MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio. Balança Comercial do Agronegócio Julho/2015

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1 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio Balança Comercial do Agronegócio Julho/2015 I Resultados do mês (comparativo Julho/2015 Julho/2014) I.a Setores do Agronegócio Em julho de 2015, as exportações de produtos do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 9,11 bilhões, o que significou queda de 5,2% em comparação aos US$ 9,61 bilhões exportados em julho de Esse valor representou 49,2% do total das vendas externas brasileiras no mês. As importações do agronegócio totalizaram US$ 1,15 bilhão em julho, com retração de 23,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio no mês de julho de 2015 foi de US$ 7,96 bilhões (-1,8%). Os cinco principais setores do agronegócio no período foram: complexo soja, com participação de 43,2% das exportações; carnes, com 16,1%; produtos florestais, com 10,6%; complexo sucroalcooleiro, com 9,1%; e o café, com participação de 5,1%. Em conjunto, as vendas externas dos cinco setores mencionados apresentaram participação de 84,0% do total exportado pelo agronegócio brasileiro em julho de As exportações do complexo soja se mantiveram estáveis em relação a julho de 2014, com a cifra de US$ 3,93 bilhões. A maior parcela desse valor foi gerada pelas exportações de soja em grãos, que atingiram US$ 3,22 bilhões. Houve incremento de 39,7% na quantidade comercializada, com 8,44 milhões de toneladas. Entretanto, o preço médio do produto caiu 26,7% no período, passando de US$ 521 para US$ 382 por tonelada, o que causou o baixo crescimento do valor exportado (2,3%). O farelo de soja foi o segundo principal produto negociado pelo setor, com receita de US$ 639 milhões (-2,8%) para 1,71 milhão de toneladas embarcadas (+36,4%). Já as vendas externas de óleo de soja totalizaram US$ 70 milhões (-46,4%), com decréscimo tanto na quantidade negociada (- 32,4%), quanto no preço médio do produto (-20,7%). As exportações de carnes totalizaram US$ 1,46 bilhão em julho, com retração de 11,8% ante o US$ 1,66 bilhão verificado no mesmo mês do ano anterior. Apesar da expansão de 9,1% no quantum, com 639 mil toneladas vendidas, o preço médio dos produtos do setor caiu 19,1%. O principal item negociado no mês foi a carne de frango, com US$ 764 milhões (-1,1%). Com a comercialização de 440 mil toneladas no mês, houve variação positiva de 18,7% em relação a julho de Não obstante, o preço médio no mercado internacional passou de US$ por tonelada para US$ por tonelada (-16,6%). Cabe ressaltar que as vendas de carne de frango in natura bateram o recorde mensal tanto em valor, com US$ 685 milhões, quanto em quantidade, com 410 mil toneladas. As vendas externas de carne bovina sofreram queda em quantidade (-22,7%) e retração do preço médio (-6,6%), o que causou a diminuição de 27,8% no valor exportado, com US$ 498 milhões. As exportações de carne suína aumentaram 50,0% em volume, embarcando 61 mil toneladas do produto e arrecadando o montante de US$ 157 milhões (+13,2%). Por fim, as exportações de carne de peru alcançaram o valor de US$ 23 milhões (+20,1%) com o respectivo embarque de 11 mil toneladas (+44,2%).

