RESUMO EXPANDIDO. Palavras-chave: Resíduos Sólidos da Construção e da Demolição (RCD s), Gestão ambiental, Sustentabilidade.

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1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENADORIA GERAL DE PESQUISA Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 Bairro: Ininga CEP: Teresina-PI Brasil Fone (86) Fone/Fax (86) pesquisa@ufpi.br RESUMO EXPANDIDO A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE DISCENTE. Tércia Emanuelle Ribeiro Alves (bolsista do PIBIC/UFPI), Maria do Socorro Ferreira dos Santos (Orientadora, Depto de Engenharia de Produção UFPI) Resumo: Tendo como base a A NBR 15113/2004 e a resolução do CONAMA nº 307/2002 e suas devidas definições sobre Resíduos Sólidos da Construção e da Demolição (RCD s), o presente estudo busca fazer uma análise de como se dá a disposição, manuseio e gestão destes resíduos no Município de Teresina. Para tal, utilizou-se de pesquisa de campo, realizada através de visitas a canteiros de obra de construtoras de grande porte instaladas na cidade e ainda às empresas terceirizadas atuantes na coleta de entulho de construção civil, para aplicação de questionários que possibilitariam o levantamento de dados para estudo. Palavras-chave: Resíduos Sólidos da Construção e da Demolição (RCD s), Gestão ambiental, Sustentabilidade. Introdução Resíduos sólidos são gerados por quase todas as atividades humanas. Esta geração é inerente ao modo de vida humana, e mesmo ela podendo ser diminuída, não há como zerá-la. Como fator agravante, o manejo inadequado dos resíduos sólidos, desde a geração até a destinação final, pode resultar em impactos ambientais, sociais, econômicos e a saúde pública (SÃO PAULO, 2011a) Desta forma resta apenas realizar a melhor gestão possível desses resíduos, buscando minimizar os seus potenciais impactos ambientais negativos dos mesmos (MAEDA, 2013).

2 A ausência de uma política adequada de gestão dos Resíduos Sólidos da Construção e da Demolição (RCD s), na grande maioria das empresas brasileiras, em especial Teresinenses, fez surgir esta proposta de trabalho visto que segundo Mesquita (2012) a cidade de Teresina não se apresenta com um cenário alheio a tais condições, e nos últimos anos vem passando por um processo acelerado de verticalização, onde se observa construções de enormes prédios residenciais em toda a zona urbana, acompanhada da geração de uma grande quantidade de resíduos de construção. O autor acrescenta ainda em sua colocação que no estado do Piauí poucos estudos têm sido feitos no que diz respeito à avaliação dos resíduos sólidos da construção civil. Portanto, implantar um sistema de gestão ambiental é de perceptível e inadiável importância para o Município de Teresina, que poderá contribuir não só para o avanço gerencial do município em relação aos resíduos de construção civil, mas também para o uso racional dos recursos naturais, protegendo assim, o meio ambiente. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar a gestão de resíduos de construção civil, na cidade de Teresina - Piauí, com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e Resolução do CONAMA nº 307/2002, de forma a contribuir com a sustentabilidade ambiental na construção civil. Metodologia A realização da pesquisa se deu em duas etapas, na primeira realizou-se a aplicação de questionários em canteiros de obra das empresas de construção civil da cidade de Teresina encontradas através de lista fornecida pelo Sindicato da Indústria e Construção Civil Teresina SINDUSCON. Quatorze empresas foram visitadas, com respectiva aplicação de questionários e análise dos dados quantitativos, da identificação dos tratamentos utilizados, e da possível existência de propostas de reutilização e reciclagem desses resíduos produzidos na cidade sob vários aspectos como de coleta, destinação e composição. Na segunda etapa da pesquisa, apesar de contatada a Secretaria de Desenvolvimento Urbano - SDU da cidade a fim de quantificar as recolhedoras atuantes no município, a mesma não possuía essa informação, portanto foi realizado um levantamento informal para tal quantificação. Foram identificadas 14(quatorze) empresas na cidade no primeiro semestre do ano de 2015 das quais uma amostra de 8(oito) concordou em participar da pesquisa. Foi então, aplicado questionário com as recolhedoras de entulho também sobre os temas como coleta, destinação e composição e posteriormente os resultados recolhidos foram analisados e discutidos com o auxílio de informações obtidas em contato com os órgãos responsáveis pelo gerenciamento de RCD na cidade de Teresina: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis IBAMA-PI, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMAR-PI, e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMAM-Teresina. Esta é, portanto, uma pesquisa aplicada, exploratória, com abordagem combinada quantitativa e qualitativa, que se utilizou de meios como pesquisa de campo e aplicação de questionários e com métodos de natureza experimental, de levantamentos e estudo de caso.

