Taxonomia Vegetal. Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT-UEA
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1 Taxonomia Vegetal Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT-UEA
2 UNIDADE 1 Introdução à Taxonomia Vegetal Definições e conceitos importantes Filogenia Diversidade de organismos Importância do conhecimento taxonômico para o Engenheiro Florestal Revisão sobre Morfologia Vegetal Principais sistemas de classificação
3 Conceito de Taxonomia Para alguns autores Taxonomia = Sistemática Vegetal Para outros, Taxonomia é a ciência que elabora as leis de classificação, enquanto a Sistemática agrupa as plantas dentro dos sistemas estabelecidos pela Taxonomia¹ Ramo da Botânica que trata da classificação, nomenclatura e identificação das plantas² 1 IFSC-LCE-Universidade de São Carlos; 2 - Martins-da-Silva et al., 2014.
4 Conceito de Taxonomia Taxonomia é o estudo das relações filogenéticas entre as plantas¹ 1 Ribeiro et al., 1999.
5 O que é filogenia? É o uso da distância evolutiva como principal (ou único) critério para classificação dos organismos¹ 1 Souza e Lorenzi, 2008.
6 Filogenia das Angiospermas Desde os primeiros estudos, houve uma preocupação em organizar as Angiospermas de acordo com seu grau de parentesco Sistemas de classificação tradicionais não baseados em análise filogenética são chamados gradistas: Sistema de Engler Sistema de Cronquist
7 Filogenia das Angiospermas Sistemas baseados em análise cladística são chamados cladistas: APG (1998) APGII (2003) As atuais ferramentas de análise, como a cladística, representam hoje o que há de mais adequado para a classificação dos vegetais
8 Sobre estudos filogenéticos: É um erro pensar que todos são baseados em estudos de DNA Qualquer característica da planta pode ser analisada Em termos de comparação, nenhum caractere taxonômico é melhor do que outro, a priori Há sim, uma grande influência de alterações genéticas que podem se manifestar morfologicamente
9 O peso de uma característica só pode ser adequadamente determinado depois de realizadas as análise filogenéticas
10 Uso da Taxonomia Para Engenheiros Florestais, Biólogos, Agrônomos e outros profissionais ligados às ciências ambientais: Dendrologia Inventários Florísticos Inventários Florestais Comerciais Identificação correta de culturas agronômicas, frutíferas, plantas ornamentais Importância econômica e científica
11 É importante saber que: Profissionalmente, o Engenheiro Florestal aplica a Taxonomia, o que requer conhecimentos profundos de morfologia e prática.
12 Terminologia Caractere taxonômico: caracteres utilizados na classificação dos seres vivos, atributo que difere aquele indivíduo ou grupo de indivíduo de outros. Classificação: ordenação de forma hierárquica de acordo com critérios pré-estabelecidos. Identificação: reconhecimento de uma determinada espécie como sendo idêntica a uma anteriormente classificada.
13 Terminologia Táxon: agrupamento taxonômico de qualquer categoria (família, gênero, espécie e outros). Espécie: categoria básica da hierarquia taxonômica que pode ser definida como a menor população permanentemente distinta e distinguível das demais, com cruzamento possível e produção de descendência fértil. Filogenia: é o estudo da relação evolutiva entre grupos de organismos
14 Metodologia adotada por taxonomistas: COLETA DE MATERIAL Mínimo de 5 amostras; de preferência com caracteres reprodutivos; anotar todas as informações do local de coleta, da planta, do coletor, data e outros. HERBORIZAÇÃO Preparação do material para a identificação e registro em herbário. IDENTIFICAÇÃO Nomenclatura do exemplar dentro do sistema binomial utilizando uma chave de identificação. DESCRIÇÃO Enumeração de características vegetativas que permitirão a comparação da espécies com outros exemplares.
15 Diversidade de organismos espécies vegetais Fonte: Acesso em: 18 de fevereiro de 2018.
16 Sistemas de Classificação Cada cultura já teve seu próprio sistema de classificação e nomenclatura em algum tempo da história A comunicação e troca de informações entre os povos se tornou difícil pela diferença entre os sistemas de classificação, nomenclatura e idiomas Hoje em dia existe um sistema internacional de nomenclatura baseado em uma classificação que reflete a filogenia das plantas
17 Caracteres morfológicos utilizados na identificação de plantas: Casca ou ritidoma Folha Ramificação Exsudatos Glândulas Outros... Verificar Guia da Reserva Ducke (Ribeiro et al., 1999)
18 MORFOLOGIA Ramo da botânica que estuda as formas e estruturas das plantas, sendo de grande importância em todas as áreas que estudam vegetais; A nomenclatura é regida pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN) e inclui todos os grupos de plantas.
19 MORFOLOGIA DO CAULE 1.Haste 2.Colmo 3.Tronco ou fuste 4.Estipe 5.Rizoma 6.Estolho 7.Sarmento 8.Caules volúveis 9.Caules subterrâneos
20 MORFOLOGIA DO CAULE HASTE Haste é um tipo de caule delicado, nunca lenhoso, ereto e geralmente de cor verde. É o caule das plantas herbáceas.
21 MORFOLOGIA DO CAULE COLMO Colmo é um caule dividido em gomos. Com nós e entrenós muito bem definidos. Este tipo de caule é comum nas monocotiledôneas.
