Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ E SEU PREJUÍZO À EFICÁCIA DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL

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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Direito Trabalho de Conclusão de Curso A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ E SEU PREJUÍZO À EFICÁCIA DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Autor: Leonardo Henrique Ferreira Orientador: Prof. Msc. Moacir Pereira Calderon Brasília - DF 2014

2 LEONARDO HENRIQUE FERREIRA A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ E SEU PREJUÍZO À EFICÁCIA DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientador:Prof. Msc. Moacir Pereira Calderon Brasília 2014

3 Monografia de autoria de Leonardo Henrique Ferreira, intitulada A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ E SEU PREJUÍZO À EFICÁCIA DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, apresentada como requisito parcial para obtenção do gra de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília / /2014, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Prof. MSC. Moacir Pereira Calderon Orientador CURSO DE DIREITO UCB Titulação CURSO DE DIREITO UCB Titulação CURSO DE DIREITO UCB Brasília 2014

4 [...] Leal para com o adversário, ainda quando ele seja desleal contigo. Leal para com o juiz, que ignora os fatos e deve confiar no que tu lhe dizes [...]. Eduardo Couture

5 RESUMO FERREIRA, Leonardo. A litigância de má-fé e seu prejuízo à eficácia da prestação jurisdicional. 39.Curso de Direito. Universidade Católica de Brasília DF É uma análise crítica sobre o instituto da litigância de má-fé, história, conceito, conduta e sanções admitidas previstas no Código de Processo Civil brasileiro. Demonstra as inúmeras atualizações e alterações sofridas nos artigos que tratam sobre a litigância de má-fé desde sua entrada em vigor, atualmente apresentadas nos artigos 14, e 18 do CPC, assim como analisa de forma meramente comparativa a forma em que é mencionado esse instituto em alguns países da América do Sul. Aborda os prejuízos causados pelo litigante de má-fé que agindo de forma contrária aos princípios da lealdade e boa-fé, trazem prejuízos não só a parte contrária como ferem a efetiva prestação jurisdicional. Demonstra o ainda atual caráter irrisório da multa atribuída ao litigante de má-fé, atualmente em até um por cento do valor da causa em favor da parte contrária e seu percentual indenizatório, retratando também as mudanças previstas no anteprojeto do novo Código de Processo Civil atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, sobre o instituto em questão, assim como retrata a postura branda no qual legislador vem tratando o assunto, traz risco a efetiva prestação jurisdicional. Palavras-chaves: Litigância de má-fé. Processo. Civil. Prejuízo.

6 ABSTRAT It is a critical analysis of the institution of litigation in bad faith, history, concept, Conduct and sanctions permitted under the Code of Civil Procedure. Demonstrates the Numerous upgrades and undergone changes in articles deal with the litigation in bad faith since its entry into force, Currently made in Articles 14, 16, 17 and 18 of the CPC, as well as Analyzes the form of comparative Merely In Which form Mentioned this institute it is in some countries of South America. it addresses the Harm Caused by the bad faith litigant acting contrary to the principles of loyalty and good faith, bring harm not only injure the opposing party to the effective adjudication.demonstrates the current derisory character of fine Awarded to the prevailing party in bad faith, Currently up to one percent of the value of the matter in behalf of the opposing party and its indemnity percentage, Also portraying the expected changes in the draft of the new Code of Civil Procedure currently in pending before the House of Representatives, on the institution in question and portrays the gentle posture of the Legislature Which has Addressed the subject Bringing risk to effective adjudication. Keywords : Litigation in bad faith. Procedure. Civil.Injury.

7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO BREVE APONTAMENTO HISTÓRICO SOBRE O INSTITUTO LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO DOS DEVERES DAS PARTES PARTICIPANTES DO PROCESSO A CONDUTA CARACTERIZADORA DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ DA DECLARAÇÃO EX OFFICIO DO LITIGANTE DE MÁ-FÉ A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ EM ALGUNS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL DIREITO PROCESSUAL VENEZUELANO DIREITO PROCESSUAL ARGENTINO DAS SANÇÕES ADMITIDAS AO LITIGÂNTE DE MÁ-FÉ DA POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DAS PENAS OS NOVOS RUMOS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL HÁ LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO PROJETO DE LEI 8046/ CONCLUSÃO REFERENCIAS... 37

8 8 1 INTRODUÇÃO No momento que o homem começou a viver em grupo, diversas foram as divergências e conflitos originados por essa relação. Tais conflitos necessitavam de uma regulamentação de normas de convívio em comum, visando à convivência harmônica entre os indivíduos. Assim, foram disciplinados a partir dos costumes normas de conduta, norteados pelos valores de cada grupo. No entanto, diante da evolução histórica e desenvolvimento da sociedade, tais valores tendem a mudar conforme sua época, nascendo assim a necessidade de um sistema de normas que exigiam dos homens determinadas condutas. O desenvolvimento da sociedade só foi possível uma vez que sempre se apoiou nos princípios da lealdade e da ética de forma a garantir veracidade nas relações sociais. Assim, a fim de coibir a prática de condutas em desacordo com os princípios mencionados surgi o instituto da litigância de má-fé, com o intuito de desencorajar aqueles que nas relações tendem a agir de modo desleal com propósito de tingir suas pretensões a qualquer custo. Atualmente no ordenamento jurídico brasileiro, o mencionado instituto encontra-se positivado nos artigos 14, 16, 17 e 18 do Código de Processo Civil. Inicialmente sancionada pela Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973, onde conceitua, caracteriza e prevê sanções ao litigante de má-fé. Para esse proponente, Rui Stoco, Rogeria Dotti Doria e Humberto Teodoro Junior evocam com relevância o tema, proporcionando e norteando essa pesquisa. Nestes moldes, será abordado no primeiro capítulo uma breve consideração histórica sobre o instituto da litigância de má-fé e seu surgimento no ordenamento jurídico brasileiro, o capítulo seguinte explana acerca dos deveres das partes no decorrer do processo e a conduta caracterizadora desse instituto e suas inúmeras alterações. O quarto capítulo abordará sobre as mudanças trazidas pela Lei 8952 de 1994, em especial a possibilidade em condenar o litigante de má-fé ex officio, e a conduta caracterizadora da litigância de má-fé. Já o quinto capítulo far-se-á um

