QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA
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- Maria do Loreto Mangueira Faro
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1 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Análise Titrimétrica Prof. Adriano Almeida 2016
2 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA ANÁLISE TITRIMÉTRICA OU VOLUMÉTRICA Consiste na determinação de um constituinte onde os resultados são obtidos através da leitura e registro de um volume consumido na titulação. Esse volume será de uma solução de concentração conhecida. Vantagem: -Execução muito mais rápida que a análise gravimétrica; -O método é fácil de ser instalado, economicamente viável. Desvantagem: -Método menos preciso que a gravimetria
3 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA O que é uma titulação? A titulação é uma operação analítica utilizada em análise volumétrica com o objetivo de determinar a concentração de soluções.
4 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Como se executa uma titulação? A Titulação consiste na adição de uma solução de concentração rigorosamente conhecida a outra solução de concentração desconhecida, até que se atinja o ponto de equivalência.
5 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Titulado é uma solução de concentração desconhecida mas de volume rigorosamente medido que se coloca dentro de um Erlenmeyer.
6 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Titulante é uma solução de concentração rigorosamente conhecida que se coloca dentro da bureta.
7 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA ANÁLISE TITRIMÉTRICA OU VOLUMÉTRICA Apesar de serem técnicas relativamente antigas, elas representam ainda economia e confiabilidade nos laboratórios mais modestos, podendo perfeitamente serem utilizadas na identificação da grande maioria de agentes químicos em diversas situações. Será necessário na titrimetria a padronização das soluções envolvidas pois estaremos tratando com concentrações as mais exatas possíveis. Solução Padrão certa estabilidade. é a solução de concentração conhecida e de Solução Problema solução onde se encontra o constituinte que se deseja determinar.
8 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA
9 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Etapas da Titulometria: 01 Preparação das soluções (sol. Problema, os reagentes, os indicadores) 02 Tomada uma alíquota da solução problema 03 Preparação da solução para a titulação 04 Zeragem da bureta 05 Titulação adição do titulante à solução problema até mudança de cor do indicador. 06 Leitura do volume da solução escoada na bureta 07 Cálculos com base no princípio da equivalência N. V = N. V 08 Interpretação dos resultados
10 Soluções São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias.
11 Definições Soluto: substância a ser dissolvida; Solvente: substância que efetua a dissolução; Solução aquosa: solução que utiliza água como solvente; Solução diluída: solução que contém uma pequena quantidade de soluto; Solução concentrada: solução que contém uma quantidade razoável de soluto. Prefixos mais comuns na literatura química Prefixo Múltiplos Símbolo Fator Prefixo Frações Símbolo Fator tera T deci d 10-1 giga G 10 9 centi c 10-2 mega M 10 6 mili m 10-3 kilo k 10 3 micro 10-6 hecto h 10 2 nano n 10-9 deca da 10 1 pico p 10-12
12 Concentração das Soluções Denomina-se concentração de uma solução toda e qualquer forma de expressar a proporção existente entre a quantidade do soluto e a quantidade do solvente ou solução.
13 Concentração (C) É o quociente entre a massa do soluto e o volume da solução C m V soluto solução Ex.: Preparar uma solução aquosa 5 g/l de cloreto de sódio (NaCl) em 500mL. NaCl Adicionar água destilada Tampar Agitar 500 ml 500 ml 500 ml 500 ml
14 Ex.: Qual a massa de cloreto de alumínio (AlCl 3 ) necessária para preparar 150 ml de uma solução aquosa de concentração igual a 50 g/l.
15 Concentração Molar ou Molaridade (M) É o quociente entre o número de moles do soluto e o volume da solução em litros (M = mol/l ou mol L -1 ) M V n solução soluto (litros) como n m PM M PM soluto m.v soluto solução (litros)
16 Ex.: Preparar 1 litro de uma solução 0,5 M de NaOH Na = 23; O = 16; H = 1
17 Ex.: Qual a molaridade de uma solução aquosa que contém 2,30 g de álcool etílico (C 2 H 5 OH) em 3,5 litros? C = 12; O = 16; H = 1
18 Ex.: Preparar uma solução aquosa 2 M de ácido acético (CH 3 COOH)? C = 12; O = 16; H = 1 Ácido Acético 250 ml 250 ml 250 ml 250 ml
19 Relação entre C e M C m V soluto solução M PM soluto m.v soluto solução (litros) Igualando msoluto C. V solução m soluto M.PM soluto.v solução (litros) C M.PM soluto
20 Concentração Molal ou Molalidade (W) É o quociente entre o número de moles do soluto e o massa do solvente em quilogramas (W = mol/kg ou mol Kg -1 ) W n soluto m ( Kg) 2 solvente como n m PM W PM soluto m soluto. m ( Kg) 2 solução
21 Exemplo: EXEMPLO: Que massa uma solução aquosa de glicose (C 6 H 12 O 6 ) a 0,2 molal foi preparada utilizando 500g de água? Dados: H=1g/mol; O=16g/mol; C=12g/mol. EXEMPLO: Determine a concentração em mol/kg, de uma solução obtida pela dissolução de 8,0 g de NaOH, utilizando 250 g de água. Dados: H=1g/mol; O=16g/mol; Na=23g/mol.
