XI CONGRESSO DA UGT RESOLUÇÃO PROGRAMÁTICA VENCER A CRISE. CONSTRUIR O FUTURO COM EMPREGO E SOLIDARIEDADE 100 PROPOSTAS PARA MUDAR PORTUGAL
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1 Aprovado em Congresso XI CONGRESSO DA UGT RESOLUÇÃO PROGRAMÁTICA VENCER A CRISE. CONSTRUIR O FUTURO COM EMPREGO E SOLIDARIEDADE 100 PROPOSTAS PARA MUDAR PORTUGAL O Secretariado Nacional da UGT coloca à discussão dos filiados a Resolução Programática, proposta ao XI Congresso. São 100 propostas reivindicativas da Central que contém Acções a desenvolver pela UGT nos próximos 4 anos. Os Órgãos saídos do Congresso deverão lutar em defesa de tais Propostas e Acções que, a serem levadas à prática, alterariam profundamente as condições de Vida e de Trabalho em Portugal, tornando o nosso País mais justo e solidário, com mais e melhor emprego e podendo mais facilmente vencer a crise em que se encontra mergulhado. I - VENCER A CRISE. VALORIZAR O TRABALHO 1. Combater as Causas O nosso País confronta-se hoje com uma grave crise económica, que está a provocar um aumento acentuado do desemprego e situações de carência grave para muitos trabalhadores e suas famílias. A crise é de âmbito mundial, estando a provocar uma situação de recessão internacional. As causas são múltiplas, Inicia-se no sector financeiro, sobretudo devido a políticas especulativas assentos no lucro fácil e rápido e num financiamento fácil às empresas e famílias, com taxas de juro extremamente elevadas. Propaga-se à economia produtiva, não só face à sua dependência do sector financeiro, mas também devido a uma globalização sem regras, que promoveu a desregulação social e agravou as desigualdades económicas e sociais. 1
2 A globalização foi dominada pela livre circulação de capitais sem qualquer regulação, na actividade das multinacionais sem controle e numa concorrência desleal assente na violação dos direitos fundamentais dos trabalhadores e destruidora do ambiente e dos recursos naturais. A procura do lucro a todo o custo fez com que os capitais se orientassem para o sector financeiro e que muitas empresas dos restantes sectores não fizessem os necessários investimentos, desviando recursos para a especulação financeira. Há que combater a crise nas suas origens, para evitar a sua repetição, cada vez mais perigosa. Há que apostar numa globalização diferente, proibindo ou limitando fortemente as actividades especulativas e regulando a globalização. 2. Regular o Sector Financeiro a nível Mundial O combate à crise implica acções a nível nacional e a nível internacional. A actuação concertada a nível mundial é indispensável, não só porque assim se poderão obter melhores resultados nas acções a nível nacional, mas também porque só desse modo se poderão combater as causas profundas que estão na sua origem. A Europa e, particularmente a União Europeia tem aqui especiais responsabilidades. A UGT não defende o regresso a um proteccionismo do passado, que agrava as desigualdades e impede a melhoria das condições de vida e de trabalho. Mas também não aceitamos uma globalização assente no dumping social, e no agravamento das desigualdades entre os países mais ricos e os mais pobres e na tentativa de impor em todos os Países a desregulação social. Regular os mercados financeiros, proibindo as operações puramente especulativas; Introduzir transparência nas operações e nas contas do sector financeiro; Proibir a acção dos paraísos fiscais; Taxar as operações financeiras internacionais (taxa Tobin); Introduzir uma regulação financeira a nível da União Europeia. 2
3 3. Reforçar a Intervenção da União Europeia O movimento sindical há muito que reclama uma governação económica e social por parte da União Europeia, que ultrapasse a mera gestão da livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas e aprofunde a dimensão social. A actual situação também é em muito devida a uma actuação do Banco Central Europeu que apenas se preocupou com o combate à inflação, desprezando totalmente os efeitos no crescimento económico. O sistemático aumento das taxas de juro prejudicou fortemente as empresas e as famílias. Perante a crise, assiste-se agora a uma resposta a nível da União Europeia. O Plano Europeu para o Relançamento é uma base para uma actuação concertada dos 27 Estados Membros. Para a UGT, o Plano Europeu é positivo, mas claramente insuficiente nos meios financeiros envolvidos e na capacidade para promover acções coordenadas entre os diferentes Países, nomeadamente no combate ao desemprego e no apoio às famílias. A União Europeia deverá desenvolver acções positivas de aumento do consumo interno, por via da melhoria dos salários e das pensões. Face à dimensão do mercado interno europeu, é o consumo o principal dinamizador do crescimento económico. A nível mundial, o papel da Europa é fundamental, devendo ser reforçada a intervenção da UE na defesa de uma globalização diferente, com dimensão social e com respeito pelos direitos humanos e sociais. Reforçar o Orçamento Comunitário para combate à crise, quer por via das receitas, quer pelo reforço dos meios financeiros para investimento; Reforçar o Fundo Europeu para a Globalização; Reforçar a governação económica da UE e a orientação das políticas do BCE; Reforçar a governação social da UE e defender o modelo social europeu; Maior intervenção da UE a nível mundial, agindo activamente para uma globalização diferente; Melhor actuação a nível dos acordos a nível bi e multilateral, em defesa da dimensão social e dos direitos humanos; Reforçar os meios comunitários afectos à cooperação para o desenvolvimento. 4. Reforçar e Melhorar as Políticas Públicas em Portugal A crise veio demonstrar o papel fundamental do Estado nas áreas económica e social. 3
