Estratégias de Coordenação: Princípios para a formação de alianças mercadológicas Alianças Mercadológicas que deram certo
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- Victorio Laranjeira da Silva
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1 Estratégias de Coordenação: Princípios para a formação de alianças mercadológicas Alianças Mercadológicas que deram certo Eng. Agr., Dr., Prof. da UNICENTRO: Mikael Neumann
2 Porque formar uma Aliança Mercadológica?. Existe um consenso entre técnicos e produtores ao deslumbrarem que a formação de Alianças Mercadológicas é uma, entre poucas alternativas conhecidas, para valorização dos esforços realizados na produção da carne de qualidade. Obs.: Se tal afirmação é real, pergunta-se: Porque poucos produtores e técnicos estão envolvidos a estes grupos de organização?
3 ALIANÇA MERCADOLÓGICA É a participação cooperativa dos diferentes segmentos da cadeia (Serviços responsáveis pelo suprimento à produção, Empresas de transporte e comunicação, Pecuaristas, Frigoríficos, Redes de distribuição e consumo e Serviços de marketing) para máxima agregação de valor da carne bovina, visando a sustentabilidade da atividade pecuária e a melhoria da qualidade do produto ofertado aos consumidores.
4 27,9% Por BOI R$ 440,00 27,6% Agregação de Valor na Cadeia Produtiva da Carne Bovina - PR 25,3% 19,2% Por BOI R$ 858,00 Por BOI R$ 1.272,00 Por BOI R$ 1.575,00 Concorrência Perfeita
5 Formação da Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce Fundada/organizada em outubro de 2004; Participaçã ção o de 13 produtores de bovinos de corte da Região o Sudoeste do Paraná; Após várias ponderações estes estabeleceram um contrato/parceria com um frigorífico regional para abate de seus animais.
6 Objetivos da Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce Produzir carne bovina de qualidade; Comercializar, em parceria com a indústria e varejo, a produçã ção o através s de canais diferenciados; Proporcionar aos participantes da Associaçã ção, remuneraçã ção o compensatória, pela qualidade da carne e regularidade de entrega; Iniciar sequencialmente plano de expansão o e formaçã ção o de uma Aliança a Mercadológica.
7 Normas de organização da Associação Frigorífico: de Pecuaristas do Bovino Precoce. Resgate dos animais uma vez por semana;. Rastreabilidade interna às suas instalações;. Execução do abate segundo normas vigentes à inspeção sanitária;. Transporte e distribuição de meias carcaças no mercado local; Remuneração:: couro e subprodutos dos animais abatidos.
8 Normas de organização da Associação Pecuarista: de Pecuaristas do Bovino Precoce. Seleção dos animais para abate;. Execução das vendas de carcaças aos varejistas; O preço de referência estabelecida foi no valor de 5% acima do preço do gordo, conforme praça local. Estabelecimentos de acordos e condições de rece- bimentos de d valores dos varejistas;. Pagamento de impostos recolhidos.
9 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 1. Os pecuaristas não concretizaram constância de vendas das carcaças; 2. Os pecuaristas optaram pela produção do bovino precoce como sinônimo de carne de qualidade, caracterizando o animal precoce como aquele de idade inferior a 24 meses independentemente do grau de acabamento e do peso alvo de abate;
10 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 3. O volume de vendas inicialmente das carcaças do bovino precoce não permitiu máximo empenho e fidelidade dos vendedores e dos varejistas; 4. Muitos dos clientes tradicionais do frigorífico passaram a comercializar e/ou experimentar a carne do novilho precoce dificultando a relação estabelecida entre os elos frigorífico, pecuarista e varejista;
11 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 5. A segmentação das carcaças não poderia ser executada em função de particularidades operacionais do frigorífico, o que dificultava a venda da carne; 6. A associação dos produtores de bovinos precoces não possuía um estabelecimento que servisse de ponto de referência para contatos e negociações ou efetuação de vendas, compras e recebimentos;
12 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 7. Outros frigoríficos e/ou atacadistas regionais direcionaram esforços na oferta de carne com qualidade similar com preços inferiores e carcaças segmentadas; 8. Os frigoríficos regionais passaram a impor restrições à aquisição de animais dos produtores participantes da associação dos pecuaristas de bovino precoce e/ou que não eram absorvidos pelo programa em função do volume das vendas;
13 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 9. Os produtores direcionaram-se a engorda de fêmeas jovens, em função do maior ganho no processo produtivo pela variação entre preço de compra das fêmeas e preço de comercialização equiparado ao boi gordo; 10. Muitos dos varejistas passaram a comercializar simultaneamente carcaças de novilho precoce e gado comum no mesmo estabelecimento comercial, sem comprometimento com rastreabilidade;
14 Problemas Encontrados pela Associação de Pecuaristas do Bovino Precoce 11. No estabelecimento e concretização de mercados parceiros à carne de qualidade houve exigências pelos varejistas, relativas a forma de pagamento com prazo médio de 35 a 40 dias e a prática comum de não emissão de notas fiscais visando a sonegação de impostos.
