MATERIA DE APOIO DE 4º SEMESTRE

Transcrição

1 MATERIA DE APOIO DE NEUROANATOMIA 4º SEMESTRE

2 SISTEMA NERVOSO

3 Função: sistema responsável pelas percepções/ sensações intra e extra corporais, comportamentos, memórias, inicia o movimento voluntário e apresenta ação sobre todos os outros sistemas do corpo humano.

4 Estruturas que formam este sistema: encéfalo, medula espinal, nervos cranianos, nervos espinais, gânglios e receptores sensoriais.

5 Divisão Anatômica do SN: Sistema Nervoso Central (SNC): estruturas localizadas dentro do crânio e da coluna vertebral- encéfalo e medula espinal Sistema Nervoso Periférico (SNP): estruturas localizadas fora do SNC nervos cranianos e espinais, gânglios, plexos entéricos e receptores sensoriais.

6

7 Sistema Nervoso Central (SNC): encéfalo e medula espinal Encéfalo: - cérebro - tronco encefálico: -- mesencéfalo (cérebro médio), ponte e bulbo - cerebelo

8 Cérebro: - hemisfério direito e esquerdo - lobos: frontal, parietal, temporal, occipital, ínsula (interna e menos desenvolvida) - sulcos e giros (sulco central e giro pré e pós central)

9 Aspectos Funcionais do Cérebro: - áreas sensoriais: recebem e interpretam impulsos sensoriais, posterior ao sulco central - áreas motoras: iniciam os movimentos, anterior ao sulco central - áreas associativas: funções integrativas mais complexas como memória, emoção, raciocínio, vontade, característica de personalidade e inteligência.

10 Tronco Encefálico: Cérebro Médio: retransmite impulsos motores do cérebro para a ponte e desta para bulbo e medula espinal e impulsos sensoriais da medula para o cérebro. Ponte: retransmite impulsos entre a medula e o cérebro médio Bulbo: transmite impulsos sensoriais e motores entre encéfalo e medula espinal.

11 Cerebelo: -coordenação motora e equilíbrio -compara os movimentos pretendidos com os que estão sendo executados para reorganizar e coordenar os movimentos complexos. - regula a postura e o equilíbrio

12 Três funções básicas das células do SNC: - função sensorial: receptores sensorias, detectam estímulos internos como acidez do sangue ou externo (temperatura, tato, pressão). Neurônios sensoriais ou aferentes, levam informação sensorial à medula e encéfalo; -função integrativa: função de integrar (processar) e armazenar parte da informação sensorial para tomar decisões quanto à resposta apropriada; - função motora: neurônios motores ou motoneurônios ou neurônios eferentes, conduzem informação do encéfalo à medula espinal para fibras musculares ou glândulas (órgãos efetores);

13 Funcionamento Básico: -impulsos nervosos centrais originados no encéfalo são enviados à medula espinal para órgãos, glândulas ou músculos (órgãos efetores); - impulsos periféricos originados na pele ou órgãos internos são enviados à medula espinal e encéfalo.

14 Composição Básica : célula nervosa neurônio e glia NEURÔNIO: - célula especializada do SN, atua na sensibilidade, pensamento, lembrança, controle de atividade muscular e regulação das secreções glandulares. -apresenta capacidade de excitabilidade elétrica, ou seja, capacidade de produzir potencial de ação ou impulsos nervosos em resposta a estímulos.