4 O Governo e os agentes económicos e sociais têm especiais responsabilidades no combate à crise. Impõem-se políticas públicas que promovam a criação de postos de trabalho e a melhoria da situação das empresas e famílias mais atingidas pela crise. Durante os últimos 8 anos, fomos confrontados com políticas restritivas, justificadas pelo combate ao défice orçamental. A verdade é que algumas reformas estruturais importantes não atingiram os seus resultados ou foram prejudicadas pelo baixo crescimento económico. Neste momento é importante aumentar a despesa pública e não reduzir as receitas do Estado. A UGT rejeita a diminuição das receitas da Segurança Social em medidas que não estejam ligadas aos incentivos do emprego, nos quais deve existir a devida contrapartida por via do Orçamento de Estado. Reforçar o investimento público, gerador da criação de postos de trabalho; Melhorar os apoios sociais aos desempregados, por via do alargamento do subsídio de desemprego e de reforço da empregabilidade; Melhorar as políticas activas do emprego, em especial nos incentivos à criação e manutenção dos postos de trabalho e na melhoria das qualificações; Reforçar o apoio às famílias endividadas; Reforçar as políticas de combate à pobreza e à exclusão; Melhorar o crédito às empresas, condição indispensável para a sustentação de empresas e de postos de trabalho; Pagamento atempado das dívidas do Estado e do sector público; Apoiar as empresas em dificuldades transitórias devidas à crise, desde que sejam viáveis e garantam a não diminuição do emprego e o respeito pelas normas sociais; Melhorar o poder de compra dos trabalhadores e dos pensionistas, condição indispensável para aumentar o consumo interno. Combater as práticas de concorrência desleal; Reforçar a intervenção da Inspecção Geral de Trabalho, em especial no combate aos salários em atraso e na violação dos direitos laborais por via dos despedimentos colectivos, lay-off ou encerramento ilegal de empresas. 5. Defender a Regulação Financeira a Nível Nacional A actual crise veio revelar a actuação fraudulenta de algumas Instituições financeiras, pondo em risco os depósitos dos particulares e das empresas e causando alarme social. 4
5 Do mesmo modo foram visíveis as insuficiências de actuação dos reguladores, quer perante estas Instituições, quer na informação aos consumidores. A UGT considera que o apoio ao sector financeiro deve visar que este continue a desempenhar o seu papel de financiamento do sector produtivo e das famílias, a garantia dos depósitos e a manutenção dos postos de trabalho no sector. Também se tornou evidente com a crise o papel fundamental da Caixa Geral de Depósitos como instituição pública, rejeitando a UGT quaisquer tentativas da sua privatização. Do mesmo modo se tornou claro que a prática de operações especulativas em Bolsa tem um efeito fortemente negativo na economia, gerando um clima de lucro fácil e desviando recursos da economia real. Exigir às empresas apoiadas pelo estado a não diminuição do volume de emprego; Reforçar a regulação do sector financeiro; Melhorar a intervenção dos reguladores financeiros (Banco de Portugal, Instituto de Seguros e Comissão de Mercados de Valores Mobiliários); Proibir a prática de operações puramente especulativas em Bolsa; Taxar em especial as operações financeiras de curto prazo; Proibir a distribuição de lucros e a melhoria dos salários dos gestores e impor um tecto salarial para os mesmos gestores nas empresas apoiadas pelo Estado; Reforçar o papel da Caixa Geral de Depósitos no apoio às empresas e às famílias e na prática de taxas justas; Reforçar os apoios às famílias endividadas, nomeadamente, por via do crédito à habitação; Melhorar a transparência dos contratos da banca, particularmente em termos das taxas de juro e condições de pagamento; Assegurar a transparência dos produtos financeiros do sector bancário e segurador. 6. Defender o Emprego. Criar Postos de Trabalho Hoje, mais do que nunca, há que promover a manutenção dos postos de trabalho afectados transitoriamente pela crise, quer nos sectores tradicionais, quer em sectores/empresas importantes exportadores. Há que procurar evitar que algumas empresas aproveitem a crise para promover despedimentos, muitas vezes à margem da lei, ou para não pagar os salários devidos. 5
6 Exigem-se políticas, com dimensão sectorial, de modernização e sustentação de empresas, particularmente nas que envolvam maior número de postos de trabalho ou sejam estruturantes da economia. O Estado tem um papel fundamental na criação de postos de trabalho, por via das políticas activas de emprego, por investimentos geradores dos postos de trabalho e por políticas de criação de emprego na Administração Pública ou nos sectores por si apoiados. A UGT considera que devem ser valorizados os investimentos na área social (educação, saúde, protecção social) ou em sectores estruturais (transportes públicos, energia e ambiente). Reforçar o investimento público com impacto imediato em 2009; Privilegiar os investimentos virados para os mercados locais, particularmente por via das Autarquias Locais; Privilegiar os investimentos na área social (educação, saúde e protecção social); Reforçar e implementar as políticas activas de emprego, melhorando os incentivos para criação de empregos; Favorecer a criação de empregos na área do ambiente (empregos verdes); Congelar os mecanismos de mobilidade na Administração Pública, quando os mesmos visem a diminuição do número de efectivos; Apoiar a criação de postos de trabalho na área social, nomeadamente no Estado e nas Instituições sem fins lucrativos de carácter social; Promover a manutenção do emprego em empresas em dificuldades; Apoiar a manutenção do emprego de grupos com especiais dificuldades de reinserção (trabalhadores mais idosos e grupos de risco); Reestruturar os programas comunitários, valorizando o impacto sobre o emprego. 7. Reforçar o apoio aos Desempregados O desemprego em Portugal tem vindo a aumentar atingindo actualmente níveis muito elevados, sendo já superior à média comunitária. O desemprego está a aumentar rapidamente devido a um contexto onde a crise económica se está a aprofundar sendo os seus impactos futuros previsivelmente muito negativos. A crise económica veio acentuar fenómenos como as falências e os encerramentos de empresas, a redução de efectivos e um baixo investimento de qual resulta uma fraca criação de novos postos de trabalho. São, de facto, múltiplos os factores que concorrem para o aumento do desemprego neste momento, sendo ainda especialmente relevante a não renovação de contratos a termo existentes e que actualmente é responsável por cerca de metade dos novos desempregados que se inscrevem no IEFP. 6
