A EDUCAÇÃ O ESPECIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE PRESIDENTE PRUDENTE.
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- Isabella Caldeira Belo
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1 A EDUCAÇÃ O ESPECIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE PRESIDENTE PRUDENTE. Marli de Oliveira Rodrigues Secretaria Municipal de Educação de Presidente Prud ente/sp Eixo: Politica educacional inclusiva Educação Especial, Atendimento Educacional Especial izado, Educação Infantil, Sala de Recurso Multifuncional INTRODUÇÃO: O relato de experiência intitulado: na Educação Infantil d pedagógico desenvolvido com as crianças público alv o da educação especial, isto é, crianças com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, na rede municipal de educação de Presidente Prudente. Os estudantes da Educação Básica ou 1 Ensino Superior, que apresentam dificuldade no desenvolvimento, resultante de: deficiência, Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD 2 ) e altas habilidades/superdotação, pela organização da Educação Nacional, também são públic o alvo da Educação Especial. A Educação Especial é uma modalidade de educação qu e perpassa os níveis: Educação Básica e Ensino Superior, como normatizado no Art.3º da Resolução nº 04/2009, que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, na modalidade Educação Especial: Art. 3º A Educação Especial se realiza em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, tendo o AEE como parte integrante do processo educacional. (BRASIL 2010 P. 70). Que é a ratificação do Art. 208, inciso III, da Constituição Federal de 1988 e Art 4º, inciso III d a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN/1996. O Atendimento Educacional Especializado, por meio da Sala de Recursos Multifuncionais e Serviço de Itinerância, são os se rviços da Educação Especial. Esta modalidade esta conceituada na Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, MEC, 2010 p. 21 como: 1 Deficiência engloba: a deficiência física, a deficiência intelectual, a deficiência visual, a deficiência auditiva e a deficiência múltipla. 2 TGD Transtornos Globais do Desenvolvimento que engloba: síndrome de Rett, síndrome de Asperger, Autismo, transtorno desintegrativo da infância
2 A educação e special é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibilizando os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no proce sso de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. A criança co m NEE 3 na EI 4 proveniente: da deficiência, do TGD e de altas habilidades/superdotação, tem o direito ao Atendime nto Educacional Especializado AEE e os Sistemas de Ensino devem oferecer a Educação Esp ecial, por meio do AEE 5, que tem por função: O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que elimin em barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento completa e ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e inde pendência na escola e fora dela. (BRASIL, 2010 p. 21 e 22). Assim o trabalho da Educação Especial, representado pelo AEE na EI da rede municipal de educação de Presidente Prudente objetiva: a) pro ver condições de acesso, participação e desenvolvimento das crianças de 00 a 05 anos com de ficiência, TGD e altas habilidades/superdotação, na escola e na vida; b) d esenvolver recursos didáticos e pedagógicos para a eliminação das barreiras que int erferem no desenvolvimento integral da criança com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação e c) desenvolver a autonomia e a independência da criança com deficiência, TGD altase habilidades/superdotação. METODO: A EI é a modalidade de educação que assegura o atendimento às necessidades básicas de desenvolvimentosocioafetivo, físico, intelectual às crianças de 00 a 05 anos, bem como proporciona o avanço na construção do conhecim ento, mediante procedimentos didáticos e desenvolvimento metodológico adequado às características da faixa etária, às necessidades individuais de TODAS as crianças Educação Inclusiva. A identificação da dificuldade no desenvolvimento i nfantil detectada na escola, por meio da observação e do registro do desenvolvimento da criança, que ocorre diariamente nas atividades de cuidados e educação realizadas pelo Professor e Educador Infantil é decorrente do grande distanciamento entre as características específicas da faixa etária e o desenvolvimento que a criança apresenta. Após a det ecção da diferença significativa no desenvolvimento, a escola organiza um atendimento pedagógico direcionado, por meio de 3 NEE Necessidades Educacionais Especiais 4 EI = Educação Infantil 5 AEE = Atendimento Educacional Especializado
3 intervençõe s pedagógicas, para proporcionar à criança o desenv olvimento adequado a sua idade. Para as crianças com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação a escola tem o AEE por meio do Serviço de Itinerância e Sala de Recurso Multifuncional. Na Rede Municipal de Educação de Presidente Prudent e o AEE é realizado com as crianças da etapa da Educação Infantil desde 1998, sendo que as crianças da pré-escola eram atendidas na Sala de Recurso por deficiência em umaescola polo; as crianças da creche recebiam o Serviço de Itinerância na escola. Em inicia-se o projeto Educação Especial na Educação Infantil, que realiza o AEE na escola d o EPAEE, por meio do SI 6, SRMF 7 e Cantinho do AEE: 1) Serviço de Itinerância que é realizado no inicio do ano letivo ou quando a escola notifica a matricula da criança público alvo da educação especial para: identificar, elaborar e organizar recursos de