3 Resultados e discussão Com a aplicação de questionários em canteiros de obra das empresas de construção civil e posteriormente em empresas recolhedoras de entulho, foi possível realizar um diagnóstico amplo e completo da disposição dos resíduos da construção civil e demolição na cidade de Teresina. Ele foi feito através de análise dos dados quantitativos, da identificação dos tratamentos utilizados, e da possível existência de propostas de reutilização e reciclagem desses resíduos produzidos na cidade. A análise foi realizada sob vários aspectos como de coleta, apresentado na Figura 1, destinação, apresentado na Figura 2 e composição, apresentado na Figura 3 e no Quadro 1. Figura 1. Coleta de resíduos nas construções civis da cidade de Teresina. (a) (b) (c) Quanto à destinação, a situação encontrada ainda é precária, pois praticamente 92% de todos os materiais gerados na construção civil (recicláveis e não recicláveis) são destinados conjuntamente para o aterro da cidade. A Figura 2 ilustra o panorama numérico desse quadro. Figura 2. Destinação dos contêineres de RCD's gerados pela obra Sore o aspecto de composição um dos questionamentos levantados durante a pesquisa foi sobre a composição dos contêineres transportados pelas empresas recolhedoras, e preenchidos

4 pelas contrutoras, as respostas ao questionamento foram subjetivas pelas recolhedoras, apresentadas no Quadro 1 e as observadas nas contrutoras apresentadas na Figura 3. Figura 3. Contêineres sem separação de resíduos. (a) (b) (c) (d) Quadro 1 Composição de contêineres recolhidos na cidade de Teresina. Composição dos contêineres Porcentagem de RCD s Empresa 01 Apenas RCD 100 % Empresa 02 Resíduos misturados Não há estimativa Empresa 03 Todo tipo de resíduo com excessão de alimentos e galhos de árvores Pessoa física não há estimativa Pessoa jurídica em média 90% Empresa 04 Apenas RCD 100 % Empresa 05 Apenas RCD 100% Empresa 06 Apenas RCD 100% Empresa 07 RCD e galhos de árvores 70% Empresa 08 Maioria RCD mas sempre há lixo doméstico jogado pela população. 80% Considerações Finais O alcance do objetivo proposto e a análise das práticas aplicadas na Gestão dos Resíduos Sólidos da Construção e da Demolição nos canteiros de obra do Município de Teresina foram possíveis graças ao método do estudo, de um bom levantamento de dados como resultados e dos retornos satisfatórios obtidos, constatando, portanto, que esta gestão é ainda bastante falha com adoção de práticas não eficazes para amenizar o impacto ambiental causado e bastante deficiente em relação à destinação adequada aos resíduos produzidos.

5 Referências MAEDA, E.E. Diagnóstico da gestão de resíduos sólidos do município do estado de São Paulo a partir dos planos municipais de Gestão Integrada. São Carlos, MESQUITA, A. S. G. Ánalise da geração de resíduos sólidos da construção civil em Teresina, Piauí. Revista Holos, Teresina, v.2, n.28, p.58 65, SÃO PAULO (Estado) Secretaria do Meio Ambiente. Resíduos Sólidos/ Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Coordenadoria de Planejamento Ambiental São Paulo: SMA/CPLA, p.:15,5 x 22,3 (Cadernos de Educação Ambiental, 10).