Bacia do Rio Doce Visão de uma bacia sustentável. FIESP Novembro de 2016
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- Geovane Marques Morais
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1 Bacia do Rio Doce Visão de uma bacia sustentável FIESP Novembro de 2016
2 Agenda 1. Contexto 2. Visão 3. Estratégias 4. Experiências e competências
3 1. Contexto A Bacia do Rio Doce apresenta um longo histórico de degradação ambiental em decorrência do modelo extensivo de utilização dos recursos naturais. Apesar da importância, até recentemente, a bacia recebia pouca atenção no país e era quase invisível aos olhos do mundo. Em novembro de 2015, o rompimento de uma barragem de rejeitos afetou dramaticamente as condições do Rio Doce (já deterioriadas) e colocou a bacia no centro da atenção mundial. Os controladores da empresa assumiram um compromisso para a recuperação da bacia, criando a Fundação Renova para investir 1.1 bilhão de reais em compensação ambiental, em 10 anos.
4 1. Contexto: uso e ocupação do solo Percentual de cobertura da classe de UOS na bacia do Rio Doce 2% 4% Áreas agrícolas 27% 5% 3% Corpos d'água Florestamento / Reflorestamento Outros 59% Pastagem Vegetação nativa
5 1. Contexto: Erosão Percentual da classe Pastagem em relação a Erosividade anual Muito forte 100% 75% 50% 25% 0% Forte Média-Forte
6 1. Contexto: demanda por água Vazão (L/s) por Finalidade da Outorga em Minas Gerais 34% 16% 16% Abastecimento público Consumo humano Consumo agroindustrial Consumo industrial 34%
7 1. Contexto: Stress hídrico - vazão FONTE: CPRM
8 1. Contexto: Uso do solo x balanço hídrico
9 1. Contexto: Risco climático
10 1. Contexto: Vulnerabilidade Nos últimos quatro anos, a bacia vem sofrendo sérios impactos devidos às condições climáticas (seca e assoreamento). As áreas mais críticas da bacia (em vermelho) são áreas tradicionalmente agrícolas. A capacidade produtiva dessas áreas vem caindo constantemente devido à seca e perda da qualidade de solo.
11 1. Contexto: Mananciais As áreas mais críticas estão nas bacias que deverão abastecer os municípios atingidos pelo rompimento da barragem. Essas áreas críticas terão prioridade para receber investimentos do Programa de Recuperação da Fundação Renova. A região abriga uma população de mais de 500 mil habitantes.
12 1. Contexto: Governança Comitês de Bacias Conselhos de Recursos Hídricos Agência de Bacias A Bacia do Rio Doce possui uma estrutura de governança definida pela Lei das Águas, que instituiu os Comitês de Bacias e os Planos de Bacias como instrumentos de gestão. Os 11 Comitês da Bacia são apoiados técnica e administrativamente por uma agência de bacias. A Agência de Bacias é uma estrutura privada, que atua por delegação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, em contratos com a ANA e IGAM.
13 2. Visão A recuperação da bacia do Rio Doce será sustentada por investimentos em competitividade ambiental e produtiva: A recuperação ambiental da bacia depende diretamente dos produtores rurais. Os produtores mudarão suas práticas se a adequação ambiental trouxer aumento real de rentabilidade dos seus estabelecimentos rurais. A adequação dos estabelecimentos rurais trará ganhos adicionais em água, solo, biodiversidade, clima e bem estar social, provocando a recuperação da bacia. A recuperação da bacia deve ser atingida por meio da implantação de modelos produtivos/ambientais economicamente atrativos.
14 2. Visão: Áreas para recuperação Bacia Rio Doce Pastagem Áreas Agrícolas Áreas de Reflorestamento Outros Água Afloramento Rochoso Vegetação Nativa TOTAL ÁREA TOTAL , , , , , , , ,19 APP ÁREA TOTAL , , , , , , , ,20 ÁREA CRÍTICA , , , , , , , ,92 APP ÁREA CRÍTICA , , , , , , , ,87 Áreas agrícolas a serem restauradas, nas áreas mais críticas da bacia.
15 2. Visão: Custo Bacia do Rio Doce Área Total Área Crítica Número de municípios Área (ha) Número estabelecimentos rurais INVESTIMENTO (R$) Planejamento territorial Recuperação de vegetação nativa Extensão rural para agricultura sustentável Saneamento * n.d. Monitoramento Custo da recuperação produtiva e ambiental nas áreas críticas Gestão ** TOTAL *Saneamento baseado em PMSB contratados pelos CBHs. ** Não inclui o valor de gestão do saneamento.
