186/15 02/12/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados
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1 186/15 02/12/2015 Análise Setorial Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados Novembro de 2015
2 Sumário 1. Perspectivas do Cenário Econômico em Balança Comercial de Outubro de Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de BRASIL... 6 ESTADO DE SÃO PAULO Empregos e Salários nos Setores CNAE do Sindicato SINDIBOR - SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA NO ESTADO DE SÃO PAULO Setores CNAE nos Sindicatos Evolução da Ocupação Evolução Real dos Salários
3 1. Perspectivas do Cenário Econômico em 2015 No terceiro trimestre confirmou-se o aprofundamento da recessão brasileira. Segundo o IBGE, o PIB recuou 1,7% no terceiro trimestre com relação ao trimestre anterior, marcando a terceira contração negativa da atividade econômica. O baixo patamar dos indicadores de confiança, tanto do empresário como do consumidor, sugerem que a economia brasileira deverá continuar a apresentar resultados negativos. Para o quarto trimestre esperamos redução de 0,8% do PIB. O mercado de trabalho vem apresentando forte desaquecimento, exibindo desaceleração do crescimento dos salários, fechamento de postos de trabalho e elevação da taxa de desemprego. A massa salarial real caiu 10,3% em outubro com relação ao mesmo mês de 2014, apresentando a maior contração nessa base de comparação desde outubro de Acreditamos que o quadro continuará bastante adverso nos próximos meses para a atividade econômica doméstica. A deterioração dos fundamentos econômicos é expressiva, com aperto nas condições de crédito, elevação da inflação, entre outros. Ademais, a incerteza sobre a trajetória das contas públicas contribui para manter a confiança do empresariado em níveis historicamente deprimidos, minando dessa forma uma eventual retomada da atividade econômica. A expectativa é de forte contração do PIB em 2015, com destaque às quedas dos investimentos (FBCF) e da indústria de transformação. As expectativas do mercado, coletadas pelo Banco Central e apresentadas no relatório Focus, apontam para um recuo de 3,2% do PIB em No caso da indústria de transformação, a nossa expectativa é de uma queda em torno de 9,5%. Para a FBCF, esperamos redução de 12,8%. Com relação a taxa de desemprego, a nossa expectativa é que encerre 2015 em 9,2%, um forte aumento com relação os 6,5% observados em Em suma, diante da acentuada deterioração dos fundamentos econômicos, com destaque para o menor crescimento da renda e o aumento da taxa de desemprego, além da elevada incerteza que cerca o cenário econômico e político, o PIB brasileiro deverá sofrer recuo da ordem de 3,5% em 2015, configurando a maior queda do PIB do país desde
4 2. Balança Comercial de Outubro de 2015 Em outubro de 2015, a balança comercial brasileira apresentou um superávit comercial de US$ 2,0 bilhões de dólares, enquanto, em outubro de 2014, apresentou um déficit de US$ 1,2 bilhão. As exportações atingiram US$ 16,0 bilhões, ao passo que as importações chegaram a US$ 14,1 bilhões. No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 160,5 bilhões, 16,4% abaixo do observado no mesmo período de 2014 (US$ 192,0 bilhões). Por sua vez, de janeiro a outubro de 2015, as importações atingiram US$ 148,3 bilhões, queda de 23,5% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, US$ 193,9 bilhões. O saldo comercial no acumulado do ano é um superávit de US$ 12,2 bilhões, enquanto, de janeiro a outubro de 2014, o saldo comercial foi um déficit de US$ 1,9 bilhão. Analisando as exportações do acumulado de janeiro a outubro de 2015 por fator agregado (básicos, semimanufaturados e manufaturados), temos queda das exportações de básicos (-20,1%), semimanufaturados (-7,9%) e manufaturados (-10,0%) em relação ao mesmo período de Dos produtos básicos que tiveram queda das exportações, podemos destacar bovinos vivos, minérios de ferro, tripas e buchos de animais, miudezas de animais, petróleo em bruto, carne bovina, carnes salgadas, carne suína, farelo de soja, arroz em grãos e soja em grãos. Quanto aos produtos semimanufaturados, as principais quedas das exportações em 2015 foram de açúcar em bruto, couros e peles, estanho em bruto, ferro fundido, borracha sintética e artificial, catodos de níquel, ferro-ligas, sucos e extratos vegetais e alumínio em bruto. No que se refere aos manufaturados, dos quatro setores que mais exportaram em 2015, três apresentaram queda em relação ao mesmo período de 2014: alimentos (-15,5%); químicos (-14,5%) e veículos automotores (-5,1%). A exceção foi o setor de metalurgia, que apresentou um aumento de 0,9% das exportações no período. O gráfico abaixo mostra as exportações acumuladas de janeiro a outubro de 2014 e
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6 3. Produtividade Física do Trabalho na Indústria de Transformação em Setembro de BRASIL Em setembro de 2015, a produção industrial apresentou queda de 8,2% no acumulado em 12 meses, enquanto o número de horas trabalhadas na produção apresentou queda de 8,8% nesta comparação. Como a queda do número de horas trabalhadas na produção foi maior que a queda da produção, a produtividade 1 O indicador de produtividade é elaborado mensalmente pelo Depecon/Fiesp a partir dos dados das pesquisas PIM-PF do IBGE, Indicadores Industriais da CNI e Levantamento de Conjuntura da Fiesp. Um relatório mais completo fica disponível no site: 6