7 Hoje, é cada vez mais difícil encontrar um emprego, seja para os mais jovens que procuram o seu primeiro emprego ou para aqueles que, tendo perdido um emprego, estão à procura de novo emprego. Com efeito, o número de empregos criados é demasiado fraco para responder aos novos desempregados. Todos os dias a economia cria e destrói empregos. Em termos normais, o número de criação de empregos é de cerca de por ano, mas neste momento o número é sensivelmente inferior e o desemprego explode. Para além do elevado nível de desemprego, a crise vem acentuar os riscos de um aumento da duração do desemprego (actualmente 1 em cada 4 desempregados encontra-se no desemprego há dois ou mais anos e 2 em cada 4 há pelo menos 1 ano) e de uma maior desprotecção dos desempregados. Esta situação gera riscos acrescidos de pobreza e de exclusão social que urge combater. Melhorar a protecção no desemprego implica certamente assegurar a adequada atribuição das prestações de desemprego, quer em termos de valores, quer de tempo de atribuição. Mas implica igualmente ter presente que existe um número muito elevado de pessoas, porventura um número que tende a aumentar que, por razões diversas, não têm acesso ao subsídio de desemprego ou ao subsídio social de desemprego. E, para estes, o reforço das políticas sociais e das políticas activas de emprego são determinantes. As medidas já aprovadas em Portugal, nomeadamente no âmbito da Iniciativa para os Investimento e o Emprego (Dezembro 2008) são importantes na promoção da inserção no emprego e da melhoria da protecção social dos desempregados, mas cada vez mais insuficientes e tardam a produzir efeitos no terreno. O alargamento das condições de atribuição do subsídio de desemprego e do alargamento do período de concessão do subsídio social de desemprego e ainda o reforço das prestações em situações especiais de carência económica ou de agregados familiares em que mais do que um membro se encontra em situação de desemprego; O reforço das políticas de apoio social ao desempregados, assegurando a suficiente flexibilidade para se ajustarem às necessidades específicas das pessoas e das regiões; Medidas especiais de apoio às crianças e aos idosos nas famílias atingidas pelo desemprego; 7
8 Assegurar uma maior articulação entre a atribuição de prestações de desemprego com outras políticas sociais, nomeadamente em áreas como a educação, a saúde, a habitação, de modo a promover eficazmente a inclusão; Uma maior flexibilidade na articulação entre o subsídio de desemprego e o trabalho a tempo parcial, particularmente na transição vida activa-reforma; Aumentar a possibilidade de desempregados subsidiados aceitarem um posto de trabalho, sem prejuízo futuro caso caiam novamente em situação de desemprego; Uma maior aposta nas qualificações, melhorando as competências profissionais, melhorando a empregabilidade dos trabalhadores; O reforço de uma intervenção mais activa e personalizada por parte dos Centros de Emprego e de outras estruturas de apoio aos desempregados; Defender uma maior responsabilização das empresas privadas, mas também do sector público quanto ao desafio do emprego e à inserção dos desempregados; Exigir aos empresários que assumam responsabilidade social, só recorrendo à diminuição de efectivos ou ao lay-off em casos de total inviabilidade sem recurso aos mesmos. 8. Combater comportamentos pouco éticos ou ilegais O problema estrutural das sistemáticas violações à lei tem conhecido um esperado agravamento no contexto da crise que atravessamos. O sentimento de impunidade das empresas encontra-se reforçado pelo facto do actual quadro económico contribuir para camuflar as suas práticas ilegais e muitos empregadores usam, de forma gravosa, as necessidades e dificuldades legítimas de outros empregadores para agravar ainda mais as muitas situações de concorrência desleal. A lei é violada e somos confrontados, cada vez mais, com o encerramento de empresas sem que seja dado qualquer fundamento ou motivo para que tal aconteça, sem que se cumpram quaisquer dos requisitos exigidos e sem que haja qualquer procedimento formal instituído. São comportamentos que, pela sua gravidade, podem configurar a prática de um crime e que devem ser objecto de um veemente combate. A repetida extinção de postos de trabalho sem qualquer critério e sem cumprir as exigências legais, os acordos forçados de rescisão de contratos de trabalho, o recurso ao trabalho ilegal e as situações de contratação precária injustificada chegam também em número crescente aos sindicatos. As exigências de informação, consulta e participação aos representantes dos trabalhadores que a lei impõe nos despedimentos, no lay off e nos encerramentos são, neste contexto, objecto de inúmeras violações, sendo imperativo garantir o seu estrito cumprimento. 8
9 A necessidade de uma mais efectiva fiscalização para que se verifique o pleno respeito pelos princípios e pelos direitos fundamentais no trabalho é hoje acrescida. A entrada em vigor das medidas acordadas tripartidamente no sentido de operar um reforço dos meios inspectivos, técnicos e administrativos da ACT/IGT, pelo qual a UGT tanto se bateu, assume um carácter de maior urgência, sendo absolutamente essencial para que se verifique uma efectiva aplicação da lei e, nomeadamente, do novo quadro sancionatório que entrará em vigor com o Código do Trabalho. Exigir o reforço dos meios da ACT/IGT, tripartidamente acordado, com carácter de urgência; Exigir uma intervenção dos serviços inspectivos que priorize as situações mais graves de ilegalidade, nomeadamente as práticas criminais e as que coloquem em perigo a manutenção de postos de trabalho; Reforçar o envolvimento dos representantes dos trabalhadores na gestão da crise pelas empresas, sobretudo quando se verifiquem impactos para os trabalhadores e seus postos de trabalho; Exigir uma rápida entrada em vigor do procedimento simplificado de aplicação de sanções e cobrança de coimas e defender uma efectiva aplicação do novo quadro de sanções acessórias, reforçando o efeito dissuasor das mesmas. 9. Exigir a Participação dos Trabalhadores na Execução das Medidas O combate à crise exige, a devida participação dos trabalhadores. Não está só em causa o cumprimento da lei mas também a necessidade de promover a participação dos trabalhadores envolvidos e dos seus Sindicatos na procura das melhores soluções, com menores custos sociais. A participação sindical constitui um dos garantes fundamentais da protecção dos direitos dos trabalhadores e o diálogo entre trabalhadores e empresas para a obtenção de soluções coordenadas e sustentadas é central para uma desejável estabilização das relações de trabalho num contexto de forte instabilidade social e económica. É por via da negociação colectiva que, em caso de dificuldades transitórias nos mercados, como as que estão a ocorrer, se possam promover compromissos apostando na adaptabilidade dos horários de trabalho, sem diminuição de salário e tendo em conta a conciliação com a vida familiar; promovendo uma formação profissional certificada, devidamente apoiada pelo estado, de modo a promover a obtenção das qualificações necessárias no futuro; utilizando, no limite e quando indispensável, mecanismos como o lay-off e o recurso ao programa qualificação emprego; etc. O Código de Trabalho expressamente proíbe várias formas de adaptabilidade fora da negociação colectiva, sendo ilegítimas as pressões para, após encerramentos temporários ilegais, os 9
