Energia e Meio Ambiente Política de Energia e Mudança Climática: Histórico, Perspectivas e Alternativas. Luiz Pinguelli Rosa
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- Judite Caetano da Mota
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2 Luiz Pinguelli Rosa
3 O BRASIL NO CONTEXTO DA AMÉRICA LATINA E A QUESTÃO DA ESQUERDA NO GOVERNO Superar a identificação da esquerda estritamente com o socialismo de tipo soviético O QUADRO POLÍTICO NACIONAL, A VOLTA DO CRESCIMENTO E OS PROBLEMAS DE ENERGIA Pontos importantes e atuais da política energética
4 PETRÓLEO: A VOLTA DA POLÍTICA ENERGÉTICA NO MUNDO E O PAPEL DO ESTADO A alta do preço do petróleo e o esperado declínio de sua produção pela escassez O forte crescimento do consumo de energia na China A forte dependência dos EUA na importação do petróleo A instabilidade geopolítica mundial, envolvendo regiões petrolíferas As questões ambientais, em particular, a mudança climática pelo efeito estufa
5 A IMPORTÂNCIA ATUAL DO PETRÓLEO, SEGUIDO DO CARVÃO E DO GÁS NATURAL A figura 2 evidencia como variou a participação dos diversos setores Apesar no Crescimento de consumo todas do mundial as Consumo mudanças de de petróleo, Energia que entre em ocorreram, Transporte 1973 e 2000, as destacando-se principais fontes o setor de energias de transportes no mundo com continuam um aumento sendo muito significativo. Este aumento é maior nos países em desenvolvimento os combustíveis fósseis (figura 3), em particular na China. [GtEP] 3,000 Consumo Mundial de Óleo Diesel Outros Setores 25% Transporte 43% Uso Não- Energético 6% Indústria 26% Figura 1 ENERGIA E TRANSPORTE Participação dos Setores no Consumo de Petróleo no Mundo 2,000 CONSUMO MUNDIAL DE PETRÓLEO POR SETOR ,000 0,000 Figura 3 (IEA 2002) Consumo Mundial de Óleo Diesel CONSUMO MUNDIAL DE PETRÓLEO POR SETOR Outros Setores 16% Uso Não- Energético 6% Indústria 20% +16,5% 43% 58% OECD Economias de Transição Países emdesenvolvimento Mundo Transporte 58% Fonte: Suzana K. Ribeiro, COPPE, 2005 Fonte: Instituto Francês de Petróleo, 2004 Figura 2 Fonte: Internacional Energy Agency, 2002; Suzana K. Ribeiro, COPPE, 2005
6 A IMPORTÂNCIA ATUAL DO PETRÓLEO, SEGUIDO DO CARVÃO E DO GÁS NATURAL No setor de petróleo é muito importante a alta do seu preço no mundo e a previsão de redução da produção mundial. Na figura 4 se pode observar que as descobertas recentes têm sido menores que no passado. Claro que existe petróleo a ser descoberto e há o petróleo não convencional, como os da Venezuela e do Canadá. Futuro das descobertas previstas do petróleo Figura 4 Fonte: Colin Campbell, The Coming Oil Crisis, 2000
7 A DESCOBERTA DOS CAMPOS GIGANTES E A EXPECTATIVA DAS RESERVAS NO SUB-SAL Questão importante: discutir o volume de petróleo estimado Duas na enorme decisões área denominada do governo sobre Sub-Sal. o petróleo causaram forte impacto em 2008: Não se deve aumentar a exportação de petróleo. 1 - Retirar do leilão da Agência Nacional do Petróleo 41 blocos Atuar com prudência, como no caso da retirada dos 41 blocos do leilão. localizados na área batizada de Pré-Sal, ao longo do litoral que vai da O Região Brasil consome Sudeste perto até parte de 2 milhões da Região de barris Sul, por onde dia se de avalia petróleo, como ou provável seja, 730 milhões a existência de barris de por petróleo ano. Supondo e gás abaixo que em de alguns uma anos camada o de sal no subsolo do fundo do mar. consumo chegue a 1,5 bilhões de barris por ano, 40 bilhões de barris (hipótese pessimista) darão para mais cerca de 26 anos, um tempo confortável para o consumo do país, mas não para ser um grande 2 - Colocar em discussão o regime atual de concessão para exploração exportador. desses hidrocarbonetos, admitindo-se adotar o regime de partilha para essa nova área de alto potencial petrolífero, Seria interessante que parte da renda petroleira do Sub-Sal seja voltada revelada pela confirmação do campo gigante de Tupi. para as fontes alternativas e para a eficiência energética, como forma de mitigar o aquecimento global.
8 A QUESTÃO DA MUDANÇA DO CLIMA COMO NOVO FATOR NA POLÍTICA ENERGÉTICA Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC): A) O crescimento de emissões de gases do efeito estufa foi de 70% entre 1970 e 2004 B) Dentre estas, as emissões de CO2 cresceram de 80% e representavam 77% das emissões antropogênicas em 2004 C) O maior crescimento das emissões entre 1970 e 2004 foi do setor de energia (145%), seguido dos setores de transportes (120%), indústria (65%) e de usos da terra e desmatamento (40%) D) A emissão per capita dos EUA e Canadá em 2004 foi de 27t de CO2 equivalente, da América Latina 8t e da África 4t É possível atacar o problema sem mexer neste padrão de consumo?