15 Partes do neurônio: Corpo celular: contém citoplasma, núcleo e organelas (mitocôndrias, complexo de Golgi) Dendritos: prolongamentos que atuam como receptores do neurônio, estendem-se a partir do corpo celular. Axônio: - propaga o impulso nervoso em direção a outro neurônio, fibra muscular ou glândula; -sua porção final apresenta o terminal axônico com as vesículas sinápticas e seus neurotransmissores (NT) Terminal axônico:

16 Classificação dos neurônios quanto ao prolongamento

17 Neurônio unipolar: neurônio sensitivo ou aferente - apresenta um prolongamento (anelídeos). O corpo do neurônio está no epitélio de revestimento. Neurônio bipolar: neurônio sensitivo ou aferente o corpo do neurônio está no interior do animal, mas fora do SNC, mantendo um prolongamento na periferia e outro no SNC (moluscos). Neurônio pseudounipolar: neurônio sensitivo ou aferente o corpo de neurônios está junto ao SNC (gânglios sensitivos), sem penetrar nele (vertebrados)

18 Neurônio multipolar: neurônio motor ou eferente informação do SNC à uma glândula ou músculo. O corpo do neurônio encontra-se dentro do SNC (mamíferos). Interneurônio: neurônio de associação o corpo do neurônio encontra-se dentro do SNC e faz sinapses com outros interneurônios que também estão dentro do SNC aumento do número de sinapses, aumentando a complexidade do sistema nervoso (mamíferos).

19 Sinapse: - local de comunicação entre dois neurônios (terminal axônicodendritos), ou entre o terminal axônico e o órgão efetor (músculo ou glândula) -local de liberação dos NT para transmissão do potencial de ação à célula seguinte ou órgão efetor. Bainha de mielina: estrutura composta por lipídios e proteínas que envolve o axônio da célula nervosa aumentando a velocidade de condução do potencial de ação. * neurônios com mielina: mielinizados * neurônios sem mielina: não-mielinizados ou amielínicos.

20 astrócito fibroso Células da Glia: Células de Suporte e Proteção-não geram impulso nervoso, não formam sinapses Astrócitos:auxiliam na barreira hematoencefálica, sustentação e nutrição dos neurônios

21

22

23 Células da Glia: Células de Suporte e Proteção Células ependimárias Células epiteliais colunares que revestem os ventrículos encefálicos Micróglia: fagocitose

24 Células da Glia: Células de Suporte e Proteção Oligodendrócitos -formam a bainha de mielina em torno dos axônios no SNC oligodendrócito Células de Schwann -envolvem os axônios localizados no SNP

25

26 Envoltórios do SNC: -encéfalo e a medula espinal são envolvidos por estruturas de tecido conjuntivo: as meninges (meninge craniana e meninge espinal) Três meninges são encontradas revestindo o SNC: - dura-máter: é a mais superficial e mais espessa, está em contato com a superfície óssea (crânio e coluna vertebral); - aracnóide-máter: meninge média; - pia-máter: é a mais profunda e mais fina, está em contato com o tecido nervoso do encéfalo e medula espinal.

27 Entre a aracnóide-máter e a pia-máter está o espaço subaracnóideo, onde circula o líquido cerebrospinal. As meninges espinais revestem os nervos espinais até o ponto de sua emergência da coluna vertebral. Função: proteger estas estruturas, permitindo acesso de vasos sanguíneos e a circulação do líquido cerebrospinal.

28 Barreira hematoencefálica: Conjunto complexo de defesa do encéfalo com o objetivo de manter um meio adequado ao tecido cerebral. Estrutura semi-permeável Funções: Proteger o cérebro de "substâncias estranhas" que possam estar presente no sangue e danificar o cérebro. Proteger o cérebro contra hormônios e neurotransmissores que possam estar circulando pelo corpo. Mantém um ambiente químico protegido e constante para o bom funcionamento do cérebro.

29 Barreira hematoencefálica: Algumas situações podem romper a BHE alterando suas funções: Hipertensão(Pressão Alta); Hiperosmolaridade: Microondas Radiação Infecção Trauma, Isquemia, Inflamação, Pressão Desenvolvimento (a BHE não está totalmente formada em recém-nascidos)

30 Líquido Cerebrospinal (LCE): Líquido incolor que protege o encéfalo e a medula espinal contra leões, transporta oxigênio, glicose e outras substâncias para os neurônios. Esse líquido flui continuamente pelo espaço subaracnóideo (entre a aracnóide e a pia-máter) em torno do encéfalo e medula espinal.