2 Em terceiro lugar no ranking dos setores do agronegócio que mais exportaram em valor, os produtos florestais apresentaram a soma de US$ 966 milhões, com crescimento de 9,6% em relação aos US$ 882 milhões obtidos em julho de O principal produto negociado foi papel e celulose, com US$ 727 milhões (+11,5%) e 1,37 milhão de toneladas comercializadas (+19,5%). Em seguida se destacaram as exportações de madeiras e suas obras, que cresceram tanto em valor (US$ 237 milhões e variação de 3,6%) quanto em volume (399 mil toneladas e 28,1% de incremento). A seguir, destacaram-se as vendas externas do complexo sucroalcooleiro, que atingiram a cifra de US$ 829 milhões, o que representou decréscimo de 21,4% quando comparado com o valor exportado em julho de 2014 (US$ 1,05 bilhão). As vendas de açúcar foram o destaque do setor, com o total de US$ 728 milhões (-26,9%) e 2,35 milhões de toneladas negociadas (-5,5). O álcool etílico obteve US$ 100 milhões de receita de exportação (+74,3%), com incremento de 135,9% na quantidade comercializada (171 mil toneladas), apesar da queda do preço médio do produto, que atingiu a cotação de US$ 584 por tonelada (-26,1%). Completando os cinco principais setores do agronegócio em julho de 2015, o setor cafeeiro exportou US$ 461 milhões no mês, o que significou retração de 20,9% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Em quantidade, houve variação negativa de 9,4%, com a comercialização de 158 mil toneladas, enquanto a cotação média das exportações brasileiras de café atingiram a marca de US$ 2.916, representando decréscimo de 12,7%. No que se refere às importações do agronegócio, como já mencionado, alcançou-se a soma de US$ 1,15 bilhão. Os principais produtos adquiridos no mês foram: trigo (US$ 127 milhões e -37,1%); papel e celulose (US$ 110 milhões e -37,4%); pescados (US$ 81 milhões e -16,1%); lácteos (US$ 36 milhões e -20,6%); e borracha natural (US$ 34 milhões e -25,0%). 2

3 I.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas Na análise da balança comercial do agronegócio com enfoque nos blocos econômico e regiões geográficas, verifica-se que a Ásia continua sendo o principal destino das exportações brasileiras, com o montante de US$ 4,21 bilhões. Tal desempenho indicou crescimento de 2,0% em comparação aos US$ 4,13 bilhões exportados no mesmo mês de 2014 e possibilitou aumento de 3,2 pontos percentuais na participação da região nas vendas externas do agronegócio, totalizando 46,2% de market share. A União Europeia permaneceu na segunda colocação entre os maiores destinos dos produtos do agronegócio brasileiro, com a cifra de US$ 1,78 bilhão. Entretanto, houve retração de 17,3% em relação aos US$ 2,15 bilhões exportados em julho de 2014, o que refletiu diretamente na participação do bloco, que caiu de 22,3% para 19,5% do total exportado pelo setor no período. Em relação ao dinamismo das exportações, os destaques do mês foram: Demais da Europa Ocidental (US$ 113,68 milhões e +53,8%); Oceania (US$ 21,58 milhões e +23,2%); Aladi (US$ 532,26 milhões e +8,8%); além da já mencionada Ásia. I.c Países No que se refere aos países de destino, a China continua como o principal destaque, com exportações de US$ 2,92 bilhões e incremento de 19,4% em comparação aos valores verificados em julho do ano anterior (US$ 2,45 bilhões). Com esse aumento, causado pela expansão das vendas de soja em grãos e carne bovina, a participação chinesa nas exportações do agronegócio brasileiro elevou-se de 25,5% para 32,1%. Os Países Baixos aparecem em segundo lugar, com o montante de US$ 609,91 milhões. Todavia, sofreram retração em relação a julho de 2014 (-8,8%) e perderam participação relativa, chegando a 6,7%. O terceiro principal destino do mês, os Estados Unidos, seguiram o mesmo comportamento e, com diminuição de 11,5% em valor, atingiram a cifra de US$ 582,54 milhões. Com isso, também reduziram a sua participação de 6,9% para 6,4%. Em relação ao dinamismo das exportações, os destaques de julho foram: Indonésia (US$ 130,03 milhões e +116,2%); Bangladesh (US$ 122,89 milhões e +94,8%); Irã (US$ 128,88 milhões e +43,7%); Egito (US$ 260,84 milhões e +32,4%); e Bélgica (US$ 199,31 milhões e +24,0%). 3