16 3. Estratégias: Restauro Ecológico Estratégias que utilizem soluções baseadas na natureza, como a valoração dos serviços ambientais e ecossistêmicos. Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. Programa Produtor de Água. Programa Cultivando Água Boa. Foto: Pacto
17 3. Estratégias: Agricultura Sustentável Estratégias que aliem o aumento da produtividade com a conservação de recursos naturais no processo de intensificação de uso das áreas já desmatadas no Brasil. Integração Lavoura Pasto Floresta (ilpf) Sistemas Agroflorestais Forestry Projeto Verena Plano Agricultura de Baixo Carbono Foto: Embrapa
18 3. Estratégias: Fontes COMITÊS (COBRANÇA DE ÁGUA) OBRIGAÇÕES COMPENSATÓRIAS INVESTIMENTOS GOVERNOS INCENTIVOS FISCAIS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ORGANIZAÇÕES MULTILATERAIS FUNDOS DE INVESTIMENTOS INVESTIMENTOS VERDES INVESTIMENTOS REPUTACIONAIS ENERGIA MADEIRA LEITE/CARNE FRUTAS CAFÉ CLIMA SOLO FLORESTA ÁGUA BIODIVERSIDADE CARBONO
19 3. Estratégias: Investimentos privados INVESTIDORES A B C Retorno Reputacional: Recuperação da Bacia do Rio Doce. - Indicadores de Progresso - Avaliação de Impactos R$ R$ Gestora de Investimento R$ + Reputação R$ PRODUTORES ilpf MADEIRA LEITE/CARNE FRUTAS CAFÉ Unidade Gestora na Bacia do Rio Doce Diretrizes GERENCIADORA Engajamento Triagem Elaboração de projetos Assistência técnica Adequação Ambiental Monitoramento Fomento à cooperativa Arranjos produtivos CLIMA SOLO FLORESTA ÁGUA BIODIVERSIDADE CARBONO
20 3. Estratégias: Gestão da bacia GESTÃO DE INVESTIMENTOS PRIVADOS GESTÃO DOS RECURSOS DO COMITÊ DE BACIAS (JÁ INSTALADO) INVESTIDORES A B C Gestora de Investimento PLANO DE BACIAS (PROGRAMAS E PROJETOS) Investe e orienta COMITÊS DE BACIAS Unidade Gestora na Bacia do Rio Doce R$ R$ Diretrizes GERENCIADORA Potencial para aproveitar a estrutura de apoio técnico já existente: Menor custo, melhor capacidade e maior articulação com Comitês. AGÊNCIA DE BACIAS EXECUÇÃO Gerencia Apoia Secretaria Apoio técnico Apoio administrativo Presta contas Monitora
21 EXPERIÊNCIAS E COMPETÊNCIAS
22 Experiências e competências OInstituto Bioatlântica (IBIO)é uma organização sem fins lucrativos criada para trabalhar com o poder público, a sociedade civil e o setor produtivo na melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente no Brasil. Knowhow: O IBIO trabalha com estratégias de adaptação de bacias hidrográficas por meio de medidas baseadas em infraestrutura natural. Articulação: Desde 2011, o IBIO atua como agência dos 11 Comitês de Bacias do Doce, em contratos com a ANA e IGAM. Capacidade instalada: O IBIO possui uma equipe de 20 profissionais dedicados à bacia, altamente qualificados, com amplo conhecimento e relacionamento institucional.
23 Experiências e competências Programas e projetos privados De 2002 até hoje: Contratos com BNDES, USIMINAS, COCA-COLA, LEÃO ALIMENTOS, PEARL JAM, CENIBRA, FIBRIA, SUZANO, VERACEL, FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL, TNC, etc. Municípios com ações do IBIO Planejamento e gerenciamento de projetos : Restauração de florestas nativas. Assistência técnica para práticas agrícolas sustentáveis. Implantação de Unidades de Referência Tecnológica para Agricultura Sustentável Implantação de saneamento rural. Capacitação de lideranças locais.
24 Experiências e competências Programas gerenciados para os Comitês de Bacias De 2011 até hoje: Mais de 170 contratos. Mais de 30 milhões de reais investidos. Municípios com ações do Programa de Recomposição de APPs e Nascentes gerenciados pelo IBIO Gerenciamento de projetos como: Uso Racional da Água na Agricultura Produtor de Água Convivência com cheias Universalização do Saneamento Recomposição de APPs e Nascentes Progr. de Controle das Atividades Geradoras de Sedimentos Progr. de Incremento de Disponibilidade Hídrica Progr. Convivência com as Secas Progr. de Expansão do Saneamento Rural
25 Experiências e competências Parcerias com instituições locais, nacionais e internacionais. ONGs: Instituto Terra, AMA Lapinha, CIAAT, Consórcio Rio Guandu, CTA, Rede, TNC, WRI, IUCN. Universidades: UFV, UFOP, UFES, UFMG. Governos: Reflorestar (ES), Emater/MG, EPAMIG, Incaper, AGERH, ANA, EMBRAPA, etc. Municípios com ações de instituições parceiras
26 EDUARDO FIGUEIREDO
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