ASSUNTO: REUNIÃO DO LABORATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO, SUSTENTABILIDADE

Transcrição

1 RELATÓRIO 227 ASSUNTO: REUNIÃO DO LABORATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO, SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO SETORIAL LAB-DIDES DATA: 07/12/2015 LOCAL: ANS HORÁRIO: 09h às 11h

2 Reunião coordenada por Michele Mello, Diretora-Adjunta de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Michelle iniciou a reunião e falou brevemente de assuntos já discutidos, Fator de Qualidade e aplicativo D-TISS, e o que entrará em discussão, foco da Agência para 2016, redesenho no modelo de prestação de serviços e financiamento. Informou que no dia 04/12/2015 foi publicada a Resolução Normativa 391, que altera a RN 364/2014, que já tratava da definição do índice de reajuste em situações específicas e junto com a nova resolução publicou a Instrução Normativa 61, que detalha essas alterações. A RN 391 altera a RN 364 no artigo 3º, retirando a expressão que limitava ao IPCA, e o artigo 9º, que estendeu o prazo para o início da aplicação do Fator de Qualidade em um ano para o grupo de SADT. A IN 61 estabelece os critérios do Fator de Qualidade, quando utilizado o índice da ANS para hospitais. Como já mencionado, para o grupo de SADT e consultório só ano que vem em outra IN. A seguir transcrevemos os importantes artigos 4º, 5º e 6º: Art. 4º O fator de qualidade será aplicado ao reajuste dos contratos escritos firmados pelas Operadoras com seus Prestadores, nas situações previstas nesta Instrução Normativa, em que couber a utilização do índice de reajuste definido pela ANS conforme previsto na RN nº 364, de 2014, de acordo com os seguintes percentuais: I - 105% do IPCA para os Hospitais Acreditados; II - 100% do IPCA para hospitais não acreditados que participarem e cumprirem os critérios estabelecidos nos projetos da DIDES de indução da qualidade; e III 85% do IPCA para hospitais que não atenderem ao disposto nos incisos I e II, deste artigo. Art. 5º A ANS divulgará anualmente, em seu sítio eletrônico, no espaço destinado às informações dirigidas aos prestadores de serviços de saúde, as

3 seguintes informações para fins de aplicação do inciso II, do art. 4º, para o ano subsequente: I Nos primeiros 90 dias do ano, os projetos da DIDES de indução de qualidade e os referidos critérios; e II A lista de hospitais que participaram e cumpriram os critérios estabelecidos em projetos da DIDES de indução da qualidade. Art. 6º Para os reajustes ocorridos no período de 22 de dezembro de 2015 a 31 de dezembro de 2016 os critérios de qualidade considerados para fins de aplicação do inciso II, do art. 4º, serão a efetiva participação no Projeto Parto Adequado comprovada pela melhoria no indicador proporção de partos vaginais e/ou o atingimento das metas estabelecidas em indicadores de qualidade definidos pela DIDES, que serão divulgados até 31 de dezembro de 2015 no espaço destinado aos prestadores no sítio eletrônico da ANS. Parágrafo único. A lista de hospitais que preencham os requisitos previstos no caput será divulgada até 25 de março de 2016, no espaço destinado às informações dirigidas aos prestadores de serviços de saúde. Melhor explicando, para aplicação do reajuste em 2016, a ANS estabeleceu como critérios o cumprimento de cinco indicadores, que serão publicados no site em 31/12/2015, e/ou a participação no projeto Parto Adequado. Seguem abaixo os cinco indicadores estabelecidos: % das contas no Padrão TISS na última versão. A fonte utilizada será o monitoramento do TISS e a meta a ser atingida 100%; % das guias eletrônicas. A fonte utilizada também será o monitoramento do TISS e a meta a ser atingida 100%; % de uso da TUSS (excluindo-se a tabela ainda não obrigatória, TUSS materiais e OPME) ou 100% CNES. Mais uma vez, a fonte utilizada será o monitoramento do TISS e a meta a ser atingida 100%;

4 4. Reinternação hospitalar em 30 dias, cujo cálculo será igual ao nº reinternação período/ nº total de saídas no período x 100. A meta a ser atingida deve ser < 25%, o período analisado 2015 e a forma de envio será apresentar esse indicador para ANS ate 10/03/2016. Importante mencionar que a ANS vai auditar via TISS; 5. Existência de núcleo de segurança do paciente no hospital, que já é obrigatório segundo a RDC 63/2011, 36/2013 e portaria 529/2013. Deve constar o nome do coordenador no cadastro da ANVISA. A proposta da Agência é fechar a base de dados 2015, mas os de dezembro de 2015 só serão enviados pelo Padrão TISS em fevereiro de Sendo assim a ANS terá do dia 25/02/16 a 25/03/16 para coletar os dados e até o dia 31/03/16 para divulgar o resultado por hospital. A aplicação do reajuste será a partir de 01/04/2016, nas datas de aniversário dos contratos. Em 2017 todos os prestadores de serviços, os hospitalares, os de SADT e os de consultórios já terão a forma de aplicação do Fator de Qualidade definida. Até lá, haverá a parceria com instituições colaboradoras, novos indicadores podem ser construídos, pode haver reorganização dos percentuais para qualidade/indicadores e ainda o QUALISS hospitais, SADT e consultórios. A ANS entende que até meio do ano que vem deve ter quase todas essas definições para medir até dezembro de 2016 e tornar público até março 2017 e aplicar a partir de abril de Sugestões apresentadas pelos participantes: Acrescentar no indicador 5 algum resultado além de somente constatação do nome do coordenador no cadastro. A Agência vai verificar as RDCs e a portaria e checar a possibilidade de acrescentar ao nome do coordenador no cadastro, algum indicador de resultado. Estender a exigência para os hospitais acreditados também os três primeiros indicadores.

5 A Agência irá analisar a possibilidade de tornar os três primeiros indicadores padrão. Para hospitais acreditados, participantes dos projetos de indução de qualidade, etc. Roberto Vellasco FBH disse que para os hospitais acreditados, a obrigação do uso do padrão deve ser discutida com as organizações acreditadoras. Acrescentou que só teremos o resultado do trabalho depois de implantado e que os hospitais pequenos têm medo de retaliações. A apresentação será enviada por e a Agência tem agora um trabalho interno de criar as fichas técnicas. Nada mais havendo a acrescentar a Diretora agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a reunião. Comentários: Era grande o número de representantes das operadoras, cerca de 35. Apenas nós, da FBH, estávamos presentes, pelos hospitais. Notamos que era intenção das operadoras criar o maior número possível de obstáculos aos artigos modificados pela RN 391 e a IN 61, uma vez que os mesmos, pelo que temos acompanhado até agora, atingem aos interesses dos hospitais, já que as exigências a serem cumpridas não são difíceis de serem alcançadas, e tiveram o prazo de 1 (um) ano para serem adotadas. Ressaltamos ser extremamente importante observar o que consta dos contratos a serem assinados e não aceitar, em hipótese nenhuma, qualquer cláusula que julguem prejudicial aos seus interesses e/ou sejam contrárias à legislação sobre o assunto. A Lei 13003/14 e a sua regulamentação pela ANS através das RNs 363, 364 e 365, com as modificações introduzidas pela RN 391 e IN 61, na minha opinião, deve continuar a ser obedecida sendo a suspensão da observância da mesma mais prejudicial para os hospitais do que a sua vigência. São as nossas considerações. Roberto Vellasco