DADOS. Histórico de lutas
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- Sandra Morais Ventura
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1 MULHERES O partido Solidariedade estabeleceu políticas participativas da mulher. Isso se traduz pela criação da Secretaria Nacional da Mulher e por oferecer a esta Secretaria completa autonomia. Acreditamos que pensar e colocar em prática projetos que contribuam e garantam o empoderamento da mulher é essencial para construímos um País mais igualitário.
2 DADOS Histórico de lutas A luta da mulher por sua emancipação já acontece há muito tempo. Desde a antiguidade, a figura feminina é vista num patamar inferior na hierarquia social. As mulheres vêm acumulando conquistas através de muitas lutas históricas. No século 19, mais precisamente em 1893, a Nova Zelândia tornou-se a primeira nação a permitir que mulheres votassem em eleições de âmbito político. Esse marco histórico teve influência do movimento sufragista que eclodiu décadas antes na Europa. As mulheres passaram a se conscientizar quanto aos seus direitos durante os processos de industrialização que ocorreram naquela época. No Brasil do século XX, alguns momentos foram relevantes no avanço da luta das mulheres. Destacamos as Greves Gerais ocorridas em 1917 e a realização da Semana de Arte Moderna em São Paulo no ano de No mesmo ano foi fundada a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho de mulheres sem autorização do esposo. Depois da Revolução de 1930, as mulheres trabalhadoras alcançaram direitos, os quais foram incluídos em um capítulo à parte na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Após o período da ditadura e durante a fase de transição democrática na década de 1980, as mulheres conquistaram do governo o reconhecimento quanto à discriminação existente na sociedade. Assim, foi criado em 1985 o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher que promove políticas que acabem com a discriminação contra a mulher e garantam sua participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do país. Trabalho Em estudos recentes, a realidade nos mostra que a População Economicamente Ativa (PEA) feminina teve uma boa elevação; passando de 28% em 1993 para quase 47% em Entretanto, isso não representou melhoria na proteção social, principalmente da aposentadoria. Além disso, por continuarem sendo as principais responsáveis pelas atividades do lar e pelo cuidado dos filhos. As mulheres veem-se em uma crescente demanda por qualificação, exigindo que essas trabalhadoras cumpram duas, muitas vezes, três jornadas de trabalho: profissional,
3 familiar e educacional. Mesmo dispondo de escolaridade similar ou mesmo superior que a dos homens, as mulheres continuam ganhando menos do que eles, em média 25%. A mulher ainda exerce primordialmente a função de cuidadora, e hoje também é provedora do lar, o que dificulta uma dedicação maior à vida política. As mulheres do Solidariedade, dentre outras bandeiras, vão lutar, junto aos deputados federais, pela aprovação do PL 4857/09, conhecido como a PL da Igualdade, que cria mecanismos para coibir e prevenir a discriminação contra a mulher, garantindo as mesmas oportunidades de acesso e salários em comparação aos homens desempenhando a mesma função. Acreditamos que a igualdade de valores promoverá uma maior participação de mulheres na vida política do país. Violência contra a mulher No que diz respeito à violência contra a mulher, os dados são assustadores; mesmo com o avanço na proteção feminina com a Lei Maria da Penha (Lei /06) que aumentou o nível das punições sobre crimes domésticos, muito ainda precisa ser feito. Recentemente, tivemos outro grande progresso com a sanção da Lei /15 (conhecida como Lei do Feminicídio) que aumenta a pena nos crimes praticados contra a mulher, passando a ser crime hediondo. Temos que mudar a cultura de que o homem pode agredir e matar a mulher como se fosse um objeto ou sua propriedade. Todas as capitais e o Distrito Federal possuem pelo menos uma unidade da delegacia da mulher, mas sua distribuição é muito desigual no território nacional. Menos de 10% dos municípios brasileiros possuem delegacia da mulher; 11% estão situadas nas capitais; 49% estão situadas na região Sudeste (que concentra 43% da população feminina); 32% estão localizadas no estado de São Paulo (que concentra 22% da população feminina). Nosso objetivo é lutar junto aos governos estaduais pela implantação de delegacias da mulher todos os seus municípios para maior proteção. Tendo estas uma maior abrangência e em um horário de funcionamento estendido, visto que poucas ficam abertas nos finais de semana e 24 horas por dia. Acompanhar o cumprimento do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres que é um acordo firmado entre os governos federal, estaduais e
4 municipais com a intenção de articular ações que implementem políticas públicas integradas em todo o território nacional. Bem como exigir o cumprimento da Lei 10778/03 que trata da notificação compulsória dos casos de violência contra a mulher que tenham sido atendidas em serviços públicos ou privados de saúde. Apoiar o PL 7371/2014, o qual visa a criação do Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres com o objetivo de ampliar e garantir a aplicabilidade da Lei Maria da Penha. Em esfera estadual, devemos exigir uma política efetiva de implementação de casas abrigo, unidades de acolhimento de mulheres vítimas de violência, nos seus estados/municípios. Estudo recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que das 27 unidades federativas, apenas duas (Acre e Roraima) não dispõem de casas abrigo. Entretanto, há apenas 214 centros especializados em 191 municípios do país. As casas abrigo só atingem 1,3% dos municípios brasileiros, estando presentes em apenas 70, com 77 locais para acolhimento. As delegacias especializadas de atendimento à mulher não são muito mais numerosas. Existem apenas 381 delas em 362 municípios brasileiros (6,5%) e 125 núcleos de atendimento à mulher em delegacias comuns em 94 municípios (1,7%). Esses dados representam, afinal, uma quantidade insuficiente de espaços voltados ao segmento feminino. Participação na política No campo político, a participação da mulher ainda é muito distante. Por isso, imaginamos que mudança desse quadro é um dos caminhos para a mulher alcançar o seu empoderamento. Um ponto na reforma política que é de suma importância para discutirmos é a destinação de 30% de investimento do fundo partidário para as mulheres. Dessa maneira, elas poderão começar a disputar as eleições em melhores condições com os homens. Lembrando sempre que o grande desafio é chegarmos a 50% de investimento nas mulheres. Afinal, as mulheres são a maioria do eleitorado e não se pode permitir que essa situação desigual se perpetue. A Secretaria Nacional da Mulher do Solidariedade vem desenvolvendo um trabalho de formação de lideranças femininas, visando incentivar a participação da mulher nos próximos pleitos eleitorais. Nossa intenção é que um dia isso seja uma
5 decisão natural. Precisamos sair do campo abstrato para a projeção de uma nova realidade. O Solidariedade realiza massiva filiação feminina em âmbito nacional, pois, apesar de serem 52% do eleitorado no Brasil, as mulheres tem menos de 10% de representação no Legislativo Federal. Acreditamos que ações como essa fortalecerão as candidaturas femininas. Defendemos a participação de pelo menos uma representante do sexo feminino nas mesas diretoras de assembleias e câmaras municipais, de modo a aumentar a representatividade feminina nas decisões legislativas. Saúde No campo da saúde ainda há muito a ser feito também, as campanhas de saúde da mulher não atingem principalmente os interiores dos estados. Por isso, o Solidariedade apoia o PL 1752/11 que regulamenta a realização de exame mamográfico em todas as mulheres, a partir dos 40 anos de idade, quando solicitado por médico credenciado do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse exame deverá ser realizado no prazo máximo de 20 dias, contados da data da solicitação. O diagnóstico e posterior encaminhamento aos serviços especializados para tratamento ocorre em no máximo 60 dias, contados da data de realização dos exames. Apoiamos nos locais de atendimento da mulher o efetivo cumprimento do programa HUMANIZASus do Ministério da Saúde; este que efetiva os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentiva trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Nosso país é campeão mundial em cesarianas, sendo boa parte destas realizadas sem necessidade ou sem o consentimento da mulher. Por isso, apoiamos e incentivamos também, caso não exista nenhum fator de risco, o parto humanizado, procedimento em que a gestante tem participação ativa no processo, dispensando, quando possível os procedimentos rotineiros do hospital. Defendemos uma efetiva divulgação dos principais direitos da mulher com relação à saúde, implantados pelo Ministério da Saúde, tais como: Pré-Natal, acompanhamento durante o parto e planejamento familiar.
6 Apoiamos a manutenção e ampliação do programa de combate a DST/AIDS para população feminina através de palestras e ações de conscientização. Em esfera estadual/municipal, lutaremos pela ampliação da licença maternidade, visto que a Lei /2008 que prevê a ampliação da licença de quatro para seis meses não é obrigatória e não foi aprovada para todas as categorias profissionais. BANDEIRAS O Solidariedade acredita no empoderamento das mulheres. Precisamos fortalecer a luta das mulheres pela igualdade em todas as esferas da sociedade. Acreditamos que o melhor caminho para atingir esses objetivos é: Igualdade de oportunidade para as mulheres no mercado de trabalho: trabalho igual e salário igual Combater todas as formas de violência contra a mulher Aumentar a participação das mulheres na vida política PROGRAMA OPERACIONAL PARA A ÁREA DE MULHERES Âmbito Municipal 1. Defender a participação de pelo menos uma representante do sexo feminino nas mesas diretoras de assembleias e câmaras municipais; 2. Apoiar a implantação de delegacias da mulher todos os seus municípios para maior proteção. Tendo estas uma maior abrangência e em um horário de funcionamento estendido; 3. Apoiar e incentivar, caso não exista nenhum fator de risco, o parto humanizado; 4. Lutar pela ampliação da licença maternidade, visto que a Lei /2008 que prevê a ampliação da licença de quatro para seis meses não é obrigatória e não foi aprovada para todas as categorias profissionais. Âmbito Estadual
7 1. Exigir uma política efetiva de implementação de casas abrigo; 2. Defender a participação de pelo menos uma representante do sexo feminino nas mesas diretoras de assembleias e câmaras municipais; 3. Apoiar e incentivar, caso não exista nenhum fator de risco, o parto humanizado; 4. Lutar pela ampliação da licença maternidade, visto que a Lei /2008 que prevê a ampliação da licença de quatro para seis meses não é obrigatória e não foi aprovada para todas as categorias profissionais. Âmbito Federal 1. Acompanhar o cumprimento do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; 2. Exigir o cumprimento da Lei 10778/03 que trata da notificação compulsória dos casos de violência contra a mulher que tenham sido atendidas em serviços públicos ou privados de saúde; 3. Apoiar o PL 7371/2014, o qual visa a criação do Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres; 4. Apoiar o PL 1752/11 que regulamenta a realização de exame mamográfico em todas as mulheres, a partir dos 40 anos de idade, quando solicitado por médico credenciado do Sistema Único de Saúde (SUS); 5. Apoiar o PL 7072/02 que garante às mulheres a titularidade de imóveis financiados pelos programas voltados à baixa renda; 6. Apoiar o PL 4857/09, conhecido como PL da Igualdade; Apoiar nos locais de atendimento da mulher o efetivo cumprimento do programa HUMANIZASus do Ministério da Saúde.
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