Conhecimento e Ciência. Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem

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1 Conhecimento e Ciência Universidade de São Paulo Escola de Enfermagem

2 A BUSCA DO CONHECIMENTO A preocupação com o conhecimento não é nova. Praticamente todos os povos da antigüidade desenvolveram formas diversas de saber. As força propulsora que leva o homem a busca pelo saber/compreender o mundo em que vive : A busca pela ordem (caos/desordem/multiplicidade de formas) procuramos estabelecer semelhanças, diferenças, contigüidades, sucessão no tempo, causalidades que possibilitem por ordem no caos. Necessidades práticas da existência frente a situações de crise ou de problemas a serem resolvidos.

3 A BUSCA DO CONHECIMENTO Mobilização da nossa capacidade criativa para resolver problemas. Esse esforço do pensamento leva-nos a buscar soluções e testar a sua eficácia Acumulação de conhecimentos a serem utilizados novamente. Há a possibilidade do homem agir sobre o mundo e tentar transformá-lo.

4 O que é CONHECIMENTO? Ato de conhecer O conhecimento é o pensamento/racíocinio que resulta da relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido. Sujeito: o observador/o pensante/o cognoscente objeto: qualquer entidade, fato, coisa, realidade, ou propriedade (o cognoscível). Técnica/Método/Caminho O conhecimento é uma técnica para verificação de um objeto que pode ser submetido a tal procedimento. Técnica é o uso de um órgão do sentido e da razão, tanto quanto a utilização de instrumentos complexos Produto O conhecimento também se refere ao produto, ao resultado do conteúdo do ato de conhecer, ou seja, o saber adquirido e acumulado pelo sujeito.

5 Formas de Conhecer Mito Filosofia Teologia Arte/Estética Senso comum Ciência

6 Formas de Conhecer Mito: é uma forma de explicar o mundo e os fenômenos. É uma verdade que não precisa de provas para ser aceita, uma verdade não n teórica, intuitiva. Foi a primeira forma de dar significado ao mundo, m quando o homem se deu conta de fatos que não controlavam e dos quais não conheciam o funcionamento. São transmitidas oralmente, em fábulas, lendas e outras expressões. Filosofia: Também é uma forma de conhecer o mundo. É uma postura diante do mundo e uma prática de vida que procura pensar e questionar as coisas como são, além de sua aparência. Filosofar é interrogar, é explorar aquilo que não sabemos. Quando encontramos s a resposta para a nossa indagação a filosofia se torna ciência. Sentido do Conhecimento do Mundo

7 Formas de Conhecer Teologia (explicação religiosa): é um saber sistemático e dogmático, mantido na atualidade para responder questões existenciais e sobrenaturais, como elementos para dar conteúdo ao desejo de transcendência e se baseia na fé. Como Transcendência ao Mundo Arte: expressão criativa com a qual o indivíduo manifesta o processo interior de expressão do real, é a forma pessoal de estabelecer contato com os fenômenos.

8 Formas de Conhecer Senso Comum É o conhecimento adquirido no cotidiano, transmitido oralmente, no dia a dia, de um a outro. É o conhecimento adquirido por tradição, herdado dos antepassados e ao qual acrescentamos os resultados da experiência vivida na coletividade a que pertencemos. Trata-se de um conjunto de idéias que nos permite interpretar a realidade, bem como um corpo de valores que nos ajuda a avaliar, julgar e, portanto, adquirimos confiança para agir. É um conhecimento não refletido misturado a crenças e preconceitos

9 Formas de Conhecer senso comum É um conhecimento ingênuo (não crítico, fragmentado, difuso, assistemático e as vezes incoerente) e conservador (resiste às mudanças) Precisa ser transformado em bom senso ou superado por formas mais requintadas de conhecer, tais como: a ciência ou a filosofia. Para ser transformado em bom senso precisa torna-lo organicamente estruturado, coerente e crítico. Apesar das inconsistências inerentes ao conhecimento de senso comum ele se constitui na base a partir do qual se constrói a ciência.