22 Concentração Normal ou Normalidade (N) É o número de equivalentes de soluto contido em 1L de solução ou o número de miliequivalentes em 1mL de solução. (N = eq/l ou meq/ml) N n V o eq solução g soluto (litros) N V n o meq solução g soluto (mililitro )
23 Concentração Normal ou Normalidade (N) n o eq g soluto Massa( g) Eq g E eq g soluto Molécula y g soluto y = é o número de hidrogênios ionizáveis para os ácidos ou de hidroxilas para as bases, valência do cátion ou do ânion para os sais N y. V massa PM solução.
24 Ex.: Preparar um litro de solução de Hidróxido de Sódio(NaOH) com concentração de 0,1N. Dados: Na = 23; O = 16; H = 1; y= 1
25 Ex.: Preparar 100mL de solução de Ácido Oxálico (C 2 H 2 O 4.2H 2 O) com concentração de 0,1N. Dados: C = 12; O = 16; H = 1; y= 2
26 Ex.: O ácido Sulfúrico é tido como um indicador da economia de um país, pois é o produto químico mais utilizado pela indústria. Sua aplicação tem larga escala, desde em fertilizantes e baterias de automóveis, até no refino do petróleo. Qual a normalidade de uma solução que contém 21,56 g de H 2 SO 4 dissolvido em 200cm 3 solução? Dados: H = 1; S = 32; O = 16
27 Relação entre N e M N M. y
28 Ex.: O dicromato de potássio é um sólido cristalino laranja-avermelhado, solúvel em água e insolúvel em álcool, então responda, qual a normalidade de uma solução 0,1 mol/l de, K 2 Cr 2 O 7, numa reação de óxido-redução em que atua como oxidante é: (DADO: y = 6)
29 Cálculo da Concentração da Solução Padronizada N V N V 2 C V C V 2 M. V M V 2
30 Ex.: Para comprovar a composição do sal NH 4 Cl, uma amostra pesando 0,5g foi pesada e dissolvida para 250 ml de solução, tendo como solvente a água destilada. Para realizar a titulação, uma alíquota de 25 ml de solução-amostra, foi colocada em um erlenmeyer. O titulante foi uma solução de AgNO 3 da qual foram gastos 18,8 ml e que tinha a concentração de 0,05N. Calcule a normalidade da solução titulada..
31 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Ponto de Equivalência ou Ponto Estequiométrico da Titulação: É o ponto ideal da titulação que corresponde à adição do reagente titulante em uma quantidade equivalente à quantidade do constituinte presente. O ponto de equivalência não coincide necessariamente com o ponto final da titulação, devido a atuação dos indicadores.
32 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Requisitos Necessários às Reações Para os Métodos Titulométricos: 1 A reação entre o constituinte e o reagente titulante deve ser capaz de ser descrita por uma única equação química; 2 A reação deve ser rápida; 3 O sistema (constituinte e titulante) deve oferecer um meio satisfatório para a sinalização do ponto final da titulação; 4 A reação deve processar-se de forma razoavelmente completa no ponto final.