4 II Resultados do ano (comparativo Janeiro-Julho/2015 Janeiro-Julho/2014) II.a Setores do Agronegócio As exportações brasileiras do agronegócio somaram, entre janeiro e julho de 2015, US$ 52,37 bilhões, o que representou queda de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações, por sua vez, alcançaram US$ 8,21 bilhões, ou seja, 16,6% inferiores ao mesmo período em Como resultado, o saldo da balança comercial do setor foi superavitário em 44,16 bilhões. Os produtos de origem vegetal foram os que mais contribuíram para a queda nas vendas externas do agronegócio brasileiro no período. A redução decorreu particularmente em função da retração nas vendas do complexo soja, que foram US$ 4,25 bilhões inferiores. As carnes foram o segundo setor que mais contribuiu para o decréscimo nas exportações do país, com US$ 1,41 bilhão a menos. A despeito da queda, em relação ao valor exportado o complexo soja foi o principal setor da pauta exportadora brasileira no ano, com US$ 19,91 bilhões. As vendas externas de soja em grãos somaram US$ 15,73 bilhões, ou seja, 18,4% inferiores ao mesmo período em Esse resultado decorreu da queda no preço (de US$ 509 para US$ 386 por tonelada), visto que a quantidade embarcada foi 7,5% superior (de 37,85 milhões de toneladas para 40,69 milhões de toneladas). Assim como o grão, as exportações de farelo também tiveram queda em valor (- 13%), apesar do crescimento no quantum (+15,7%) milhões de toneladas. Por outro lado, as exportações de óleo de soja tiveram queda tanto em valor (-20,2%), quanto em quantidade (-1,6%). O segundo setor que se destacou foi o de carnes. Foram exportados US$ 8,4 bilhões, dos quais quase metade (49,3%) correspondeu às vendas de carne de frango e 38,1% às vendas de carne bovina. No período, as exportações de carne de frango observaram crescimento de 5,2% em quantidade, porém a retração no preço médio (de US$ para US$ por tonelada) resultou na redução da receita do produto em 7,7%. A carne bovina, por sua vez, sofreu queda de 21,4%, passando de US$ 4,07 bilhões para US$ 3,20 bilhões. A redução do valor exportado ocorreu, principalmente, em função da queda da quantidade exportada (-17,0%). As vendas externas dos produtos florestais foram de US$ 5,93 bilhões (+3,2%), assegurando ao setor a terceira posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio. No período de janeiro a julho, a quantidade exportada subiu 9,7% enquanto o preço médio de exportação dos produtos do setor caiu 5,9%. 4

5 O complexo sucroalcooleiro, quarto principal setor exportador do agronegócio, registrou vendas externas de US$ 4,68 bilhões (-15,7%). A quantidade exportada pelo setor ficou praticamente estagnada, em 13,3 milhões de toneladas, porém o preço médio de exportação caiu 15,7%. No setor, o açúcar foi responsável por 91,4% de todo o valor exportado ou US$ 4,28 bilhões. A quantidade exportada de açúcar subiu 0,7%, chegando a 12,68 milhões de toneladas. O preço médio de exportação do açúcar, no entanto, diminuiu de US$ 394 por tonelada para US$ 337 por tonelada no período. O café apareceu na quinta posição dentre os principais setores exportadores do agronegócio, registrando 3,8% de elevação do valor exportado ou a maior expansão dentre os cinco setores analisados. Com tal incremento, as vendas do setor atingiram US$ 3,62 bilhões. Tal crescimento