9 9 comparativo de dois países da América do Sul (Venezuela e Argentina) conceituam a litigância de má-fé em seu ordenamento jurídico. O sexto capítulo discorrerá a respeito das sanções admitidas pela prática contrária aos princípios de lealdade e boa-fé seu caráter punitivo assim como a possibilidade de cumulação das penas. O capítulo subsequente analisa os novos rumos do direito processual civil e analisa os prejuízos que a litigância de má-fé causa à parte contrária e a eficácia da prestação jurisdicional em seus diferentes níveis de atuação. É o que pretende demonstrar nesta pesquisa cientifica através da analise do instituto da litigância de má-fé, seu conceito, definição, características e etc. Para tanto, a pesquisa foi dividida em sete capítulos, utilizando o método indutivo associado às técnicas de pesquisa bibliográfica, documentais e virtuais.

10 10 2 BREVE APONTAMENTO HISTÓRICO SOBRE O INSTITUTO Quando os homens começaram a viver em grupos, conflitos diretos nasceram dessa nova forma de relação. Naturalmente, a forma encontrada por esses indivíduos para solucionar tais conflitos era pela lei do mais forte, já que naquele momento histórico não havia a preocupação com questões éticas ou morais. Devemos esclarecer que naquele momentoo termo sociedade e Direito deve ser evitado, uma vez que tal organismo só poderia ser considerado sociedade se tivesse o mínimo de organização entre os indivíduos que dela participavam. Sobre o assunto Miguel Reale afirma que: Podemos, pois, dizer, sem maiores indagações, que o Direito corresponde à exigência essencial e indeclinável de uma convivência ordenada, pois nenhuma sociedade poderia subsidiar sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade. [...] A reciproca também é verdadeira: ibi jus, ibi societas, não se podendo conceber qualquer regra jurídica que não se refina à sociedade.(reale, 1982, p. 2). Destarte, diante dos inúmeros conflitos de interesse que fizeram e fazem parte da evolução humana, nasceu a necessidade de regular a conduta dessas relações, pautadas pelos princípios ditados através dos costumes de cada grupo, afastando a arcaica lei do mais forte, buscando cada vez mais a resolução dos conflitos através dos princípios da probidade, ética e da lealdade. Na cidade de Roma, berço do Direito como conhecemos, já era possível identificar o princípio de dizer a verdade como alicerce fundamental da civilização, tanto que já se punia aquele que agia de forma contrária a esses princípios, atualmente conceituado pelo instituto da litigância de má-fé, Luiz Padilha, vem com o seguinte doutrinamento; Que desde o nascimento do Direito, na antiga Roma, antes mesmo de se conceber os recursos, praticava-se penalizar o litigante de máfé: o demandado na actio judicati" podia articular em sua defesa a "revocatio in duplum" [...] mas se sujeitava, no simples caso de sucumbência, à condenação dobrada "duplum. (PADILLA, 1989, p.199/220).

11 11 Podemos afirmar que a boa-fé trata-se de uma regra de conduta, pautada na honestidade, na retidão, na lealdade e, principalmente, na consideração para com os interesses legítimos e expectativas razoáveis dos indivíduos. Atualmente, alguns doutrinadores seguem o posicionamento de duas possibilidades de conceituar a boa-fé podendo ser ela na forma subjetiva e objetiva. Para exemplificar a distinção entre ambas Judith Martins Costa, tem o seguinte posicionamento; A expressão boa-fé subjetiva denota estado de consciência, ou convencimento individual de obrar (a parte) em conformidade ao direito (sendo) aplicável, em regra, ao campo dos direitos reais, especialmente em matéria possessória. Diz-se subjetiva justamente porque, para a sua aplicação, deve o intérprete considerar a intenção do sujeito da relação jurídica, o seu estado psicológico ou íntima convicção. Antitética à boa-fé subjetiva está a má-fé, também vista subjetivamente como a intenção de lesar a outrem.(martins, 2000, p.411). Sobre a boa-fé objetiva, completa; Já por boa-fé objetiva se quer significar segundo a conotação que adveio da interpretação conferida ao 242 do Código Civil alemão, de larga força expansionista em outros ordenamentos, e, bem assim, daquela que lhe é atribuída nos países da common law modelo de conduta social, arquétipo ou standard jurídico, segundo o qual cada pessoa deve ajustar a própria conduta a esse arquétipo, obrando como obraria um homem reto: com honestidade, lealdade, probidade. Por este modelo objetivo de conduta levam-se em consideração os fatores concretos do caso, tais como o status pessoal e cultural dos envolvidos, não se admitindo uma aplicação mecânica do standard, de tipo meramente subsuntivo. (MARTINS, 2000, p.411). Porém, apesar da importância de tal princípio para funcionamento correto e justo do processo, existem várias dificuldades na aplicação deste que atingem todos os âmbitos jurídicos, desde a legislação até a interpretação. 2.1 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO

