TEXTURAS E SENSAÇÕES COM PINTURAS DE AMILCAR DE CASTRO: REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO PIBID DE PEDAGOGIA EDUCAÇÃO INFANTIL.
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- William Fidalgo Arruda
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1 TEXTURAS E SENSAÇÕES COM PINTURAS DE AMILCAR DE CASTRO: REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA DO PIBID DE PEDAGOGIA EDUCAÇÃO INFANTIL. Arachele Maria Santos 1 Maria Joseilda da Silva Oliveira 2 RESUMO Este projeto propõe uma reflexão sobre os modos pelos quais as diferentes texturas e sensações proporcionadas por alguns materiais utilizados na educação infantil podem auxiliar na práxis nas quais haja a total integração do profissional da educação infantil com as crianças e as artes, visando contribuir para o desenvolvimento da livre expressão da criança em relação ao uso dos recursos da arte como base para a formação de seu desenvolvimento social, cognitivo e cultural. Nesse sentido foram utilizadas como inspirações as pinturas do artista Amilcar de Castro, a partir de um projeto no qual foram planejadas vinte sessões, das quais apenas duas foram aplicadas com crianças do jardim I de uma escola municipal. Nas atividades ministradas foram feitas releituras de algumas pinturas do artista. A partir da realização do projeto, é possível afirmar que a utilização da arte e suas influencias são de extrema importância no desenvolvimento da criança e na sua formação, pois é através do imaginário e do fazer artístico que a criança demonstra suas emoções e sentimentos. Assim sendo, compreende-se que ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso, ao pintar objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode se utilizar de expressões artísticas. Nesse sentido a arte pode ser utilizada como estratégia para atingir esse caminho e um bom professor tem a capacidade de colocar a criança nesse lugar no espaço de experimentação. PALAVRAS-CHAVE: PIBID. Educação infantil. Artes. 1 Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas e bolsista PIBID (Educação Infantil). Contato: arachele22@hotmail.com 2 Supervisora do PIBID (Educação Infantil). Contato: mjso.mcz@gmail.com 1
2 PROBLEMÁTICA DA PESQUISA O presente projeto surgiu do presente questionamento: em que as diferentes texturas e sensações proporcionadas por alguns materiais utilizados na educação infantil podem contribuir para o desenvolvimento da expressividade da criança pequena? Nesse sentido podemos perceber que, ao desenhar, colorir, ilustrar, a criança diz de si e do mundo que está conhecendo, descobrindo, desvendando, através de seu próprio olhar, atento e delicado. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (2009) está explicitado que as atividades devem promover a interação das crianças com diversificadas manifestações de artes plásticas e gráficas. Segundo Ostetto (2011) no contexto escolar faz-se importante à exploração e imersão das crianças nas diferentes linguagens, e na valorização de todo e qualquer tipo expressão. A autora declara ainda que: Para contribuir com os processos expressivos, além de alargar as oportunidades de acesso à riqueza da produção humana, promovendo a aproximação aos diferentes códigos estéticos, é preciso também promover encontros e buscas, encorajando as crianças à experimentação (OSTETTO, 2011, p. 14). No contexto escolar é importante propiciar atividades que exercite as diferentes formas de expressão das crianças. As atividades ligadas à arte permite que elas exercitem sua autonomia imaginação e criatividade. De acordo com Hanauer (2011, p.75) Ao desenhar, a criança brinca e verbaliza seus pensamentos e sentimentos, deixando marcas no papel. Aos poucos ela percebe o lápis em sua mão como um objeto mágico e atua sobre o espaço do papel imprimindo traços. O volume 3 do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil destaca a importância do trabalho com as artes com crianças das instituições de educação infantil. Neste documento está exposto que As crianças têm suas próprias impressões, ideias e interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a produção de arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito da arte (BRASIL, 1998, p.82). O trabalho de artes além de estimular a imaginação e as potencialidades criativas das crianças, fornecendo uma organização de suas relações emocionais e uma melhor 2
3 interação com seus pares. Para Ostetto (2011, p.10) A experiência estética é, também, uma experiência de liberdade, de possibilidades de escolha. OBJETIVOS GERAIS: Estimular a imaginação e criatividade das crianças do Jardim I por meio da exploração de materiais e superfícies, através da apresentação da vida e obra do artista plástico Amilcar de Castro. ESPECÍFICOS: Trabalhar a biografia do artista Amilcar de Castro. Utilizar recursos de arte como base para formação integral do desenvolvimento das crianças. Contribuir para estimular a livre expressão da criança. Realizar atividades e técnicas que desenvolvam habilidades nas crianças de forma lúdica e prazerosa. METODOLOGIA A presente pesquisa será realizada em uma escola de educação infantil do município de Alagoas, com o total de 12 alunos da turma de jardim I. O projeto, Texturas e Sensações com Pinturas de Amilcar A. P. de Castro, parte do princípio que, esse artista fez parte de um projeto de artes plásticas, realizado na própria escola há alguns meses atrás. Logo, optou-se por esse artista devido ao conhecimento prévio que as crianças já possuem a respeito do mesmo, devido a realização do trabalho anterior. RESULTADOS Até o momento foram realizadas apenas duas sessões, com auxilio da professora e funcionários da escola. Inicialmente foi apresentado o artista através de imagens (fotos), em seguida foram feitos alguns questionamentos, na sequencia foram apresentados a uma pintura do artista, e lhes foram entregues, folhas de A4 em branco, e tinta guache preta para que fizessem uma releitura da obra exposta. Em outro momento realizamos outra releitura e outra obra do mesmo artista, desta vez utilizamos folhas de papal A4 em 3
4 branco, giz cera, cola, tinta guache colorida, pinceis e arroz. Ao termino de cada sessão pudemos analisar melhor os resultados individuais de cada criança, bem como seu desempenho no decorrer da atividade. As crianças puderam retratar a sua maneira a obra que lhes foi apresentada, sem a interferência da bolsista e da professora. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na atividade realizada com as crianças revela as mais diferentes emoções, tendo a oportunidade de criar, expressar se por meio das pinturas, conhecendo a si mesmas. A atividade foi bem recebida, contando com a participação e envolvimento de todas. Podese concluir que a arte quando envolvida com aprendizagem, traz resultados positivos, pois 4
5 é através das atividades de movimentos que a criança terá a oportunidade de se desenvolver cognitivamente, pois com um simples traçado de uma letra no chão, ela estará assimilando este movimento, assim como um simples modelar de uma massinha e/ou pincelar num papel. Cabe à escola desde cedo estimular o entrosamento das crianças com as artes, visando proporcionar sua autonomia imaginação e criatividade. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Conselho Nacional de Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Vol. 3. Brasília: DF, HANAUER, Fernanda. Riscos e Rabiscos - O Desenho na Educação Infantil. Revista Perspectiva ano 3, n p dez Disponível em: < Acesso em: 10 out OSTETTO, Luciana Esmeralda. Educação infantil e arte: sentidos e práticas possíveis. Caderno de Formação: formação de professores educação infantil princípios e fundamentos. Acervo digital Unesp, v. 3, p , mar Disponível em: < Acesso em: 10 out
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