deveu-se exclusivamente à elevação dos preços médio de exportação, que aumentaram 4,9%, pois a quantidade exportada caiu 1,1%. O café verde foi responsável por 90,0% das vendas externas do setor, enquanto o café solúvel participou com 10,0%. Os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram responsáveis por 81,2% das vendas externas no período de janeiro a julho de Neste mesmo período de 2014, a participação desses setores chegou a 83,0%. Assim, percebe-se uma pequena desconcentração da pauta exportadora no período. Essa redução ocorreu em função da diminuição da participação do complexo soja, que passou de 41,1% entre janeiro e julho de 2014 para 38,0% entre janeiro e julho de No que concerne às importações, o valor adquirido no exterior caiu de US$ 9,84 bilhões para US$ 8,21 bilhões entre janeiro e julho de 2014 e o mesmo período de A queda dos preços dos produtos importados também ajuda a explicar, em parte, a queda no valor das aquisições externas. Os principais produtos importados, em valor, foram: papel e celulose (US$ 833 milhões, -21,1%); pescados (US$ 776 milhões, -15,0%); trigo (US$ 750 milhões, -34,1%); e lácteos (US$ 252 milhões, -0,1%). II.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas O principal destino das exportações brasileiras do agronegócio no acumulado do ano foi a Ásia. No período analisado de janeiro a julho de 2015 as vendas para a região atingiram a cifra de US$ 23,49 bilhões, ou seja, apresentaram recuo de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A queda, entretanto, não foi suficiente para diminuir a participação do bloco que ganhou 0,8 ponto percentual chegando a 44,9%. As remessas 5

6 para a UE chegaram a US$ 10,97 bilhões, ou seja, 13,2% a menos do atingido no ano anterior com US$ 12,64 bilhões, sendo que neste caso, a participação do bloco europeu recuou de 21,5% para 20,9%. Outros blocos que tiveram recuo expressivo foram Mercosul e Europa Oriental, respectivamente à taxa de 25,8% e 28,1%. Oriente Médio e Oceania as poucas regiões para as quais houve aumento de exportações. Para a primeira as vendas chegaram a US$ 4,0 bilhões (+2,7%) e para a segunda US$ 135,30 milhões (+15,2%). II.c Países No que se refere às exportações do acumulado do ano para países, o principal destino, China, também foi aquele que mais perdeu receita em valores absolutos: US$ 2,01 bilhões. O total exportado pelo país em 2015 foi de US$ 14,67 bilhões, -12,1% ante os US$ 16,68 bilhões do ano anterior. Para os Estados Unidos as exportações foram de US$ 3,72 bilhões no período (-12,4%), e os Países Baixos obtiveram o maior recuo na participação relativa (-1,1%), encerrando o período analisado em 5,6%. Outros destinos que tiveram diminuições importantes foram Rússia, Hong Kong e Venezuela. Para os três a retração foi de 30,1%, 32,0% e 40,6% no total exportado. O Vietnã foi o país que apresentou o desempenho mais positivo, fechando o período analisado com exportações de US$ 889,18 milhões e crescimento de 38,4%. 6

7 III Resultados de Agosto de 2014 a Julho de 2015 (Acumulado 12 meses) III.a Setores do Agronegócio As exportações do agronegócio caíram de US$ 99,81 bilhões entre agosto de 2013 a julho de 2014 para US$ 90,40 bilhões entre agosto de 2014 a julho de 2015, uma queda absoluta de US$ 9,42 bilhões em doze meses ou 9,4% em percentagem. As importações, por sua vez, caíram de US$ 17,07 bilhões para US$ 14,98 bilhões no mesmo período (-12,2%). Como resultado, o saldo comercial dos produtos do agronegócio diminuiu de US$ 82,74 bilhões entre agosto de 2013 a julho de 2014 para US$ 75,42 bilhões entre agosto de 2014 a julho de Essa queda das exportações e importações é reflexo, majoritariamente, da redução dos preços médios de comercialização das principais