A QUESTÃO DA ÁGUA NO NORDESTE Meio Ambiente e Qualidade da Água
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- Luiz Eduardo Bergmann Almeida
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1 A QUESTÃO DA ÁGUA NO NORDESTE Meio Ambiente e Qualidade da Água O caso do Rio São Francisco. Como a degradação ambiental afeta a quantidade e a qualidade da água na bacia. Como os problemas ambientais se relacionam com a questão do desenvolvimento regional Expositor: Prof. Arno Maschmann de Oliveira Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente - UFAL
2 VAZÕES MENSAIS NO BAIXO CURSO DO SÃO FRANCISCO EM PÃO DE AÇÚ A ÇÚCAR 3-99 (Fonte: Hidro-ANA) PÃO DE AÇÚCAR Vazão (m 3 /s) Anos
3 VAZÕES MÉDIAS MENSAIS NO RIO SÃO FRANCISCO EM PÃO DE AÇÚCAR 3-99 (Fonte: Hidro-ANA) PÃO DE AÇÚCAR Vazão (m 3 /s) JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses
4 VAZÕES AFLUENTES A SOBRADINHO (Com o pulso anual das enchentes) AFLUÊNCIA MÉDIAS MENSAIS EM SOBRADINHO Vazões (m3/s) Meses
5 VAZÕES REGULARIZADAS (Reduzidas devido a evaporação dos reservatórios rios e gastos na irrigação ão) DEFLUÊNCIAS MÉDIAS DIÁRIAS DA UHE XINGÓ (Jan-Ago 2) 25 Vazões (m3/s) Dias do ano
6 VAZÕES HORÁRIAS LIBERADA EM XINGÓ, COM PULSOS DIÁRIOS DEVIDO AS OSCILAÇÕES DA GERAÇÃO (1/1/9) Fonte: CHESF Vazões (m³/s) Horas
7 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL NAS BARRANCAS DO RIO, NO BAIXO CURSO DO SÃO FRANCISCO AS OSCILAÇÕES HORÁRIAS DOS NÍVEIS DA ÁGUA DO RIO PROVOCAM GRANDE FLUXO E REFLUXO ENTRE O RIO E O AQUIFERO, RESULTANDO NA REMOÇÃO DOS MATERIAIS FINOS DA BASE DOS BARRANCOS DO RIO. A BASE DOS BARRANCOS SEM O MATERIAL FINO, AGLUTINADOR, SE ERODE FACILMENTE POR AÇÃO DAS PEQUENAS ONDAS DO RIO TRAIPÚ 2 1,5,25,125,62 Diâmetro (mm)
8 BARRANCAS ERODIDAS DO RIO SÃO FRANCISCO
9 CONSEQUÊNCIAS DS BARRAMENTOS NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL A baixa concentração de materiais finos, sedimentados nas represas, acarreta um empobrecimento dos nutrientes da água do rio. A maior transparência da água favorece o surgimento de plantas macrófitas no leito do rio, vindo dificultar a navegação ão. O empobrecimento das águas em nutrientes afeta a produtividade pesqueira,, inclusive na zona costeira adjacente.
10 Padrão de variação longitudinal da clorofila no trecho entre Paulo Afonso e a Foz (Fonte Castelo Branco, 22) 1º Trimestre - Superfície º Trimestre - Superfície Clorofila (mg/l) Estações Clorofila (mg/l) Estações Clorofila (mg/l) º Trimestre - Superfície Estações º Trimestre - Superfície Clorofila (mg/l) Estações
11 CONSEQUÊNCIAS DA REGULARIZAÇÃO DAS VAZÕES A falta de cheias,, com capacidade de transportar as areias para as margens ou oceano, resulta no assoreamento do leito do rio com a formação de bancos. As lagoas marginais, que serviam de berçarios para algumas espécies de peixes,não voltam a se encher. A quebra de ciclo ecológico de cheias e estiágens afeta o desenvolvimento de diversas espécies de peixes.
12 RIO SÃO FRANCISCO COM PEQUENAS VAZÕES (São Bráz, 26/6/21)
13 RIO SÃO FRANCISCO PRÓXIMO A TRAIPÚ (26/6/21) Q=1 m³/s
14 RIO SÃO FRANCISCO A JUSANTE DE PÃO DE AÇÚCAR (26/6/21) Q=1 m³/s
15 Imagens Satélite: Estimativas de MS e Dispersão da Pluma Costeira (Fonte Mediros,22) Imagem LandSat Foz S.F. 5/9/1 Imagem LandSat Foz S.F. 2/7/
16 TRANSPORTE LITORÂNEO DE SEDIMENTOS 1 EXISTE UMA DERIVA LITORÂNEA DE ALAGOAS PARA SERGIPE COM O TRANSPORTE ANUAL MAIOR NO LITORAL DE SERGIPE DEVIDO À INCIDÊNCIA DAS ONDAS MAIORES DE FORMA MAIS EFICIENTE. 2- A DIFERENÇA A ENTRE A DERIVA LITORÂNEA DE ALAGOAS E DE SERGIPE ERA SUPRIDA NATURALMENTE PELO APORTE DO RIO SÃO FRANCISCO. 3- COM A REDUÇÃO DO APORTE DE SEDIMENTOS DO RIO SÃO FRANCISCO E A MESMA DERIVA LITORÂNEA AS PRAIAS DO LITORAL NORTE DO SERGIPE CONTINUARÃO A SOFRER FORTE EROSÃO.