33 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Classificação dos Métodos Titulométricos: 1 Titulometria de neutralização (ácido-base) Acidimetria solução padrão é um ácido Alcalimetria solução padrão é uma base 2 Titulação de precipitação 3 Titulação de formação de complexos 4 Titulação de oxidação-redução Oxidimetria solução padrão é um agente oxidante Redutimetria solução padrão é um agente redutor
34 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Solução Padrão: Preparação: direta (padrão primário) indireta (não é padrão primário) Padrão Primário substância química de composição definida e alta pureza (100 0,02%). Características dos Padrões Primários: Devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e conservação;
35 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Devem ser bastante solúveis; Devem ser bastante estáveis; Devem ter um peso molecular relativamente elevado; A substância não deve ser higroscópica ou eflorescente. Exemplos de Padrões Primários: Ácido benzóico (C 6 H 5 COOH) Biftalato de potássio (KC 8 H 4 O 4 ) Dicromato de potássio (K 2 Cr 2 O 7 ) Iodeto de potássio (KIO 3 ) Ácido oxálico [(COOH) 2. 2H 2 O]
36 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Carbonato de sódio (Na 2 CO 3 ) Carbonato de cálcio (CaCO 3 ) Cloreto de sódio (NaCl) Oxalato de sódio (Na 2 C 2 O 4 ) Óxido de mercúrio (HgO) Tetraborato de sódio ou bórax (Na 2 B 4 O 7 ) Preparação Direta: 1 O reagente é um padrão primário 2 Observar a concentração e o volume requeridos 3 O padrão primário deve ser dessecado em estufa a 110 o C por 1 hora e resfriado em dessecador por 15 minutos
37 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA 4 Calcular a massa e pesar com precisão N = m 1 E. V(L) 5 A massa deve ser dissolvida num solvente adequado, transferida para um balão e completada com água até o traço. Em seguida homogeneizar. 6 Colocar em vidro limpo e rotulado. Rótulo Nome da solução: Concentração: Data: Analista: Outros dados:
38 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA Preparação Indireta: 1 O reagente não é um padrão primário; 2 Observar a concentração e o volume requerido; 3 Calcular a massa ou o volume a ser medido; N = T x d x 10 3 ( q/l) E 4 Tomar a medida de volume ou de massa acima do valor encontrado; 5 Dissolver em solvente adequado; 6 Preparar uma solução de um PP e executar a padronização; 7 Calcular a concentração da solução padronizada;
39 QUÍMICA ANALÍTICA QUANTITATIVA 8 Executar uma diluição 9 Colocar em vidro limpo e rotulado Rótulo Nome da solução: Concentração: Data: Analista: Outros dados:
40 AULA 2
41 TITULAÇÕES ÁCIDO-BASE
42 Titulações ácido-base O que é? Como se faz? Ponto de equivalência; Curvas de titulação; Indicadores ácido-base; Cálculo da concentração.
43 Numa titulação ácido-base ocorre uma reação completa entre um ácido e uma base (neutralização): ácido + base sal + água por exemplo: HCl (aq) + NaOH (aq) NaCl (aq) + H 2 O (l)
44 Ponto de equivalência é a altura da titulação em que a relação entre o número de moles do titulante adicionadas e o número de moles do titulado é a prevista pela estequiometria da reacção: e ácido = e base
45 Como se detecta o ponto de equivalência? Existem dois métodos: Potenciométrico Colorimétrico
46 Método Potenciométrico Durante a titulação introduzse um elétrodo de ph no titulado, o que permite medir o ph ao longo da titulação e traçar a curva de titulação.
47 Curva de titulação é a representação do ph do titulado à medida que se adiciona o titulante.
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49 A curva de titulação permite: identificar a titulação identificar titulante/titulado ler o volume de titulante gasto até ao ponto de equivalência
50 Identificação da titulação As titulações ácido-base podem ser de três tipos: Ácido forte - base forte Ácido fraco - base forte Ácido forte - base fraca e distinguem -se pelo ph no ponto de equivalência.
51 Titulação Ácido forte-base forte O ponto de equivalência ocorre quando o ph = 7
52 Titulação Ácido fraco-base forte O ponto de equivalência ocorre quando o ph > 7
53 Titulação Ácido forte-base fraca O ponto de equivalência ocorre quando o ph < 7
54 Identificação do titulante/titulado ph inicial > 7 < 7 Titulante Ácido Titulado Base Titulante Base Titulado Ácido
55 Método Colorimétrico Adiciona-se ao titulado um indicador ácidobase que muda de cor. Em uma titulação, o "ponto final" da titulação refere-se ao momento em que o indicador muda de cor, não devendo ser confundido com o ponto de equivalência, tendo em vista que diferentes indicadores possuem diferentes pontos de "viragem" de cor.