10 Formas de Conhecer senso comum Fontes de conhecimento Tradição: aquilo que se conhece como verdade há muito tempo Ex:Valores e Práticas Rotineiras Autoridade: aquilo que é assumido como verdade porque advém do conhecimento especializado. Ex: Ordens Médicas e Escritos Bíblicos Intuição: aquilo que as pessoas percebem e sentem como verdadeiros. Ex: Crenças e Opiniões.

11 Formas de Conhecer Ciência Ciência: latim scientia -saber, conhecer, ou seja, apreender a realidade, pela relação de fatos, idéias ou proposições. Ciência é um saber metódico e rigoroso, isto é, um conjunto de conhecimentos metodicamente adquiridos, mais ou menos sistematicamente organizados. (Japiassú) ciência é o conjunto de informações descritivas, explicativas e preditivas da realidade; é sempre uma construção mental sobre a realidade, como resultado da observação e experiência. É uma formulação metódica sobre a realidade, tendo como princípio a objetividade e a sistemática observação de dados. (Leopardi)

12 Formas de Conhecer Ciência Função da Ciência Visão Estática Visão Euristica Construir corpo de Resolver problemas conhecimento específico (explicar como os de uma área fenômenos ocorrem, buscar relações entre os fatos e prevê-los)

13 CLASSIFICAÇÃO GERAL DA CIÊNCIA Ciências Formais: se ocupam de fenômenos cuja forma só aparece através de simbolos.. EX: Lógica e Matemática Ciências Factuais: se ocupam de fatos observáveis seja na natureza, seja na sociedade a) Naturais: Física, Química, Biologia, Psicologia individual b) Culturais: Sociologia, Economia, história, Antropologia, Direito, ito, Serviço Social, Ciência Política.

14 Disciplinas Integrativas: não podem ser consideradas ciências em si, pois se referem a objetos complexos e particulares, cujas características são tanto naturais como sociais Medicina Enfermagem Nutrição

15 Como se dá o CONHECIMENTO? A base do conhecimento, de qualquer tipo de conhecimento, é construída a partir da relação que se estabelece entre o sujeito (o cognoscente) e um objeto (objeto de conhecimento ou o cognoscível). Na relação entre o Sujeito e o Objeto mediado pela Técnica Se estabelece uma operação cognitiva (pensamento/raciocínio) que se dirige a um objeto e que tende a instaurar com o próprio objeto uma relação da qual venha emergir características deste Cada vertente filosófica irá compreender o processo de construção do conhecimento de forma singular.

16 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Idealistas Acreditam que o mundo externo e material é produzido pela mente ou pelas idéias, de que não pode existir separadamente. A realidade, por conseguinte, começa dentro da mente e não fora dela. Conhecer num mundo de constantes mudanças é buscar nas coisas uma certa idéia ou forma que é a sua essência ou natureza que esta sempre presente. Só podemos chegar a ter um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão Platão AC Hegel (dialética)

17 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Materialistas Os materialistas têm uma visão completamente oposta à dos idealistas sobre a natureza da realidade. Acreditam que tudo o que existe é matéria ou depende da matéria para existir. O mundo real está fora de nós, não em nossa mente. Aristóteles ( a.c.) Princípio da indução e dedução( Lógica Formal)- processo de formular leis gerais a partir de fatos particulares e a partir delas fazer novas deduções.

18 Lógica Formal Lógica (logos - pensamento/razão) É o instrumento que vai dar as regras do pensamento correto para o alcance da verdade. Ele permite o pensar rigoroso do filósofo e do cientista. Inferência: processo do pensamento pelo qual chegamos a uma conclusão. A lógica examina se a estrutura (o argumento) das inferências é correta ou não. O argumento é representado por proposições Exemplo: 1 a Proposição - Toda baleia é mamífero 2 a Proposição - Ora, nenhum mamífero é peixe 3 a Proposição - logo, nenhuma baleia é peixe Há 3 proposições em que a última é uma conclusão que deriva das 2 anteriores chamadas de premissas ( que foram colocadas anteriormente)

19 Lógica Formal Tipos de Argumento Dedução: é o argumento cuja conclusão é inferida necessariamente de duas premissas. Ela parte de uma proposição geral para a particular. Exemplo: Todos os homens são mortais. João é homem Logo, João é mortal (lei Universal) A dedução cientificamente apenas organiza o conhecimento já adquirido, porém ela não inova