commodities agrícolas. A soja em grão, por exemplo, teve redução de 21,2%. Outras quedas de preço que afetaram as exportações foram: carnes (-5,2%); açúcar (-10,5%); papel e celulose (-8,7%); farelo de soja (-18,6%); e óleo de soja (-16,3%). Uma exceção nesse cenário é a elevação do preço médio de exportação do café (+16,3%). Os cinco principais setores exportadores do agronegócio no acumulado dos últimos doze meses foram: complexo soja (30,1%), carnes (17,7%), produtos florestais (11,2%), complexo sucroalcooleiro (10,5%), e café (7,5%). Estes setores responderam, em conjunto, por 77,0% das exportações no período. Uma queda de 1,4 ponto percentual em relação aos 78,4% que os mesmos setores responderam nos doze meses anteriores. A principal queda de participação ocorreu no complexo soja, devido à redução mais acentuada dos preços médios de exportação. Dessa forma, o setor diminuiu sua participação de 33,9% para 30,1%. O café, por outro lado, aumentou sua participação de 5,7% para 7,5% nos últimos doze meses. Apesar da redução da participação do complexo soja nas exportações do agronegócio, ele ainda é o principal setor em valor exportado, 12 pontos percentuais acima do setor de carnes, segundo mais importante. As exportações do complexo soja atingiram US$ 27,17 bilhões nos últimos doze meses (-19,7%). As vendas de soja em grão foram de 48,5 milhões de toneladas (-0,7%) nos últimos doze meses, o que resultou em exportações de US$ 19,72 bilhões (-21,8%). Tal queda ocorreu, principalmente, em função da redução do preço médio de exportação do produto, que diminuiu de US$ 516 por tonelada para US$ 406 por tonelada (-21,2%) no período analisado. As exportações de farelo e óleo foram de US$ 6,46 bilhões (-11,6%) e US$ 986 milhões (-25,5%), respectivamente. 7

8 As vendas externas de carnes declinaram de US$ 17,03 bilhões para US$ 16,02 bilhões nos últimos doze meses (-5,9%). Houve queda na quantidade exportada (-0,7%) e no preço médio de exportação (-5,2%). A carne de frango foi a mais exportada em valor, US$ 7,59 bilhões (-1,3%), com expansão de 4,5% na quantidade embarcada. A quantidade exportada de carde de frango in natura foi recorde para o período de 12 meses, 3,8 milhões de toneladas. Todavia, a queda no preço de exportação de 5,5% impediu uma expansão maior do valor exportado. A carne bovina apresentou, por outro lado, uma redução de 12,6% na quantidade embarcada e uma expansão de 0,6% nas cotações médias de venda, gerando, como resultado, exportações de US$ 6,28 bilhões (-12,0%). As exportações de carne suína foram de US$ 1,45 bilhão (+1,1%), enquanto as exportações de carne de peru foram de US$ 323 milhões (-14,3%). Os produtos florestais ultrapassaram o complexo sucroalcooleiro em exportações, ficando na terceira posição dentre os principais setores exportadores. As vendas do setor subiram 2,4%, atingindo US$ 10,13 bilhões. A quantidade exportada subiu nos dois produtos do setor, com expansão de 8,8% no papel e celulose e 13,0% na madeira e suas obras. Os preços médios de exportação diminuíram 8,7% no caso de papel e celulose e 1,7% em madeiras e suas obras. As exportações do complexo sucroalcooleiro diminuíram de US$ 11,84 bilhões entre agosto de 2013 a julho de 2014 para US$ 9,50 bilhões entre agosto de 2014 a julho de 2015 (-19,8%). O principal produto exportado do setor, o açúcar, reduziu as vendas externas de US$ 10,38 bilhões para US$ 8,77 bilhões no período (-15,5%). A queda nas exportações de álcool foi mais acentuada, de US$ 1,45 bilhão para US$ 713 milhões (-50,9%), com forte diminuição da quantidade exportada (-43,7%). O café ficou na quinta posição dentre os principais setores exportadores. As exportações dos produtos do setor aumentaram de US$ 5,64 bilhões para US$ 6,79 bilhões (+20,4%) no