8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL LEITURA
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- Alícia Camilo Correia
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1 Professor (a), A campanha do Banco Itaú de 2012, Leia para uma criança, que trazia como slogan Antes de ensinar uma criança a ler, é preciso ensinar a gostar de ler, alerta pais e mestres sobre a importância de aprender a gostar de ler. É com esse objetivo que a proposta de Ensino em Tempo Integral do Estado do Tocantins, ao fazer à opção de acrescentar mais um horário de aula dedicado a leitura, busca oportunizar aos alunos a realização de atividades criativas e interessantes para que a leitura se transforme num hábito atrativo e prazeroso. Sendo que a escola constitui um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, conforme nos declara Zilberman (2003) e ainda que o desenvolvimento de leitores não se dá, na maioria das vezes, de forma espontânea, as aulas de leitura precisam ser diferenciadas e voltadas realmente para incentivar aos alunos a gostarem de ler. Deste modo, faz-se necessário que desde as primeiras semanas de aula o aluno tenha acesso ao acervo escrito por meio de atividades que desenvolvam a maturidade e a autonomia em leitura. São recomendadas atividades que envolvam contação de histórias, livros, revistas, sites, blogs, músicas, filmes, vídeos, jornais, gibis, diversidade de gêneros textuais (receita médica, lista de compras, bula de remédio, manuais, conversa telefônica, bilhete, carta, resumo, , msn, resenha, contos, poemas, biografias, lendas, crônicas, peças teatrais, artigo de opinião, artigo científico, reportagem (de jornal, TV e rádio), notícia, charge, visitas em bibliotecas etc. A aula de leitura primeiramente necessita ser prazerosa, aconchegante, motivadora. Mas, como fazer isso com poucos recursos? É importante considerar que tens um papel fundamental no planejamento das atividades de leitura, o que abrange desde a seleção dos textos a serem trabalhados até a realização de atividades que viabilizem o refinamento da compreensão dos alunos em relação aos textos lidos. Para tanto é de fundamental importância que o planejamento seja realizado de forma coletiva e que contemple espaços/ambientes diversificados para a prática da leitura, reunindo a maior variedade de recursos possíveis tais como: carteiras em circulo, tapetes, almofadas, utilização de bibliotecas, salas de vídeo, auditórios, pátios, jardins, quadras, praças etc. Uma proposta que incentivará aos alunos é a organização de uma gincana de arrecadação dos materiais que estão faltando como: livros, revistas, vídeos, cds, almofadas, tapetes etc. E junto com os alunos e os professores de arte e teatro, realizar a organização desses materiais e dos espaços que serão utilizados. Podem ser pensadas salas ambientes, maletas de leituras, bolsa de gibis, baú dos leitores, caixas de poemas, estantes de revistas 1
2 etc. O horário da aula pode ser mesclado com momentos de leituras livres e leituras dirigidas. Nesta aula de leitura é importante que todos os alunos façam uma ficha na biblioteca e que o professor acompanhe a leitura em sala de aula, solicitando que recontem a história para os colegas a partir de propagandas, vídeos, desenhos, dramatizações. Voltamos a reiterar que o objetivo desta aula de leitura é conquistar leitores, mostrando-lhes as possibilidades e os encantamentos que os livros guardam para serem descobertos. Por isso, a leitura de livros não pode, em hipótese nenhuma, ser para o aluno, apenas, o cumprimento de uma obrigação imposta pelo professor. Leia para/com os alunos. Mas, principalmente, dê a eles a oportunidade de escolher os próprios livros, segundo seus próprios critérios, sejam eles quais forem. E, também, dê-lhes a oportunidade de falar sobre os livros lidos; sugerir a leitura de outros livros. Sempre trabalhe com os componentes de um livro: capa; título do livro; nome do autor; nome do ilustrador; páginas que antecedem o texto e que podem trazer alguma ilustração significativa com relação ao todo da história ou com relação ao seu desenvolvimento no sentido de ir levando o leitor para dentro da obra; disposição das palavras na página; relação texto verbal x imagem; texto escrito e os efeitos gráfico-visuais das letras e das palavras. Além disso, é importante não esquecer também de que, embora o objetivo da aula não seja sistematização do estudo dos elementos constitutivos dos gêneros textuais, é necessário trabalhar a diversidade dos gêneros textuais. Logo, é preciso considerar, independentemente da estratégia escolhida para o trabalho com os livros, que temos um narrador que nos conta os fatos, organiza as seqüências narrativas, constrói o enredo, apresenta os personagens, usa palavras e expressões que marcam o tempo e o lugar onde os fatos acontecem. E pode fazer tudo isso inserindo-se na história ou observando de fora o que acontece. A consciência desse fato permite ao professor explorar mais/melhor a obra. O que muda de um livro para o outro é o assunto, a forma de tratá-lo... Professor, por melhor que seja a reprodução ela não substitui a obra, ou seja, se possível, tenha em mãos, em sala de aula, o livro, a fim de que os alunos possam vê-lo, tocá-lo, folheá-lo... descobrilo. Bom trabalho e boas leituras!!! 2
