A Sexualidade no Lesionado Vertebro Medular e a Intervenção do Enfermeiro de Reabilitação
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1 A Sexualidade no Lesionado Vertebro Medular e a Intervenção do Enfermeiro de Reabilitação Edite Oliveira Félix de Queirós editeofqueiros@gmail.com Clara de Assis Coelho de Araújo claraaraujo@ess.ipvc.pt dezembro, 2016
2 PROBLEMÁTICA A sexualidade é um aspeto essencial na qualidade de vida de qualquer indivíduo, sendo os direitos sexuais uma componente dos Direitos Humanos (Garret, 2011; Ordem dos Enfermeiros, 2009). Escassez de estudos relativos à intervenção do enfermeiro de reabilitação, na área da sexualidade (Garret, 2011; Ordem dos Enfermeiros, 2009). Existência de mitos e tabus associados à sexualidade na deficiência (Garret, 2011; Ordem dos Enfermeiros, 2009). Aumento de lesões vertebro medulares de origem traumática em Portugal e estudos epidemiológicos desatualizados (Garret, 2011; Ordem dos Enfermeiros, 2009). As lesões vertebro medulares afetam geralmente jovens adultos, têm etiologia variada e são devastadoras para os indivíduos, família e sociedade (Garret, 2011; Ordem dos Enfermeiros, 2009).
3 OBJETIVOS: Conhecer o contributo do Enfermeiro de Reabilitação para a vivência da Sexualidade do Lesionado Medular; Explorar as competências da Enfermagem de Reabilitação na sexualidade; Compreender a necessidade da reabilitação sexual e do Modelo PLISSIT.
4 METODOLOGIA Abordagem qualitativa. Tipo exploratório e descritivo. TIPO DE ESTUDO ESTRATÉGIA DE RECIOLHA DE DADOS Entrevista: -Semiestruturada, Individual. Oito lesionados vertebro medulares de etiologia adquirida PARTICIPANTES REALIZAÇÃO/ CONTEXTO. Domicílio do entrevistados. Técnica de análise de conteúdo. TRATAMENTO/ ANÁLISE DE DADOS
5 RESULTADOS Funcionalidade sexual do lesionado medular Dificuldades na expressão na sexualidade NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO DO LESIONADO MEDULAR SOBRE SEXUALIDADE Estratégias de adaptação do lesionado medular na sexualidade Recursos utilizados na vivência da sexualidade INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO DE REABILITAÇÃO NA VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE
6 NECESSIDADES DE INFORMAÇÃO DO LESIONADO MEDULAR SOBRE SEXUALIDADE Tipo de informação Sem transmissão de informação (E 1, E 4, E 5, E 6, E 8 ) Quem devia ter dado a informação (E 3, E 8 ) Quando devia ser transmitida (E 5, E 6, E 8 ) Fontes de informação Próprio (E 1, E 4, E 6, E 7 ) Médicos (E 2, E 3, E 4 ) Enfermagem (E 1, E 2, E 4, E 5, E 6 ) Pares (E 5, E 6, E 7 ) Outros (E 1, E 6 ) Os entrevistados em que a lesão ocorreu há menos de dez anos, foram os que tiveram acesso a informação pela equipa de enfermagem e/ou médica (Hoeman, 2011; Garret, 2011).
7 INTERVENÇÃO DO ENFERMEIRO DE REABILITAÇÃO NA SEXUALIDADE DO LESIONADO MEDULAR Contacto com o EEER Contributos de intervenção do EEER Ocorreu (E 2, E 7 ) Relação estabelecida (E 2, E 3, E 4, E 5, E 7, E 8 ) Não identifica/ não ocorreu (E 1, E 4, E 5, E 6, E 8 ) Esvaziamentos (E 2, E 6, E 7 ) Sonda vesical (E 2, E 8 ) Abordagem da sexualidade (E 2, E 4, E 6 ) A saúde sexual da pessoa com LVM continua a ser das áreas menos abordadas durante o processo de reabilitação. (Magalhães [et al.], 2013) A orientação da OE refere que é através da reeducação vesical e intestinal que se prepara e inicia a reeducação sexual. (Ordem dos Enfermeiros, 2009)
8 CONCLUSÕES A saúde sexual da pessoa com LVM continua a ser das áreas menos abordadas durante o processo de reabilitação. O papel do EEER é fundamental: Intervenção a nível físico, emocional e psicológico; Envolvimento do indivíduo no seu processo de reabilitação; Promoção da autonomia do LVM [para que possa ter um papel ativo nas suas escolhas].
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11 SUGESTÃO Intervenção do enfermeiro de reabilitação na sexualidade do LVM com base no modelo PLISSIT.
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13 Modelo PLISSIT P Permissão - Muitas pessoas na sua situação necessitam de ajuda médica para a vertente sexual. Como está o seu caso? LI Informação Limitada -Que recursos já conhece para melhorar a sua atividade sexual? - Tem conhecimento que pode ser pai através de técnicas de ajuda médica? Enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação SS Sugestões Específicas TI Terapia Intensiva - Estas são as zonas erógenas mais identificadas por outras pessoas e onde pode pedir à sua parceira/o que estimule com maior persistência. - Este é o plano desenhado especialmente para si, por forma a que cumpramos os nossos objetivos. Por favor cumpra-o detalhadamente. O envolvimento da sua parceira/o é fundamental. FONTE: Garret, 2011 Terapeuta especializado
14 (...) as outras pessoas não pensam que tu tens essa necessidade. (...) As pessoas pensam que o deficiente tem uma sexualidade suja. (...) Porque as pessoas olham para nós como uma coisa à parte. Nós somos deficientes, não somos homens. Portanto nós estamos assim, não temos direito a ter sexo, não temos direito a ter sensações, não temos direito a prazer, é isso. (...) a sociedade ainda não está aberta para este tipo de vivência e de sentir o outro como um ser normal, com direito a sentir, a viver e a ter prazer. E 4
15 Gratas pela atenção! Edite Oliveira Félix de Queirós Clara de Assis Coelho de Araújo
16 REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS - Garret, A. M. R. (2011). Contributos Para a Reabilitação da Sexualidade dos Lesionados Medulares: Elaboração de um Programa Reabilitador (Tese de Doutoramento). Universidade Fernando Pessoa, Portugal. - Hoeman, S. P. (2011). Enfermagem de Reabilitação Prevenção, Intervenção e Resultados Esperados (4ª ed.). Loures: Lusodidacta Soc. Port. de Material Didáctico, Lda. - Ordem dos Enfermeiros. Comissão de Especialidade de Enfermagem de Reabilitação. (2009). Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa com Traumatismo Vértebro-Medular. Lisboa: Portugal: Autor.
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