22 MORFOLOGIA DO CAULE TRONCO OU FUSTE Crescimento se dá pela extensão da gema apical. Caule monopodial, lenhoso, rígido. Tronco das árvores.
23 MORFOLOGIA DO CAULE ESTIPE Tipo de caule que sustenta folhas apicais, crescem monopodialmente por toda vida. Caule das palmeiras.
24 MORFOLOGIA DO CAULE RIZOMA Tipo de caule que cresce paralelo ao substrato (algumas vezes de forma subterrânea), lançando regularmente folhas e raízes adventícias.
25 MORFOLOGIA DO CAULE ESTOLHO É uma variação dos rizomas, mas os entrenós ou apenas próximos a seu ápice. Muitas vezes, plantas com crescimento principal ereto usam o estolho como forma de reprodução vegetativa.
26 MORFOLOGIA DO CAULE SARMENTO É um tipo de caule que cresce rastejando na superfície do solo, mas que está enraizado a ele em somente um ponto na base do caule.
27 MORFOLOGIA DO CAULE CAULE VOLÚVEL Enrola-se ao longo de um suporte vertical enquanto lança suas folhas. É o caule típico das lianas.
28 MORFOLOGIA DO CAULE CAULES SUBTERRÂNEOS BULBOS São rizomas que tornaramse entumecidos, com formato globoso ou cilíndrico. TUBÉRCULOS
29 MORFOLOGIA DA RAIZ A raiz é uma estrutura de grande importância na conquista da terra pelas plantas. Proporciona o crescimento de estruturas capazes de crescer subterraneamente e buscar água e minerais, além de fixarem a planta no substrato Posteriormente, as raízes adquiriram também outras funções como reserva de nutrientes ou mesmo fotossíntese.
30 MORFOLOGIA DA RAIZ Tipos de raízes Pivotantes Fasciculadas
31 MORFOLOGIA DA RAIZ Partes de uma raiz
32 MORFOLOGIA DA RAIZ RAÍZES TUBEROSAS São raízes entumecidas com reserva de amido.
33 MORFOLOGIA DA RAIZ RAÍZES GRAMPIFORMES São raízes que crescem enroladas e aderidas a um suporte.
34 MORFOLOGIA DA RAIZ RAÍZES TABULARES Ocorrem em plantas lenhosas de grande porte, auxiliando no suporte.
35 MORFOLOGIA DA RAIZ RAÍZES ESCORAS São raízes adventícias que auxiliam no suporte de plantas de grande porte.
36 MORFOLOGIA DA RAIZ HAUSTÓRIOS São raízes penetrantes no sistema vascular de plantas hospedeiras que ocorrem em plantas parasitas.
37 MORFOLOGIA DA RAIZ PNEUMATÓFOROS São raízes respiratórias de plantas que ocorrem em áreas alagadas e que crescem para fora do solo.
38 MORFOLOGIA DA RAIZ VELAME É um tipo de raiz aérea com epiderme múltipla e capacidade fotossintetizante.
39 MORFOLOGIA DA FOLHA As folhas são estruturas laminares de captação de luz e trocas gasosas. Em sus tecidos concentra-se a maior parte da clorofila presente na planta. São fundamentais para as trocas gasosas e transpiração. A diversidade de formas, cores e tamanhos parece refletir a importância adaptativa das folhas. Reservam e capturam nutrientes no caso de plantas carnívoras.
40 MORFOLOGIA DA FOLHA Partes de uma folha
41 MORFOLOGIA DA FOLHA Partes de uma folha
42 MORFOLOGIA DA FOLHA Variação adaptativa do sistema fotossintético Filódios Gavinhas Ascídias Suculentas Acícula Espinhos
43 MORFOLOGIA DA FOLHA DELTÓIDE FORMATO DO LIMBO 1) Folhas mais largas na base Bellucia sp. Melastomataceae IaneGomes, 2015.
44 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO Mais larga próximo à base LANCEOLADA Anador
45 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO Mais larga próximo à base OVADA Melastomataceae
46 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO 2) Mais larga no meio ROMBOIDE
47 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO Mais larga no meio ELÍPTICA
48 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO Mais larga no meio ESTREITO-ELÍPTICA
49 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO 3) Mais larga próximo ao ápice OBLANCEOLADA
50 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO LIMBO Mais larga próximo ao ápice OBOVADA
51 MORFOLOGIA DA FOLHA FOLHAS COMPOSTAS BIFOLIOLADA TRIFOLIOLADA
52 MORFOLOGIA DA FOLHA FOLHAS COMPOSTAS BIPINADA PALMADA PARIPINADA PINADA IMPARIPINADA
53 MORFOLOGIA DA FOLHA FOLHAS COMPOSTAS raque foliólulo pulvínulo pulvino ráquila folíolos
54 MORFOLOGIA DA FOLHA PADRÕES DE INCISÃO NA LÂMINA FOLIAR Folhas lobadas Pinatífida Palmatífida Pedatífida
55 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DA BASE
56 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DA BASE
57 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DA BASE
58 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DA BASE
59 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DA BASE
60 MORFOLOGIA DA FOLHA FORMATO DO ÁPICE
61 MORFOLOGIA DA FOLHA TIPOS DE MARGEM FOLIAR
62 Margem inteira
63 MORFOLOGIA DA FOLHA PADRÕES BÁSICOS DE VENAÇÃO
64 MORFOLOGIA DA FOLHA PADRÕES BÁSICOS DE VENAÇÃO
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