3 Habilidade Desenvolver a capacidade de Leitura. Conhecer diferentes gêneros por meio da leitura. Desenvolver a capacidade de Leitura. Localizar informações explícitas em um texto. Inferir uma informação implícita em um texto. Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Explorar elementos que compõem a capa de um livro (título, imagem, autor ou outras informações. Identificar o tema de um texto. Habilidades afins Interdisciplinaridad e Conteúdo Geografia: Perceber a importância dos conhecimentos geográficos nas políticas deconservação/preservação do meio ambiente. Gênero textual: científico, autobiográfico, romance, crônica Leia o texto e responda as questões. Por que algumas aves voam em bando formando um V? Elas parecem ter ensaiado. Mas é claro que isso não acontece. Quem nunca viu ao vivo, já observou em filme ou desenho animado aquele bando de aves voando em "V". Segundo os especialistas, esta característica de vôo é observada com mais freqüência nos gansos, pelicanos, biguás e grous. Há duas explicações para a escolha dessa formação de vôo pelas aves. A primeira consiste na economia de energia que ela proporciona. Atrás do corpo da ave e, principalmente, das pontas de suas asas, a resistência do ar é menor e, portanto, é 3
4 vantajoso para as aves voar atrás da ave dianteira ou da ponta de sua asa. Ou seja: ao voarem desta forma, as aves poupariam energia, se esforçariam menos, porque estariam se beneficiando do deslocamento de ar causado pelas outras aves. Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando. Essa é a primeira explicação para o vôo em "V". E a segunda? O que diz? Ela sustenta que esse tipo de vôo proporcionaria aos integrantes do bando um melhor controle visual do deslocamento, pois em qualquer posição dentro do "V" uma ave só teria em seu campo de visão outra ave, e não várias. Isso facilitaria todos os aspectos do vôo. Os aviões militares de caça, por exemplo, voam nesse mesmo tipo de formação, justamente para ter um melhor campo de visão e poder avistar outros aviões do mesmo grupo. Essas duas explicações não são excludentes. É bem possível que seja uma combinação das duas, o que torna o vôo em "V" favorável para algumas aves. (NACINOVIC, Jorge Bruno, Por que algumas aves... Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro, n. 150, set ) 1 -Bandos de aves e aviões militares de caça têm em comum A) o objetivo de economizar energia. B) a necessidade de ter um bom campo de visão. C) a preferência por vôos longos. D) a substituição permanente do líder. E) o objetivo de não ficarem isolados. 2 - Segundo o texto, as aves poupam energia voando em V porque A) são beneficiadas pelo deslocamento do ar causado pelas aves da frente. B) podem se ajudar mutuamente durante longos percursos. C) podem obter melhor controle visual do deslocamento. D) têm o instinto de sempre seguir o líder do bando em seu itinerário. E) se acostumaram a voar assim. Resposta: a 3 - Pode-se afirmar que o texto A) conta uma história curiosa e divertida sobre pássaros. B) defende uma idéia sobre uma questão científica. C) explica os movimentos das aves com base em informações científicas. D) noticia uma descoberta científica ultrapassada sobre o vôo das aves. E) mostra uma hipótese de que voar em V pode ser melhor para os aviões. Resposta: c 4
5 4 - O texto tem como tema um aspecto particular da vida de algumas aves: A) a economia de energia. B) o modo de voar. C) a semelhança entre elas e os aviões. D) o formato das asas. E) voam assim por serem parecidas. 5 - Isso explicaria, até, a constante substituição do líder nesse tipo de bando. Com base no texto, conclui-se que o líder é substituído constantemente porque essa posição... A) é cobiçada por todas as aves do bando. B) é a mais importante do grupo. C) é só para lideres. D) proporciona melhor controle visual. E) consome muito mais energia. Resposta: e Leia o Texto: Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) 5
6 1) Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que se trata: a) de um texto jornalístico b) de um texto religioso c) de um texto científico d) de um texto autobiográfico e) de um texto teatral Resposta: d 2) Para o autor-personagem, é menos comum: a) começar um livro por seu nascimento. b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte. c) começar um livro por sua morte. d) não começar um livro por sua morte. e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte. 3) Deduz-se do texto que o autor-personagem: a) está morrendo. b) já morreu. c) não quer morrer. d) não vai morrer. e) renasceu. 4) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos: a) escreveram livros. b) se preocupam com a vida e a morte. c) não foram compreendidos. d) valorizam a morte. e) falam sobre suas mortes. Resposta: d 5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que: a) o autor fala da morte; Moisés, da vida. b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso. c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte. d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte. e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés. Resposta: d 6