10 trabalhadores aceitarem a compensação deste por via de férias ou compensação futura das horas de trabalho perdidas. As medidas de combate à crise deverão ser operacionalizadas e monitorizadas com a devida participação dos trabalhadores envolvidos e seus representantes, a nível de sector e empresa. Exige-se uma participação activa da CPCS na discussão das medidas necessárias e na tomada atempada de decisões. Só com uma participação efectiva é possível evitar que a crise financeira e económica conduza a uma gravíssima crise social, que poderá duplicar os efeitos negativos da própria crise, com prejuízos graves também para o próprio funcionamento do sistema democrático. O acompanhamento e avaliação permanente dos impactos das políticas de emprego e formação, com participação dos Parceiros Sociais, em especial através da CPCS; O respeito pelos direitos de informação, consulta e negociação a nível de empresa; A participação dos Sindicatos na definição, acompanhamento e execução das medidas a nível sectorial e de empresa; O reforço da negociação colectiva nas medidas de combate à crise; Uma informação pública e transparente sobre as acções, impactos e meios envolvidos; Uma informação permanente sobre os impactos a nível da Segurança Social e do IEFP. 10. Defender o Trabalho como Fonte de Riqueza Durante as décadas neoliberais os direitos sociais e económicos dos trabalhadores foram frequentemente sacrificados ao que a ortodoxia intelectual então dominante chamava os imperativos da competitividade. A lógica dessa argumentação conservadora era a de que, salvo para promover a competitividade empresarial, o Estado deveria abster-se de intervir porque essa intervenção prejudicaria a competitividade empresarial e apenas as empresas competitivas poderiam garantir os empregos. Na versão mais benigna, os direitos sociais dos cidadãos e dos trabalhadores eram apresentados como vestígios dum passado socialmente generoso que a globalização condenara a desaparecer lentamente e que, na melhor das hipóteses, deveriam ficar condicionados à existência de excedentes, necessariamente reduzidos porque a mesma ortodoxia conservadora pregava simultaneamente a redução dos impostos como forma de recompensar o mérito individual dos mais aptos e facilitar a competitividade das empresas e uma choruda distribuição de lucros aos accionistas e gestores. Em suma, pregava-se a necessidade de desregulamentar a actividade 10
11 económica e as relações sociais para funcionamento dos mercados. Mais, esta ideologia era apresentada como uma inevitabilidade resultante do mundo globalizado em que viveríamos. Ora esta ideologia não passou a prova dos factos e não era nem científica nem eticamente sustentável. Não passou a prova dos factos, antes de mais, porque, mais de duas décadas depois, não há um único país dentro ou fora da Europa que a tenha aplicado integralmente. Mas também não passou a prova dos factos porque mesmo a sua aplicação parcial conduziu o capitalismo contemporâneo à crise financeira, económica e social que estamos a viver e que mostra à evidência que, sem regulação, os mercados não só não são capazes de sobreviver, como geram crises sociais da maior gravidade. A resposta para o problema do crescimento económico, não está, portanto, em reduzir o Estado para libertar os mercados, deixando para depois da produção da riqueza o problema da sua distribuição. Dessa estratégia não resultou nem o aumento da eficiência económica nem o desenvolvimento da igualdade de oportunidades e da justiça social. A questão está em articular de forma adequada o crescimento económico e o progresso social, adaptando as formas de regulação social e económica aos problemas contemporâneos de modo a produzir uma nova articulação virtuosa entre crescimento económico e justiça social. E, para tal, além de uma regulação adequada e convergente aos níveis nacional, europeu e internacional, é indispensável que, na concepção dessa nova regulação, a intervenção dos poderes públicos e dos parceiros sociais reforce a justiça e não a injustiça, como aconteceu nas décadas neoliberais. Uma intervenção justa é uma intervenção que respeita três princípios fundamentais. Primeiro, o princípio da maior liberdade igual, de acordo com o qual a expansão das liberdades individuais deve ser favorecida até ao limite em que a aplicação desta regra colide com a sua aplicação aos restantes membros da sociedade. Em segundo lugar, o princípio da justa igualdade de oportunidades, segundo o qual as oportunidades existentes ou susceptíveis de serem criadas devem ser igualmente acessíveis a todos os indivíduos com competências semelhantes. Em terceiro lugar, o princípio da diferenciação positiva, segundo o qual só podem ser consideradas justas as desigualdades de tratamento que favorecem os indivíduos menos favorecidos. 11