31 Ventrículos cerebrais: O líquido cerebrospinal circula no encéfalo através de cavidades especiais chamadas de ventrículo (venter = ventrículo). As cavidades são designadas como ventrículos laterais, terceiro e quarto ventrículo Ventrículos laterais: lobos frontal, parietal e occiptal (apresenta o plexo coróide responsável por produzir o LCE) Terceiro ventrículo: diencéfalo Quarto ventrículo: posterior à ponte, metade superior do bulbo e anterior ao cerebelo.

32

33

34

35 MEDULA ESPINAL NEUROANATOMIA 2009

36 MEDULA ESPINAL Localizada no interior da coluna vertebral (medula miolo ), Ela se inicia na junção do crânio com a primeira vértebra cervical (limite inferior do bulbo) e termina na altura entre a primeira e segunda vértebra lombar no adulto, atingindo entre 44 e 46 cm de comprimento.

37 MEDULA ESPINAL Forma arredondada, percorrida por sulcos longitudinais. ÉÉ achatada (anterior para posterior) apresentando duas dilatações, ou intumescências, a dilatação (intumescência) cervical (situada na região cervical) e a dilatação (intumescência) lombar (inferior, ocupa a região lombar). Pode ser dividida em 6 porções: região cervical, dilatação Pode ser dividida em 6 porções: região cervical, dilatação cervical, região torácica, região lombar, dilatação lombar, filamento terminal (cauda equina)

38

39 MEDULA ESPINAL A ME, assim como o encéfalo, é envolta por meninges: dura-máter, pia-máter, aracnóide-máter. Entre a pia-máter e a aracnóide existe um líquido, chamado líquido cefalorraquidiano (líquor). Ele protege os órgãos do sistema nervoso central contra choques mecânicos. Esse líquido banha todo o sistema nervoso central - Esse líquido banha todo o sistema nervoso central - podendo ser coletado para exames pelo médico através de punção na região lombar, na região cervical alta

40 MEDULA ESPINAL Do líquor podem ser feitos dezenas exames para diagnosticar doenças diversas, entre elas: meningites (virais, bacterianas, fúngicas, por tuberculose, parasitárias), entre elas sífilis e AIDS sangramentos do sistema nervoso central doenças degenerativas (esclerose múltipla) alguns tumores

41

42 MEDULA ESPINAL FUNÇÕES: Conduzir impulsos nervosos do corpo para o encéfalo Produzir impulsos nervosos coordenando atos como, por exemplo, o reflexo involuntário.

43 MEDULA ESPINAL Da medula partem 31 pares de nervos espinais (raquidianos) que se ramificam e se conectam com as várias partes do corpo. Recebe mensagens de vários pontos e as envia para o cérebro e também recebe mensagens do cérebro e transmite para as várias partes do corpo. A medula possui dois sistemas de neurônios: o sistema descendente controla funções motoras dos músculos, regula funções como pressão e temperatura e transporta sinais originados no cérebro até seu destino; o sistema ascendente transporta sinais sensoriais das extremidades do corpo até a medula e de lá para o cérebro.

44 MEDULA ESPINAL Os 31 pares de nervos espinais que saem da medula relacionam-se com os músculos esqueléticos. Eles se formam a partir de duas raízes que saem lateralmente da medula: a raiz posterior ou dorsal, que é sensitiva, e a raiz anterior ou ventral, que é motora. Essas raízes se unem logo após saírem da medula. Desse modo, os nervos espinais são todos mistos.

45 MEDULA ESPINAL De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos distribuem-se da seguinte forma: oito pares de nervos cervicais; doze pares de nervos dorsais; cinco pares de nervos lombares; seis pares de nervos sagrados ou sacrais.

