A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais.

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1 1 Origem do termo O trabalho é o conjunto de atividades por meio das quais o ser humano cria as condições para sua sobrevivência. Por esta característica, sempre foi indispensável na vida dos indivíduos. O conceito de trabalho assumiu diferentes significados em contextos históricos distintos. Na Grécia Antiga, o trabalho braçal era associado à escravidão. Os romanos, por sua vez, associavam os escravos a objetos de trabalho. A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais. Na Europa medieval, a visão negativa do trabalho foi sustentada pela igreja católica. O trabalho braçal seria o oposto do ato de contemplação e de elevação espiritual, pois as tarefas a ele relacionadas não exigiriam atribuições intelectuais para serem executadas.

2 2 Trabalho nas sociedades capitalistas Na Idade Moderna, o surgimento do capitalismo promoveu transformações profundas na visão negativa do trabalho, que passou de algo repugnante a atividade que dignifica o ser humano. Segundo Max Weber, o protestantismo desempenhou papel fundamental no convencimento dos trabalhadores agora livres da servidão a aceitarem a nova situação de opressão a que eram submetidos, pois pregava a vida regrada e a inclinação para o trabalho como caminho para a salvação. Além disso, a ideologia capitalista instituiu a orientação para o trabalho como algo fundamental para a realização individual e social. No entanto, a degradação, a exploração e as péssimas condições de trabalho contradizem esse modelo.

3 3 Karl Marx e a história da exploração do homem Para Marx, a divisão da sociedade em classes é definida pela posição ocupada pelos indivíduos no processo produtivo. No capitalismo industrial, as duas principais classes são a burguesia, formada pelos proprietários dos meios de produção (máquinas, ferramentas, matérias-primas), e o proletariado, que detém apenas sua força de trabalho e se vê obrigado a vendê-la aos burgueses. A exploração do trabalho começa com a expropriação dos meios de produção do trabalhador. Com a ascensão do capitalismo, restou ao trabalhador somente a força de trabalho, que é, então, vendida. Nas sociedades capitalistas o trabalho é empregado para produzir um objeto com valor de troca, destinado à venda uma mercadoria. Como a mercadoria é propriedade do burguês, o excedente econômico (lucro obtido com a troca ou venda do produto) também fica com ele. Como consequência dessa divisão social do trabalho na sociedade capitalista, o trabalhador é submetido a um processo de alienação, em que ele não reconhece como seus os resultados do trabalho que desempenha.

4 4 A mais-valia O principal mecanismo utilizado pelos donos dos meios de produção para obter o lucro foi denominado por Marx mais-valia: excedente de valor obtido pela exploração do trabalho. A força de trabalho também é pensada como uma mercadoria que pode ser vendida e comprada, com a característica marcante de que agrega valor aos produtos. Esse valor, no entanto, não é repassado ao trabalhador, mas apropriado pelo dono dos meios de produção. Mais-valia é a diferença entre o valor da quantidade de trabalho utilizado para produzir uma mercadoria e o que o trabalhador efetivamente recebe como salário para produzi-la, que é sempre menor. Há duas formas de produzir mais-valia: a absoluta, relacionada ao aumento de horas trabalhadas pelo proletário, e a relativa, que deriva da incorporação de tecnologia ou de alguma forma de organização do trabalho que aumenta a produtividade do trabalho, o que entretanto não aumenta seus ganhos. O caráter contraditório das relações de produção no capitalismo está no fato de que o aumento de produtividade não melhora a vida dos trabalhadores que, ao contrário, sofrem um processo de pauperização.

5 5 Max Weber e a ética do trabalho Max Weber partiu de pontos de vista diferentes dos de Marx, propondo uma compreensão do capitalismo que parte do âmbito cultural em vez do econômico. Weber identificou que havia presença muito significativa de protestantes entre os empresários e os trabalhadores qualificados nos países capitalistas mais industrializados. Sendo assim, imaginou que deveria existir uma relação entre certos valores desta vertente religiosa e a origem do capitalismo moderno. Seu argumento é que a mudança ocorrida nos valores e atitudes graças ao surgimento do protestantismo criou a predisposição ao trabalho como forma de salvação da alma. Os seguidores do protestantismo deveriam desenvolver, além da vocação para o trabalho, um comportamento social comedido, em que ócio, luxo e preguiça eram condenados. A ética protestante do trabalho voltado para a acumulação e não para o consumo e gasto supérfluos foi um fator cultural determinante para o desenvolvimento do capitalismo.