20 Lógica Formal Indução: como lógica estruturante do pensamento é a condução da observação do particular para a generalização. Enquanto na dedução a conclusão deriva de verdades universais já conhecidas, partindo do plano do inteligível, a indução ao contrário, chega a uma conclusão a partir da experiência sensível, dos dados particulares. Exemplo: Esta porção de água ferve a cem graus, e esta outra também, e esta outra também, Logo, a água ferve a cem graus Enquanto a conclusão da dedução está contida nas premissas e retira daí sua validade a conclusão da indução tem apenas probabilidade de estar correta. A indução é uma forma de pensar de grande valia nas ciências experimentais, pois nela está embutida uma certa probabilidade, ou seja, no raciocínio que, baseado em alguns casos da experiência presente, nos faz inferir que o mesmo poderá acontecer mais tarde. É uma argumentação na qual a partir de dados inferimos uma verdade universal.

21 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Racionalistas Consideram que as verdades sobre a realidade só podem ser reveladas através da razão e não pelo que os sentidos nos apresentam sobre o mundo. O conhecimento se dá pela razão e não pela experiência. Descartes ( ) O alicerce racional de Descartes é a sua afirmação penso, logo existo. Com isso, identificou a mente como algo separado da matéria (dualista). Escreve o discurso do método onde busca um novo método que possibilite a invenção e a descoberta e não se restrinja à demonstração do já sabido. Busca na matemática a aplicação da ordem e medidas para estabelecer as cadeias de razões. Constroi o racionalismo priorizando o sujeito e não o objeto

22 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Empíricos Empirismo é o oposto de racionalismo. Os empíricos acreditam que o verdadeiro conhecimento do mundo é obtido através da experiência, ou seja, através dos sentidos, como ver, ouvir, apalpar cheirar e degustar e não através da razão. Temos idéias apenas porque temos percepções. Prestigia a técnica, insiste na necessidade da experiência e investigação seguindo um método preciso. BACON ( )

23 Como se forma o CONHECIMENTO? Os positivistas Comte (século XIX) Originário do racionalismo une a razão com o rigor da experiência Busca da explicação dos fenômenos através da observação dos fatos e das relações dos mesmos e a necessidade de uma teoria que ligue esses fatos. Só a ciência nos dá o conhecimento verdadeiro ( critérios da verificabilidade) A Ciência seleciona o que lhe interessa conhecer excluindo o sujeito e as suas emoções (relega à filosofia e a arte outros tipos de verdade intuída pelos sentimentos) Associa a experiência com a lógica matemática,ou seja, com uma linguagem quantificadora.

24 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Materialistas dialéticos É a união do materialismo clássico com a dialética. Os materialistas acreditam que tudo que existe é matéria ou depende da matéria para existir. O mundo real está fora de nos e não em nossa mente. O conhecimento se dá pelo movimento racional que nos permite superar um contradição. - Karl Marx ( )

25 Como se forma o CONHECIMENTO? As diferentes Escolas de Pensamento Os Fenomenologistas A fenomenologia estuda como as coisas são apresentadas ou representadas. Os fenomenologistas tentam ir além da aparência, ou superfície sensível, para revelar a natureza da consciência em si. Husserl ( ) Heidegger ( ) Merleau-Ponty ( )

26 Como se dá o CONHECIMENTO? Enfoque positivista prioriza o objeto Sujeito Objeto Enfoque fenomenológico prioriza o sujeito Sujeito Objeto Enfoque materialista-dialético prioriza a relação histórica entre os dois polosobjeto-sujeito Sujeito Objeto