56 Um indicador ácido-base é uma substância (ácido ou base fraco) que têm a particularidade de apresentar cores diferentes na forma ácida e na forma básica:
57 Num meio ácido o equilíbrio desloca-se para a esquerda e a solução apresenta a cor 1 (da espécie Hind). Hind Ind - + H + Cor 1 Cor 2
58 Num meio alcalino o equilíbrio desloca-se para a direita e a solução apresenta a cor 2. Hind Ind - + H + Cor 1 Cor 2
59 Indicador Faixa de transição (ph) Cor ácida Cor básica Violeta de metila 0,0 1,6 Amarelo Violeta Vermelho de cresol 0,2 1,8 Vermelho Amarelo Azul de timol 1,2 2,8 Vermelho Amarelo Eritrosina 2,2 3,6 Laranja Vermelho Metil-orange 3,1 4,4 Laranja Amarelo Vermelho de metila 4,8 6,0 Vermelho Amarelo Azul de bromotimol 6,0 7,6 Amarelo Azul Vermelho de fenol 6,4 8,0 Amarelo Vermelho Fenolftaleína 8,0 9,6 Incolor Lilás Amarelo de Alizarina 10,1 12,0 Amarelo Laranja Tropaeolina 11,1 12,7 Amarelo Laranja
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61 AULA 3
62 TITULAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
63 Titulometria de Precipitação Baseia-se na formação de compostos pouco solúveis a partir da adição de um agente precipitante (solução padrão); É utilizada para a determinação de haletos (cloretos, brometos, iodetos, fluoretos) e alguns íons metálicos; O processo precisa ser rápido;
64 A titulometria de precipitação tem que satisfazer a certas condições: O ppt obtido deve ser praticamente insolúvel; a precipitação deve ser rápida; não deve existir possibilidade de co-precipitação; deve ser possível determinar o ponto de equivalência com exatidão.
65 A volumetria de precipitação pode ser dividida em: 1) Ferrocianometria (solução padrão ferrocianeto) 2) Argentometria (solução padrão sais de prata) 2.1) Método de Mohr Diretos 2.2) Método de Fajans 2.3) Método de Volhard Indireto
66 Método de Mohr É um método argentimétrico aplicável à determinação de cloreto ou brometo. A solução neutra do haleto é titulada com nitrato de prata em presença de cromato de potássio como indicador. Os haletos são precipitados como sais de prata, o cloreto de prata é branco e o brometo de prata brancoamarelado. O ponto final é assinalado pela formação de cromato de prata, vermelho.
67 Método de Mohr Ocorre uma precipitação fracionada, primeiro o haleto de prata e depois o cromato de prata. Ex: NaCl + AgNO 3 AgCl + NaNO 3 2 AgNO 3 + K 2 CrO 4 Ag 2 CrO KNO 3 A solução neutra do haleto é titulada com nitrato de prata em presença de cromato de potássio como indicador. Uma limitação do método de Mohr, séria a faixa relativamente estreita dentro da qual deve ficar compreendido o ph da solução amostra, entre ph 6,5 e 10,5.
68 Método de Mohr Quando o ph da solução é inferior a 6,5 a concentração de íon cromato é de tal ordem que o produto de solubilidade do cromato de prata já não é mais atingido, e, conseqüentemente, o indicador não funciona. Se o ph da amostra for superior a 10,5, ocorre o risco de co-precipitar o óxido de prata.
69 Método de Fajans Utiliza indicadores de adsorção como a fluoresceína Os indicadores de adsorção são compostos orgânicos que tendem a ser adsorvidos sobre a superfície do sólido em uma titulação de precipitação. A adsorção ocorre próximo do ponto de equivalência e resulta não apenas em uma alteração de cor, como também em uma transferência de cor da solução para o sólido. A fluoresceína é um indicador de adsorção típico, utilizado para a titulação do íon cloreto com nitrato de prata. Em soluções aquosas, a fluoresceína se dissocia parcialmente em íons hidrônio e íons fluoresceinato que são verde-amarelados. O íons fluoresceinato forma um sal de prata de cor vermelha intensa.
70 Método de Fajans
71 Método de Fajans Antes de adicionar Ag + Após pequena adição de Ag + Próximo ao PE No ponto final
72 Método de Fajans Vantagem A vantagem do método é que é possível determinar o iodeto. Desvantagem A grande desvantagem é o alto custo do indicador e em certos indicadores utilizados, o ponto de viragem não é perceptível, pois a cloração vai de amarelo limão a verde limão.
73 Método de Volhard O método de Volhard é um método indireto de determinação de haletos e outros íons precipitáveis com o íon Ag +. Consiste em precipitar o haleto com um excesso de solução padrão de AgNO 3, e então titular a prata residual em meio ácido com uma solução padrão auxiliar de tiocianato de potássio, usando Fe +3 como indicador do ponto final. O PF será indicado pela formação de um complexo vermelho com um leve excesso de íons tiocianato.