6 6 Émile Durkheim e a divisão do trabalho Ao contrário da visão crítica estabelecida por Marx, Durkheim argumenta que a intensa divisão social do trabalho possibilita a existência de coesão e solidariedade social. Durkheim não usa o conceito de solidariedade como sinônimo para ações altruístas, mas como todo tipo de elemento ou característica que explica a harmonia entre os indivíduos de uma sociedade. Segundo ele, o grau de especialização da divisão do trabalho pode gerar dois modelos de solidariedade social: a solidariedade mecânica e a orgânica. A solidariedade mecânica é típica de sociedades pré-capitalistas, marcadas por baixa divisão social do trabalho. É construída a partir de uma forte identificação dos indivíduos com os costumes da comunidade, num contexto em que a consciência coletiva exerce intenso poder de coerção nas ações individuais. A solidariedade orgânica ocorre nas sociedades capitalistas, marcadas por alto grau de divisão social do trabalho e de heterogeneidade cultural. A diversidade de ocupações nessas sociedades faz com que se fortaleça a interdependência entre seus integrantes, e a coesão social depende de que as necessidades individuais sejam supridas pelo que é produzido pelos outros membros do grupo. Se a divisão do trabalho não produz coesão social, há um problema moral: as relações entre os diversos setores da sociedade não estariam prontamente regulamentadas pelas instituições sociais existentes, gerando um estado de anomia.

7 7 As experiências de racionalização do trabalho A partir da segunda metade do século XIX, desenvolveu-se uma área do conhecimento científico fundamentada em um conjunto de normas e funções que visavam organizar o espaço produtivo. Entre as diversas teorias que surgiram, ganhou destaque a do engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor, que propunha estratégias de gerência da produção baseadas em rigoroso controle de tempo, especialização das atividades, separação entre o planejamento e a execução das atividades e remuneração por desempenho. O objetivo desse sistema organizacional, chamado de taylorismo, era o aumento da produtividade por meio de mecanismos que, ao intensificarem o ritmo de produção, aumentavam o lucro dos capitalistas. Uma apropriação prática do taylorismo foi o fordismo. Seu precursor, Henry Ford, proprietário da Ford Motor Company, nos EUA, inovou o cenário industrial a partir de 1914, ao produzir modelos padronizados e em grandes quantidades o que barateava os custos de produção visando o consumo em massa. Para isso, foi criada a linha de montagem em série, na qual os trabalhadores se fixavam em seus postos, e os objetos de trabalho se deslocavam em esteiras. Cada trabalhador deveria ser especializado em uma única tarefa, com o ritmo ditado pela velocidade da linha de produção. Ao repetir movimentos iguais, o operário atuava como uma peça da máquina, alienado do conjunto do processo.

8 8 Sistemas flexíveis de produção No contexto atual, a organização do trabalho experimenta uma nova estrutura, apoiada na flexibilização das relações de trabalho e dos processos produtivos, além da intensa utilização de tecnologias de informação. Esse novo modelo representa um afastamento dos princípios fordistas, sendo por isso caracterizado como pós-fordismo. Um sistema pós-fordista de organização do trabalho muito disseminado foi desenvolvido pelo engenheiro Taiichi Ohno, da Toyota Motor Company. Conhecido como toyotismo, tinha como características básicas: a flexibilidade na produção, com capacidade de rápida alteração dos modelos a serem produzidos; produção e entrega mais rápidas, sem necessidade de estocagem; baixos preços devido à lógica de empresa enxuta ; número reduzido de trabalhadores. Enquanto no sistema taylorista-fordista o trabalhador se tornava especialista em uma única, simples e rotineira função, o toyotismo desenvolveu a figura do trabalhador polivalente ou multifuncional, responsável por várias funções. Outro fenômeno que surge com o toyotismo é o sindicalismo de empresa. Nele, o sindicato estabelece uma relação que favorece a aplicação de uma política sindical que tende a alinhar-se com a política de negócios da empresa. Esse modelo passou a rivalizar com o sindicalismo combativo de confronto, de classe e de luta típico do sistema taylorista-fordista.

9 9 Cenário atual do mundo do trabalho Processos implantados a partir do último quarto do século XX resultaram no aumento do desemprego em diversas nações industrializadas do mundo. Entre eles estão: - a liberalização econômica, que possibilitou maior participação do capital, em especial o estrangeiro, em setores antes regulados pelo Estado. - o incremento tecnológico nas áreas da automação e da comunicação. - mudanças nas relações de trabalho (terceirização, trabalho temporário etc.). A liberalização econômica e o incremento tecnológico ocasionaram o fenômeno conhecido como desemprego estrutural, resultado de transformações na estrutura do mercado laboral que o impedem de absorver por períodos longos a mão de obra disponível. Nesse sentido, o crescimento do trabalho subcontratado, temporário e vinculado à economia informal, mesmo nos países industrializados ricos, parece confirmar a tese de que há precarização de grande parte das ocupações atuais. Há também um deslocamento setorial de mão de obra: se por um lado a automação em espaços de trabalho como bancos e escritórios eliminou empregos para trabalhadores qualificados, por outro gerou novas vagas em setores em crescimento, como o de tecnologia da informação.

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