12 12 Após a conquista da independência do Brasil, a primeira norma processual de principal importância a surgir foi o decreto n o 737, de 25 de novembro de 1850, que determinava a regência sobre o processo comercial. Entre seus 743 artigos, analisemos a redação apresentada em seu artigo 94, in verbis: Art. 94. Tribunal do Comercio, ou a autoridade que o substitui, pode impor a multa de 50$ a 100$ á parte, que com manifesta má-fé e caluniosamente propuser suspeição. (BRASIL, 1850). Pela primeira vez uma norma brasileira, limita a atuação do litigante de má-fé, impondo multa, por agir de forma contrária a verdade. Quase noventa anos depois com a edição do primeiro Código de Processo Civil, no ano de 1939, tal limitação já pode ser observada nos artigos 3 e 63, in verbis: Art. 3º Responderá por perdas e danos a parte que intentar demanda por espírito de emulação, mero capricho, ou erro grosseiro. [...]; Parágrafo único. O abuso de direito verificar-se-á, por igual, no exercício dos meios de defesa, quando o réu opuser, maliciosamente, resistência injustificada ao andamento do processo. (BRASIL, 1939). Vejamos a redação dada ao artigo 63; Art. 63. Sem prejuízo do disposto no art. 3º, a parte vencida, que tiver alterado, intencionalmente, a verdade, ou se houver conduzido de modo temerário no curso da lide, provocando incidentes manifestamente infundados, será condenada a reembolsar à vencedora as custas do processo e os honorários do advogado. (BRASIL, 1939). Podemos observar que os artigos acima expostos não trazem a expressão litigância de má-fé em seu corpo, deixando a interpretação de seu texto de forma genérica. Com as inúmeras mudanças ocorridas no ordenamento jurídico brasileiro que facilitava cada vez mais o acesso à justiça, foi necessária uma reforma do Código de 1939, a fim de superar as lacunas e antinomias apresentadas em seu texto com um todo. Em 1973, entra em vigor o novo Código de Processo Civil, no qual supera muitas dessas lacunas. No que tange o objetivo da presente pesquisa, o atual

13 13 Código de Processo Civil apresenta uma nova redação com relação ao conceito de litigância de má-fé, sanando a genérica redação anterior que não deixava clara a diferença do que configurava litigância de má-fé e o abuso do direito de demandar. Aparecido de Andrade a fim de comprovar tal distinção afirma que: Há entre as figuras da litigância de má-fé e o abuso do direito de demandar duas diferenças ontológicas fundamentais: é que a litigância de má-fé caracteriza-se como a violação consciente de um dever jurídico estatuído em norma, ao contrário do que se dá com o abuso do direito, no qual não há a violação da norma jurídica em sua estrutura formal, senão seu exalo cumprimento. Além disso, no abuso do direito de demandar não há elemento subjetivo caracterizado pelo dolo ou culpa, com o que atinou a doutrina civilista ao reelaborar, principalmente a partir de Josserand, a teoria do abuso do direito. ( ANDRADE, p. 109) Passa assim, a regular a má-fé e o dano processual, de forma principal, nos artigos 16 ao 18 do mencionado Código, que conforme será apresentado no capítulo subsequente, sofreu inúmeras alterações em sua redação original, passando a ser apresentada atualmente pelas seguintes redações: Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente. (BRASIL, 1973). Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos;. III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidentes manifestamente infundados. VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (BRASIL, 1980). Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. (BRASIL, 1998). 1 o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

14 14 2 o O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento. (BRASIL, 1994).. Podemos assim dizer que o disposto nos artigos acima são atos e penalidades, expostos de forma mais clara do que traz de forma genérica o artigo 14 do CPC, sobre os deveres das partes na atuação do processo. Humberto Theodoro Jr. reforça, afirmando que; Estado e partes conjugam esforços no processo para solucionar o litígio. Enquanto as partes defendem interesses privados, o Estado procura um objetivo maior que é o da pacificação social, mediante a justa composição do litígio e a prevalência do império da ordem jurídica. Há, por isso, relevante interesse público no processo, que não pode ser considerado como atividade privada, e que, assim, inegavelmente se filia ao direito público. O Estado e a sociedade, de maneira geral, apresentam-se profundamente empenhados em que o processo seja eficaz, reto, prestigiado, útil ao seu elevado desígnio. (THEODORO, 2014, p. 98) Podemos destacar que no atual Código de Processo Civil, diversas obrigações que decorrem do princípio da lealdade e probidade processual, entre elas; Humberto Theodoro, completa afirmando que Daí a preocupação das leis processuais em assentar os procedimentos sob os princípios da boa-fé e da lealdade das partes e do juiz. (THEODORO, 2014, p. 98/99), reforçando a necessidade e origem dos artigos 16 ao 18 do CPC. Podem-se apontar, no Código Processual Civil, diversas obrigações que decorrem do princípio de lealdade e probidade processual, entre elas, os de: - expor os fatos em juízo conforme a verdade (art. 14, I); - proceder com lealdade e boa-fé (art. 14, II); - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento (art. 14, III); - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito (art. 14, IV);

15 15 - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais (art. 14, V, primeira parte) - não criar embaraço à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final (art. 14, V, segunda parte); - não empregar expressões injuriosas (art. 15); - não lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares (art. 161); - não usar do processo para conseguir objetivo ilegal (art. 17, III); - não opor resistência injustificada ao andamento da lide (art. 17, IV); - não proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo (art. 17,V); - não provocar incidentes manifestamente infundados (art. 17, VI); - não interpor recurso com intuito manifestamente protelatório (art. 17, VII); - colaborar com o Poder Judiciário para o descumprimento da verdade (art. 339) - comparecer em juízo, respondendo ao que for interrogado (art. 340, I); - submeter-se à inspeção judicial, que for julgada necessária (art. 340, II); - praticar o ato que lhe for determinado (art. 340, III); -tratar as testemunhas com urbanidade, não fazendo perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias (art. 416, 1.º); - não fraudar a execução (art. 600, I); - não se opor maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (art. 600, II); - não resistir injustificadamente às ordens judiciais na execução (art. 600, III); - indicar ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução (art. 600, IV).