74 Método de Volhard Excesso de AgNO 3 (sol. Padrão) Volume conhecido Forma um ppt de haleto de prata Amostra do haleto (volume conhecido)
75 Método de Volhard Solução padrão de CNS Volume e concentração conhecidos Prata residual Concentração conhecida Encontra o volume da prata residual
76 Método de Volhard A titulação é realizada em meio ácido para impedir a hidrólise dos íons Fe (III), além de eliminar interferência de outros íons. O meio fortemente ácido, necessário ao procedimento de Volhard, representa uma vantagem que o distingue dos outros métodos titulométricos de análise de haletos, porque íons como carbonato, oxalato e arsenato, que formam sais de prata pouco solúveis, em meio ácido, não causam interferência.
77 Ex.: Em uma titulação de precipitação foi utilizado 100,00 ml de uma solução de NaCl 0,100 mol/l com uma solução padrão de AgNO 3 0,0100 mol/l. Calcular o volume (ml) do titulante necessário para atingir o ponto de equivalência dessa titulação.
78 Ex.: Qual o volume (ml) do titulante Mg(OH) 2 0,4 molar necessário para neutralizar 80,0 ml de ácido clorídrico (HCl) 1,5 molar?
79 Ex.: Em uma titulação de precipitação foi utilizado o hidróxido de sódio impuro, dissolvido em água suficiente para 500 ml de solução. Uma alíquota de 50,0 ml (NaOH) foi retirada para os testes, sabendo que o titulante foi gasto, na titulação, 15,0 ml de ácido sulfúrico 0,5000 molar. Calcule a concentração desta solução.
80 TITULAÇÕES DE COMPLEXAÇÃO
81 Titulometria de Complexação É uma técnica de análise volumétrica na qual a formação de um complexo colorido entre o analito e o titulante. Um íon metálico reage com ligante formando um complexo suficientemente estável.
82 Titulometria de Complexação Ligante é um íon ou molécula que forma uma ligação covalente com um cátion ou átomo metálico neutro por meio da doação de um par de elétrons que é compartilhado por ambos. Exemplos de Ligantes Inorgânicos:
83 Titulometria de Complexação É baseada no desenvolvimento de complexos estáveis, cuja completa formação seja detectável. Nas determinações volumétricas com formação de complexos deve-se distinguir 2 casos: a) As que envolvem formação de complexos convencionais tais como os amínicos e cianídricos; b) As que envolve a formação de quelatos.
84 Titulometria de Complexação a) As que envolvem formação de complexos convencionais tais como os amínicos e cianídricos. São raramente atingidas as condições ideais para utilização quantitativa de uma reação, tais como estequiometria perfeita, desenvolvimento rápido e ponto final perfeitamente perceptível.
85 Titulometria de Complexação b) As que envolve a formação de quelatos. Quelato é um complexo cíclico formado por um cátion ligado por dois ou mais grupos contido em um único ligante.
86 Titulometria de Complexação b) As que envolve a formação de quelatos. Os resultados são muito superiores, devido a que todos os ligantes necessários estão reunidos numa mesma molécula. Além disso, o complexo formado é muito mais estável, pois apresenta ligações em garra.
87 Titulometria de Complexação Ácido Etileno Diamino Tetracético (EDTA): É o quelante mais usado em química analítica. Praticamente todos os elementos da tabela periódica podem ser analisados com EDTA, seja por titulação direta ou sequência de reações indiretas. São compostos orgânicos em que a solução aquosa, sob várias condições, formam íons complexos estáveis, solúveis e incolores, com numerosos cátions.
88 Titulometria de Complexação Métodos para titulação com EDTA ou com sal dissódico do EDTA: a) Titulação Direta; b) Titulação de Retorno; c) Titulação de Deslocamento; d) Titulação Indireta.
89 Titulometria de Complexação Métodos para titulação com EDTA ou com sal dissódico do EDTA: a)titulação Direta: Íons metálicos são titulados diretamente com EDTA, sendo o ponto final visualizado com um indicador metalocrômico. Ex: análise de cálcio e magnésio.
90 Titulometria de Complexação b) Titulação de Retorno: Um excesso de solução conhecida de EDTA é adicionado ao titulado. O excesso de EDTA é titulado com uma solução padrão de um segundo íon metálico. Uma titulação de retorno é necessária se o titulado precipita na ausência do EDTA, se ele reage muito lentamente com o EDTA ou se ele bloqueia o indicador. O íon metálico usado na titulação de retorno não deve deslocar o complexo formado pelo íon metálico (Zn 2+ ou Mg 2+ em análise com EDTA.
