DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
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- Inês Valverde Sabala
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2 MEMÓRIA DESCRITIVA 1 GENERALIDADES Refere-se a presente memória descritiva ao estudo da infra-estrutura de drenagem de águas residuais associado à operação urbanística do Plano de Pormenor de Parte da Zona Industrial de Cacia, a levar a efeito pela Câmara Municipal de Aveiro na freguesia de Cacia, concelho de Aveiro. O Plano de Pormenor agora em estudo abrange a área total de cerca de 21 ha, localizando-se essencialmente a sul das atuais instalações fabris da Portucel, indústria ligada á transformação de celulose, em terrenos do atual depósito e parqueamento de matéria-prima, a madeira, e em alguns terrenos com atividade agrícola. Pretende-se com esta operação urbanística reorganizar urbanisticamente aquela zona numa perspetiva de permitir o crescimento industrial associado essencialmente á expansão da unidade industrial existente da Portucel com uma possivel expansão das suas atuais instalações enquadradas em perímetro industrial, articulando-se contudo com a malha urbana envolvente da povoação de Cacia a poente. Em consequência da mesma será prevista também uma valorização das condições de acessibilidade da zona no seu perímetro, quer através de beneficiação de um troço da ex-en15/109 a sul, quer com a construção a poente de uma nova Avenida Urbana a Nascente de Cacia de forma a delimitar as duas zonas ocupacionais, uma urbana e outra industrial. 2
3 2 CARATERIZAÇÃO GERAL DO PLANO DE PORMENOR De acordo com o estabelecido no Regulamento do plano de pormenor a área do mesmo contempla a seguinte ocupação do solo: A) Zona de instalação de atividades industriais. B) Zona de não construção, em espaço de uso público. C) Corredor de atenção hidrológica. A zona de instalação de atividades industriais corresponde essencialmente à definição de duas parcelas 1 e 2, que constituem as áreas destinadas à edificação e ampliação de atividades industriais, com áreas definidas no regulamento respetivo, apresentando índices de ocupação de solo de cerca de 50 %. A zona de não construção corresponde essencialmente a áreas de ocupação e uso público tais como faixas de circulação rodoviária e de circulação pedonal, bem como zona verde de proteção definida por um corredor verde envolvente a poente, paralelo á referida avenida. Fazem parte desta zona os estacionamentos públicos adjacentes ás duas vias rodoviárias. O corredor de atenção hidrológico corresponde a zonas de proteção constituída em estrutura verde bem como zona de proteção hidrográfica de uma vala que atravessa a norte da parcela 1. 3 INFRAESTRUTURA DE A zona envolvente abrangida pelo Plano de Pormenor no que respeita ás duas parcelas urbanizáveis 1 e 2, já se encontra na sua generalidade servida por 3
4 rede geral de drenagem de águas residuais através de redes existentes nos arruamentos que lhe são confinantes e que servem atualmente as habitações que se encontram nas suas proximidades. O presente Plano de Pormenor não prevê a introdução de qualquer ampliação da estrutura urbana marginal nos dois arruamentos previstos, isto é no troço referente à beneficiação da ex-en 16/109 bem como da nova Av. Urbana a Nascente de Cacia, pelo que não será de todo necessário instalar redes de drenagem de águas residuais tendo em vista servir este serviço em termos de drenagem de águas residuais, não implicando contudo reforços das infra-estruturas existentes. A drenagem de águas residuais da zona do plano assentará então nas seguintes premissas: - Dada a natureza das duas parcelas destinadas a actividade industrial e a sua interligação com a unidade industrial existente não será de prever uma dependência destas em termos de recolha de águas residuais da rede pública para o desenvolvimento dos seus processos de fabrico, tanto mais que, caso se trate de expansões da atual fábrica da Portucel, esta unidade já possui as suas próprias redes de drenagem de águas residuais (domésticas e industriais) internas bem como o seu tratamento interno na sua própria ETAR. Nestas circunstâncias, os projetos de expansão dessa unidade deverão prever essa drenagem a partir do seu próprio sistema interno e o consequente tratamento na sua ETAR, sendo posteriormente ligados ao Sistema do SIMRIA, especialmente no que respeita às águas residuais industriais que são dominantes. Também o regulamento do plano estabelece no seu ponto 2 do artº 20 que as indústrias emissoras de efluentes residuais não compativéis com o sistema geral de saneamento terão de prever um sistema de depuração ou prétratamento que concilie com estes efluentes por forma a serem aceites no meio receptor e permitir o respeito dos parâmetros dentro da lei, ou o seu lançamento na rede da Entidade Gestora regional em baixa, a AdRA, de acordo com os parâmetros de rejeição por esta estabelecidos. 4
5 - Contudo, da análise da estrutura do Plano julgamos oportuno, como forma de salvaguarda de eventuais necessidades pontuais ou futuras a nível de drenagem de águas da zona em estudo, a instalação de redes de drenagem de águas residuais urbanas complementares ao longo de alguns troços da nova rede viária, onde se justifique, através de prolongamentos de troços de rede existente em alguns arruamentos confinantes, tais como na avenida no seu troço entre a R. da Agra e a R. José Estevão, na faixa de rodagem do seu lado poente. Embora não haja necessidade de dotar o presente plano ao nível da drenagem de águas residuais domésticas para fins habitacionais, previram-se alguns novos troços de rede de ampliação dos existentes como salvaguarda futura de eventuais solicitações, nomeadamente troços ao longo da nova avenida entre as redes existentes da R. da Agra e a R. José Estevão. Estão previstos dois troços de rede de cabeceira que poderão funcionar como eventuais ramais para a parcela 1. Atendendo a esta premissa, serão consideradas também algumas intervenções ao nível desta infra-estrutura em face do enquadramento da estrutura urbanística do plano nos troços onde se considere mais adequado. Em resultado da definição da solução urbanística do plano existem redes de águas residuais existentes pertencentes à AdRA que serão afetadas e que terão, portanto, de ser deslocalizadas e alteradas, a saber: - O troço da conduta elevatória D 250 mm, que atravessa a zona no plano em especial na parcela 1, será desviada para a R. José Estevão no troço intervencionado, e para a nova avenida pelo seu lado nascente, ao longo do corrredor verde. Assim o troço desta conduta afetado terá uma redução da sua extensão de 890,00 para 630,00 m, sendo contudo necessário instalar uma nova conduta com esse traçado, desativando o traçado atual. 5
6 - O sistema elevatório existente na R. da Agra, será afetado pela existência de uma EE-E no interior da parcela 1. Esta estação elevatória terá nova localização para junto do cruzamento com a nova avenida sendo necessário construir aí uma nova EE-C de idênticas caraterísticas. A conduta elevatória que lhe é inerente também será parcialmente alterada com um traçado de menor extensão e com menor desnivel de bombagem a vencer. 4 MATERIAIS Os novos troços de condutas elevatórias a instalar serão em PEAD da classe 1.0 MPa, nos diâmetros considerados. Os troços das redes de drenagem graviticas serão em PPC da classe SN8. Aveiro, Junho de
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