INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS NA GESTÃO PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA
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- Isabella Barros Barata
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1 I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental COBESA INFRAESTRUTURA DE DADOS ESPACIAIS NA GESTÃO PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA Fabíola Andrade Souza Augusto César da S. M. Copque Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana - MEAU, UFBa, Brasil. fabiolandrade@hotmail.com
2 INTRODUÇÃO Este trabalho faz uma análise sobre a situação de disponibilização de dados geográficos no âmbito do governo do Estado da Bahia e os atuais esforços de construção de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) que abranja e divulgue os dados e metadados para acesso das organizações interessadas e do público em geral. O estudo foi realizado através da identificação dos principais provedores de dados espaciais no Estado eaidentificação da estrutura proposta para a IDE. Na busca por atender à demanda crescente de gestão do território e agir de maneira rápida e eficaz na tomada de decisão, muito se tem usado os Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
3 SIG E GESTÃO AMBIENTAL Gerenciamento de projetos de expansão da infraestrutura: redes de drenagem, iluminação pública, esgotamento sanitário, pavimentação; Gestão de utilities: acompanhamento de processos, localização dos consumidores, identificação de falhas (redução de custos); Meio ambiente: licenciamento, EIA, controle do desmatamento, análise do uso do solo, mapeamento de zonas de preservação; Gerenciamento de bacias hidrográficas; Gerenciamento de áreas de risco.
4 SIG E GESTÃO AMBIENTAL Modelo Hipsométrico de Elevação MDT Componente 3D VALE TOPOS Figura 01: Gerenciamento de bacias e distribuição da rede de água
5 IDE Apesar da utilização de SIG estar consolidada, ainda existem problemas de interoperabilidade... O conceito de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) surgiu relacionado à prestação de serviços dentro de um ambiente de compartilhamento e distribuição de dados, não importando o formato e a localização e evitando a necessidade de conversões e duplicações nos dados (DAVIS JR & ALVES, 2008)
6 IDE Buscando seguir os padrões internacionais, o Brasil sancionou o decreto federal nº 6.666/2008 que institui a criação de uma Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), designando a Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) como entidade responsável por definir padrões a serem utilizados na construção e disponibilização de dados geográficos através desta IDE nacional. Apoiando-se nesta decisão, o governo do Estado da Bahia está definindo uma IDE estadual, envolvendo as instituições responsáveis pela produção e disseminação de dados geográficos locais.
7 IDE A construção e disponibilização de bases de dados geográficos tem sido viável através de ferramentas de geoprocessamento. Contudo, a variedade de formas e meios de acesso aos dados têm dificultado a utilização destes, inclusive devido a altos custos. O conceito de Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE), apresenta uma alternativa a este problema, pois disponibiliza uma estrutura que concentra, compartilha e distribui dados oriundos de produtores distintos, a partir de um único ambiente de acesso. Uma IDE busca facilitar o acesso às informações geográficas, disponibilizando dados produzidos em fontes e formatos distintos, para realização de estudos sobre o território.
8 IDE A IDE está relacionada à combinação do uso de tecnologia com procedimentos de gestão para permitir aos usuários acesso a dados geográficos disponibilizados por diversas instituições diferentes sem se preocupar com questões como: formato de armazenamento do dado (ex: shapefile, DXF, DWG); parâmetros de qualidade (ex: precisão); limitações do conteúdo (ex: área de cobertura, escala, período); projeções cartográficas (ex: UTM, geográfica).
9 IDE O diferencial de uma IDE está nos seguintes fatores: os usuários sempre têm acesso às versões mais atualizadas dos dados nos respectivos provedores, sem precisar copiá-los; é desnecessário ter softwares específicos nos computadores para acesso aos dados; não há necessidade de conhecer os formatos e padrões dos dados, uma vez que a visualização destes é implementada de forma transparente num portal de Internet (Davis Jr & Alves 2008); coordenação envolvendo todas as entidades envolvidas (produtores e usuários principais).