período. No setor, houve ampliação das exportações de café verde (+23,4%) e redução nas exportações de café solúvel (-2,3%). Foi o único setor, dentre os cinco principais setores, em que os preços médios de exportação expandiram, 16,3%. As importações de produtos do agronegócio diminuíram de US$ 17,07 bilhões para US$ 14,98 bilhões nos últimos doze meses. Os principais produtos importados foram: papel e celulose (US$ 1,57 bilhão, -14,0%); trigo (US$ 1,43 bilhão, -33,9%); pescados (US$ 1,40 bilhão, -8,4%); malte (US$ 460 milhões, -17,6%); borracha natural (US$ 401 milhões, -31,0%); e óleo de palma (US$ 373 milhões, -7,7%). 8

9 III.b Blocos Econômicos e Regiões Geográficas Ao se analisar as exportações do agronegócio por blocos econômicos e regiões geográficas nos últimos 12 meses constata-se uma importante retração das remessas para todos os principais destinos. As vendas externas para a Ásia, região que lidera o ranking de destinos, obtiveram a maior queda em valores absolutos: US$ 4,17 bilhões. Nos últimos 12 meses suas aquisições chegaram a US$ 36,96 bilhões ante US$ 41,12 bilhões do período anterior (-10,1%). A participação da Ásia encerrou o período em 40,9% (-0,3 ponto percentual). Os embarques para a UE-28 recuaram 9,3% de US$ 21,82 bilhões para US$ 19,80 bilhões, no entanto sua participação se manteve estável a 21,9%. Outros blocos para os quais houve recuo nas exportações foram: Nafta (-6,5%), Oriente Médio (-3,8) e África (-9,4%), ainda que o share destes destinos tenha aumentado ou se mantido inalterado. As maiores porcentagens de redução aconteceram para Aladi e Mercosul, respectivamente com 15,6% e 17,2%. Em contrapartida, as exportações evoluíram, por exemplo, para a Oceania à taxa de 18,2% partindo de US$ 211,63 milhões para 250,07 milhões. III.c Países As exportações por países não tiveram desempenho muito diferente: O principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro, a China, fechou os últimos 12 meses com aquisições da ordem de US$ 20,05 bilhões (- 16,4%). Foi a maior queda absoluta, de aproximadamente US$ 4 bilhões. A participação do destino asiático no total recuou de 24,0% para 22,2%. Os Estados Unidos, segundo principal destino, sofreram baixa de 9,1% com compras de US$ 6,47 bilhões. No entanto, pelo fato de outros destinos haverem apresentado maior recuo, sua participação aumentou em 0,1 ponto percentual. O terceiro principal país de destino apresentou a segunda maior queda nas aquisições do Brasil: as exportações para os Países Baixos caíram US$ 1,73 bilhão em valores absolutos. O percentual de queda foi de 25,2% e sua participação caiu de 6,9% para 5,7%. A Venezuela apresentou a maior taxa de queda, de 27,5%, de US$ 3,21 bilhões para US$ 2,32 bilhões. O destaque positivo ficou por conta do Vietnã, país para o qual as exportações foram de US$ 1,20 bilhão para US$ 1,73 bilhão (+44,0%), o que fez com que a participação do país avançasse de 1,2% para 1,9%. 9

10 NOTA METODOLÓGICA A classificação de produtos do agronegócio utilizada nesta nota foi atualizada de acordo com a Resolução CAMEX Nº 94, de 8/12/2012, que alterou a Nomenclatura Comum do MERCOSUL NCM para adaptá-la em relação às modificações do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH-2012), que estabelece um método internacional para a classificação de mercadorias. A Balança Comercial do Agronegócio utiliza uma classificação dos produtos do agronegócio que reúne NCM em 25 setores. Essa é a mesma classificação utilizada no AGROSTAT BRASIL - base de dados on line que oferece uma visão detalhada e atualizada das exportações e importações brasileiras do agronegócio. Mais informações da metodologia e classificação podem ser consultadas no site: agrostat.agricultura.gov.br MAPA/SRI/DPI 06/08/