Dispositivos da rede sem fio

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1 Dispositivos da rede sem fio Introdução Tudo na área da informática envolve entender que os softwares operam de modo colaborativo com os hardwares. Uma infraestrutura de rede de computadores precisa de vários hardwares, ou seja, dispositivos para funcionar. No caso das redes sem fio, alguns dispositivos têm algumas particularidades. Já imaginou como aquelas antenas que você vê em dispositivos na universidade, nas empresas ou mesmo no roteador da sua casa são tão importantes para o acesso à internet sem fio? Já percebeu que seu roteador não tem antena aparente, mas tem uma antena interna? Você também sabe por quê o sinal da sua rede Wi-Fi está fraco? Nesta unidade você encontrará esclarecimento para essas questões, podendo conhecer melhor sobre esses dispositivos tão importantes para o funcionamento da rede sem fio. Ao final desta aula, você será capaz de: identificar os dispositivos da rede sem fio, reconhecendo suas funcionalidades e características. Placas de rede sem fio Segundo Moraes (2010), as placas de rede sem fio [...] são os adaptadores usados nas estações, os quais possuem barramento PCI, PCMCIA e USB, podendo ser instalados tanto em notebooks como em computadores desktops (MORAES, 2010, p. 35). Figura 1 - Placa de rede PCI com uma antena Wi-Fi Fonte: Equipe do Laboratório de Pesquisas MídiaCom (2010)

2 Desse modo, podemos dizer que a placa de rede é um dispositivo de hardware que permite a comunicação entre computadores de uma rede, controlando o envio e o recebimento de dados fazendo uso dessa rede sem fio. Diferenciamos as placas disponíveis pela arquitetura e barramento utilizados on-board, PCI ou via USB, pela taxa de transmissão e pelos cabos de rede suportados. No caso dos notebooks, podem ser utilizadas as placas onboard ou PCMCIA, sendo esta última mais ultrapassada e substituída pelo padrão PCI Express. Cada tipo de placa pode ser mais fácil ou mais difícil de instalar e de configurar. Figura 2 - Adaptador USB Wi-Fi Fonte: Equipe do Laboratório de Pesquisas MídiaCom (2010). O Peripheral Component Interconnect (PCI) ou simplesmente interconector de componentes periféricos é um barramento utilizado para, como o nome diz, conectar periféricos em computadores. Trata-se, portanto, de um padrão de barramentos que conecta periféricos à placa-mãe do computador. O PCI também pode ser chamado de interface, slot ou soquete, sendo criado em 1993 para substituir padrões como AGP, VESA e USB. O PCI convencional, embora ainda seja utilizado, já está dando lugar para o padrão PCI Express (PCIe). Já o adaptador USB utiliza uma porta USB do computador, desse modo, possui a vantagem de não necessitar ser instalado dentro do gabinete ou notebook, como é o caso das placas de rede PCI. Assim, é fácil e rápido utilizá-lo em computadores de mesa ou notebooks diferentes. FIQUE ATENTO O barramento são linhas de comunicação que funcionam como condutores elétricos, isto é, fazem a interface física e lógica que permite a comunicação entre os periféricos e o restante do sistema, como processador, memória, placas de vídeo e HD. Conectados à placa-mãe, os periféricos têm barramentos específicos para cada conexão, dependendo da função: barramento para comunicação de dados, de endereços ou de controle. Diferente do padrão PCI, em que os dispositivos compartilham a mesma comunicação em um caminho paralelo, no padrão PCIe cada periférico possui um canal exclusivo e bidirecional de comunicação. A primeira geração de PCIe, criada em 2004, transfere 250 MB por canal. Em 2007, foi criada a versão 2.0, que transfere 500 MB por canal. Finalmente, em 2010 foi implementado o padrão PCIe 3.0, capaz de transferir até MB/s, além de apresentar um desempenho otimizado para transmissão de dados entre os periféricos e a placa-mãe. Também é possível encontrar placas PC Card, Express Mini ou mini-pci. Atualmente, qualquer computador de mesa ou notebook possui placas de rede sem fio integradas, diminuindo a oferta das placas citadas. Notebooks raramente têm uma placa de rede on-board, utilizando, geralmente, uma placa Mini-PCI (versão menor da PCI convencional) ou Express Mini (versão menor da PCIe)