16 16 3 DOS DEVERES DAS PARTES PARTICIPANTES DO PROCESSO Conforme exposto no capítulo anterior a busca dos indivíduos em ver suas pretensões asseguradas enseja aos indivíduos a reclamarem seus direitos acionando o poder judicial. Nessa esfera, não mais importava a arcaica lei do mais forte, mas sim a exposição dos fatos que eram analisados pelo Juiz à luz do ordenamento jurídico de cada sociedade, definindo quem era o real detentor do direito. Porém, uma vez expostas essas pretensões podia se observar que inúmeras eram apresentadas de forma contrária aos deveres de lealdade e ética. Nesse sentido, Theodoro defende que: O Estado e a sociedade, de maneira geral, apresentam-se profundamente empenhados em que o processo seja eficaz, reto, prestigiado, útil ao seu elevado desígnio. Daí a preocupação das leis processuais em assentar os procedimentos sob os princípios da boafé e da lealdade das partes e do juiz. (THEODORO, 2014, p. 100). Deste modo, visando coibir essa conduta de buscar o poder judiciário para solucionar questões de conflito utilizando meios em desacordo com os princípios que regem tais litígios, foi introduzido ao ordenamento jurídico o instituto da litigância de má-fé. Contudo, fez-se necessário expor a conduta que as partes devem se nortear no curso do processo e é isso que está disposto no artigo 14 do Código de Processo Civil in verbis: Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - proceder com lealdade e boa-fé; III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito. V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. (BRASIL, 1973).

17 17 Após a leitura do artigo, nota-se que o legislador informa às partes de forma genérica, como devem agir nas relações processuais em suas diferentes fases; em resumo, nada mais é que agir de forma leal e de boa fé, pressupostos estes que podemos caracterizar como básicos, norteadores da boa e efetiva prestação jurisdicional. É importante ressalvarmos o caput do artigo 14 do CPC, redigido da seguinte forma: Art. 14. Compete às partes e seus procuradores (BRASIL, 1973), teve sua redação alterada pela Lei n , de 27/12/2001, tal ressalva se faz necessária para entendermos a inclusão do parágrafo único, in verbis: Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado. (BRASIL, 2001). Neste caso, a parte em que ressalva os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, foi motivo de discussão através da Ação Direta de Inconstitucionalidade n No qual o Ilustre Ministro relator Mauricio Corrêa, julgou procedente o pedido formulado na inicial, abrangendo o setor privado e do setor público no entendimento do parágrafo único em questão sem alteração de seu texto. Sobre a possibilidade desta pena ser atribuída aos advogados a jurisprudência vem mantendo o entendimento: PROCESSUAL CIVIL. MULTA POR LITIGÂNCIADE MÁ-FÉ. COMPENSAÇÃO COM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A pena por litigância de má-fé deve ser aplicada à parte, e não ao seu advogado, nos termos dos arts. 14 e 16 do Código de Processo Civil. 2. O advogado não pode ser penalizado nos autos em que supostamente atua como litigante de má-fé, ainda que incorra em falta profissional. Eventual conduta desleal do advogado deve ser apurada em processo autônomo, nos termos do art. 32 do Estatuto da Advocacia (Lei 8906/94). 3. Precedentes: (BRASIL, STJ, 2010).

18 18 Para o Presidente da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas da OAB/MS, Ademar Amâncio, o entendimento do STJ é acertado e razoável, pois o advogado não pode ser considerado litigante, porquanto, incabível aplicação da multa prevista no art. 16. Ademais, o próprio dispositivo legal é claro ao imputar a multa por litigância de má-fé apenas às partes ou intervenientes, sendo certo que o advogado não se enquadra como tais. Lembramos, entretanto, que eventual desvio de conduta profissional do advogado deve ser rigorosamente punido pela OAB, através de seu Tribunal de Ética e Disciplina.

19 19 4 A CONDUTA CARACTERIZADORA DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ Nicolau Maquiavel em sua principal obra O Príncipe, acabou por criar uma alusão de que certos fins podem ou devem ser alcançados através de métodos não convencionais ou antiéticos. Atualmente este conceito de que os fins justificam os meios é frequentemente utilizado numa tentativa de minimizar os meios obscuros para satisfazer qualquer que sejam as pretensões. Vale destacar que a expressão os fins justificam os meios não é colocada nestes termos pelo filósofo em sua obra. Por conseguinte, o legislador com o intuito de afastar qualquer escusa das partes alegando uma interpretação adversa do disposto no artigo 14 do CPC, expõe novamente de forma genérica as condutas que reputam as partes a prática de litigância de má-fé, em seu artigo 17, que trazia inicialmente a seguinte redação: Art.17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa, cuja falta de fundamento não possa razoavelmente desconhecer II - alterar intencionalmente a verdade dos fatos; III - omitir intencionalmente fatos essenciais ao julgamento da causa; IV - usar do processo com o intuito de conseguir objetivo ilegal; V - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; VI - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VII - provocar incidentes manifestamente infundados. (BRASIL, 1939). O referido artigo, bem como seus incisos, teve sua redação alterada pela Lei 6771 de 1980, sendo retirado um de seus incisos, e posteriormente incluído um novo pela lei 9668/98, vejamos quais foram e os porquês dessas mudanças sofridas ao longo de sua vigência. Logo após a sua entrada em vigor, o inciso I do artigo 17 do CPC, necessitou ser alterado, uma vez que sua redação dificultava sua interpretação, assim substituiu-se de seu texto a parte [...] cuja falta de fundamento não possa razoavelmente desconhecer., por [...] contra texto expresso de lei ou fato incontroverso., deixando seu entendimento mais claro. No inciso II, do mesmo artigo, foi retirada a palavra intencionalmente de seu texto, afastando o caráter subjetivo do vocábulo mencionado, tornando o