12 Tais princípios implicam, nas relações entre empregadores e trabalhadores e entre associações patronais e sindicatos, que a lei e as políticas públicas devem corrigir sistematicamente as assimetrias estruturais, institucionais e políticas que vêm favorecendo o capital em detrimento do trabalho. A aplicação destes três princípios não é, porém, suficiente. Em sociedades democráticas, os direitos cívicos, políticos e sociais devem, portanto, ser estabelecidos de forma coerente, com respeito pelos princípios acima definidos e ser acompanhados da criação das capacidades adequadas ao seu pleno exercício. Tal significa que o sistema político deve corrigir as desigualdades individuais e colectivas induzidas pelo funcionamento dos mercados financeiros e económicos e regular o funcionamento destes de modo eficiente e socialmente equitativo. A crise veio tornar evidente que o trabalho permanece como a base da criação de riqueza e que aposta numa economia de casino apenas gera excedentes à custa do trabalho e que não tem uma base de sustentação. Valorizar o sector produtivo como base do desenvolvimento económico e social; Desenvolver uma justa distribuição da riqueza criada; Promover uma política fiscal que penalize fortemente a especulação e beneficie os rendimentos de trabalho. II PROMOVER O TRABALHO DIGNO. COMBATER O DESEMPREGO 11.Defender o Trabalho Digno Num contexto de uma globalização, marcada pela ausência de uma efectiva regulação dos mercados financeiros e por uma visão liberal do comércio mundial, a dimensão social e humana tem sido relegada para um plano secundário, aprofundando-se as desigualdades sociais e alargando-se o espectro da pobreza e exclusão. Estes fenómenos não ocorrem apenas em países e sociedades menos desenvolvidas. De facto, mesmos nas sociedades ocidentais, nomeadamente nos países da União Europeia, se sente uma pressão para a desregulação e redução de direitos, sobretudo na área social e que põem em risco os fundamentos do modelo social europeu. Assiste-se ao aumento do desemprego, ao aumento da precariedade laboral, à pobreza e à exclusão de um número crescente de pessoas. 12
13 A introdução do trabalho digno procura reequacionar e redireccionar o rumo da globalização, reunindo as aspirações de todos na obtenção de trabalho em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade, assentando em 4 pilares fundamentais: emprego; normas, princípios e direitos laborais; protecção social e diálogo social. O trabalho digno significa criação de trabalho com qualidade, com protecção de direitos, que gera rendimentos adequados e suficientes e com protecção social para os trabalhadores e suas famílias. Significa ainda melhores perspectivas de realização pessoal, de integração social e de participação das pessoas nas decisões que afectam as suas vidas e a criação de uma efectiva igualdade de oportunidades. O trabalho digno é central para a redução e erradicação da pobreza e para um desenvolvimento sustentável, equilibrado, equitativo e inclusivo através da melhoria das condições de trabalho. A reorientação das políticas económicas e sociais afigura-se, por conseguinte, essencial e a sua legitimidade e sustentabilidade devem ser fundadas no diálogo social enquanto meio fundamental para dignificar o trabalho. 12. Defender o Emprego Estável e de Qualidade Hoje, a criação de mais e melhores empregos e a redução do desemprego são duas das principais prioridades do País. O desemprego tem vindo a sofrer um forte aumento nos últimos anos e, pela primeira vez desde a nossa integração na UE, ultrapassou, em 2007, a média comunitária. Assistimos ainda a um forte aumento da precariedade do emprego, nas múltiplas dimensões que assume (contratação a termo, falso trabalho independente, trabalho temporário). A maior segmentação do mercado de emprego que daí resulta gera situações de grande injustiça e desigualdade social, contribuindo para agravar os já de si preocupantes indicadores de pobreza e de distribuição de rendimentos, comprometendo a coesão social. A pobreza atinge actualmente não só as pessoas excluídas do mercado de emprego, mas também, e cada vez mais, os próprios trabalhadores (working poors), a maioria dos quais apanhados num ciclo vicioso de precariedade. Esta precariedade tem impactos negativos, não só nas condições de trabalho e de vida dos trabalhadores, mas também nos níveis de produtividade e, consequentemente, na capacidade de inovação e de competitividade das empresas e do País, bem como na sustentabilidade das contas da Segurança Social. A criação de mais e melhores empregos passa, desde logo, por uma economia saudável, com forte crescimento económico. Tal não tem porém ocorrido em Portugal que, nos últimos anos, tem tido 13
14 baixas taxas de crescimento económico, o que se agudizou no actual quadro de crise financeira internacional e que tende a estender-se no tempo. Num momento em que o baixo crescimento económico exigiria políticas macroeconómicas mais expansionistas, assistimos precisamente ao contrário, ou seja, para combater o défice público e consolidar as finanças públicas, os sucessivos Governos assumiram políticas fortemente restritivas, agravando ainda mais o contexto económico. Nesse âmbito, todas as medidas que contribuam para o crescimento económico são fundamentais, sendo de destacar o papel decisivo do investimento público e do apoio à criação de condições ao investimento privado. Importa, no entanto, ter presente que existem determinados grupos cuja integração no mercado de emprego se afigura mais difícil, mesmo em momentos de maior crescimento económico. E, nesse sentido, as políticas activas de emprego assumem um papel decisivo para promover a integração dos desempregados, especialmente em momentos de crise económica. Na dinâmica de criação e destruição de empregos há que ter em consideração as diferenças sectoriais, o que nem sempre sucede com as actuais políticas públicas construídas numa lógica horizontal. Com efeito, os sectores e actividades têm vivido de forma distinta a crise económica e dentro de cada um co-existem empresas em crescimento e altamente produtivas com outras que enfrentam situações difíceis, como a falência, o desemprego e os salários em atraso. O PNACE - Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego -, concretizando a Agenda de Lisboa, e que integra o Plano Nacional para o Emprego, é certamente um instrumento central neste domínio. Mas será necessário que se oriente mais para aqueles que são actualmente os desafios e prioridades - o crescimento económico e o emprego. Exigir políticas económicas equilibradas, atendendo aos objectivos e prioridades da Estratégia de Lisboa, onde a dimensão económica, a social e a ambiental são interdependentes e igualmente importantes; Defender o reforço do Investimento público e a criação de condições para o investimento privado; Exigir políticas públicas mais flexíveis e ajustadas às realidades de sectores e empresas, respondendo equilibradamente aos desafios de modernização e de manutenção/criação de emprego; Exigir um reforço e uma sistemática avaliação das políticas activas de emprego, promovendo a inserção para os grupos mais fragilizados perante o mercado; Assegurar uma participação efectiva dos Parceiros Sociais na definição, acompanhamento e avaliação do Plano Nacional de Reforma (Estratégia de Lisboa); Exigir a efectiva aposta na melhoria das qualificações dos portugueses, nomeadamente daqueles que já se encontram no mercado de emprego. 14