3 Access point O access point, em português, nada mais é do que um ponto de acesso à rede Wi-Fi. Este ponto de acesso faz uma conexão com a rede cabeada e gerencia as conexões entre dispositivos móveis, isto é, usuários móveis e a rede (MORAES, 2010). Sabe aquele desenho que representa o sinal da rede Wi-Fi no seu notebook ou celular que tem quatro risquinhos? Pois bem, às vezes tem apenas um risquinho e você sabe que o sinal da rede Wi-Fi está fraco, isso significa que seu dispositivo móvel está longe de uma antena que propaga o sinal, sendo que, se for na sua casa, provavelmente está longe do roteador. Se você colocar um ponto de acesso na metade do caminho, depois de uma antena, o sinal vai melhorar muito, porque este ponto de acesso eliminará os ruídos e retransmitirá o sinal com 100% da intensidade. No ponto onde o sinal chegava fraco, ele passará a chegar com mais intensidade, pois o dispositivo passará a captar o sinal deste ponto de acesso em vez do sinal do roteador. Figura 3 - Ponto de acesso Fonte: Thep Urai / Shutterstock. Um ponto de acesso, além de transformar o sinal que provém de um cabo em um sinal sem fio, também pode transformar o sinal sem fio em um sinal cabeado. Por exemplo, imagine que é necessário conectar duas unidades de uma empresa que ficam a 3 quilômetros de distância uma da outra e que a empresa não tem como arcar com o custo do cabo de fibra óptica. Com a rede sem fio, é possível conectar as duas unidades e, depois, transformar o sinal sem fio em sinal cabeado

4 FIQUE ATENTO Roteador sem fio é diferente de um ponto de acesso. Um roteador é utilizado para conectar redes diferentes entre si, pegando o sinal que vem diretamente da internet, enquanto que um ponto de acesso tem as funções de repetir sinal e/ou transformar o sinal que vem de um cabo em um sinal sem fio ou vice-versa. A maior vantagem do ponto de acesso como repetidor de sinal é o fato de ele ser conectado ao roteador por um cabo de rede. Isso significa que o sinal da rede Wi-Fi será distribuído de forma a não perder sinal ou comprometer o sinal com ruídos. Ele também dispõe de algumas configurações, de modo que nem todas as funções possam estar disponíveis em todos os dispositivos. Entretanto, o aparelho pode ser configurado quanto aos modos de uso, como controles de banda e segurança, tornando-se mais seguro e potente, mais propício para a utilização em comércios, empresas e locais não domésticos, uma vez que a cobertura do sinal será maior, sem perda de performance. SAIBA MAIS Existem outros dois dispositivos que também repetem o sinal sem fio: o repetidor e o extensor de alcance. O repetidor pode ser mais acessível financeiramente, sendo mais viável para uso doméstico, pois é utilizado apenas para repetir o sinal sem fio, diferente do ponto de acesso que também é um repetidor, mas com a função adicional de se conectar com a rede cabeada. Já o extensor de alcance pode ter um custo maior, contudo, tem um desempenho melhor que o do repetidor. Antenas De acordo com Moraes (2010), as antenas podem estar presentes nas placas de rede, nos roteadores, nos pontos de acesso ou nos repetidores e extensores de alcance. Elas podem ser internas ou externas, sendo primordiais para um bom funcionamento das redes sem fio, pois irradiam os sinais de radiofrequência. As antenas também se classificam como direcionais e omnidirecionais, sendo mais comuns, nos dispositivos de rede, as do segundo tipo, porque irradiam o sinal em todas as direções. Como as antenas costumam irradiar o sinal com mais intensidade na horizontal, em 360º a partir dela, mas com sinal muito fraco na vertical, é preferível colocar as antenas na posição vertical. Para sofrer menos interferências de móveis e outros obstáculos, também é aconselhável posicionar os pontos de acesso em locais centrais e no alto

5 EXEMPLO Um tipo de antena não é melhor que a outra, necessariamente, pois depende da necessidade de utilidade do dispositivo. Por exemplo, antenas direcionais são mais úteis para ambientes pequenos que ocupam um cômodo, como escritórios, salas e quartos, propiciando uma conexão mais rápida e estável. Antenas omnidirecionais são mais vantajosas em ambientes maiores, em que a área de cobertura deve preencher todo o espaço do local. Fechamento Agora que você já conhece as principais funções dos dispositivos de rede sem fio, pôde perceber que eles têm características diferentes de dispositivos utilizados apenas para redes cabeadas. Nesta aula, você teve a oportunidade de: compreender as características e funções dos dispositivos de rede sem fio, reconhecendo suas especificidades. Referências EQUIPE DE LABORATÓRIO DE PESQUISAS MÍDIACOM. Cartilhas Projeto UCA: Redes sem fio. Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes RNP, Disponível em: < redes-sem-fio?download=fc490ca45c00b1249bbe3554a4fdf6fb>. Acesso em: 15/12/2017. MORAES, A. F. Redes sem fio: instalação, configuração e segurança Fundamentos. São Paulo: Érica,