17 DESTRUIÇÃO DO POVOADO DO CABEÇO O
18 ATUAL FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO
19 SALINIZAÇÃO DO ESTUÁRIO DO SÃO FRANCISCO COM A INVERSÃO DO FLUXO DURANTE A PREAMAR DE SIZÍGIA Profundidade (m) CORRENTES /1/27 1: Velocidade (m/s) -1, -, -,6 -, -,2,,2,,6, 1, Profundidade (m) SALINIDADE /1/27 1: Salinidade, 5, 1, 15, 2, 25, 3, 35, CORRENTES /1/27 2: SALINIDADE /1/27 2: Profundidade (m) Velocidade (m/s) -1, -, -,6 -, -,2,,2,,6, 1, Profundidade (m) Salinidade,,5 1, 1,5 2, 2,5 3, 3,5,,5 5,
20 SALINIZAÇÃO DO DELTA DO SÃO FRANCISCO COM A INVERSÃO DO FLUXO DURANTE A PREAMAR Profundidade (m) CORRENTES /1/27 3: Velocidade (m/s) -1, -, -,6 -, -,2,,2,,6, 1, Profundidade (m) SALINIDADE /1/27 3: Salinidade -,5,,5 1, 1,5 2, 2,5 3, 3,5,,5 5, Profundidade (m) CORRENTES /1/27 : Velocidade (m/s) -1, -, -,6 -, -,2,,2,,6, 1, Profundidade (m) SALINIDADE /1/27 : Salinidade,,5 1, 1,5 2, 2,5 3, 3,5,,5 5,
21 LIMITES DA CUNHA SALINA Existe uma região mais rasa no talvegue do canal do rio São Francisco a cerca de 7 km da sua foz. Este baixio barra a penetração da massa de água mais densa e salgada, que se dirige para montante do rio na forma de cunha salina. Caso a cunha salina tenha força a suficiente para ultrapassar esta barreira, a salinização junto ao fundo poderá se estender até as cidades de Piaçabu abuçú,, Brejo Grande e Ilha das Flores, devido ao aumento da profundidade nesta região, criando uma declive no talvegue do leito do rio na direção de montante.
22 DISTRIBUIÇÃO DA SALINIDADE NA CUNHA SALINA EM 2 DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DA SALINIDADE MÁXIMA DE SIZÍGIA (9/1/2) Distância da foz (km) DISTRIBUIÇÃO LONGITUDINAL DA SALINIDADE MÁXIMA DE SIZÍGIA (23/2/2) Distância da foz (km) Profundidade (m) Fundo Isohalina 3 ups isohalina 2 ups isohalina 1 ups isohalina 1 ups Profundidade (m) Fundo Isohalina 3 ups Isohalina 2 ups Isohalina 1 ups Isohalina 1 ups DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA SALINIDADE NA PREAMAR DE SIZÍGIA (19//2) Dist. da foz (km) DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA SALINIDADE MÁXIMA (1/5/2) Dist. da Foz (km) Prof. (m ) 12 Prof.local 3 ups 2 ups 1 ups 1 ups Profundidade (m) 5 1 Profundidade Isohal. 1 Isohal. 1 Isohal. 2 Isohal
23 FORMAÇÃO DA CUNHA SALINA O mecanismo determinante para reter a salinização do estuário do rio São Francisco é a força a das correntes da vazão do rio, que empurram a massa de água salina para fora do estuário. Uma redução nas vazões efluentes do rio implica diretamente numa maior penetração da massa de água salina.
24 CONCLUSÕES A regularização do Baixo Curso do Rio São Francisco trouxe grande benefícios com geração de energia para toda a região Nordeste, projetos de irrigação e controle de enchentes,, no entanto os seus efeitos colaterais necessitam de permanente monitoramento para minimizar os danos ambientais e sócio-enômicos nesta região.
25 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Agência Nacional de Energia Elétrica trica, Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (ANEELP&D) e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) por financiarem diversos estudos de correntes, marés e cunha salina no estuário do São Francisco, possibilitando estes resultados.
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