10 Figura 02: Estrutura de uma Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE). Fonte:Davis Jr e Alves(2008), adaptado pelos autores (2010) IDE
11 Figura 03: Estrutura do Geoportal SIG BRASIL. Fonte: capturado em 11/07/2010. SIG BRASIL
12 BASES DE DADOS EXISTENTES SEI dados econômicos e sociais e mapas temáticos (WEB); base IBGE digitalizada e desatualizada; nova cobertura estadual (2010). CONDER bases de dados em escala urbana de 40 municípíos, acesso restrito na web e custo de aquisição. SEMA cobertura vegetal. INGÁ bacias hidrográficas e RPGAs. DERBA malha viária estadual.
13 IDE-BAHIA Iniciativa: CECAR e FORTIC. Instituições envolvidas: SEI, CONDER, SEPLAN, SEDUR, SEMA, PRODEB, Casa Civil, INGÁ e DERBA. Objetivo: permitir a divulgação e utilização dos dados produzidos sobre o Estado de maneira centralizada, através de um portal na Internet que permita acesso integrado a todos os dados espaciais existentes e manutenção destas bases através de gestão integrada. Agregação de outras instituições posteriormente.
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS O uso de uma IDE mostra-se viável ao permitir disponibilizar bases de dados variadas, atualizadas e confiáveis, oriundas de provedores diferentes, sem obrigar o gestor a construir estes dados ou ter que convertê-los, gerando duplicidade e onerando seu trabalho. O sucesso, contudo, não depende apenas da qualidade do dado disponibilizado, nem das formas de acesso, mas principalmente, da política de estruturação e disseminação destes dados, definida entre as instituições provedoras, e dos recursos disponíveis para manutenção.
15 REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto nº de 27 de novembro de Institui, no âmbito do Poder Executivo Federal, a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais INDE. Diário Oficial da União. Brasília. BORGES, Karla A. V. A Gestão Urbana e as Tecnologias de Informação e Comunicação. Belo Horizonte - MG. Disponível em: Acesso em 09 de novembro de 2004 às 11:32 horas. CÂMARA, Gilberto; MONTEIRO, Antônio M. V. Conceitos Básicos em Ciência da Geoinformação. Disponível em: Acesso em 09 de julho de 2004 às 14:07 horas. CASTRO, Cássio M. S. Análise da utilização do geoprocessamento na administração municipal: alcances e limitações dos programas governamentais de disseminação das geotecnologias p. Dissertação de mestrado. Escola Politécnica - UFBa. Salvador-Bahia CORSO, Gilberto. Dados Geográficos: Aspectos Tecnológicos. In: Corso, Gilberto; Rocha, Mª Célia F. (Org.) Dados Geográficos: Aspectos e Perspectivas. Cadernos REBATE. Salvador-Ba. LCAD/UFBA. Janeiro de CORSO, Gilberto; ROCHA, Mª Célia F.; CARVALHO, Silvana S. de. Infra-Estrutura de Dados Espaciais: O Caso Baiano. In: Corso, Gilberto; Rocha, Mª Célia F. (Org.) Dados Geográficos: Aspectos e Perspectivas. Cadernos REBATE. Salvador-Ba. LCAD/UFBA. Janeiro de CORSO, Gilberto; ROCHA, Mª Célia F. (Org.) Informação Geográfica: Infra-estrutura e acesso. Cadernos REBATE. Salvador-Ba. LCAD/UFBA. Agosto de DAVIS JR, Clodoveu A.; ALVES, Leonardo L. Infra-Estruturas de Dados Espaciais: Potencial para Uso Local. Disponível em: Acesso em 03 de novembro de 2008 às 13:45 horas. FORTIC. Fórum de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação. Disponível em Acesso em 25 de novembro de 2009 às 21:30 horas. GSDI. Global Spatial Data Intrastructure Association. Disponível em: Acesso em 13 de novembro de 2008 às 21:27 horas.
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