20 20 entendimento do inciso mais objetivo, onde na atual redação a prática de alterar a verdade dos fatos alcança não só o ato realizado de forma dolosa, mas também quando for culposamente comprovada. O inciso III, foi revogado, uma vez que a parte que deveria revelar os fatos essenciais ao julgamento da causa trazia um punho prejudicial ao mesmo. Os incisos IV, V e VI não tiveram alterações em sua redação, no entanto, com a revogação do artigo III, o inciso IV passou a se apresentar com sua numeração e os demais de forma subsequente. Frisa-se que todas as alterações acima mencionadas foram trazidas da redação dada pela Lei n 6771, de Ainda sobre o artigo 17do CPC, foi incluído um novo inciso em seu dispositivo pela Lei n 9.668, de de forma a alcançar aquele que litiga de má-fé interpondo recursos com o intuito meramente protelatório. Conforme evidenciado a redação desse artigo sofreu inúmeras mudanças, apresentando atualmente a seguinte redação: Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidentes manifestamente infundados. VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (BRASIL, 1980) Assim, uma vez caracterizada, afirma Rogéria Dotti Dora que: [...] a conduta maliciosa, procrastinatória e desleal deve ser duramente reprimida pelo sistema processual. A litigância de má-fé deve ser punida com a aplicação de multas, sob pena de se permitir que uma das partes utilize a fluência do tempo para evitar decisões ou situações que lhe sejam desfavoráveis. (DORA, 2005, P. 5) O desrespeito a essa obrigação de lealdade configura, sem dúvida, ato atentatório à dignidade da justiça e, por tal razão, necessita receber juízo exemplar de reprovação pelo Judiciário. É que, como bem referiu Alfredo Buzaid:

21 21 É verdadeiramente intolerável que, destinado a realizar uma atividade primordial do Estado, tenha o Judiciário que suportar, sem reação vigorosa, as manobras tendenciosas de litigantes ímprobos. (Buzaid, 2002 p.98) As punições que se referem os doutrinadores serão analisadas de forma mais cautelosa no decorrer dessa pesquisa. 4.1 DA DECLARAÇÃO EX OFFICIO DO LITIGANTE DE MÁ-FÉ Assim como os demais, o artigo 18 do Código de processo civil, também sofreu inúmeras alterações. Inicialmente era apresentada com a seguinte redação: Art. 18. O litigante de má-fé indenizará à parte contrária os prejuízos que esta sofreu mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. (BRASIL, 1939). A Lei n 8.952, de , alterou caput do artigo 18 do CPC, passando a ser apresentado da seguinte forma: Art. 18. O juiz, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a indenizar à parte contrária os prejuízos que esta sofreu mais os honorários advocatícios e as despesas que efetuou. (BRASIL, 1994). completa: Segundo Rogeria Dotti Doria: [...] nada mais correto pois ao Magistrado incumbe zelar pela observância das normas e princípios processuais. Quem litiga com má-fé não prejudica apenas a parte adversa, prejudica todo o sistema processual. O litigante de má-fé gera incidentes desnecessários, cria alegações fantasiosas, interpõe recursos inadmissíveis ou sem fundamento, ocasionando assim um atraso na prestação jurisdicional. (DORIA, 2005, pág. 4). Ainda sobre o a possibilidade do juiz condenar o litigante de má-féde ofício [...] a possibilidade da litigância de má-fé vir a ser declarada ex officio, com a consequente aplicação de multa, constitui medida salutar na evolução do processo civil brasileiro. Tal regra coaduna-se com a orientação hoje predominante a respeito dos poderes e

22 22 deveres do Juiz. Mais do que um simples telespectador da batalha travada entre as partes, o Magistrado tem hoje o dever de zelar pela eficácia da prestação jurisdicional, quer determinando a produção de provas, quer punindo condutas desleais. (DORIA, 2005, pág. 4) Quatro anos após a modificação exposta acima, novamente o artigo sofreu alteração em sua redação dada pela lei , passando a ser expressa pela seguinte redação: Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. (BRASIL, 1998). Observa-se que no que tange a possibilidade de declaração ex officio mantém a prerrogativa do juiz e inclui os tribunais. Inclui-se também a possibilidade de pagamento de multa por parte do litigante de má-fé e seu percentual mínimo sobre o valor da causa.

