ATRIBUIÇÕES DA CIPA a) identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação
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- Beatriz Nunes Sousa
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1 SEGURANÇA E TÉCNICA DE LABORATÓRIO AULA 01: ORGANIZANDO O LABORATÓRIO TÓPICO 04: LEGISLAÇÃO A Legislação envolvendo Segurança e Medicina do Trabalho, regida pelo Ministério do Trabalho e do Emprego, se apresenta na forma de Normas Regulamentadoras NR. Esta deve ser obedecida obrigatoriamente por todas as empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Contudo, o fato das empresas seguirem essas Normas Regulamentadoras - NR, não as desobriga do cumprimento de outras obrigações, que possam ser incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou municípios e oriundas de acordos coletivos de trabalho. No total tem-se 38 NR, sendo 33 NR para o Trabalho Urbano e 05 NRR - Normas Regulamentadoras Rurais, destinadas a trabalhadores Rurais. Dentre as NR existentes, no caso específico de segurança laboratorial é importante destacar as seguintes: NORMAS REGULAMENTADORAS LIGADAS A SEGURANÇA LABORATORIAL NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual EPI; NR 9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais; NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; NR 15 - Atividades e Operações Insalubres NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. NR 26 Sinalização de Segurança Alem destas NR citadas existem ainda outras, para atuações específicas. Relativas à área de atuação dos químicos ainda podemos citar: NR 19 Explosivos; NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis; NR 22- Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; NR 25 - Resíduos Industriais. Essas normas regulamentadoras são todas bem extensas e minuciosas. Mas como nosso objetivo é a Segurança Laboratorial segue-se uma síntese apenas das NR ligadas a esta área, para que o aluno tenha noções gerais sobre o tema em estudo. A NR-5 trata da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Esta tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA deve ser constituída pela Instituição ou empresa da atividade em questão, tendo essa empresa a responsabilidade de mantê-la. Sua composição deve representar todas as esferas da empresa, ou seja, deve ter representantes de empregadores e dos empregados, que necessariamente deverão passar por um eficiente treinamento.
2 ATRIBUIÇÕES DA CIPA a) identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas; c) participar da implementação e do controle de qualidade das medidas de prevenção necessárias; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde; e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) participar das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho; h) requerer ao setor, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementação dos programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho; m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões na segurança e saúde dos trabalhadores; De acordo com as normas de segurança, deve existir em um estabelecimento, alem da CIPA, um grupo especializado em situações emergenciais, chamados de Brigada de Emergência e de Incêndios, que não necessariamente devem ser compostos pelos integrantes da CIPA. Esta brigada deve ter um treinamento específico sobre as situações emergenciais que possam ocorrer na empresa, alem de deve prevenir incêndio e também combatê-lo caso ocorra. Tanto a Brigada como a CIPA devem monitorar o uso e a manutenção dos equipamentos de segurança, quer sejam individuais (EPI) ou coletivos (EPC). Os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) são todos os dispositivos ou produtos que tenham como objetivo proteger a saúde do trabalhador em função dos riscos a que este trabalhador esteja submetido, considerando o produto manipulado e a forma de exposição. Esse equipamento deve ser certificado e conter o selo CA - Certificado de Aprovação, fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O uso de EPI é
3 uma obrigação disposta nos artigos 166 e 167 da CLT e na NR-6, da legislação trabalhista brasileira. A não utilização pelo empregado ou não disponibilidade pelo empregador implicará em sanções que acarretarão ações de responsabilidade cívil e penal, além de multas aos infratores. A empresa é obrigada a fornecer, gratuitamente, o EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento. Alem disso é obrigada a instruir e treinar quanto ao uso, a fiscalizar e exigir o uso e a repor os EPIs danificados. Ao empregado cabe usar e conservar o EPI. Os vários tipos de EPI podem ser classificados em função da proteção corporal a que se destinam. A seguir são descritos os tipos de proteção necessários. VERSÃO TEXTUAL TIPOS DE PROTEÇÃO... DESCRIÇÃO Proteção 1 : Respiratória: Máscaras - Os respiradores têm o objetivo de evitar a inalação de vapores orgânicos, névoas ou finas partículas tóxicas através das vias respiratórias. Esses respiradores podem ser autônomos ou não. Se autônomos, não dependem do ar externo, possuindo um cilindro de ar. No caso de ser dependente do ambiente externo, esse protetor pode conter ou não filtros, mecânicos e/ou químicos. Proteção 2 : Auditiva Protetor auditivo circum-auricular, de inserção e semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR 15. Proteção 3 : para olhos e faces Protege os olhos e o rosto contra respingos durante o manuseio e a aplicação. A viseira deve ter a maior transparência possível e não distorcer as imagens. Deve ser revestida com viés para evitar corte. O suporte deve permitir que a viseira não fique em contato com o rosto do trabalhador e não fique embaçada. A viseira deve proporcionar conforto ao usuário e permitir o uso simultâneo do respirador, quando for necessário. Proteção 4: para a cabeça Capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio, contra choques elétricos e para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio. Existem ainda outros protetores como capuz e boné árabe. Proteção 5 : de membros superiores Luvas É um dos equipamentos de proteção mais importantes, pois protegem as partes do corpo com maior risco de exposição: as mãos. Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve ser
