PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL

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Mariana de Vieira Barroso
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1 PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL MAIO/JUNHO/JULHO Cooperativa de Energia Elétrica e Desenvolvimento Rural ABRIL/2017

2 Temperatura da superfície no Oceano Pacífico Equatorial dentro da normalidade e perspectivas para um El Niño em 2017 No mês de abril a temperatura das águas da maior parte da área do Oceano Pacífico Equatoral seguiu dentro da normalidade. A temperatura das águas do leste do Pacífico, região costeira do Perú, diminuiu nas últimas semanas, mas ainda se encontra acima da normalidade climatológica. Apesar do atual estado de normalidade de boa parte do Pacífico Equatorial, as suas águas superfíciais se mantém em uma tendência de aquecimento desde o início deste ano e os modelos climáticos seguem apontando para a formação de um evento de El Niño em 2017, com indicativos de início na estação da primavera. Lembrando que a configuração do El Niño se dá quando a temperatura superficial média do Oceano Pacífico na região equatorial se encontra 0,5 ºC acima da normalidade por três meses consecutivos. No Oceano Atlântico Sul, após um período de resfriamento das águas superficiais mais próximas à costa do RS e Uruguai em março, a temperatura dessas águas voltou a subir no mês de abril e ficaram anomalamente mais quentes no mês de abril. Previsão Trimestral O trimestre começará com predomínio de condições atmosféricas estáveis, resultando em dias mais ensolarados, secos e chuvas mais escassas. A estabilidade poderá ser reforçada por bloqueio atmosférico com duração de 10 dias, aproximadamente. Os sistemas atmosféricos que atuarão com mais frequência serão as frentes frias, os cavados e os jatos. Nos meses de junho e julho, os jatos, em níveis mais altos da atmosfera, deverão atuar de forma mais persistente sobre o RS, geralmente após a passagem de uma frente fria, mantendo o tempo instável por 24 até 36 horas, com a presença de muitas nuvens e chuvas fracas/chuviscos na área de atuação da COPREL. Em maio estão previstos vários dias de tempo estável, com poucas nuvens e sem chuva. As ocorrências das chuvas serão, na maior parte, sob influência de frentes frias de fraca atividade, resultando em baixos volumes em 24 horas. Apesar de ser comum a passagem de frentes frias em um período de sete dias nesses meses, espera-se somente um episódio de

3 chuvas mais intensas, devido a esse tipo de sistema, com o apoio de jatos polares (ventos muito fortes em altos níveis da atmosfera). Em junho e julho as chuvas, predominantemente fracas, passam a ser mais frequentes, associadas a passagem de frentes frias e também aos jatos que serão mais persistentes. Eventos de chuvas fortes estarão associados a jatos polares mais intensos. Considerando a dinâmica atmosférica do trimestre, o consenso da previsão é de chuvas abaixo da média climatológica em maio e dentro da média em junho e julho. A Tabela 1 mostra os valores médios mensais (normais climatológicas) da área de atuação da COPREL. Mês Precipitação (mm) Maio 140 a 150 Junho 135 a 145 Julho 150 a 160 Tabela 1: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL no trimestre maio, junho e julho. No mês de maio as massas de ar frio ainda não atuarão com forte intensidade. Somente após a passagem de uma frente fria com maior instabilidade é que haverá chance de geadas entre fraca a moderada entre 24 a 48 h após a chegada de uma massa de ar frio. Em junho e julho as massas de ar frio serão mais fortes. O frio intenso se manifestará no segundo dia após a passagem de um evento de frente fria e as geadas serão de intensidade moderada a forte, com duração de 24 à 36 horas. O comportamento médio das temperaturas para o trimestre será: em maio, mínimas acima da média climatológica e máximas dentro da normalidade. Em junho e julho, mínimas e máximas abaixo da média. As normais climáticas para o trimestre estão publicadas na Tabela 2.

4 Mês Temperatura mínima ( C) Temperatura máxima ( C) Maio 10 a a 23 Junho 8 a a 20 Julho 8 a a 20 Tabela 2: Normais climatológicas para área de atuação da COPREL, no trimestre maio, junho e julho

Comportamento climático - 2017 COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2017 CRUZ ALTA Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO)

5 Comportamento climático COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2017 CRUZ ALTA Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 119,7 229,8 +110,1 FEVEREIRO 136,3 159,6 +23,3 MARÇO 126,5 155,4 +28,9 ABRIL 119,5 282,1 +162,6 MAIO 108, JUNHO 116, JULHO 139,

COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2016 PASSO FUNDO Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 149,7

6 COMPORTAMENTO MENSAL DAS CHUVAS EM 2016 PASSO FUNDO Valores em milímetro MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 149,7 213,2 +63,5 FEVEREIRO 165,8 188,2 +22,4 MARÇO 139,9 180,8 +45,9 ABRIL 99,7 296,5 +196,5 MAIO 114, JUNHO 133, JULHO 161,

COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 CRUZ ALTA Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA (DESVIO)

7 COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 CRUZ ALTA Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 23,3 24,3 +1,0 FEVEREIRO 23,0 22,4-0,6 MARÇO 21,4 21,4 0,0 ABRIL 18, MAIO 16, JUNHO 18, JULHO 17,

COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 PASSO FUNDO Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA (1961-1990) 2016 ANOMALIA

8 COMPORTAMENTO MENSAL DA TEMPERATURA EM 2016 PASSO FUNDO Valores em grau célsius MESES CLIMATOLOGIA ( ) 2016 ANOMALIA (DESVIO) JANEIRO 22,1 23,0 +0,9 FEVEREIRO 22,0 23,0 +1,0 MARÇO 20,5 20,6 0,1 ABRIL 17, MAIO 15, JUNHO JULHO

9 AQUAERIS SETOR DE METEOROLOGIA

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