27 OS PARADIGMAS DA CIÊNCIA Empírico-Análiticos Base: Positivismo Características: Considera a realidade como formada por partes isoladas. Não aceita outra realidade que não seja os fatos que podem ser verificados (evidência) Busca descobrir as relações entre os fatos (variáveis) para explicar e predizer os fenômenos Visa o conhecimento objetivo Propõe a neutralidade científica Considera verdade aquilo que for empiricamente comprovado. Usa métodos das ciências naturais Propõe generalização dos resultados obtidos Faz uma foto dos fatos Compreensivos Bases: Fenomenologia e Antropologia Características: Fenomenologia Investiga o mundo vivido pelos sujeitos considerados isoladamente O propósito é revelar os significados subjetivos na perspectiva dos sujeitos Etnografia Uma forma de compreender a prática artesanal da vida cotidiana. Descrever os tabus, os rituais, o comum, etc.. Interacionismo simbólico descrever o comportamento humano a partir de suas interações sociais e o sentido simbólico faz um Rx do fenômeno TEIXEIRA,2000 Crítico-Dialético Bases: Materialismo Histórico dialético Características: Representa o caminho que aponta a dinâmica do real. Trata da coisa em si. Busca o concreto. Mostra as contradições. Reproduza a realidade partindo da atividade prática objetiva do homem. Visa a transformação e a mudança da realidade. Visa a totalidade dos fatos e a metafísica da vida cotidiana. Categorias: a matéria, a consciência e a prática social. Faz um filme do real

28 POSITIVISMO Ciência Ciência é a forma de conhecimento que não somente pretende apropriarse do real para explicá-lo de modo racional e objetivo, mas procura estabelecer entre os fenômenos observados relações universais e necessárias, o que autoriza a previsão de resultados (efeitos) cujas causas podem ser detectadas mediante procedimentos de controle experimental. (Japiassú) Conhecimento verificável por um processo sistemático, controlado, objetivo, racional, preditivo e falível. É um conhecimento que se apresenta como um conjunto de proposições coerentes e encadeadas racionalmente (leis, teorias), sem nenhum tipo de contradição interna. O conhecimento científico é obtido através da investigação científica (Pesquisa); ou seja, a utilização do Método Científico.

29 Características do Conhecimento Científico 1. O conhecimento científico é racional a) É constituído por conceitos, juízos e raciocínios e não por sensações, imagens, valores, modelos de conduta, etc b)contém idéias que se organizam em sistemas: conjunto ordenados de proposições (teorias) e não idéias simplesmente aglomeradas ao acaso ou de forma cronológica.

30 Características do Conhecimento Científico 2. O conhecimento científico é Objetivo a) Procura concordar com o seu objeto - busca a verdade por meio da observação, investigação e experimentação; 3. O conhecimento científico é verificável a) É aceito como válido quando passa pela prova da experiência - é a comprovação que torna válido, pois enquanto não são comprovadas, as hipóteses deduzidas através de um sistema de idéias formuladas pela inferência dedutiva, não podem ser consideradas científicas.

31 Características do Conhecimento Científico 4. O conhecimento científico é dependente de investigação metódica a) É planejado - o cientista não age ao acaso, ele sabe o que procura e como deve proceder para alcança-lo. Quando surge algo imprevisto ele o coloca sob controle. b) Obedece a um método pré-estabelecido - método científico 5. O conhecimento científico é Sistemático a) É constituído por um sistema de idéias (hipóteses), comprovadas e logicamente correlacionadas (teorias). Os fatos são captados e apreendidos de modo sistemático, visando a um objetivo definido.

32 Características do Conhecimento Científico 6. O conhecimento científico é acumulativo a) Seu desenvolvimento é uma conseqüência de um contínuo selecionar de conhecimentos significativos. b) Novos conhecimentos podem substituir os antigos, quando estes se revelam disfuncionais ou ultrapassados. 7. O conhecimento científico é fálivel a) Não é definitivo, absoluto ou final - o próprio progresso da ciência induz novas indagações, sugere novas hipóteses, mas que precisam ser testadas.

33 Características do Conhecimento Científico 8. O conhecimento científico é explicativo e preditivo a) Tem por finalidade explicar os fatos em termos de leis b) Baseando-se na investigação dos fatos, assim como no acúmulo das experiências, a ciência atua no plano previsível, portanto tem a função de prognosticar tanto o futuro como o passado, com isso pode exercer controle e modificar o curso de ocorrências futuras, ou ainda prever ocorrências.