4 de acordo com o tipo de formulação do produto a ser manuseado, devendo ser impermeável ao produto químico. Além disso existem outros EPI s como dedal, mangas e cremes dérmicos. Proteção 6 : de membros inferiores Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto e resistentes aos solventes orgânicos, por exemplo, PVC. Sua função é a proteção dos pés. As Perneiras e calças de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos, térmicos, cortantes, escoriantes e perfurantes, umidade proveniente de operações com uso de água e contra respingos de produtos químicos. Proteção 7: para tronco Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água. O uso de roupas de algodão por baixo da vestimenta melhoram sua performance, com maior absorção do suor, melhorando o conforto. Proteção 8 :do Corpo inteiro Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas, agentes térmicos, respingos de produtos químicos e umidade proveniente de operações com uso de água. Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas, agentes térmicos, respingos de produtos químicos e umidade proveniente de operações com uso de água. Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos e umidade proveniente de operações com uso de água. Proteção 9 : contra queda em diferentes níveis Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal. Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura e no posicionamento em trabalhos em altura. No caso de um laboratório de ensino recomenda-se o uso dos seguintes EPIs: avental (também chamado bata, jaleco ou guarda pó) para proteção do corpo e dependendo do procedimento pode-se utilizar luvas, óculos de proteção e ainda máscara com ou sem filtro. Esses equipamentos citados, além do avental, devem ser recomendados em procedimentos especiais ou que envolvam reagentes de elevada concentração, reativos e voláteis, tais como manuseio de solvente orgânico, ácidos concentrados ou manipulação de microorganismo. Os equipamentos de proteção coletivos (EPC) destinam-se a situações emergenciais e procedimentos de elevado risco. Em geral, esses
5 equipamentos são disponíveis em pequenas quantidades, devido à sua pouca utilização e ainda, ao elevado custo para sua aquisição e manutenção. Os EPC são variados e necessitam de manutenção periódica, exceto no caso de extintores que devem ser trocados após o prazo de validade estipulado pelo corpo de bombeiros. Outro ponto que merece destaque diz respeito ao treinamento para utilização destes equipamentos, pois como seu uso não é frequente, num momento de emergência, se não for utilizado de forma adequada, corre o risco de provocar outro acidente, ao invés de remediar a situação emergencial existente. O quadro que se segue apresenta os diferentes tipos de EPCs. VERSÃO TEXTUAL EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVOS - EPC... DESCRIÇÃO EPC 1 :Chuveiro e Lava-Olhos São equipamentos de proteção coletiva imprescindíveis a todos os laboratórios. São destinados a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos e/ou face e em qualquer parte do corpo. O lava-olhos é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do jato de água na face e olhos Este equipamento poderá estar acoplado ao chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular. EPC 2 : Portas Antipânico Destina-se basicamente a aplicações em portas de saída de emergência utilizada em ambientes que necessitem de uma evacuacão rápida e segura. EPC 3 : Equipamentos de Sinalização São produtos que devem ser utilizados na execução de uma atividade que possa ter risco ou deva ser destacado na atividade. EPC 4 : Cabine para histologia A cabine deverá ser construída em aço inox, com exaustão por duto. É específica para trabalhos histológicos. EPC 5 : Capela Química A cabine deverá ser construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause turbulências e correntes, reduzindo, assim, o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente. EPC 6 : Manta ou cobertor É utilizado para abafar ou envolver a vítima de incêndio, devendo ser confeccionado em lã ou algodão grosso, não sendo admitidos tecidos com fibras sintéticas.
6 EPC 7:Vaso de areia ou balde de areia É utilizado sobre o derramamento de álcalis para neutralizá-lo. EPC 8: Mangueira de incêndio O modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelas normas do Corpo de Bombeiros. EPC 9: Sprinkle É o sistema de segurança que, através da elevação de temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente (borrifador de teto). EPC 10 :Luz Ultra Violeta É composto de material usualmente indicado, inclusive antídoto universal contra cianureto e outros antídotos especiais. EPC 11 : Kit de primeiros socorros Este kit deve conter equipamentos e materiais que possam prestar os primeiros procedimentos emerganciais. Sua composição pode ser variada dependendo da especificidade laboratorial, mas basicamente pode ser constituído de material desinfectante, gases, fitas adesivas, algodão, anti-histamínicos, analgésicos, solução anticépticas, colírios, entre outros. LEITURA COMPLEMENTAR [1] (Visite a aula online para realizar download deste arquivo.) FONTES DAS IMAGENS B00/nr_11.pdf Responsável: Profª. Celia Maria Carneiro Diogenes Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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