91 Titulometria de Complexação c) Titulação de Deslocamento: Utilizada para íons metálicos que não possuem um indicador satisfatório. O constituinte em análise é normalmente tratado com um excesso de Mg(EDTA) 2- para deslocar o Mg 2+, que é posteriormente titulado com solução de EDTA padrão. Essa titulação é aplicada quando não se dispões de um indicador adequado para espécie que se deseja determinar.
92 Titulometria de Complexação d) Titulação Indireta: Utilizada para ânions que precipitam com certos íons metálicos. Ânions como carbonato, cromato, sulfeto e sulfato (CO 3 2-, CrO 4 2-, S 2- e SO 4 2- ) podem ser determinados pela titulação indireta com EDTA.
93 INDICADORES METALOCRÔMICOS O Indicador de Íons Metálicos ou Indicador Metalocrômico é a técnica mais comum para detectar o ponto final em titulações com EDTA. Os Indicadores Metalocrômicos são corantes, ou seja, compostos orgânicos coloridos, que tem sua coloração alterada quando associados a um íon metálico.
94 INDICADORES METALOCRÔMICOS Exemplo: Análise típica de titulação de Mg com EDTA utilizando negro de eriocromo T como indicador. O negro de eriocromo T ou Erio-T é o indicador metalocrômico mais utilizado. Ele é usado nas titulações de magnésio, cálcio, estrôncio, bário, cádmio, chumbo, manganês e zinco. 1-hidroxi-2-naftilazo-6-nitro-2-naftol-4-sulfonato
95 TITULAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO
96 Titulometria de Oxidação-Redução É a titulação que envolvem reações de transferências de elétrons entre agentes oxidantes (que os recebem) e agentes redutores (que os perdem), são utilizadas para a determinação de muitas substâncias.
97 Titulometria de Oxidação-Redução Tipos: a) Permanganimetria Utiliza como solução padrão o permanganato de potássio. É o mais importante dos métodos titulométricos de oxi-redução. O KMnO 4 é um poderoso agente oxidante, mas tem uma desvantagem: não é padrão primário. Precisa ser padronizado com oxalato de sódio.
98 Titulometria de Oxidação-Redução As soluções com essa substância possuem coloração violeta intensa; na maioria das titulações o ponto final é detectado pela coloração do íon permanganato dispensando, portanto, o uso de indicadores. Geralmente as titulações com permanganato de potássio são feitas em soluções ácidas, mas algumas substâncias são mais facilmente oxidadas em meio neutro ou alcalino.
99 Titulometria de Oxidação-Redução b) Dicromatometria Utiliza como solução padrão o Dicromato de Potássio. O ânion dicromato atua como oxidante em meio ácido. Embora o K 2 Cr 2 O 7 não seja um oxidante tão forte como o KMnO 4, apresenta, sobre este último, uma grande vantagem: é padrão primário.
100 Titulometria de Oxidação-Redução c) Iodometria O sistema iodo-iodeto possui um potencial padrão intermediário, resultando daí que pode ser usado, por um lado, para oxidar substâncias fortemente redutoras e, por outro lado, para reduzir substâncias oxidantes relativamente fortes.
101 Ex.: A titulação redox (também chamada de titulação oxidação-redução) é um tipo de titulação baseada em uma reação redox entre o analito e o titulante. Titulação redox pode envolver o uso de um indicador redox e/ou um potenciômetro. Considere a titulação de 100,0 ml de Fe 2+ 0,0500 M com Ce 4+ 0,100 M. Calcule o volume (ml) equivalente do Ce 4+.
102 Ex.: A titulação redox (também chamada de titulação oxidação-redução) é um tipo de titulação baseada em uma reação redox entre o analito e o titulante. Para a titulação do ferro por permanganimetria é necessário reduzir-se todo o Fe(III) presente na amostra para Fe(II), o SnCl 2 pode ser usado para este fim. Considere a titulação de 50,0 ml de Fe 2+ 0,100 M com Fe 3+ 20,0 ml. Calcule a concentração equivalente do Fe 3+.
103 Ex.: Uma solução de HCl contendo uma mistura de Pt 4+ e Pt 2+ produz clorocomplexos a partir dos íons de Pt. Se a solução é 0,015 M em Pt 4+ e 0,025 M em Pt 2+, qual o volume (ml) de Pt 4+, sabendo que o volume final de Pt 2+ foi de 15,0 ml.
104 BONS ESTUDOS!!
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