15 Bonificação pela Qualidade/regularidade Produtores Remuneração Adimplência NOVICARNES Transporte Animais Organização Remuneração: Subprodutos Frigorífico Transporte Carcaças Varejistas Produto de Qualidade
16 Na prática, o histórico de formação de alianças mercadológicas, por meio de planos de incentivo à produção de novilhos jovens, mostrou que o jogo de interesses de cada segmento da cadeia prevalece na forma individualizada e não há eficiência do governo no controle e fiscalização das atividades nos distintos segmentos da cadeia; logo a coordenação das atividades e o estabelecimento das receitas concentraram-se hora momentos nos frigoríficos ou nos varejistas, rebaixando os pecuaristas à simples tomadores de preços.
17 Grupo de Produtores: NOVICARNES COOPERNOVICARNES: formada por 21 produtores. Região de Abrangência: Sudoeste e Centro Sul do Paraná. Varejistas Trabalhados: Campo Erê, Candói,, Chopinzinho, Coronel Vivida, Francisco Beltrão, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Mangueirinha, Palmas, Pato Branco e São João.
18 PRODUTORES Origem do Produto FRIGORÍFICO CONSUMIDORES Origem do Capital VAREJISTAS ATACADISTAS Ciclo do Produto Ciclo do Capital
19 PRODUTORES + FRIGORÍFICO + DISTRIBUIÇÃO (Origem do Produto) Bonificação por qualidade e regularidade CONSUMIDORES (Origem do Capital) VAREJISTAS Produto de Qualidade Ciclo do Produto Ciclo do Capital
20 Equipe de Trabalho da COOPERNOVICARNES Presidente: Rodrigo Tofolli Vice-Presidente: Altair Eberle Conselho Diretor: Eliseu Telli Enio José Spinello Abílio Gehlen Conselho Fiscal Equipe Técnica de Campo: Agrônomos e Veterinários Equipe de vendas e comercialização Equipe de controle de qualidade no frigorífico.
21 Problemas na Produção de Novilhos Precoces Baixa qualidade sanitária e baixo potencial genético de animais comercializados em Leilões ou feiras regionais. Alto custo dos insumos utilizados para produção de alimentos para bovinos. Não existe linhas de financiamento ou de apoio específicas direcionadas à pecuária de corte intensiva.
22 Problemas na Fase de Abate de Animais para Comercialização Região de atuação com poucas opções de parceria com frigoríficos. Transporte inadequado dos animais. Sistemas deficientes de anti-estresse no pré-abate nos frigoríficos. Sistemas deficientes de armazenagem e manipulação das carcaças resfriadas. Maioria dos frigoríficos não estão adaptados ao processo de fragmentação de carcaças e desossa.
23 Problemas na Comercialização Concorrência desleal de preços de carnes de baixa qualidade provindas de outros estados. Alta oferta de carne de baixa qualidade oriundas de outros estados. Estabelecimento de regras de fiscalização fiscal e inspeção sanitária deficiente para carnes provindas de outros estados.
24 Problemas na Comercialização Muitos varejistas não desejam emissão de notas fiscais de produtos comercializados. Ainda grande parte da carne bovina comercializada no estado não possui inspeção sanitária e selo de procedência. Alta taxa de impostos no produto comercializado.
25 Problemas de relacionamento entre Alianças Mercadológicas ou Cooperativas Oferta de produtos com preços diferenciados na mesma área de atuação. Realização de Fóruns de debate e criação de planos estratégicos de comercialização visando a unificação de entidades para abertura de mercado externo.
26 COOPERNOVICARNES Carne nobre de Sucesso Produção de Novilhos Precoces Mikael Neumann Eng. Agr.; Dr. Prof. da UNICENTRO.
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