O Islã. Elaine Herrera Marcio Sant Anna dos Santos Maurício Ferreira dos Santos

Transcrição

1 O Islã Elaine Herrera Marcio Sant Anna dos Santos Maurício Ferreira dos Santos

2 As condições da Arábia antes do Islã Península de desertos; Os árabes eram na sua maioria pastores nômades e coletores de tâmaras nos oásis; Século VI: Guerras entre Persas e Bizantinos tornaram a Arábia um caminho mais seguro para as caravanas de comércio; Crescimento de algumas cidades como Meca, importante centro religioso local; Aristocracia local formada por membros da tribo Qoreish, mercadores e negociantes que governavam a região. A Península Arábica. Fonte: Google Earth

3 Maomé Nasceu em Meca, por volta de 570 e era membro da tribo Qoreish. Órfão desde pequeno, se colocou a serviço de uma viúva rica que mais tarde desposou; Por volta de 610, recebeu uma mensagem dos céus lhe dizendo que Alá era o único deus e ordenando que aceitasse a vocação de profeta para pregar esta fé monoteísta aos Qoreish; Tais pregações não foram aceitas em Meca, migrou para a cidade de Yathrib, ao norte (Hégira); Mudou o nome da cidade de Yathrib para Medina ( cidade do Profeta ) e passou a governá-la. Atacou as caravanas Qoreish até que em 630 eles se submeteram à nova fé e Maomé entrou triunfante em Meca; Morreu em 632. Maomé próximo à Caaba. Miniatura otomana do séc. XVI.

4 As doutrinas do Islã Exige absoluta submissão a Deus. Islã = submissão; Corão: compilação das revelações feitas por Alá a Maomé e fonte de consulta ãs medidas práticas que o crente deve adotar: dedicação rigorosa à retidão moral, à compaixão, fidelidade aos mandamentos do Islã, orações, jejuns, peregrinação à Meca e recitação frequente de partes do Corão; Semelhanças com o judaísmo e com o cristianismo; Não há intermediários (sacerdotes), todo o crente é responsável por viver a fé. Estudiosos da fé são responsáveis por comentar os problemas da fé e das leis islâmicas; Aspira o universalismo, desde que começou a transbordar dos limites da Arábia. O Corão

5 A expansão do Islã Nomeação de Abu-Bakr como califa (representante do profeta) após a morte de Maomé; Campanha militar para subjugar as tribos que não aceitavam o sucessor do profeta se expandiu para fora da Arábia; Omar, o califa seguinte, ocupou regiões da Síria, Antioquia, Damasco e Jerusalém (637); Em 646 tomaram o Egito dos bizantinos e espalharam-se pelo norte da África; Por volta de 651 conquistaram o Império Persa; Em 711 atravessaram o Mediterrâneo e entraram na Península Ibérica, conquistando toda aquela região. A expansão do Islã. Disponível em: <

6 A divisão entre xiitas e sunitas 644: morte do califa Omar; Uthman, califa da família omíada de Meca, que inicialmente não havia aceito a fé de Maomé tem como principais opositores os partidários de Ali, primo e genro do profeta; 656: assassinato de Uthman e eleição de Ali como novo califa, entretanto, este também foi assassinado e um membro da família omíada assumiu novamente o califado. Esta família governou o Islã até 750; Os partidários de Ali se reuniram num grupo minoritário, os xiitas, que jamais conseguiu converter a maior parte dos muçulmanos; Os que se comprometeram com o califado omíada passaram a ser chamados de sunitas. Muçulmanos xiitas em Basra, ao sul do Iraque. Fonte: O Globo

7 Os abássidas Diferente dos omíadas que possuíam uma orientação voltada para o Ocidente e tentaram a tomada de Constantinopla em 717, os abássidas passaram a governar a partir de 750 com realce ao Oriente; Fundaram Bagdá, próxima das ruínas da antiga capital persa; Do ponto de vista ocidental, amenizou a pressão sobre o Mediterrâneo, permitindo aos bizantinos reviverem por algum tempo e aos francos adquirirem algum poder; Harun al-rashid, califa entre 786 e 809 manteve relações diplomáticas com Carlos Magno e chegou a enviar um elefante ao pobre imperador ocidental. O califado abássida durante o governo de Harun al-rashid Disponível em: <

8 O declínio dos abássidas Início do declínio: século X. Devido, principalmente, ao empobrecimento de sua principal área economica, o vale dos rios Tigre e Eufrates; 945: uma tribo xiita tomou a capital, Bagdá e o império abássida se esfacelou; Até o século XVI: descentralização do poder, mas o domínio islâmico continuou se expandindo e chegou às regiões da atual Turquia e Índia; Principal império islâmico posterior à queda dos abássidas foi o dos turcos otomanos que controlaram grande parte da Europa Oriental e do Oriente Próximo desde o século XV até Muçulmanos celebram o fim do Ramadã em Nova Déli, na Índia, onde 13% da população professa a fé islâmica. Foto: B. Mathur/Reuters

9 As influências do Islã no progresso do Ocidente segundo Pierre Guichard O texto de Pierre Guichard apresenta a luta contra o Islã como um dos fatores que contribuiu para a unidade da Europa do século VIII ao XV; Também apresenta como um dos motivos que levaram à expansão européia iniciada a partir daí, o desejo de ultrapassar os domínios do Islã via sul da África; Apresenta a transferência de conhecimentos entre muçulmanos e europeus como parte de um processo violento que acompanhou as guerras da Reconquista; Alega existir partidários muito entusiastas de uma influência árabe onipresente. Cristãos combatendo muçulmanos. Iluminuras do período das Cruzadas

10 As influências do Islã no progresso do Ocidente segundo Edward M. Burns Apresenta a civilização islâmica como mais avançada do que a Europa cristã em todos os campos e como responsável direta pelo avanço do Ocidente a partir do século XII; Na esfera econômica: técnicas de irrigação, cultivo de novos produtos agrícolas, destilação do álcool; Na área intelectual e científica: preservou e expandiu o conhecimento filosófico e científico dos gregos. As obras que sobreviveram à antiguidade foram traduzidas para o árabe e depois, retraduzidas para o latim pelos ocidentais; Preservação e interpretação das obras de Aristóteles, principalmente por Averróes; Porta-estandartes do califa de Bagdá. Ilustração do período das Cruzadas.

11 As influências do Islã no progresso do Ocidente segundo Edward M. Burns A utilização dos algarismos arábicos e a fabricação do papel; Apresenta como fatores para o declínio islâmico a dominação do mar Mediterrâneo pelos cristãos nos séculos XI e XII e posteriormente a perda do controle do Oceano Índico no século XVI; Mulher muçulmana no Irã. Foto: B. Mathur/Reuters