15 13. Combater a Precariedade A precariedade afecta negativamente não só os trabalhadores e respectivas famílias, mas também o próprio desenvolvimento sustentável do País, levantando obstáculos à melhoria dos níveis de produtividade e de competitividade e ao reforço da qualificação dos trabalhadores. Sendo inegável que hoje a precariedade afecta todos os trabalhadores, não podemos deixar de ter presente que há grupos especialmente atingidos: os jovens, os trabalhadores mais idosos que procuram um novo emprego e os trabalhadores migrantes, entre outros. Portugal, junto com a Espanha e a Polónia, tem um dos mais elevados índices de precariedade na Europa, ultrapassando em muito os níveis que se podem considerar como um instrumento legítimo de adaptação das empresas. Tal situação encontra a sua explicação nos muitos casos de precariedade ilegal, como os falsos recibos verdes, para os quais o próprio Estado tem contribuido, e no recurso excessivo e mesmo abusivo ao trabalho precário, ainda que legal. A UGT sempre defendeu como necessária uma intervenção legislativa que circunscrevesse a utilização do trabalho precário às situações em que se verificassem necessidades temporárias por parte das empresas, obstando a que a sua utilização se continue a operar apenas por ser um trabalho mais barato. O Acordo Tripartido sobre as Relações de Trabalho em Portugal, que a UGT subscreveu, contemplou um conjunto de medidas em 3 eixos de actuação que sempre considerámos essenciais: combater a precariedade ilegal, reduzir o trabalho precário legal e melhorar a protecção social dos contratos atípicos. Se no combate ao trabalho ilegal se pode destacar a revisão dos indícios da presunção de falso trabalho independente e o reforço das sanções, no domínio da redução da precariedade legal conseguimos consenso em medidas fundamentais. A redução da duração máxima dos contratos a prazo para 3 anos e a proibição das grandes empresas (mais de 750 trabalhadores) celebrarem contratos a termo só pelo facto de abrirem novos estabelecimentos são disso claro exemplo. A aplicação da limitação temporal e das regras de sucessão da contratação a termo a várias formas de contratação (trabalho temporário, prestação de serviços) e sempre que a actividade seja prestada não somente para a mesma empresa mas para todo um grupo de empresas, contribuirão para evitar a actual ocupação de postos de trabalho permanentes pela rotatividade de trabalhadores entre empresas e tipos de contratos. 15
16 O trabalho temporário é uma das formas de precariedade cuja expressão tem conhecido maior crescimento, não só pelos motivos para os quais foi criado, mas também e frequentemente em substituição da contratação a termo e apenas por ser mais barato. A consagração da cobertura dos trabalhadores temporários pela negociação colectiva após 120 dias de trabalho para uma mesma empresa irá limitar o recurso abusivo a essa forma de contratação. O conjunto de medidas complementares à legislação do trabalho, nomeadamente o agravamento das contribuições das empresas para a Segurança Social nos contratos a termo, que assegura condições mais favoráveis à contratação sem termo, o pagamento de uma contribuição de 5% sobre os recibos verdes e o reforço da protecção social dos trabalhadores independentes (agora protegidos na doença), são medidas que tendencialmente contribuirão para reduzir a precariedade. O acompanhamento destas e de outras medidas e do seu impacto na evolução do fenómeno da precariedade deverá ser realizado de forma regular, nomeadamente em sede de Concertação Social, conforme tripartidamente acordado, garantindo a sua rápida implementação, uma efectiva avaliação dos resultados obtidos e, sempre que necessário, a sua revisão. O reforço dos meios inspectivos a operar na Autoridade para as Condições de Trabalho, igualmente acordado, deverá traduzir-se prioritariamente no combate à precariedade, garantindo a efectiva aplicação das disposições legais em vigor. A UGT assume a redução da precariedade como um objectivo central da acção da UGT. Zelar pela rápida implementação das medidas acordadas de combate à precariedade; Acompanhar de forma continuada e regular a evolução da contratação precária em sede de concertação social, conforme o acordo tripartido sobre as Relações de Trabalho, Emprego e Protecção Social; Priorizar o combate à precariedade no âmbito da intervenção da ACT/IGT, o que exigirá não apenas a efectivação do aumento de meios, mas também uma aposta na sua qualificação; Assegurar o acompanhamento do combate aos falsos recibos verdes na Administração Pública, no quadro do recentemente publicado Contrato de Trabalho em Funções Públicas; Promover medidas de combate à precariedade por via da negociação colectiva. 14. Reforçar as Políticas Activas de Emprego Num contexto de desemprego elevado e de crescentes dificuldades de inserção sentidas por determinados grupos e segmentos da população, as políticas activas de emprego desempenham um papel determinante na melhoria da empregabilidade e da integração no mercado de emprego, devendo contribuir para amortecer as crises e as flutuações da economia. 16
