M-0445.R-1 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA SALINIDADE PELO MÉTODO DE MOHR-KNUDSEN
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- Emanuel Assunção Paranhos
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1 M-0445.R-1 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA SALINIDADE PELO MÉTODO DE MOHR-KNUDSEN Notas: Aprovado pela Deliberação CECA n 0424, de 24 de fevereiro de 1983 Publicado no DOERJ de 13 de maio de OBJETIVO Definir o método de determinação da salinidade pelo método títulométrico de Mohr-Knudsen, a ser adotado nas atividades de controle de poluição de água, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras. 2. PRINCÍPIO E APLICABILIDADE 2.1 Definições Salinidade S% e o peso em gramas (no vácuo) de sais dissolvidos em um quilo de água do mar (no vácuo), obtido quando todo carbonato for convertido a óxido; os brometos e iodetos substituídos por quantidades equivalentes de cloretos; toda matéria orgânica for oxidada e os resíduos secos a peso constante a 480 ºC. Na prática, a salinidade é definida em termos de clorinidade pela Equação de Knudsen. S% = 0, ,8050 Cl% Clorinidade Cl / 00, expressa em gramas por quilo de água é definida como a massa em gramas de prata pura necessária para precipitar os halogênios em 0, kg de água de mar, sendo as pesagens feita no vácuo Clorosidade Cl/l, expressa em gramas por litro de água de mar é a quantidade determinada por métodos volumétricos e é definida da mesma maneira que a clorinidade, exceto que a unidade da amostra é 1000 ml de água de mar a uma determinada temperatura, em vez de pesada no vácuo. 2.2 O método da determinação da salinidade pelo método de Mohr-Knudsen consiste em determinar os haletos na água de mar, por titulação, utilizando uma solução de nitrato de prata e cromato de potássio como indicador. 2.3 A solução de nitrato de prata é padronizada utilizando uma água de mar padrão de clorinidade conhecida. 2.4 Após a titulação da amostra, através da solução padronizada de nitrato de prata, a clorinidade da amostra é determinada utilizando a tabela de Knudsen. Vide referência 9.2.
2 2.5 Uma vez conhecida a clorinidade da amostra, a salinidade é determinada utilizando a mesma tabela de Knudsen. Vide Referência O método é aplicável a amostras de água de mar, cuja salinidade varie de 30 a 40%. 2.7 As amostras para a determinação da salinidade devem ser coletadas em frascos de vidro e analisadas imediatamente após a coleta. As amostras podem ser preservadas desde que os frascos fiquem hermeticamente fechados com tampa selada com parafina. O tempo máximo de estocagem é de 6 meses. 3. ALCANCE E SENSIBILIDADE 3.1 O método adequado para amostras cuja salinidade varie entre 30 a 40%. 4. INTERFERÊNCIAS 4.1 Ions sulfeto, tiossulfato e sulfito interferem no método, mas podem ser removidos com peróxido de hidrogênio. 5. PRECISÃO 5.1 Segundo Strickland e Parsons do "A Practical Handbook of Seawater Analysis", 2ª Ed., a precisão para uma salinidade de 33% é de + 0,023%. 6. APARELHAGEM 6.1 Bureta de Knudsen. 6.2 Pipeta de Knudsen de 15 ml. 6.3 Placa com agitação magnética. 6.4 Imã de teflon 6.5 Becher 7. REAGENTES 7.1 Água do mar padrão O padrão primário para esse método deve ser uma amostra de água de mar padrão com o valor de clorinidade conhecido (aproximadamente 19,38%. O padrão "Eau de mer Normale", é obtido no "Depot d'eau Normale, Laboratoire Hydrographique, Charlottenlund Slot, Copenhagen, Denmark".
3 Para poupar esse padrão primário, é melhor preparar um volume maior (10 a 20 litros) de um padrão secundário, que consiste de água do mar filtrada; (preferivelmente coletada abaixo de 50 m em mar aberto), com clorinidade acima de 18%. Essa amostra é estabilizada pela adição de pequenos cristais de timol, e então é rapidamente colocada em ampolas. Toda décima ampola deve ser aberta e analisada em duplicata pelo método de Mohr- Knudsen, com solução de nitrato de prata que deve ter sido padronizada com Eau de mer Normale. A média de dez ou mais duplicatas é tomada como clorosidade do padrão secundário. 7.2 Solução de nitrato de prata (aproximadamente 0,21 N). Dissolva 37 g de nitrato de prata de boa qualidade e dissolva em 1 litro de água deionizada. Guarde a solução em frasco escuro. É desejável que essa solução seja preparada em grandes quantidades (20-40 litros), quando grande números de amostras vai ser analisado. Essa solução vai necessitar de diluição para levá-la a concentração desejada. Essa solução deve ser muito bem homogenizada. 7 3 Solução indicadora: Dissolver 3,5 g de cromato de potássio p.a. K 2 CrO 4 em 1 litro de água deionizada. 8. PROCEDIMENTO 8.1 Titulação Transferir 15 ml da mostra, usando pipeta de Knudsen, para um becher de 100 ml. Adicionar 6 gotas de K 2 CrO 4. Colocar um imã de teflon no béquer, ligar a placa magnética e deixar escoar a solução de AgNO 3 até o ponto de viragem (que deve ser de amarelo claro para laranja claro). A cor deve persistir por 30 segundos. A bureta é calibrada de modo que ela escoe o dobro do volume indicado pelas graduações, uma leitura na bureta igual a 18 corresponde na realidade a 36 ml. 8.2 Cálculo Padronização do AgNO 3 usando padrão de água do mar. Consiste em determinar o α = fator de correção para a normalidade da solução de AgNO 3. α = (N) - (A) (N) = clorinidade do padrão de água do mar
4 (A) = leitura da bureta de Knudsen Pipetar 15 ml do padrão de água do mar e titular com a solução de AgNO 3. Anotar a leitura da bureta. Exemplo: (N) = 19,373 (A) = 19,510 α = -0,137 pode ser (+) ou (-): {Se (N) < (A) => α = - {Se (N) > (A) => α = + sendo que α deve estar na faixa de - 0,150% a 0,145% Determinação da clorinidade da amostra: De posse do valor de α obtido em (8.2.1), titular a amostra como em (8.1). Anotar o valor da bureta. Utilizando-se da tabela Mohr-Knudsen determinar o fator de correção K, que é algebricamente acrescentado à leitura da bureta na titulação. Dessa forma tem-se o valor real da clorinidade. OBS.: O fator de correção K é obtido na tabela de acordo com o valor de α. Para cada α tem-se uma série de fatores K Determinação da salinidade. Tendo o valor real da clorinidade, determinar na tabela o valor da salinidade. Exemplo: Leitura na bureta na titulação = 20,110 correção K = 0,160 Cl % real = 19,950 S% real = 36,040 Todos os fatores de correção, clorinidade e salinidade, encontram-se tabelados. A variação desses valores estará relacionada com a variação do α e conseqüentemente do volume gasto de AgNO 3 na titulação das amostras e do padrão. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 1. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard Methods for the examination of Water and Wastewater. Prepared and published jointly by APHA, AWWA and WPCF. 15 ed., Washington D.C KNUDSEN, G.E.C. Hydrogeographical tables. Copenhagen, 1953.
5 3. MARTIN, DEAN F. Marine Chemistry. New York, Marcel Dekker, 1972, v STRICKLAND, J.D.H. & PARSONS, T.R. A pratical handbook of seawater analysis. Ottawa, Fisheries Res. Board of Canadá, 1972.
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