PROGRAMA DE FORMAÇÃO Formação de Públicos Estratégicos para obtenção da especialização em Igualdade de Género (58h)

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1 Formação de Públicos Estratégicos para obtenção da especialização em Igualdade de Género (58h) Código da Área de Formação: 762

2 APRESENTAÇÃO DO CURSO: FORMAÇÃO DE PÚBLICOS ESTRATÉGICOS PARA OBTENÇÃO DA ESPECIALIZAÇÃO EM IGUALDADE DE GÉNERO Este curso é direcionado para profissionais que pretendam adquirir ou reforçar conhecimentos e competências no âmbito da temática da Igualdade de Género, de acordo com o referencial de formação nº 2FPE_IG 58 da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, com elevada incidência em matérias destinadas à mudança de comportamentos e atitudes, face ao enraizamento de estereótipos e das representações sobre os papéis e traços de sexo e de género inscritos na nossa matriz cultural totalizando 58h de formação, conferindo a obtenção da Especialização em Igualdade de Género. OBJETIVOS GERAIS Formar e qualificar atores e decisores estratégicos na temática da Igualdade de Género e na prevenção da Violência de Género; Alterar a perspetiva existente sobre os papéis de mulheres e homens; Desenvolver competências em igualdade de género e liderança, bem como promover a comunicação assertiva como forma de transmissão eficiente de conhecimentos e de alteração de comportamentos. A preparação de formadores/as no domínio da Igualdade de oportunidades justificase pela necessidade de sensibilizar os vários públicos das ações de formação profissional para a aplicação de um princípio fundamental na efetivação dos direitos de cidadania. Assim, o/a formador/a de Igualdade entre Mulheres e Homens pode tornarse um agente condutor de uma mudança de atitudes e comportamentos na relação entre mulheres e homens, numa sociedade onde, ainda, existem diferenças de condições e tratamento entre homens e mulheres, tanto na esfera da vida privada como na esfera profissional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS E CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS No final deste curso de Formação de Públicos Estratégicos para obtenção da especialização em Igualdade de Género os/as formandos/as que concluam com aproveitamento deverão ter adquirido competências para: Desempenhar a função de formador/a numa perspetiva relacional, com vista à concretização da igualdade de género, enquanto critério fundamental da democracia; Reconhecer a existência e a importância dos diferentes instrumentos formais na área dos direitos humanos e cidadania; Deter convicção da sua vivência da igualdade na esfera privada e das suas práticas de igualdade nas Página 1 de 9

3 relações interpessoais, designadamente na forma como interage com formandos, formandas e grupos mistos; Atuar como agente de mudança (dentro das esferas da sua intervenção) desenvolvendo estratégias, aplicando instrumentos e estimulando comportamentos de combate à discriminação e de promoção da igualdade; Incorporar à formação e às necessidades do grupo os diferentes instrumentos formais na área dos direitos humanos e cidadania; Aplicar os principais conceitos associados à abordagem da igualdade entre mulheres e homens; Identificar e problematizar paradigmas, papéis sociais e estereótipos de género transmitidos pelas práticas sociais; Utilizar linguagem não discriminatória e que contemple as formas gramaticais masculinas e femininas da língua portuguesa e que garanta a visibilidade e a não hierarquização dos dois sexos; Utilizar argumentos que contrariem e desconstruam representações, estereótipos, ideias feitas ; Encorajar os debates abertos e construtivos, francos e consistentes, como fator de desenvolvimento, mas evitando situações disruptivas tendo em conta os contextos de inserção social e familiar de cada formando/a; Incentivar a reflexão e o questionamento individual sobre a repetição acrítica de modelos de comportamento que reproduzem a desigualdade de mulheres e homens; Desenvolver atividades andragógicas que sejam suficientemente motivadoras e adequadas às experiências de vida dos/as formandos/as, que alterem atitudes de indiferença e estimulem a vontade de mudar e de intervir; Identificar currículos e materiais de formação que utilizem estereótipos sobres papéis sociais tradicionais de masculino e feminino e saber neutralizálos; Questionar os currículos formativos que reforçam papéis sociais: organização e ocupação de espaços por mulheres e homens; o que os/as formadores/as esperam e toleram de formandos e formandas; Aplicar mecanismos de conciliação da vida familiar e profissional; Elaborar diagnósticos e planos para a igualdade de género nas empresas e organizações; Desenvolver competências em igualdade de género e liderança, bem como promover a comunicação assertiva como forma de transmissão eficiente de conhecimentos e de alteração de comportamentos; Identificar as competências específicas do/a formador/a de Igualdade. Página 2 de 9