17 Em Portugal, o nível de políticas activas de emprego é claramente inferior à média da OCDE, baixando ainda mais quando retiradas as despesas com a formação profissional. As políticas activas devem apoiar um regresso mais rápido e sustentável dos desempregados ao trabalho, gerir os problemas de populações desfavorecidas perante o mercado de trabalho, promover um maior equilíbrio entre a oferta e procura e facilitar as diferentes transições, não só do desemprego para o emprego, mas também da inactividade para o emprego e do emprego para o emprego (prevenindo perdas de emprego e reforçando a adaptabilidade dos trabalhadores). A avaliação das políticas de emprego, sendo um elemento determinante para a melhoria da eficácia destas medidas, tem estado sobretudo concentrada nos aspectos financeiros associados, e não propriamente nos aspectos que se ligam à empregabilidade e à inserção no emprego, que são objectivos-últimos. Desta situação decorre a manutenção no tempo de medidas, por vezes excessivamente caras e sem impactos efectivos na melhoria das condições dos desempregados, o que é inaceitável. A UGT exige, desde logo, a rápida conclusão e implementação da revisão das políticas activas de emprego, discussão interrompida em sede de CPCS e que urge reiniciar, continuando a defender que essa revisão deve ter como objectivos a simplificação e a concentração das medidas junto de públicos mais desfavorecidos. Exige um forte reforço das políticas activas de emprego, não só para combate à crise, mas também no médio prazo; Um maior equilíbrio nas diferentes dimensões destas políticas (inserção e formação profissional), apostando-se mais fortemente nas políticas ditas mais activas, ou seja, de apoio à integração no mercado de emprego, no apoio à criação de emprego e nos incentivos ao emprego; Que as respostas sejam mais focalizadas nos públicos mais fragilizados, criando mecanismos flexíveis, no tipo de intervenção e na sua duração, que permitam responder melhor às especificidades dos diferentes grupos ou regiões; A implementação de um sistema permanente de avaliação que seja sustentado não apenas nas metas específicas de cada medida, mas essencialmente em termos do efectivo contributo para a criação de novos empregos, para a empregabilidade e inserção das pessoas e para a modernização da economia e que permita adequada revisão das políticas; Assegurar um adequado acompanhamento dos parceiros sociais no acompanhamento, avaliação e revisão das medidas activas; A modernização dos Serviços Públicos de Emprego, melhorando a actuação em áreaschave que condicionam o sucesso das políticas activas (captação de ofertas de emprego, uma maior personalização das respostas aos desempregados, maior aproximação ao tecido produtivo local); 17
18 A articulação entre os Serviços Públicos de Emprego e os Serviços/Agências privadas de colocação, no sentido de potenciar as oportunidades de inserção dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego. 15. Apoiar os Desempregados Nos últimos anos, temos assistido a um crescimento muito intenso do desemprego, com a taxa de desemprego quase a duplicar entre 2000 e O desemprego tem vindo a aumentar em todos os grupos, ainda que atinja com especial intensidade alguns grupos mais fragilizados. Temos, nomeadamente, os jovens, os trabalhadores mais idosos, os deficientes e os imigrantes, com maiores dificuldades de integração no emprego. Tal como sucede na UE, temos vindo ainda a registar um forte crescimento do desemprego em grupos mais qualificados, como os licenciados, o que será algo paradoxal num país cujo tecido económico carece de profissionais qualificados. Hoje, o desemprego de longa duração (mais de um ano) e de muito longa duração (mais de 2 anos), não só é muito elevado, como tem tendência a aumentar. A agudização da crise agudizará esta situação, especialmente em grupos já mais fragilizados como os referidos anteriormente. Esta é uma questão central que tem de encontrar eco nas políticas públicas de segurança social, de protecção social, de emprego, de formação profissional e da acção social. O recente alargamento do período de concessão do subsídio social de desemprego será um elemento positivo, mas ainda assim insuficiente. A maior individualização e personalização das respostas dos serviços públicos de emprego tornam-se ainda mais necessárias, para evitar uma permanência excessivamente longa em situação de desemprego e situações de exclusão. Na protecção ao desemprego importa ter presente duas situações distintas. Por um lado, existe um grupo que beneficia do subsídio de desemprego, conforme o regime de protecção ao desemprego. e, por outro lado, um grupo que, por não reunir as condições de garantia definidas legalmente, não tem direito a subsídio de desemprego. De referir que, em 2006, o regime de protecção social no desemprego foi revisto em sede de Concertação Social, com um acordo tripartido subscrito pela generalidade dos parceiros, implicando avanços importantes em áreas tais como a maior responsabilização do desempregado, mas também dos serviços públicos de emprego, na procura de emprego, a clarificação do conceito de trabalho conveniente para efeitos de recusa de trabalho e uma diferenciação da duração da prestação em função da idade e da carreira contributiva prévia. Integrar o combate ao desemprego como prioridade transversal nas políticas públicas; 18
19 Adequar os meios humanos e materiais dos serviços públicos às novas exigências impostas, quer no âmbito do novo regime de desemprego, quer do aumento expectável do desemprego; Agilizar os procedimentos de processamento e pagamento das prestações de desemprego, reduzindo os tempos de espera; O desenvolvimento de políticas integradas de apoio aos desempregados, considerando aspectos como o rendimento, alojamento, apoio social e escolar, evitando situações de exclusão, quer do desempregado, quer da família; Acompanhar e avaliar continuadamente a evolução do nível e da duração do desemprego, de forma a ajustar medidas e instrumentos financeiros. O alargamento da duração de atribuição do subsídio social de desemprego poderá ser necessário para garantir o seu carácter de instrumento fundamental de garante de rendimentos suficientes; Reforçar a participação dos Parceiros Sociais nos processos implementados ao abrigo do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG); A reactivação urgente da Comissão de Acompanhamento do novo regime de protecção no desemprego. 16. Defender os Direitos Sociais O quadro de direitos sociais que hoje conhecemos estabeleceu-se ao longo de décadas, consolidando-se gradualmente nos textos constitucionais, nos ordenamentos jurídicos e na prática de inúmeros países. A consagração de tais direitos, que hoje damos frequentemente por garantidos, deve-se em grande parte aos movimentos reivindicativos, entre os quais, pela sua dimensão e relevância, temos de destacar os sindicatos. É um conjunto de direitos vasto e que, sobretudo no contexto europeu, abarca potencialmente desde as garantias de participação cívica e política até aos direitos e garantias dos trabalhadores e um leque de direitos tão diversos como o direito à habitação, à protecção social, à liberdade sindical, ao trabalho e à negociação colectiva, à saúde e à proibição do despedimento sem justa causa. No entanto, no actual quadro global, e mesmo dentro do espaço da União Europeia, em que a defesa do Modelo Social Europeu constitui um dos pilares edificadores da própria União, são hoje claras as pressões no sentido de dar prioridade à dimensão económica sobre a social, sendo os direitos sociais frequentemente questionados, reequacionados e colocados em causa, gerando o risco de criar profundos desequilíbrios. Os problemas com que nos confrontámos nos últimos anos, com a Directiva Bolkenstein ou com as decisões do Tribunal Europeu de Justiça (TJCE), que colocam em causa o direito à negociação 19