46

47 MEDULA ESPINAL Os corpos dos neurônios que formam as fibras sensitivas dos nervos sensitivos situam-se próximo à medula, porém fora dela, reunindo-se em estruturas especiais chamadas gânglios espinhais. Os corpos celulares dos neurônios que formam as fibras motoras localizam-se na medula.

48 MEDULA ESPINAL A substância cinzenta ocupa posição central e apresenta a forma de uma borboleta ou de um H; Distingue-se em cada lado do H medular, três colunas, ou cornos medulares (anterior, lateral e posterior) O H medular é formado por corpos de neurônios, glias e fibras amielínicas (coloração cinza)

49 MEDULA ESPINAL A substância branca circundante é formada por fibras nervosas mielínicas de curso longitudinal, que ascendem da medula para o encéfalo ou descem deste para os diferentes níveis da medula espinhal. Essas fibras estão agrupadas em funículos OBS: no encéfalo, a disposição das substâncias cinzenta e branca é ao contrário da existente na ME

50 MEDULA ESPINAL ENCÉFALO: substância cinzenta externa e branca interna

51 MEDULA ESPINAL A medula espinal pode ser sede de diversas doenças. A mais comum é a de origem traumática. A secção transversal completa da medula espinal cervical alta provoca paralisia dos membros, dos músculos respiratórios e do diafragma. A lesão medular cervical baixa provoca paralisia dos quatro membros (tetraplegia).

52 MEDULA ESPINAL As lesões medulares torácicas ou lombares provocam paralisia dos membros inferiores (paraplegia ou paraplegia crural). A medula espinal também pode ser sede de tumores, de doenças degenerativas, infecciosas e infartos vasculares (por isquemia ou hemorragia).

53 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

54 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Nervos: feixe de fibra nervosa e tecido conjuntivo. podem ser espinais ou cranianos. apresenta a função de conduzir impulso nervoso do SNC para a periferia ou da periferia ao SNC. em geral as fibras nervosas que constituem os nervosos são mielínicas

55 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Terminações nervosas: nas extremidades periféricas das fibras nervosas origina-se as terminações nervosas podem ser: sensitivas ou aferentes (capta um estímulo) motoras ou eferentes (liga-se a músculos ou glândulas)

56 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Terminações nervosas sensitivas - aferente (receptores): São classificados como: receptores especiais órgãos especiais do sentido receptores gerais maior concentração na pele: podem receptores gerais maior concentração na pele: podem ser livres ou encapsulados

57 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Receptores livres: São mais frequêntes e encontram-se em toda a pele São responsáveis pelas funções de tato, sensibilidade térmica e dolorosa.

58 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Receptores encapsulados: Corpúsculos de Meisser: receptores de tato e pressão. Encontram-se nas áreas mais espessas das mãos e dos pés Corpúsculos de Ruffini: receptores de tato e pressão. Encontram-se em toda extensão da pele Corpúsculo de Vateer-paccini: receptores de vibração. Encontram-se em toda extensão da pele

59 Corpúsculo de Ruffini

60 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Receptores encapsulados: Fuso neuromuscular: captam alteração no comprimento e tensão de um músculo. Encontram-se no ventre muscular. Órgão tendíneo de Golgi: captam informação sobre o estiramento do tendão. Encontram-se no tendão dos músculos.

61

62 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Outras classificações: Quimiorreceptores, fotorreceptores, termorreceptores, nociceptores, mecanorreceptores Exteroceptores ( superfície da pele), proprioceptores ( músculos, tendões, ligamentos) e interoceptores (ou visceroceptores)

63 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Terminação nervosa motora - eferente: São classificadas em: somática terminam nos músculos estriado esquelético: placa motora (neurotransmissor acetilcolina). O corpo celular fica localizado dentro do SNC e o axônio vai diretamente do encéfalo ou da medula até o órgão que inerva. visceral glândula, músculo liso ou músculo cardíaco (neurotransmissor acetilcolina, noradrenalina, adrenalina e dopamina)