acessibilidade, de adaptações, de estimulação e de comunicação aumentativa/alternativa às crianças com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação, na sala de ensino regular e durante o ano letivo uma vez ao mês para realizar a observação e o acompanhamento do processo de desenvolvimento da criança nas atividades da rotina diária da escola: alimentação, higiene, atividades pedagóg icas, recreação, descanso... dentre outras. O professor da Educação Especial, também, realiza no SI a organização junto com: a Equipe Gestora da escola, o (a)professor(a) e o (a)educador(a) infantil; atividades de estimulação, materiais pedagógicos, recursos de ace ssibilidade à criança para uso diário na escola e intervenções pedagógicas / procedimentos a dequados a cada deficiência na dinâmica da sala de aula e de toda a rotina escolar, ao atendimento educacional e de cuidados ao EPAEE. 2) Sala de Recurso Multifuncional SRMF, que na rede municipal de educação de Presidente Prudente também é intitulado. A SRMF e o Cantinho do AEE é um espaço especifico que há nas escolas de Educação Infantil para o atendimento aos EPAEE, na própria escola do estudante, no horário inverso ao horário com o professor, uma vez na semana com duração de 01h30 a 02h00, com uma professora de Educação Infantil efetivo, com especialização em Educação Especial qu e realiza a estimulação cognitiva, motora, comunicativa e social; utilizando brinquedos e brincadeiras específicos para cada deficiência, ou TGD, para estimular e desenvolver aautonomia e a independência do EPAEE, 6 SI = Serviço de Itinerância 7 SRMF = Sala de Recurso Multifuncional
4 na comunicação, na interação, na alimentação, na higiene, na tomada de dec isões... no ambiente escolar e na vida. 3) Profissional de Apoio Escolar cuidador (PAEC): o EPAEE que tem dependência para alimentação, higiene geral, movimento, comunic ação, a escola solicita esse profissional que vai colaborar com o(a) professor(a) nestes momentos da rotina com este estudante, como normatizado em Resolução própria do Sistema de Ensi no. RESULTADOS: o objetivo do trabalho da Educação Espe cial na Educação Infantil como já descrito é a busca do desenvolvimento da autonomia e independência das crianças público alvo da educação especial na escola e na vi da, assim é apresentado a seguir na tabela 01 com o número de atendimentos por ano. Ano DI DV DA DF DMU TGD Total observações *Inicia o projeto Educação E special na Educação Infantil * 03 SRMF e 17 CAEE * o(a) EPAEE é atendido no AEE na escola em que é matriculado no ensino regular, por uma professora da Educação Especial * 04 SRMF e 14 CAEE * 05 SRMF e 22 CAEE * 05 SRMF e 18 CAEE * 06 SRMF e 24 CAEE * 06 SRMF e 24 CAEE DISCUSSÃO: quando há intervenções pedagógicas, esti mulação direcionadas as necessidades do EPAEE na mais tenra idade, há a mudança no desenvolvimento das mesmas? Como a formação continuada tem proporcionado a muda nça da prática pedagógica dos professores da Educação Infantil? CONCLUSÃO: A intervenção pedagógica e estimulação a os EPAEE iniciada desde o momento que entram na escola de Educação Infantil, tem demostrando o avanço na autonomia e independência da criança, de acordo com suas potencialidades assim: - iniciam e ampliam a independência na alimentação, na escovação de dentes, lavação de mãos - ocorre o desfraldamento e explicitação do desejo de uso do banheiro, - estabelecem comunicação com outras crianças e adu ltos, mesmo que não seja a comunicação oral;
5 - quando do uso da cadeira de roda, aprendem a utilizá-la com pouca ajuda (pois muitas vezes a acessibilidade física da escola e sociedade é que impossibilita) - há a conquista da confiança da família das potencialidades do(a) filho(a); - domínio dos movimentos de equilíbrio, marcha, equilíbrio... - ampliação do respeito às diferenças, tanto pelos adultos e crianças da escola. Quanto a prática pedagógica, a formação continuada tem favorecido a a mpliação dos conhecimentos dos professores sobre a educação inclusiva, isto é, a educação para todos, no entanto, é uma mudança muito lenta, pois prevalece: - a prática de encaminhamento a área da saúde de todas as crianças que apresentam diferença édico, ou o psicólogo, ou o fisioterapeuta e outros... vão - a solicitação de PAE C a todos os EPAEE, e na maioria das vezes quando é designado o profissional o professor deixa o estudante somente sobre a responsabilidade deste. - o investimento nas atividades que exigi mais o cognitivo, o abstrato e a representação gráfica em detrimento de atividades que envolvem o desenvolvimento global das crianças, que são com materiais concretos, contextualizados, realizados por meio do brincar. Portanto, a mudança de concepção é lenta, mas neces sária. REFERÊNC IAS BRASIL. Marcos Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva d a Educação Inclusiva. MEC: SEESP, Nota Técnica Conjunta nº 02/2015 MEC/SECADI/DPEE SEB/DICEI, de 04/08/2015 MONTE, Francisca Roseneide Furtado do. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no process o de desenvolvimento. Brasília: MEC, SEESP, (Educação Infantil nº 2). NAVARRO, Adiana de Almeida (trad.). Estimulação Precoce : inteligência emocional e cognitiva ( de 00 a 01 ano / de 1 a 3 anos / 03 a 06 anos). Grupo Cultural. MIRALHA, Jussara Oliveto. Educação Inclusiva : política municipal de educação especial na educação básica de Presidente Prudente/SP, SEDUC, Atendimento Educacional Especializado: Diretrizes Pedagógicas para a organização e funcionamento do AEE. Presidente Prudente/SP, SEDUC, 2011.
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