34 OS PARADIGMAS DA PESQUISA Método Positivismo Experimentação com controle e manipulação de variáveis Estabelece relações causais Métodos quantitativos e estatísticos Procura estudar as partes, pois considera impossível conhecer a totalidade (especializações) Relação Sujeito e objeto O objeto é privilegiado em relação ao sujeito, devendo este assumir distanciamento e neutralidade em relação ao objeto. O objeto tem sua natureza própria que só pode ser conhecida quando visível e aparente. Lógica Usa a lógica formal Matemática como raciocínio concreto. Somente a evidência comprova a realidade LEOPARDI,2001

35 O que é pesquisa? Conceitos Atividade básica das Ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca, que define um processo inacabado e permanente (MINAYO) A pesquisa é atividade científica pela qual descobrimos a realidade. A realidade não se desvenda na superfície. Não é o que aponta à primeira vista. (DEMO) É o modo próprio que a ciência tem para obter conhecimento da realidade empiríca (RUDIO) É um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento (RUDIO) A pesquisa científica se distingue de outras modalidades de pesquisa pelo método, pelas técnicas, por estar voltada para a realidade empírica e pela forma de comunicar o conhecimento (RUDIO)

36 Tipos de Pesquisa 1. Pesquisa Básica: preocupa-se com a realização de observações empíricas que possam ser utilizadas para acumular informações ou para formular ou aperfeiçoar uma teoria. É desenvolvida pelas Ciências Formais, isto e, pela Biologia, Matemática, etc. Ex: As leis da Genética, da Física, da Matemática. 2. Pesquisa Aplicada: 2. Pesquisa Aplicada: centraliza o seu foco na descoberta de uma solução para um problema imediato. São desenvolvidas pela Engenharia, Enfermagem, Medicina. Ex: Avaliação do ganho de peso dos RN de uma comunidade. Quais as causas do infarto?

37 Tipos de Pesquisa 1. Pesquisa Básica: Pesquisa pura ou teórica que gera, testa e expande teorias que descrevem, explicam ou prevêem o fenômeno de interesse para uma área da ciência, sem considerar seu uso posterior. É desenvolvida pelas Ciências Formais, isto é, pela Biologia, Matemática, etc. Ex: As leis da Genética, da Física, da Matemática. 2. Pesquisa Aplicada: 2. Pesquisa Aplicada: Centraliza o seu foco na descoberta de uma solução para um problema imediato. Responde questões relacionadas com a aplicabilidade de torias básicas em situações práticas. São desenvolvidas pela Engenharia, Enfermagem, Medicina. Exs: Avaliação do ganho de peso dos RN de uma comunidade. Quais as causas do infarto?

38 O que Pesquisar? Objeto de pesquisa (Lacunas no conhecimento) Aspectos éticos Impacto: Social Cultural Ambiental Econômico

39 Para que Pesquisar? Produzir conhecimentos ordenadamente e sistematicamente. Ampliar a base de informações para exercer um aprátiva crítica e transformadora. Definir papéis distintos e singulares. Contribuir para a identidade e autonomia dos profissionais. Documentar a relevância social e a eficácia do exercício profissional

40 Pesquisa em Administração em Saúde? Produção Lacunas do Conhecimento Tendências

41 FASES DO PROCESSO DE PESQUISA I Planejamento da pesquisa II A coleta de dados III A análise dos dados INVESTIGAÇÃO IV A comunicação

42 A Integração da Pesquisa emenfermagemna Prática Fl or en ce Ni g t h i n g a l e

43 Florence Nightingale ( ) é conhecida como fundadora da profissão de enfermeira, mas ela também salvou milhares de vidas utilizando a estatística. O encontrar um hospital em más condições sanitárias e sem suprimentos, tratou de melhorar essas condições e passou a utilizar a estatística para convencer as autoridades da necessidade de uma reforma nos serviços de saúde. Elaborou Gráficos originais para mostrar que, durante a guerra da Criméia, morreram mais soldados em conseqüência de más condições sanitárias do que em combate. Florence foi a pioneira na utilização não só da estatística social como das técnicas de gráficos. Triola MF. Introdução à Estatística. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC;1999.