HOMOLOGADO EM 17/12/2003

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1 CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO INTERESSADO: Secretaria Municipal de Educação de Santo Ângelo e de UF: RS Porto Xavier ASSUNTO: Consulta sobre possibilidade de professores com licenciatura curta realizarem curso de pós-graduação lato sensu RELATOR: José Carlos Almeida da Silva PROCESSO(S) N. (S): / e / PARECER N. : CNE/CES 290/2003 I - RELATÓRIO COLEGIADO: CES APROVADO EM: 06/11/2003 O Governo Municipal do Município de Santo Ângelo e o de Porto Xavier, integrantes do Estado do Rio Grande do Sul, por suas respectivas Secretarias Municipais de Educação, formularam consulta à Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, sobre a possibilidade de professores com licenciatura curta realizarem curso de pós-graduação lato sensu, considerando que muitos professores das respectivas redes possuem a mencionada titulação considerada graduação, nível superior, pela legislação pretérita, e que, pela Resolução CNE/CES 1, de 3/4/2001, em seu art. 6º, 2º, não há distinção quanto à licenciatura curta ou plena. A SE/MRBS, emitiu a INFORMAÇÃO 004, de 26/6/2003, analisando o pleito de ambas as comunas, concluindo nos seguintes termos: Registramos que a Câmara de Educação Superior já se manifestou em situação semelhante, na forma do Parecer CNE/CES 1.051/2000, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 26/12/2000, respondendo consulta formulada pela Universidade de Passo Fundo sobre a viabilidade de oferta de cursos de pós-graduação em nível de especialização e de mestrado a alunos egressos de cursos de Tecnólogos das mais diversas áreas. A deliberação da CES, naquela oportunidade, baseou-se no Parecer da CAPES de n.º PJR/RR/48/2000, cuja cópia anexamos à presente Informação. Embora a consulta objeto do citado Parecer dissesse respeito aos cursos de Tecnólogo, vale mencionar que a manifestação da CAPES naquele caso também fazia referências às licenciaturas, afirmando que a vigente LDB, como a anterior, não distingue as licenciaturas de curta ou longa duração para a prosseguimento de estudos. Com esses esclarecimentos, sugerimos sejam as presentes solicitações submetidas à apreciação da Câmara de Educação Supeiror, a fim de que esta se manifeste quanto à existência de impedimento legal para a matrícula de egressos de licenciatura curta em cursos de pós-graduação lato sensu (especialização). 1

2 II VOTO DO RELATOR Diante do exposto, e mantendo o mesmo entendimento da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação em deliberações precedentes, já homologadas pelo Senhor Ministro de Estado da Educação, voto no sentido de que se responda ás duas Secretarias consulentes que não há impedimento legal pra a matrículas de egressos de licenciatura curta em cursos de pós-graduação lato sensu III DECISÃO DA CÂMARA Brasília DF, 6 de novembro de Conselheiro José Carlos Almeida da Silva - Relator Relator. A Câmara de Educação Superior aprova por unanimidade o voto do Sala das Sessões, em 6 de novembro de Conselheiro Éfrem de Aguiar Maranhão Presidente Conselheiro Edson de Oliveira Nunes Vice-Presidente GABINETE DO MINISTRO DESPACHOS DO MINISTRO Em 16 de dezembro de 2003 Nos termos do art. 2º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, o Ministro de Estado da Educação HOMOLOGA o Parecer nº 290/2003, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, referente à consulta formulada pela Secretaria Municipal de Educação de Santo Ângelo e pela Secretaria Municipal de Educação de Porto Xavier, ambas no Estado do Rio Grande do Sul, sobre a possibilidade de professores com licenciatura curta realizarem curso de pós-graduação lato sensu, conforme consta dos Processos nºs / e / CRISTOVAM BUARQUE (Publicação no DOU n.º 245, de , Seção 1, página 35) 2