23 23 5 A LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ EM ALGUNS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL 5.1 DIREITO PROCESSUAL VENEZUELANO Assim como ocorre no Brasil, a legislação venezuelana repreende os atos que tipificam a litigância de má-fé. Vejamos como é retratado esse instituto de forma fiel no processo Civil Venezuela em sua instrução extraordinária nº de 1990, in verbis: Artigo 170 As partes, seus advogados e seus assistentes no processo devem agir com lealdade e honestidade. Como tal, deve: 1 expor os fatos conforme a verdade; 2 Sem a apresentação de reclamações ou defesas infundadas ou promover incidentes quando estiver ciente de sua manifesta falta de fundamentos; 3 Nenhuma evidência de promover ou executar ou fazer executar, Inúteis ou desnecessários à defesa dos atos corretos sustentado. Parágrafo: As partes e terceiros agindo na imprudência processo ou má-fé são responsáveis por danos causados. Ausência de prova em contrário presume-se que o litigante ou terceiro no processo agi de forma imprudente ou de má-fé. Quando: 1 imputadas reclamações ou defesas no processo, principal ou incidental manifestamente infundado; 2 maliciosamente alterar ou omitir fatos relevantes para a causa; Dificultar ostensivamente o desenvolvimento normal do processo. (VENEZUELA, 1990). No caput do artigo, novamente verificamos o princípio da lealdade e boa-fé norteando a conduta daqueles que fazem parte do processo, assim como, tais princípios em seus incisos reforça o dever das partes em expor os fatos conforme a verdade abster-se em realizar alegações sem fundamento, trazendo aos autos somente provas necessárias ao que se pretende comprovar. Em seu parágrafo único, de forma também genérica prevê indenização àqueles que configuram como partes no processo, quando comprovado que agiram de forma maliciosa ou omitiram fatos essências ao caso, que dificultaram o normal desenvolvimento do processo, devendo responder pelos danos causados. Verifica-se que o artigo acima tem características semelhantes à primeira redação dada pelo legislador brasileiro, que trazia uma redação genérica ao tipificar o litigante de má-fé e seu montante indenizatório.

24 DIREITO PROCESSUAL ARGENTINO argentino: Vejamos como é classificado o litigante de má-fé no código processual Artigo 45 Quando o comportamento assumido na declaração maliciosa ou temerária em litígio por qualquer das partes, o juiz poderá impor a sua ou o seu advogado ou ambos juntos uma multa avaliada entre dez e cinquenta por cento do valor objeto da sentença. Nos casos em que o objeto da reclamação não é suscetível oneroso, o montante não pode exceder ARG O valor da multa será em favor da outra parte. Se a ordem sanção foi promovido por um das as partes, deve ser decidida antes do contador de transferência. Reservamos o direito de considerar outras circunstâncias que considere adequadas, o tribunal deve por dedução ponderada das reclamações, defesas, isenções ou recursos disponíveis resultando inadmissível ou improcedente, que não pode ser ignorado sob padrão mínimo de razoabilidade ou encontrar sustento em fatos fictícios ou irreais ou que conduzem claramente a retardar o processo. (ARGENTINA, 2001) Podemos verificar que diferentemente do ordenamento jurídico brasileiro, o mencionado artigo traz a possibilidade de quando o comportamento de qualquer das partes no curso do processo, incluindo o advogado, for posta de forma maliciosa o juiz pode também de oficio ou a requerimento condenar conjuntamente os litigantes o pagamento de multa entre dez a cinquenta por cento do valor dado na sentença. O legislador argentino, de forma disciplinar prevê a possibilidade de pagamento de multa em um montante não superior a R$ ,00, quando o verificada a litigância de má-fé, em ações de valor irrisório.

25 25 6 DAS SANÇÕES ADMITIDAS AO LITIGÂNTE DE MÁ-FÉ Conforme pode ser observado nos capítulos anteriores, uma vez acionada a máquina do Poder Judiciário, os participantes do processo tem o dever de expor suas pretensões de acordo com os princípios da lealdade e boa-fé. Assim, quando os litigantes agem de forma contrária a esses princípios, violando qualquer preceito que é ou lhe foi imposto, praticando atos que no decorrer do processo causem dano não só a parte contrária como ao próprio curso do processo, poderá ser condenado por litigar de má-fé, conforme disposto no artigo 16 do CPC; Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente. (BRASIL, 1973). A respeito da intenção do legislador, Rogéria Dotti Doria, afirma que: O dever está sempre acompanhado de coerção na medida em que seu descumprimento afeta o sistema como um todo. Não há, portanto, qualquer liberalidade. A conduta é exigida em benefício de todos. Daí porque o seu descumprimento gera uma sanção. (DORA, 2005, P.3). Assim, uma vez caracterizada a litigância de má-fé por uma das partes, o artigo 18 do CPC, a seguir discorre: Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuo. 1 o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. 2 o O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento. (BRASIL, 1998) Da leitura do artigo acima, verifica-se a possibilidade de aplicação da pena de multa aos litigantes de má-fé, o que poderá ser caracterizado independentemente da verificação de dano, não excedendo um por cento do valor da causa (não da condenação), lembrando que tal valor deverá ser devidamente atualizado monetariamente até o seu efetivo pagamento, onde as partes deveram na fase de

26 26 execução, realizar os cálculos dos valores que forem devidos, conforme jurisprudência pacifica, "É cabível a correção monetária da base de cálculo da multa disposta no art. 18, parágrafo único do CPC. Precedentes" (BRASÍLIA, STJ, 2006). Percebemos que o legislador deixou novamente uma lacuna sobre a questão, tendo de ser sanada através do entendimento jurisprudencial. Diferentemente da multa, na segunda parte do caput do artigo em questão, prevê a possibilidade de indenização, sendo está necessária à comprovação do dano efetivo, valor relativo ao que o individuo deixou de ganhar ou perdeu em virtude da violação dos deveres processuais. Em nosso ordenamento existem ainda outros artigos que preveem sanções ao litigante de má-fé, quando: Sabendo onde ou como se encontra parte adversa; Art A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo. (BRASIL, 1973) Ficar comprovado que manifestamente protelatórios; Art Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. (BRASIL, 1994). Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente de 1% (um por cento) sobre o valor da causa. Na reiteração de embargos protelatórios, a multa é elevada a até 10% (dez por cento), ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo. (BRASIL, 1994) Manifestamente inadmissível ou infundado; Art O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. [...] 2 o Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do valor corrigido da causa, ficando a interposição de