4 Pretendese ainda contribuir para o desenvolvimento pessoal dos/as participantes, através da autorreflexão, auto conhecimento, autoavaliação do seu desempenho face ao perfil de competências desejado, bem como da exploração da identidade individual e social, e ajudálos/as a implementar a mudança no local de trabalho. MÓDULO 1 ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL (4 H) 1. Igualdade, diversidade e cidadania 2. Sexo e género 3. Papéis sociais de género, paradigmas e estereótipos 4. Linguagem como paradigma das (des)igualdades 5. Coeducar para uma cidadania democrática MÓDULO 2 IGUALDADE DE GÉNERO (6 H) 1. As rotas do(s) feminismo(s) em Portugal percurso histórico 2. Orientações estruturantes para a igualdade entre homens e mulheres: V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação (V PNI) 1 V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género (V PNPCVDG), que inclui o III Programa de Ação para a Prevenção e Eliminação da Mutilação Genital Feminina (III PAPEMGF) 2; III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos (III PNPCTSH)3 e o II Plano Nacional de Ação para a Implementação da RCSNU 1325 ( )4. 3. Mecanismos nacionais e internacionais para a promoção da igualdade de género 4. Responsabilidade social das organizações da sociedade civil para a concretização da igualdade de género MÓDULO 3 ROTEIROS TEMÁTICOS DE GÉNERO: ABORDAGEM SOCIAL E JURÍDICA (20 H) 1. Dimensão pessoal e familiar 2. Dimensão profissional 3. Conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal 4. Democracia paritária poder político e tomada de decisão 5. Violência de género 6. Saúde, Direitos sexuais e reprodutivos 7. Mainstreaming de género e Ações Positivas Página 3 de 9

5 MÓDULO 4 METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO EM IGUALDADE E SUGESTÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO (10 H) Utilização de métodos e técnicas andragógicas promotoras da aprendizagem e facilitadoras da apropriação de conhecimento nas temáticas da igualdade de género. Tal deverá ser concretizado através da dinamização de diversas atividades grupais nas diferentes áreas da igualdade de género. O módulo IV implicará a realização de diversas dinâmicas na área da Igualdade de Género nas quais se consiga a partilha de saberes e experiências por parte dos/as formandos/as e nas quais estes revelem uma apreensão dos conhecimentos adquiridos nos módulos anteriores. Assim, deverseá proceder à avaliação destes mesmos conhecimentos através de uma ficha de observação de comportamentos a ser criada para o efeito. Além disso, nesta parte os/as formandos/as deverão apresentar propostas estratégicas para melhoria da intervenção em matéria de igualdade de género (o/a formando/a deverá selecionar uma temática inserida no módulo III Roteiros Temáticos de Género). MÓDULO 5 COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E LIDERANÇA (18H) Objetivos específicos Pretendese que cada formando/a, no final do módulo, esteja apto/a a: Compreender a dinâmica formador/aformandos/asobjeto de aprendizagem, numa perspetiva de facilitação dos processos de formação; Compreender os fenómenos psicossociais, nomeadamente o da liderança, decorrentes nos grupos em contexto de formação; Gerir diferentes grupos de trabalho, com fortes condições de potenciar a discriminação e bloquear a aprendizagem; Compreender a dinâmica da individualidade de aprendizagem no seio de um grupo de trabalho; Saber escutar, mesmo nas situações mais difíceis; Reconhecer a importância do/a mediador/a de grupos de trabalho. SubM5.1 Comunicação e Comportamento Relacional SubM5.2 Diversidade no Contexto de Formação Página 4 de 9

6 DESTINATÁRIOS/AS E COMPOSIÇÃO DOS GRUPOS DE FORMAÇÃO CONDIÇÕES REQUERIDAS Habilitação Académica Capacidade Física Atestado Médico Nível 5 Idade 18 anos Atividade e Função Profissional Outras Destinase a ativos/as desempregados (trabalhadores/as dependentes, independentes ou por conta própria) e empregados/as, com habilitações de nível 5 (bacharelato/ licenciatura/ mestrado) que pretendam especialização nesta temática, cuja atividade tem impacto na consolidação da perspetiva da Igualdade de Género, nas suas diferentes manifestações e pretendam acrescentar valor ao seu percurso profissional. Dentro desses profissionais destacamse os que exerçam funções como agentes de formação, profissionais de educação, gestores, profissionais de recursos humanos, agentes sociais, forças e serviços de segurança, pessoal dos serviços de saúde, magistrados, advogados, funcionários judiciais, consultores, jornalistas, agentes de publicidade e outros profissionais cuja atividade possa ter impacto na consolidação da perspetiva da Igualdade de Género nas suas diferentes manifestações. MODALIDADE E FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA FORMAÇÃO MODALIDADE Educação e Formação de Adultos (EFA) Formação Modular Certificada Outra Formação Profissional não inserida em catálogo Sistema Aprendizagem Formação Ação Outras Inicial Nível de Qualificação Contínua Identifique qual: Reciclagem, Atualização e aperfeiçoamento Reconversão Especialização profissional Desenvolvimento organizacional e gestão ORGANIZAÇÃO DA FORMAÇÃO Presencial Formação em contexto de trabalho Misto Página 5 de 9