64 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Nervos espinais: Fazem conexão com a medula espinal São responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça São em números de 31 pares: 8 cervicais 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 1 coccígeno

65

66 SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Nervos cranianos: Fazem conexão com o encéfalo A maioria liga-se ao tronco encefálico São em número de 12 pares Podem ser sensitivos, motores ou mistos

67

68 CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO: Todas as células do nosso organismo apresentam um potencial elétrico através da sua membrana. Nas condições de repouso, esse potencial é negativo no interior da célula. Quando um sinal é transmitido ao longo da fibra nervosa, o potencial da membrana passa por uma série de variações, positivo e negativo. Esta variação súbita é chamada de potencial de ação e também de impulso nervoso.

69 CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO: O axônio é capaz de conduzir impulsos nervosos em ambos sentidos ao longo de seu comprimento. Os neurônios são divididos em 2 grupos. Os aferentes ou sensitivos que captam os estímulos e conduzem para o S.N.C (células pseudounipolares), e os eferentes ou motores que conduzem a resposta. Os neurônios se comunicam entre si e com os órgãos efetores (músculos e glândulas) através de sinapses. Não há contato físico, mas há transmissão química.

70 TRONCO ENCEFÁLICO NEUROANATOMIA

71 TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele.

72 TRONCO ENCEFÁLICO Dispersas na substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta denominadas núcleos - exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sangüínea e a respiração. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão com o tronco encefálico.

73 TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico se divide em: mesencéfalo, situado superiormente. ponte situada entre ambos. bulbo, situado caudalmente.

74 mesencéfalo ponte bulbo

75

76 BULBO

77 BULBO O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha demarcando a separação entre medula e bulbo, considera este limite o que corresponde ao nível do forame magno. O limite superior do bulbo se faz em um sulco horizontal visível no contorno deste órgão, sulco bulbo-pontino

78 BULBO A superfície do bulbo é percorrida por dois sulcos paralelos que se continuam na medula. Estes sulcos delimitam o que é anterior e posterior no bulbo. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência denominada pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula.

79 BULBO Este trato é chamado de trato piramidal ou trato córtico- espinhal. Na parte caudal do bulbo, as fibras deste trato cruzam obliquamente o plano mediano e constituem a decussação das pirâmides. É devido à decussação das pirâmides que o hemisfério cerebral direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério cerebral esquerdo controla o lado direito. Por exemplo: em uma lesão encefálica à direita, o corpo será acometido em toda sua metade esquerda.

80

81 BULBO A metade caudal do bulbo ou porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo Os fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme

82

83 BULBO No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente perigosas.

84 BULBO Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, você pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa para de respirar.

85 PONTE

86 PONTE Ponte é a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. Esta situada ventralmente ao cerebelo. Sua base situada ventralmente apresenta uma estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que a percorrem. Estas fibras convergem de cada lado para formar um volumoso feixe, o pedúnculo cerebelar médio, que penetra no hemisfério cerebelar correspondente.

87 PONTE Percorrendo longitudinalmente a superfície ventral da ponte existe um sulco, o sulco basilar, que geralmente aloja a artéria basilar. A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino. A ponte tem um papel fundamental na regulação do A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratório. Lesões nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.

88

89 PONTE Quarto ventrículo: está situado entre o bulbo e a ponte em sua face posterior e ventralmente ao cerebelo.

90 MESENCÉFALO

91 MESENCÉFALO Interpões-se entre a ponte e o cerebelo É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral. Em uma secção transversal do mesencéfalo, vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra (nigra).

92 MESENCÉFALO Superfície dorsal tecto Assoalho tegmento espaço entre as duas regiões aqueduto cerebral

93 MESENCÉFALO Tecto: Colículo Superior: Recebe aferências diretamente do olho. O tecto óptico controla os movimentos oculares mediante conexões sinápticas c/ neurônios motores que inervam a musculatura ocular. Colículo Inferior: Recebe aferências do ouvido. É uma Colículo Inferior: Recebe aferências do ouvido. É uma importante estação retransmissora de informação auditiva a caminho do tálamo.