7 6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco: a) não fala da morte de Moisés. b) foi lido pelo autor do texto. c) foi escrito por Moisés. d) só fala da vida de Moisés. e) serviu de modelo ao autor do texto. Resposta: c 7) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para: a) intróito b) princípio c) cabo d) berço e) fim Resposta: d 8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua): a) conformismo diante da morte ; b) tristeza por se sentir morto c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação d) otimismo quanto ao futuro literário e) atividade apesar de estar morto Resposta: e Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se têm levantado estátuas e monumentos, por ela se tem até morrido com alegria e felicidade. Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade de outrem; que onde não há liberdade não há pátria; que a morte é preferível à falta de liberdade; que renunciar à liberdade é renunciar à própria condição humana; que a liberdade é o maior bem do mundo; que a liberdade é o oposto à fatalidade e à escravidão; nossos bisavós gritavam "Liberdade, Igualdade e Fraternidade! "; nossos avós cantaram: "Ou ficar a Pátria livre/ ou morrer pelo Brasil!"; nossos pais pediam: "Liberdade! Liberdade!/ abre as asas sobre nós", e nós recordamos todos os dias que "o sol da liberdade em raios fúlgidos/ brilhou no céu da Pátria..." em certo instante. Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade há muito tempo, com disposições de cantá-la, amá-la, combater e certamente morrer por ela. Ser livre como diria o famoso conselheiro... é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho... Enfim, ser livre é ser responsável, é repudiar a 7
8 condição de autômato e de teleguiado é proclamar o triunfo luminoso do espírito. (Suponho que seja isso.) Ser livre é ir mais além: é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Por isso, os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai até onde o sonho das crianças deseja ir. (Às vezes, é certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...) Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) não acreditavam que se pudesse chegar tão simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!... Acontece, porém, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios elétricos e perdeu a vida. E os loucos que sonharam sair de seus pavilhões, usando a fórmula do incêndio para chegarem à liberdade, morreram queimados, com o mapa da Liberdade nas mãos!... São essas coisas tristes que contornam sombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcançá-la estamos todos os dias expostos à morte. E os tímidos preferem ficar onde estão, preferem mesmo prender melhor suas correntes e não pensar em assunto tão ingrato. Mas os sonhadores vão para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incêndios, como as crianças e os loucos. E cantando aqueles hinos, que falam de asas, de raios fúlgidos linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel... (MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho:crônicas Editora Record Rio de Janeiro, 2002, pág. 07.) Após ler atentamente o texto, responda as questões de 1 a 10: 1. De qual livro foi retirado o texto Liberdade? Resposta: Escolha seu sonho. De quem é a autoria? Resposta: Cecília Meireles(O aluno deve saber encontrar as informações sobre o texto, ver que estão logo abaixo e que o sobrenome na bibliografia vem primeiro, que o nome do livro geralmente aparece em itálico...) (Nas questões 2 a 7, assinale a alternativa correta) 2.O texto afirma que (A) a escravidão depende das escolhas das pessoas. (B) a liberdade de um acaba onde começa a liberdade de outrem. (C) as criaturas combatem a liberdade com entusiasmo juvenil. (D) os sentimentos sombrios deslumbram a liberdade. 3. O resultado de ser livre é (A) ampliar a órbita da vida. 8
9 (B) cantar a liberdade como nossos avós. (C) viver sem sonhar. (D) viver sem qualquer obrigação. Resposta: a 4. A liberdade é tão fundamental ao homem que (A) certamente se prefere a morte à liberdade. (B) com liberdade tudo se consegue na vida. (C) onde não há liberdade não há pátria. (D) sem liberdade não se constrói coisa alguma. Resposta: c 5. Em Ser livre é ser responsável, é repudiar a condição de autômato e de teleguiado (...)" os termos destacados se referem a pessoas que (A) comportam-se de forma imprevisível. (B) desobedecem às regras e às convenções. (C) fazem só o que os outros lhes determinam. (D) sabem muito bem o que devem realizar. Resposta: c 6. No segundo parágrafo do texto, entende-se que a Liberdade é modernos. (A) a inspiração para cantos antigos e (B) o bem mais precioso do homem. (C) um bem esquecido por nossos parentes. (D) uma luta que, às vezes, vale a pena travar. 07. A questão central tratada no texto é (A) a emoção dos antepassados. (B) a felicidade das pessoas (C) a liberdade humana. (D) o combate à escravidão. Resposta: c 8. Qual o significado da palavra liberdade para você? Resposta: 9
10 9. Você acha que o Brasil, atualmente, é uma nação livre? Justifique sua resposta? Resposta: pessoal 10. Releia: Ser livre é não ser escravo; é agir segundo a nossa cabeça e o nosso coração, mesmo tendo de partir esse coração e essa cabeça para encontrar um caminho (4º parágrafo). Como você compreende esse trecho? Resposta: pessoal Elaborado por Julia Maria Pedreira Graduada em Letras ( Faculdade de Filosofia de Porto Nacional - TO ) e Especialização em Planejamento Educacional ( Universidade Salgado de Oliveira )Niterói - RJ 10
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