9 BIOCOMBUSTÍVEIS COMO MITIGAÇÃO DO EFEITO ESTUFA: VANTAGEM DO ÁLCOOL DE CANA A produção de álcool automotivo de 1994 para cá é mostrada na figura 6. Como se pode ver, o álcool hidratado ficou estagnado de 1994/95 Produção até 1997/98, e consumo quando álcool despencou automotivo até no 2001/2002. Brasil Em contraponto O álcool a de do 1974 álcool a 1989 anidro em aumentou, bilhões de pois litros é usado como aditivo à gasolina, cujo consumo subiu. O bagaço de cana Produção de álcool automotivo no Brasil A lenha de e 1994 o carvão a 2004 vegetal - em bilhões de litros O biodiesel Figura 5 Figura 6
10 ENERGIA ELÉTRICA: PROBLEMAS DA IMPLEMENTAÇÃO DO ATUAL MODELO Tarifas da energia da elétrica inflação para (vermelha) as residências (US$/kWh 0,350 0,300 0,250 0,200 0,150 0,100 0,050 0,000 Dinamarca Holanda Figura 7 Tarifas de energia elétrica (linha azul) subindo acima Italia Tarifas praticadas versus valor que teriam se fossem corrigida pela inflação (exclusive impostos). Alemanha Média Japão Luxemburgo Irlanda Portugal Brasil c/ Impostos Austria Reino Unido Espanha França Nova Zelandia Brasil sem Impostos Eslovaquia Suiça Hungria Polonia Finlandia Fonte: Roberto d Araujo, Seminário na FIESP, janeiro de Fonte: AN EEL e IB GE Comercial + 68% + 30% Industrial Residencial Turkia Tchecoslovaquia Grécia México Australia Estados Unidos + 78% Coreia Noruega + 62% Canada China Africa do Sul India Figura 8 Fonte: Araújo, 2007
11 VANTAGENS E PROBLEMAS DA HIDROELETRICIDADE NO BRASIL Como vemos, o Brasil é o primeiro país do mundo em recursos hídricos. A população Mas, da na América sua utilização Latina é o 7% Brasil da mundial, não é o primeiro enquanto no o mundo. consumo de energia primária da América Latina é 4,7% do consumo mundial. Se observamos as fontes de energia primárias, a participação da América Latina varia: 5,8% em petróleo País 4,0% em gás natural EUA 0,8% em nuclear Canadá 21,1% em hidroeletricidade. China CAPACIDADE INSTALADA DE HIDRELÉTRICAS MW RECURSOS HÍDRICOS 79,6 País 66,9 Km3/ ano Brasil 65 8,2 Brasil Russia 57,5 4,5 Russia Canadá 44 2,9 Noruega Indonésia 27,5 2,8 Japão China 27,2 2,8 França EUA 25,3 2,0 Peru 1,9 Fonte: Roberto D Araujo, Seminário sobre Estratégias Energéticas, 2004 Fonte: FAO, ONU, 2003
12 VANTAGENS E PROBLEMAS DA HIDROELETRICIDADE NO BRASIL Redução do Reservatório no Projeto de Belo Monte Projeto do Rio Madeira (usinas de Jirau e Santo Antonio) Figura 9 Fonte, Eletrobrás, 2003 Figura 10 Fonte, Eletrobrás, 2003
13 COMPARAÇÃO ENTRE A GERAÇÃO HIDRELÉTRICA E TERMELÉTRICA A COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS E NUCLEAR Medida de emissões de gases do efeito estufa em hidrelétricas Comparação pela entre COPPE-UFRJ Formas de Geração Elétrica Características típicas Hidrelétrica Termelétrica Nuclear Investimento por kw Alto Menor Muito alto Custo do combustível - Muito alto Baixo Custo de operação & manutenção Baixo Alto Muito alto Custo da energia Baixo Alto Alto Linha de transmissão Longa Menor Menor Tempo de construção Grande. Menor Grande Tempo de vida Muito Grande Pequeno Médio Geração de emprego na construção Grande Menor Médio Impacto ambiental Reservatório Atmosfera Radioativo Emissão de gases do efeito estufa Menor Grande Nenhuma Figura 11 Fonte: Marco Aurélio dos Santos, COPPE, 2001
14 AS AMEAÇAS DE CRISES NA ÁREA DE ENERGIA NO GOVERNO LULA A Nacionalização do Gás Natural e do Petróleo na Bolívia de 2008 As Ameaças de Crise de Energia Elétrica em 2007 e Início A Questão de Itaipu com a eleição do Presidente Lugo no Paraguai A Polêmica sobre Geração Nuclear de Energia Elétrica e a Retomada de Angra III
15 NECESSIDADE DE INVESTIR EM FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO ELÉTRICA E EFICIÊNCIA Geração elétrica com ondas do mar (modelo reduzido da COPPE) Figura 12
16 NECESSIDADE DE INVESTIR EM FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO ELÉTRICA E EFICIÊNCIA Um outro caso é o projeto de uma termelétrica, consorciando o gás natural com a queima de lixo urbano (figura 13) ou de biogás de aterro sanitário, em estudo no Instituto Virtual da COPPE (IVIG) com o apoio da Petrobras, para geração no campus da UFRJ. Planta Geração de biodiesel elétrica com do IVIG- lixo urbano COPPE-UFRJ na Figura 13 14
17 NECESSIDADE DE INVESTIR EM FONTES ALTERNATIVAS PARA GERAÇÃO ELÉTRICA E EFICIÊNCIA O Plano Nacional de Eficiência Energética
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