3 CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA INFORMAÇÃO SE/MRBS N.º 004, DE 20/6/2003 PROCESSOS: / e / INTERESSADO: Prefeitura Municipal de Porto Xavier e outra ASSUNTO: Consulta sobre possibilidade de professores com licenciatura curta realizarem curso de pós-graduação lato sensu Tratam os processos em referência de consultas de igual teor, apresentadas pela prefeitura Municipal de Porto Xavier e pela Secretaria Municipal de Educação de Santo Ângelo, ambas no Rio Grande do Sul, sobre a possibilidade de professores com licenciatura curta realizarem curso de pós-graduação lato sensu e, por consequencia, procederem ao encaminhamento para alteração de nível no quadro do magistério público municipal. Informam os consulentes que vários professores da rede pública de ensino daqueles municípios têm se dirigido àqueles órgãos solicitando progressão funcional em função de terem concluído curso de pós-graduação lato sensu (especialização), mesmo sendo portadores de diploma de licenciatura curta. Alegam os interessados que a Resolução CNE/CES n.º 1, de 3/4/2001, que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação, não há distinção entre licenciatura curta ou plena para fins de matrícula nos citados cursos, referindo, apenas, que os cursos de pós-graduação lato sensu são oferecidos para matrícula de portadores de diploma de curso superior. (Art. 6º, 2º). Por oportuno, registramos que a Câmara de Educação Superior já se manifestou em situação semelhante, na forma do Parecer CNE/CES 1.051/2000, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 26/12/2000, respondendo consulta formulada pela Universidade de Passo Fundo sobre a viabilidade de oferta de cursos de pós-graduação em nível de especialização e de mestrado a alunos egressos de cursos de tecnólogos das mais diversas áreas. A deliberação da CES naquela oportunidade baseou-se no Parecer da CAPES de n.º PJR/RR/48/2000, cuja cópia anexamos à presente Informação. Embora a consulta objeto do citado Parecer dissesse respeito aos cursos de Tecnólogo, vale mencionar que a manifestação da CAPES naquele caso também fazia referência às licenciaturas, afirmando que a vigente LDB, como a anterior, não distinguem as licenciaturas de curta ou longa duração para o prosseguimento de estudos. Com esses esclarecimentos, sugerimos sejam as presentes solicitações submetidas à apreciação da Câmara de Educação Superior, a fim de que esta se manifeste quanto à existência de impedimento legal para a matrícula de egressos de licenciatura curta em cursos de pós-graudação lato sensu (especialização). À consideração superior. Brasília, 20 de junho de Marcia Regina Bonfim Silva TAE/CNE 3

4 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Ministério da Educação Anexos I e II 2º Andar Caixa Postal Brasília, DF Brasil Processo n.º /99-79 Interessado: Universidade de Passo Fundo Assunto: Acesso do Tecnólogo à pós-graduação: especialização e mestrado. Parecer PJR/RR/48, de Senhor Procurador, Originam-se os autos da Universidade do Passo Fundo, onde a Coordenadora de Pós-Graduação consulta ao CNE sobre a viabilidade de oferecimento de cursos de especialização e de mestrado, através de sua Faculdade de Educação, para alunos egressos de curso de Tecnólogos das mais diversas áreas, em especial aos alunos do curso de Tecnólogo em Confecção Têxtil daquela Instituição. O pedido foi protocolado no CNE em , tramitou pela Coordenação Geral de Legislação e Normas do Ensino Superior / SESU / MEC, chegando à CAPES em , por força do despacho do Senhor Secretário de Educação Superior. Vem instruído com pareceres do então CFE, da Assessoria Jurídica da Universidade Passo Fundo e Ofício da Delegada do MEC datado de abril de Por prescrição legal, o acesso aos cursos de pós-graduação está aberto à todos os candidatos que possuam diplomas de graduação e que atendam as exigências das Instituições de Ensino Superior, (inciso III, do art. 44, da Lei n.º 9.394/96-LDB). O cerne da questão, no nosso entender, limita-se portanto em saber se o cursos de Tecnólogos são ou não de nível superior, ou melhor, como diz a lei, de graduação. Afirmativa a resposta, autorizado estará o portador do título a prosseguir os eus estudos no nível pós-graduado. A Resoluação CFE n.º 55 de , estabelece no seu art. 1º que... o curso de formação de Tecnólogo em Processamento de Dados, tem por objetivo graduar profissionais que atuam na utilização de computadores no processamento de informações com fins administrativos e técnicos. (nosso o destaque) Não constam nos autos informações sobre o nível do curso de Tecnólogo em Confecção Têxtil, todavia seria ilógico admitir que este também, não fosse ao nível de graduação. Atendido o requisito do nível de graduação, para os egressos dos cursos de Tecnólogos e Confecção Têxtil, não há nenhuma outra restrição legal, exceto as exigências da instituição de ensino, para o prosseguimento nos estudos pós-graduados lato ou stricto sensu. A então Delegada do MEC em São Paulo, Profa. Gilda Figueiredo Portugal Gouvêa, arrimada em diversos Pareceres do CFE, conclui também no seu Ofício de fls. 24, que não há impedimento legal para o ingresso do tecnólgoo nos cursos de pós-graduação lato ou stricto sensu, atendidas naturalmente, as exigências das instituições de ensino. 4

5 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Ministério da Educação Anexos I e II 2º Andar Caixa Postal Brasília, DF Brasil Entendiemtno favorável também é ext4rnado pelo Ilustre Assessor Jurídico da Universidad econsulente, (fls. 30 a 34), com o qual, pelos seus fundamentos, estamos de pleno acordo. Colocando desta forma, não encontramos nenhum óbice legal, para o acesso dos alunos graduados em cursos de Tecnólogo prosseguirem seus estudos pósgraduados nos níveis aludidos. É como pensamos. De acordo. A vigente LDB, como a anterior, não distinguem as licenciaturas de curta ou longa duração para o prosseguimento de estudos. Por outro lado, a pósgraduação requer sistematizçaão do conheicmento da Área e aprofundamento de estudos, a primeira qualidade do candidato é perfeitamente aferível na seleção específica. José Tavares dos Santos Procurador-Geral Aprovo o Parecer supra pelos fundamentos nele contidos. Restitua-se o Processo ao CNE. PR/G /09/2000 Abílio Afonso Baeta Neves Presidente 5