem sempre fácil. Fonte:

12 O O que todos os empreendedores de sucesso revelam não é uma qualquer personalidade especial, mas sim um empenhamento pessoal numa prática sistemática de inovação. A inovação é a função específica do empreendedor, quer surja num negócio clássico, numa agência pública, ou numa nova empresa criada numa garagem ou num vão de escada, Peter Ducker