27 27 qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. (BRASIL, 1998). Ato atentatório à dignidade da justiça; Art Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa fixada pelo juiz, em montante não superior a 20% (vinte por cento) do valor atualizado do débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução. (BRASIL, 1994). Podemos observar que as multas previstas, tem natureza sancionatória, visando coibir a conduta maliciosa em todas as fases do processo, além de ressarcir a parte adversa em face da postura contrária aos princípios básicos, seja pela morosidade no decorrer do processo ou pela inconveniência trazida pelo litigante de má-fé. 6.1 DA POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DAS PENAS Conforme visto anteriormente, o legislador, no artigo 18 do CPC, prevê duas possibilidades de aplicação das penalidades ao litigante de má-fé, de multa e indenização. Porém, antes de adentrarmos sobre a possibilidade de cumulação dessas sanções, devemos analisar a diferença entre essas duas penalidades. A multa tem a finalidade de coibir a conduta do litigante em desacordo com os princípios da boa-fé e lealdade, assim tal penalidade tem caráter punitivo. Já a indenização, tem um caráter reparatório, a fim de reparar os danos causados a parte adversa, por decorrência de atos ilícitos praticados no decorrer do processo. Lembremos que em caso de pluralidade de litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um das dos litigantes na proporção de seu interesse no caso. Em relação à possibilidade de cumulação das penas impostas ao litigante de má-fé, novamente fica a cargo dos entendimentos jurisprudenciais esclarecerem tal possibilidade, já que o legislador se silenciou a respeito dessa possibilidade, trazendo o seguinte entendimento;

28 28 DIREITO PROCESSUAL CIVIL. OMISSÃO E NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. NÃO OCORRÊNCIA. RECONHECIMENTO DE MÁ-FÉ PROCESSUAL. AFASTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7/STJ. MULTA. ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. RETIRADA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Todas as questões relevantes do litígio foram solucionadas pelo acórdão a quo. Por outro lado, o acórdão ostenta fundamentação robusta, explicitando as premissas fáticas adotadas pelos julgadores e as consequências jurídicas daí extraídas. Nessas circunstâncias, não há omissão ou nulidade a ser reconhecida. 2. Quando a aplicação de multa por litigância de má-fé fundamentase em maliciosa conduta praticada pelo recorrente, conclusão essa apoiada nas provas dos autos, a solução adotada nas instâncias locais tornam-se infensas à apreciação desta Corte por força do óbice da Súmula 7/STJ. 3. Estando o acórdão recorrido absolutamente alinhado à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, e não padecendo de omissão, contradição ou obscuridade, não se verifica, na oposição de embargos declaratórios, o propósito manifesto de prequestionar questão federal, circunstância que afasta a incidência da Súmula n. 98/STJ. Multa do art. 538, parágrafo único, do CPC mantida. 4. "A multa prevista no artigo 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil tem caráter eminentemente administrativo punindo conduta que ofende a dignidade do tribunal e a função pública do processo -, sendo possível sua cumulação com a sanção prevista nos artigos 17, VII e 18, 2º, do Código de Processo Civil, de natureza reparatória" 5. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se nega provimento. (BRASIL, 2014) A jurisprudência acima, nos traz a possibilidade de cumulação entre a multa prevista no artigo 538, parágrafo único do CPC, com as sanções previstas nos artigos 17, VII, e 18, 2º, esclarecendo que na primeira a multa tem caráter administrativo e os demais caráter reparatório. Podemos perceber que os magistrados não pretendem conferir tratamento benevolente ao litigante de má-fé. Podemos perceber que as lacunas e antinomias apresentadas pelos legisladores sobre o instituto da litigância de má-fé, estão sendo deixadas a cargo dos magistrados e doutrinadores a função de evidenciá-las e saná-las.

29 29 7 OS NOVOS RUMOS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL Atualmente podemos afirmar que a maior crítica enfrentada pelo poder judiciário brasileiro é a morosidade que leva o processo a ter um desfecho. Afirma Theodoro que: Nas últimas décadas o estudo do processo civil desviou nitidamente sua atenção para os resultados a serem concretamente alcançados pela prestação jurisdicional. Muito mais do que com os clássicos conceitos tidos como fundamentais ao direito processual, a doutrina tem-se ocupado com remédios e medidas que possam redundar em melhoria dos serviços forenses. Ideias como a de instrumentalidade e efetividade passaram a dar a tônica do processo contemporâneo. (THEODORO, 2014, p. 63). Tal realidade se mostra evidente quando a própria Constituição Federal teve que ser emendada no ano de 2004, acrescentando no rol dos direitos fundamentais a garantia de uma duração razoável para o processo e o emprego de técnicas de aceleração da prestação jurisdicional. (CF, art. 5o, inc. LXXVIII, com o texto da EC nº 45, de ). Diante de tal obstáculo, o legislador se vê novamente no dever de acompanhar a evolução e anseios da sociedade contemporânea. Conforme já foi demonstrado nessa pesquisa, inúmeras foram as reformas feitas no atual Código de Processo Civil visando à desburocratização dos procedimentos com a pretensão de acelerar o resultado da prestação jurisdicional. Porém, o código de processo civil vigente a mais de quatro décadas, não aceita mais acréscimos singulares em seu texto, e não mais suporta que os posicionamentos jurisprudenciais continuem sanando as lacunas deixadas pelo legislador. O anteprojeto do novo código de processo civil foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, pelo projeto de lei do senado, nº 166 de 2010, em novembro de 2013, seu texto base foi aprovado na Câmara pela PL 8046/10. Desde então, o projeto ainda depende da aprovação pontos destacados pelos parlamentares, que não tiveram consenso ao texto principal da matéria.