20 colectiva, são apenas reflexos de um quadro mais vasto que se vem agravando a tensão gerada com as necessidades de mudança no mundo do trabalho e nos modelos de protecção social. A rejeição da Constituição Europeia e o adiamento da atribuição de carácter vinculativo à Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, instrumentos que poderiam ser decisivos na reafirmação dos direitos sociais, não deixam de espelhar os receios face ao caminho que vem sendo seguido. Também em Portugal a tentativa de individualização das relações de trabalho em aspectos centrais como o tempo de trabalho, relegando para segundo plano a negociação colectiva, o questionar da validade constitucional de direitos basilares como a proibição do despedimento sem justa causa e a consideração de muitos direitos como meras regalias que devem ser renegociadas são já defendidas por muitos. Também a nível da negociação colectiva, com a revisão global das Convenções, se muitas vezes se procura uma adaptação face à evolução económica e social, a maioria das vezes procura-se reduzir o nível geral de direitos, como instrumento de poupança ou propondo a troca de direitos por dinheiro. A UGT reafirma o seu objectivo de melhoria do nível geral de direitos fixados na negociação colectiva, adaptando-os à nova realidade das empresas e da vida dos trabalhadores. Recusamos o imobilismo no conteúdo dos contratos, mas também não aceitamos o abaixamento do nível geral de direito, mesmo com oferta de contrapartidas salariais. A necessidade de reafirmar um conjunto de direitos sociais que, mais do que quaisquer outros, constituem um acervo fundamental definidor do modelo que preconizamos, que nos une e nos define, é hoje uma necessidade essencial para garantir a dignidade e o bem-estar dos cidadãos e dos trabalhadores e um desejável equilíbrio em que a competitividade, a produtividade ou a realização do mercado único têm sido assumidos como fins em si. Promover uma permanente evolução da legislação laboral que promova a melhoria do nível geral de direitos; Defender uma revisão das convenções colectivas com melhoria global de direitos, adaptando estes à realidade económica e social; Promover a transposição da legislação europeia e dos acordos do diálogo social europeu; Combater as tentativas de desregulação social. 17. Promover o Estado de Direito A promoção do Estado de Direito tem sido sempre uma das prioridades da UGT, na medida em que a falta de efectividade da lei, e especificamente da lei laboral, é ainda um dos problemas centrais com que Portugal se confronta. 20
21 Apesar de uma maior rapidez da Justiça Laboral face à Justiça em geral, continuam a verificar-se excessivas demoras, em especial nalgumas Comarcas, em processo em que está em jogo a sobrevivência de pessoas e suas famílias. A UGT, em sede de revisão do Código do Trabalho, elencou como uma das suas prioridades o reforço da efectividade da lei e a facilitação da actuação dos actores da justiça, apresentando um vasto leque de propostas, das quais muitas se vieram a concretizar no Acordo Tripartido celebrado. Destacamos nomeadamente o reforço do quadro de sanções acessórias e a divulgação pública das infracções mais graves, o reforço do quadro legal da responsabilidade nos casos de pluralidade de empregadores e a criação de mecanismos que garantem um mais efectivo e célere pagamento das coimas aplicadas. É um conjunto de medidas transversais que nos parece contribuir para reforçar o acesso à Justiça mediante uma maior eficácia da intervenção da Inspecção do Trabalho e dos Tribunais, sendo ainda de destacar, no mesmo sentido, a introdução de mecanismos específicos em matérias fulcrais, como a presunção de existência de contrato de trabalho, essencial para um mais eficaz combate ao falso trabalho independente. A UGT constata que a falta de maior especialização dos Tribunais do Trabalho e a diminuição dos recursos a eles afectos, designadamente pelo encerramento de Tribunais de Trabalho, afectam a qualidade e a celeridade da Justiça. A aposta efectuada na Mediação Laboral, enquanto mecanismo de resolução alternativa que visa concentrar a actuação dos tribunais em áreas centrais, não deu ainda os resultados verificados noutras áreas. A redução verificada na pendência processual é apenas tangencial e deve-se sobretudo a um aumento dos níveis de precariedade, que prejudicam fortemente o recurso à justiça. A intervenção da ACT/IGT é ainda fragilizada pela insuficiência dos seus quadros, que fragiliza a intervenção em áreas definidas como prioritárias, e pela reduzida participação dos agentes económicos na actividade daquele órgão inspectivo, situação que se espera seja alterada no quadro dos compromissos tripartidamente assumidos. A UGT exige um acompanhamento regular das medidas preconizadas, as quais deverão ser revistas ou alteradas, sempre que necessário. A UGT continuará a defender medidas como a maior efectivação das contra-ordenações, à semelhança do realizado para as contra-ordenações automóveis, o alargamento do regime da pluralidade de infracções (punindo por trabalhador e não por acto), bem como todas as medidas necessárias para uma maior efectividade da lei. No que concerne o acesso à justiça, verifica-se que os sindicatos continuam a não realizar plenamente o seu papel enquanto garantes constitucionais dos direitos dos trabalhadores, na 21
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