Inervação sensitiva do músculo esquelético e regulação medular do movimento
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1 CINESIOLOGIA Jan Cabri / Raul Oliveira 2º ano 2008/2009 Inervação sensitiva do músculo esquelético e regulação medular do movimento Estímulo sensitivo Medula Resposta Aula 4 1
2 ESTRUTURA FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Informação de Entrada Condução Processamento Condução Resposta RECEPTORES SN PERIFÉRICO SNC SN PERIFÉRICO EFECTORES Córtex Cerebral Fibras Sensitivas Encéfalo Baixo Medula Fibras Motoras Actividade reflexa do movimento nivel medular 2
3 Arco reflexo Sens. muscular Sens. articular Tacto Pressão Receptores Musculares Fuso Neuromuscular Órgão tendinoso de Golgi 3
4 FNM FUSO NEUROMUSCULAR (FNM) A parte central das fibras intrafusais apresenta terminações sensitivas que são sensíveis ao alongamento. Essas terminações sensitivas podem ser primárias e secundárias e originam respectivamente as fibras aferentes Ia e II que conduzem os estímulos sobre o alongamento à medula. 4
5 Componentes dinâmica e estática da informação sobre alongamento muscular FUSO NEUROMUSCULAR (FNM) 5
6 FNM 6
7 FNM 7
8 Reflexo Miotático 8
9 ARCO REFLEXO Tempos de lactência EMG do reflexo miotático M1 (25/30 ms) M2/M3 (50-80 ms) 9
10 Inervação Recíproca Reflexo Miotático Reflexo Miotático 10
11 SISTEMA GAMA Para além da inervação sensitiva o FNM também apresenta uma inervação motora realizada pelos motoneurónios gama (MNs GAMA), que terminam nas extremidades contrácteis das fibras intrafusais. A contracção das extremidades destas fibras, devido à estimulação dos MNs Gama, provoca estiramento na porção central das fibras intrafusais e representa a forma de o SNC regular e modular a sensibilidade do FNM. SISTEMA GAMA A estimulação GAMA determina, assim, o LIMIAR AO REFLEXO MIOTÁTICO E REGULA por isso O TÓNUS MUSCULAR. Este sistema de modulação representado pelas terminações fusais são sensíveis à diferença de comprimento entre o músculo e o FNM. O sistema GAMA tem assim um papel essencial na organização e regulação da actividade muscular e a substancia reticulada é em grande parte a responsável pela actividade espontânea desses MNs 11
12 Acção dos MNs gama TIPOS de MNs GAMA 1) ESTÁTICOS mais finos inervam preferencialmente as fibras em cadeia, aumentando fortemente a resposta estática não tendo muita influência sobre a resposta dinâmica. 2) DINÂMICOS mais grossos enervam preferencialmente as fibras intrafusais em saco e reforçam as respostas dinâmicas do fuso ao estiramento, sem grande influência nas respostas estáticas. 12
13 TIPOS de MNs GAMA CO-ACTIVAÇÃO ALFA-GAMA As fibras cortico- espinais quando iniciam movimentos voluntários podem desencadear a activação simultânea dos MNs ALFA e MNs GAMA o que constitui uma forma dos centros superiores regularem os circuitos medulares para a produção de contracções musculares mais intensas. Acção dos MNs gama 13
14 Coactivação alfa/gama CO-ACTIVAÇÃO ALFA-GAMA Estimulação MNs GAMA excitabilidade FNM potencia a contracção produzida pelos MNs ALFA. Nível de base de contracção Mecanismo é intensamente solicitado quando se pretende atingir níveis elevados de força muscular. 14
15 OTG ÓRGÃO TENDINOSO de GOLGI - OTG 15
16 ORGÃO TENDINOSO de GOLGI (OTG) OTG - junção mio-tendinosa, apresentando ligado com várias fibras musculares. Está ligado à medula por fibras aferentes semelhantes às fibras Ia as fibras Ib - (não apresentam terminações monossinápticas sobre os MNs ALFA). OTG É ESTIMULADO pelo ESTIRAMENTO do TENDÃO, que resulta das contracções musculares potentes e ORIGINA UM REFLEXO cuja resposta é oposta ao reflexo miotático de encurtamento REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO. 16
17 OTG e o REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO Quando o músculo é fortemente contraído, as fibras Ib conduzem à medula os estímulos detectados no OTG, e através do interneurónio inibitório Ib, produzem a inibição dos MNs ALFA e o relaxamento do músculo. Este reflexo funciona como um mecanismo protector para o aparelho locomotor em geral e para a junção mio-tendinosa em particular. OTG e o REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO Além desta função protectora, t o OTG é também muito SENSÍVEL ÀS VARIAÇÕES de TENSÃO MUSCULAR desenvolvida em partes localizadas do músculo, originando um sistema de feedback contínuo que contribui para regular a tensão muscular, assim como o FNM controla o comprimento do músculo. 17
18 OTG e o REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO A produção de força muscular depende de factores como o comprimento do músculo no momento da contracção, a velocidade e o tipo de contracção e ainda os estados de fadiga. Os OTG ao fornecerem ao SNC sinais proporcionais sobre as variações de tensão produzidas no músculo, procuram compensar todas essas variações e dão um contributo para que o SNC encontre as respostas adaptadas a cada solicitação funcional. OTG e o REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO OTG participa no processo de regulação da intensidade da contracção muscular e permite controlar o grau de cooperação entre músculos sinérgicos As fibras Ib utilizam um processo de inervação reciproca que torna a sua acção mais abrangente. As ligações que estabelecem com os interneurónios excitatórios constituem a base dos reflexos polissinápticos facilitadores da actividade dos músculos antagonistas. 18
19 Reflexo miotático inverso Inervação Recíproca Reflexo miotático inverso 19
20 Inibição Recorrente 20
21 21
22 Reflexo Miotático Inverso 22
23 23
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