7 SÍNTESE PROGRAMÁTICA E CARGA HORÁRIA DESIGNAÇÃO DO MÓDULO ENQUADRAMENTO CONCEPTUAL IGUALDADE DE GÉNERO ROTEIROS TEMÁTICOS DE GÉNERO: ABORDAGEM SOCIAL E JURÍDICA METODOLOGIAS DE FORMAÇÃO EM IGUALDADE E SUGESTÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E LIDERANÇA CARGA HORÁRIA 4H 6H 20H 10H 18H TOTAL DE HORAS 58h METODOLOGIA DA FORMAÇÃO Utilização de métodos e técnicas andragógicas, promotoras da aprendizagem e facilitadoras da apropriação de conhecimento nas temáticas da igualdade de género. Método Expositivo Método Interrogativo Método Demonstrativo Método Ativo Diga que técnicas do Método Ativo: Trabalhos de Grupo Estudos de caso Dramatizações Roleplaying Simulações Brainstorming Técnicas Andragógicas Projetos Prática Simulada METODOLOGIAS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação faz parte integrante do processo formativo e tem como finalidade validar os conhecimentos, as capacidades e as aptidões adquiridas e/ou desenvolvidas pelos/as formandos/as no domínio pedagógicodidático. Os resultados obtidos constituem um dos elementos de validação do próprio processo formativo. TIPOS DE AVALIAÇÃO Do Processo Formativo: Observação dos comportamentos e da participação espontânea dos/as formandos/as, através do preenchimento de uma lista de ocorrências dos módulos de formação, a ser preenchida pelos/as formadores/as. Página 6 de 9

8 Dos Conteúdos de Formação: Realizarseá também nos módulos 4 e 5, através de um trabalho escrito, relacionado com um dos tópicos do Roteiro Temático e a sua articulação com o enquadramento conceptual. O módulo 4 implicará a realização de diversas dinâmicas na área da Igualdade de Género nas quais se consiga a partilha de saberes e experiências por parte dos/as formandos/as e nas quais estes revelem uma apreensão dos conhecimentos adquiridos nos módulos anteriores. Assim, deverseá proceder à avaliação destes mesmos conhecimentos através de uma ficha de observação de comportamentos a ser criada para o efeito. Além disso, nesta parte os/as formandos/as deverão apresentar propostas estratégicas para melhoria da intervenção em matéria de igualdade de género (o/a formando/a deverá selecionar uma temática inserida no módulo 3 Roteiros Temáticos de Género). Diagnóstica Formativa Sumativa De Reação/ Satisfação: Modular/ Formador Final INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Observação Instrumentos utilizados: Grelhas de Observação Outro Formulação de Perguntas Avaliação escrita Instrumentos utilizados: Teste de produção (ou resposta aberta) Teste de seleção (ou resposta fechada) Teste misto (resposta aberta e resposta fechada) Projeto em Grupo Projeto Individual Avaliação oral Lista de perguntas Apresentação Debate Medição 1 Instrumentos utilizados: Fichas de avaliação prática 1 (execução prática de tarefas, em ambiente simulado ou em contexto real de trabalho) Página 7 de 9

9 Para além da avaliação do domínio dos conteúdos de formação, o desempenho dos/as formandos/as na ação de formação é ainda aferido de acordo com critérios relacionados com o nível de assiduidade e pontualidade, motivação e participação, aspetos comportamentais e de relacionamento interpessoal, através do preenchimento de uma ficha de observação criada para o efeito. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Considerase apto o formando que na avaliação sumativa obtenha pelo menos 10 valores, numa escala de 0 a 20. Os critérios de desempenho do formando na ação têm uma ponderação na nota final de 20%. RECURSOS PEDAGÓGICOS Manual da Formação Apresentação (PowerPoint) Transparências Fichas de Trabalho Documentação Complementar ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS Sala Teórica Sala de informática Quadro branco Quadro branco Quadro de Papel Quadro de Papel Computador Projetor multimédia Projetor multimédia Computadores Retroprojetor Quantidade: 15 Televisão Câmara de Filmar Identificação de outros equipamentos a utilizar: Página 8 de 9

10 Bibliografia: COMISSÃO PARA A IGUALDADE NO TRABALHO E NO EMPREGO (2003). Manual de Formação de Formadores/as em Igualdade entre Mulheres e Homens, Lisboa, CITE. ABRANCHES, Graça (2009). GUIA PARA UMA LINGUAGEM PROMOTORA DA IGUALDADE ENTRE MULHERES E HOMENS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CITE (2001). Guia de Boas Práticas, para a conciliação da vida familiar e profissional. Lisboa: Departamento de Estudos, Prospetiva e Planeamento, Centro de Informação e Documentação Económica e Social. V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação (aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros nº 103/2013, de 31 de Dezembro); V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género , que inclui o III Programa de Ação para a Prevenção e Eliminação da Mutilação Genital Feminina (aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 102/2013, de 31 de Dezembro); III Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos (aprovado pela Resolução de Conselho de Ministros nº 101/2013, de 31 de Dezembro); II Plano Nacional de Ação para a Implementação da RCSNU 1325 ( ), aprovada pela Resolução de Conselho de Ministros nº 50/2014, de 26 de Agosto. Página 9 de 9