7 cresceu 0,6% no acumulado em 12 meses até setembro de Isso significa, que a produtividade aumentou, mas não da forma mais positiva. Crescimento no acumulado em 12 meses terminados em setembro pelo sexto mês seguido nesta comparação. 7
8 Setores com aumento de produtividade Setores com queda de produtividade Variação do Custo Unitário do Trabalho = Variação da Remuneração Real Mensal - Variação da Produtividade = Variação do custo com o trabalho em uma unidade de produto Em termos de Em termos de + Quando positivo = trabalho, ficou mais caro produzir uma - Quando negativo = trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto unidade de produto 8
9 A remuneração real média em reais continua apresentando crescimento. Em setembro, houve aumento de 0,5% no acumulado em 12 meses. Mas desde agosto, o aumento da remuneração real média em reais passou a ser inferior ao aumento da produtividade, após 18 meses seguidos da relação inversa nesta comparação. Assim, o custo unitário do trabalho teve uma queda de 0,1 ponto percentual em setembro. Custo Unitário do Trabalho vinha aumentando seguidamente desde fevereiro de 2014, mas em agosto e setembro apresentou queda 9
10 Em termos de trabalho, ficou mais caro produzir uma unidade de produto Em termos de trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto ESTADO DE SÃO PAULO No Estado de São Paulo, em setembro de 2015, a produção industrial apresentou queda de 9,7% no acumulado em 12 meses, enquanto o número de horas trabalhadas na produção apresentou queda de 11,6% nesta comparação. Como a queda das horas trabalhadas na produção foi maior que a queda da 10
11 produção, a produtividade cresceu 2,3%. Isso significa, que a produtividade aumentou, mas não da forma mais positiva. Ganhos de produtividade acompanhados de queda da produção já desde maio de 2014 Setores com aumento de produtividade Setores com queda de produtividade Com um aumento de 2,3% na produtividade e uma queda de 2,7% na remuneração real média em setembro, na variação acumulada em 12 meses, o custo unitário do trabalho apresentou uma queda de 5,0 pontos percentuais. 11
12 Custo Unitário do Trabalho vem caindo desde janeiro de 2013 Em termos de trabalho, ficou mais caro produzir uma unidade de produto Em termos de trabalho, ficou mais barato produzir uma unidade de produto 4. Empregos e Salários nos Setores CNAE do Sindicato Os dados a seguir visam a apresentar um panorama geral sobre os setores incluídos no sindicato patronal quanto ao emprego e a remuneração média no Estado de São Paulo. A partir da informação dos setores CNAE representados pelo sindicato, levantamos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) para os setores contidos no sindicato dentro do Estado de São Paulo. 12
13 SINDIBOR - SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA NO ESTADO DE SÃO PAULO 4.1. Setores CNAE nos Sindicatos O SINDIBOR inclui os seguintes setores CNAE 2.0: : Reforma de pneumáticos usados : Fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente 4.2. Evolução da Ocupação Segundo dados da RAIS do Ministério do Trabalho para o Estado de São Paulo, em 2014, o emprego formal nos setores do sindicato 2 apresentou uma queda de 5,0%. Este já é o quarto ano seguido de queda do nível de emprego formal nos setores. Na Indústria de Transformação, o emprego formal apresentou queda de 3,3% em Empregados Formais no Estado de São Paulo Setores SINDIBOR Indústria de Transformação Variação % em Nº de relação ao ano empregados anterior Nº de empregados Variação % em relação ao ano anterior ,3% ,0% ,3% ,5% ,5% ,7% ,6% ,8% ,8% ,8% ,4% ,4% ,5% ,2% ,3% ,0% Fonte: RAIS / MTE Segundo dados do CAGED do Ministério do Trabalho, no acumulado de janeiro a outubro de 2015, enquanto a Indústria de Transformação paulista apresentou uma queda de 4,9% no nível de emprego, os setores do sindicato apresentaram uma queda de 8,5% no nível de emprego formal. 2 Os dados levam em conta os setores CNAE 2.0 do sindicato no Estado de São Paulo, não representando necessariamente as empresas associadas ao sindicato. 13
14 Em termos de saldo de empregos no ano, os setores do sindicato apresentaram um saldo negativo de vagas entre janeiro e outubro de 2015, o pior resultado para este período. Saldo de Empregos Formais Acumulado no Ano (Janeiro a Outubro) Estado de São Paulo Indústria de Transformação Setores SINDIBOR Saldo Saldo Variação % Acumulado Acumulado Variação % ,9% ,4% ,4% ,4% ,0% ,4% ,1% ,7% ,6% ,3% ,1% ,7% ,5% 646 1,7% ,9% ,8% ,9% ,5% Fonte: CAGED/MTE (série ajustada - incorpora as informações entregues fora prazo) 4.3. Evolução Real dos Salários Entre 2006 e 2014, a remuneração mensal média dos setores do sindicato no estado acumulou um aumento real de 16,2%, deflacionado pelo INPC. Remuneração Mensal Média em R$ de 2014* Setores SINDIBOR Valor em R$ Variação % em relação ao ano anterior Variação % acumulada de 2006 a ,3% ,6% ,4% ,4% ,1% ,4% ,4% ,9% 16,2% Fonte: RAIS/MTE e IBGE * Valores deflacionados pelo INPC do IBGE 14
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