94 MESENCÉFALO Tegmento Contém a substância nigra e o núcleo rubro controle do movimento voluntário Outros grupos dispersos no mesencéfalo possuem axônios c/ projeção para todo SN e regulam: - alerta consciente - humor - prazer e a dor

95 MESENCÉFALO Funções: Visão Audição Movimento dos Olhos Movimento do corpo

96

97 Pedúnculo Cerebelar Inferior: tem origem no bulbo. Pedúnculo Cerebelar Médio: tem origem na ponte. Pedúnculo Cerebelar Superior: tem origem PEDUNCULO no mesencéfalo. CEREBELAR INFERIOR: Origem no bulbo PEDUNCULO CEREBELAR MÉDIO: Origem na ponte PEDUNCULO CEREBELAR SUPERIOR: Origem no mesencéfalo

98 TELENCÉFALO Neuroanatofisiologia

99 TELENCÉFALO Compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo o assoalho é formado pelo corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Cada hemisfério possui três pólos/lobos: occipital e temporal frontal,

100

101

102 TELENCÉFALO A superfície do cérebro do homem e de vários animais apresenta depressões denominadas sulcos que delimitam os giros cerebrais. Os sulcos permitem considerável aumento de superfície sem grande aumento do volume cerebral. Cerca de dois terços da área ocupada pelo córtex cerebral estão escondidos nos sulcos.

103 TELENCÉFALO O padrão de sulcos e giros varia em cada cérebro, podendo ser diferente nos dois hemisférios de um mesmo indivíduo. Em cada hemisfério os dois sulcos mais importantes são o sulco lateral (de Sylvius) e o sulco central (de rolando). Sulco lateral: separa o lobo frontal do lobo temporal Sulco central: separa o lobo parietal do frontal

104

105 TELENCÉFALO As áreas situadas adiante do sulco central relacionam - se com a motricidade, enquanto as situadas atrás deste sulco relacionam-se com a sensibilidade. Os lobos cerebrais recebem sua denominação de acordo com os ossos do crânio, com os quais se relacionam. Assim, temos os lobos frontal, temporal, parietal e occipital. OO quinto lobo, a ínsula, situado profundamente no sulco lateral - não tem relação imediata com os ossos do crânio.

106 LOBO FRONTAL Funções: controle do movimento e solução de problemas gerais, a tomada de decisão, o planejamento, a geração de respostas intencionais e regulação de comportamento sociais, emoção, afeto e função autonômica e a regulação da linguagem e dos processos do pensamento.

107 LOBO TEMPORAL Funções: contêm estruturas necessárias para percepção visual e auditiva, a linguagem, a memória e o afeto

108 LOBO PARIETAL Funções: A zona do lobo parietal imediatamente atrás do sulco central é o córtex somato-sensorial primário. Esta área recebe informação, através do tálamo, sobre o toque, a pressão, reação à estímulos complexos (vestir-se sozinhos, por exemplo).

109 LOBO OCCIPTAL Funções: este lobo recebe e processa informação visual. As áreas associativas estão relacionadas com a interpretação do mundo visual e do transporte da experiência visual para linguagem falada.

110 LOBO DA ÍNSULA Função: o lobo da ínsula é profundo, situado no fundo do sulco lateral do encéfalo. Faz parte do sistema límbico, coordena emoções, além de ser responsável pelo paladar.

111 Sistema límbico O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções. Comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulamentação metabólica de todo o organismo.

112 Sistema límbico Estruturas cerebrais na formação das emoções: amígdala, hipocampo, tálamo, hipotálamo, giro do cíngulo, tronco cerebral (formação reticular e área tegumentar ventral) área pré-frontal