Cartografia e Ideologia
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- Suzana Prada Salazar
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1 Cartografia e Ideologia
2 Qual é o parasita mais poderoso? Um vírus, uma bactéria, um verme intestinal? Uma ideia! Quando uma ideia domina o cérebro é quase impossível erradicá-la.
3 Signo Semiologia com base na obra Mitologias, de Barthes
4 Formação do Signo amor botânica decoração artes Significante Significado Signo Signo: união indissolúvel de significante e significado
5 Signo de 20 ordem Membro das Forças Armadas dos EUA Significante Significado Signo significante o d a fic i n sig Igualdade de gênero racial Orgulho Signo de 20 ordem Sociedade americana: caracterizada por: Igualdade Liberdade Dificuldade de tratamento racional e contestação
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7 Signo e ideologia Goebbels Superexposição dos signos de segunda ordem gera tendência de aceitação Sociedade americana Superexposição de Característicos Valores Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade =
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9 Podemos perceber inúmeros outros recursos cuja utilização predominante em algum gênero televisivo leva à identificação da imagem com o gênero e, o que é mais importante, com o conteúdo dessa imagem. E que, assim, dão forma em estética visual ao significado da imagem. O uso constante de determinado recurso em programas produzidos dentro de certo gênero faz com que sentimentos, idéias, "realidades" passem a ter em seu conteúdo essa forma de expressão visual e a fazer parte desses conteúdos, como expressão verdadeira de sentimentos e crenças sobre ele. A massificação de idéias, sentimentos, opiniões, julgamentos de valor, etc. é produzida pela repetição constante do assunto dentro de um gênero ao mesmo tempo em que se repetem recursos visuais e tipo de edição de imagens. Desta forma, qualquer que seja aquilo que chamamos de conteúdo identifica-se com o conteúdo dessas formas já massificadas e é entendido, pensado, julgado segundo o hábito visual e mental gerado pela convivência constante com a reprodução estética e técnica das imagens. Milton José de Almeida Livre Docente UNICAMP
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11 E no Brasil...
12 Boni admitiu [Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto] que a emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no evento. Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade, contou. Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma glicerinazinha e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco, disse Boni. Todo aquele debate foi [produzido] não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos. Site: pragmatismopolitico.com.br
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14 Voltando a cartografia
15 Contexto Histórico Valores Religião Costumes Gótico Formas ideológicas dominantes Impressionismo Representações reforçadoras da ideologia dominante Cartografia Contribuição para aceitação de noções de superioridade
16 Modernidade Tardia Idade Média Visão cristã da realidade Grandes Navegações Novas necessidades em localização Mercator Mapa T-O Google Mapas
17 Cartografia e Ideologia Mercator Peters
18 Cartografia e Ideologia Símbolo da ONU Centro: países desenvolvidos Periferia: países subdesenvolvidos
19 Projeções e ideologia Novo centro do mapa: Japão Únicos personagens humanos: americano e japonês
20 Objetividade possível em Ciências Humanas
21 Weber, relação a valores e nexo causal
22 Weber Não existe qualquer análise científica puramente "objetiva" da vida cultural, ou [...] dos "fenômenos sociais", que seja independente de determinadas perspectivas especiais e parciais, graças às quais estas manifestações possam ser, explícita ou implicitamente, consciente ou inconscientemente, selecionadas, analisadas e organizadas na exposição, enquanto objeto de pesquisa. Deve-se isso ao caráter particular do alvo do conhecimento de qualquer trabalho das ciências sociais que se proponha ir além de um estudo meramente formal das normas legais ou convencionais da convivência social. (Weber, A Objetividade do Conhecimento nas Ciências Sociais) Cientista social: influências: Condições de renda Contexto religioso Nacionalidade... Economia
23 Weber Enquanto que no campo da Astronomia os corpos celestes apenas despertam o nosso interesse pelas suas relações quantitativas, suscetíveis de medições exatas, no campo das ciências sociais, pelo contrário, o que nos interessa é o aspecto qualitativo dos fatos. Devemos ainda acrescentar que, nas ciências sociais, se trata da intervenção de fenômenos espirituais, cuja "compreensão" por revivência constitui uma tarefa especificamente diferente da que poderiam, ou quereriam, resolver as fórmulas do conhecimento exato da natureza. (Weber, A Objetividade do Conhecimento nas Ciências Sociais) Compreensão: ciências da natureza ciências humanas Ciências da natureza: conhecimento sob mediação Ciências humanas: conhecimento imediato Ligado aos valores vividos
24 Weber (...) as ciências históricas e sociais pretendem explicar causalmente, além de interpretar de maneira compreensiva. A análise das determinações causais é um dos procedimentos que garantem a validade universal dos resultados científicos. (Aron, Etapas do Pensamento Sociológico) Etapas necessárias: Construção de uma individualidade histórico-sociológica; Decomposição desta individualidade; Estabelecimento das relações causais com: Dados históricos e recursos estatísticos e esforço de comparação.
25 Goldmann, a Ideologia e a possibilidade de validação das teorias
26 Ideologia 1) a ideologia é resultado da divisão social do trabalho e, em particular, da separação entre trabalho material/manual e trabalho espiritual/intelectual; (...) 4) essa autonomia dos produtores do trabalho intelectual aparece como autonomia dos produtos desse trabalho, isto é, das idéias; 5) essas idéias autonomizadas são as idéias da classe dominante de uma época e tal autonomia é produzida no momento em que se faz uma separação entre os indivíduos que dominam e as idéias que dominam, de tal modo que a dominação de homens sobre homens não seja percebida porque aparece como dominação das idéias sobre todos os homens [universalização da ideologia]; (...) 11) a ideologia é uma ilusão, necessária à dominação de classe. Por ilusão não devemos entender ficção, fantasia, invenção gratuita e arbitrária, erro, falsidade, pois com isto suporíamos que há ideologias falsas ou erradas e outras que seriam verdadeiras e corretas. Por ilusão devemos entender: abstração e inversão. (Chauí, O que é Ideologia)
27 Ideologia: abstração e inversão Abstração: Conhecimento imediato e acrítico da realidade Fetichismo da mercadoria Inversão: Tomada das consequências como causas Teoria eco-malthusiana
28 Goldmann abrangência e estabilidade Do ponto de vista da ação sobre o pensamento científico, as diferentes perspectivas e ideologias não se situam no mesmo plano. Certos juízos de valor permitem maior compreensão da realidade do que outros. Entre duas sociologias antagônicas, o primeiro passo para saber qual das duas possui valor científico maior é indagar qual delas permite compreender a outra como fenômeno social e humano, isolar sua infra-estrutura e iluminar, graças a uma crítica imanente, suas inconseqüências e seus limites. (Goldmann, Filosofia e Ciências Humanas) Economia liberal Física Newtoniana Teoria marxiana Física Einsteiniana
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