30 30 Da análise do anteprojeto em questão podemos verificar a preocupação do legislador em fazer que o processo se mostre efetivamente mais célere, Barbosa Moreira explica: Querer que o processo seja efetivo é querer que desempenhe com eficiência o papel que lhe compete na economia do ordenamento jurídico. Visto que esse papel é instrumental em relação ao direito substantivo, também se costuma falar da instrumentalidade do processo. Uma noção conecta-se com a outra e por assim dizer a implica. Qualquer instrumento será bom na medida em que sirva de modo prestimoso à consecução dos fins da obra a que se ordena; em outras palavras, na medida em que seja efetivo. Vale dizer: será efetivo o processo que constitua instrumento eficiente de realização do direito material. (BARBOSA, P. 181). Também sobre o tema podemos ressaltar Paulo Cézar Pinheiro Carneiro citado por Álvaro Couri Antunes Sousa que afirma: [...] o dilema de ontem, entre a segurança e a celeridade, hoje é um falso dilema [...] É perfeitamente possível priorizar a rapidez e ao mesmo tempo assegurar justiça, permitindo que o vencedor seja aquele que efetivamente tem razão. (SOUSA, 2004) 7.1 HÁ LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NO PROJETO DE LEI 8046/10 Por mais que o projeto do novo Código de Processo Civil dependa de consenso dos parlamentares, o que já leva mais de três anos para sua aprovação, já podemos analisar as mudanças e atualizações previstas em seu texto, tendo em vista a sua possível entrada em vigor, analisando as diretrizes dadas pelo legislador sobre o instituto da litigância de má-fé. Os deveres que as partes devem ter no curso do processo, disposto no artigo 14 do atual Código de Processo Civil, passarão a ser definidos no artigo 80, do novo código. Art. 80. São deveres das partes, de seus procuradores, e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: I expor os fatos em juízo conforme a verdade; II proceder com lealdade e boa-fé; III não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas defundamento; IV não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;

31 31 V cumprir com exatidão as decisões de caráter executivo ou mandamental e não criar embaraços à efetivação de pronunciamentos judiciais, de natureza antecipatória ou final; VI declinar o endereço, residencial ou profissional, em que receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva. (BRASIL, PL 8046, 2010). No caput do artigo novamente o legislador inclui os procuradores, em seu texto. Conforme já foi apresentado o vocábulo apresentado inicialmente no art. 14 do CPC/73, foi retirado e um novo texto apresentado devido os diversos entendimentos sobre a possibilidade do advogado ser condenado ao pagamento das multas previstas nos artigos 16. Mesmo que o legislador distancie tal possibilidade em seu parágrafo 5º Aos advogados públicos ou privados, aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos 1º a 4º, devendo sua responsabilização ser apurada pelos órgãos de classe respectivos, aos quais o juiz oficiará. Todavia não se mostra coerente tal inclusão, conforme já foi apresentado as páginas 17/18 dessa pesquisa. Conforme pode ser observado os incisos I a V, não tiveram nenhuma alteração em sua redação, porém, haverá a inclusão do inciso VI que determina sobre o dever da parte de informar o endereço residencial ou profissional, sempre que houver qualquer modificação, texto que já era previsto no parágrafo único do artigo 238 CPC, nos permitindo afirmar que com a entrada em vigor do novo Código aquele que descumprir tal medida estará sujeito ao pagamento de multa. O projeto também propõe a inclusão de cinco parágrafos, in verbis: 1º A violação ao disposto no inciso V do caput deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento do valor da causa. 2º O valor da multa prevista no 1º deverá ser depositado em juízo no prazo a ser fixado pelo juiz. Não sendo paga no prazo estabelecido, a multa será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado. 3º A multa prevista no 1º poderá ser fixada independentemente da incidência daquela prevista no art. 509, 1º e da periódica prevista no art. 522.

32 32 4º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa referida no 1º poderá ser fixada em até o décuplo do valor das custas processuais. 5º Aos advogados públicos ou privados, aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos 1º a 4º, devendo sua responsabilização ser apurada pelos órgãos de classe respectivos, aos quais o juiz oficiará. (BRASIL, PL 8046, 2010). Podemos afirmar, pelo exposto na presente pesquisa que os parágrafos 1º, 2º, 3º e 5º, são simples fracionamento do parágrafo único do artigo 14. Faz-se necessário destacar o parágrafo 4º, devido à total falta de zelo do legislador em trazer no mesmo texto as palavras irrisório e inestimável. O artigo 82 apresenta o mesmo texto do artigo 16 do CPC/73. Já no artigo 83 que mantém a mesma redação atualmente dada ao artigo 17, com uma única alteração, a da palavra reputa-se para considera-se que nada mais são do que sinônimos. Os artigos mencionados passaram a ser apresentados com a seguinte redação: Art. 82. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente. Art. 83. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II alterar a verdade dos fatos; III usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI provocar incidentes manifestamente infundados; VII interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (BRASIL, PL 8046, 2010). O caput do artigo 84 que atualiza a redação hoje dada ao artigo 18 traz a seguinte redação: Art. 84. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa que não deverá ser inferior a dois por cento, nem superior a dez por cento, do valor corrigido da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. (BRASIL, PL 8046, 2010).

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