Pequenas e médias empresas:
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- Ronaldo Dinis Monsanto
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1 Pequenas e médias empresas: Promovendo ligações empresariais efectivas entre as grandes e as pequenas e médias empresas para o desenvolvimento de Moçambique Comunicação de Sua Excelência Armando Emílio Guebuza, Presidente da República de Moçambique, na Cerimónia de Lançamento das Cem Maiores Empresas em Moçambique Maputo, 12 de Dezembro de 2013
2 Foi com muita alegria que acedemos ao convite que nos foi formulado para testemunharmos mais um evento de divulgação dos resultados da tão esperada pesquisa sobre As Cem Maiores Empresas em Moçambique. Desde 1999 que a KPMG vem nos brindando com esta pesquisa e publicação, uma valiosa referência sobre as empresas em Moçambique e o ambiente em que operam. Ao longo destes anos todos, a KPMG tem prestado um serviço de reconhecido valor na assistência às empresas que operam em Moçambique. Por ocasião desta Décima Quinta Edição, queremos saudar o profissionalismo e o rigor da KPMG em todo o processo de pesquisa e apuramento das 100 Maiores Empresas em Moçambique. São atributos que, ao lado da longevidade da pesquisa, inspiram confiança na informação produzida, que cidadãos nacionais e estrangeiros do mundo empresarial, económico-financeiro e académico tomam como referência nas suas próprias pesquisas e análises. Aos gestores das empresas participantes nesta pesquisa endereçamos palavras de agradecimento pela vontade, disponibilidade e compromisso de contribuir para a fiabilidade da informação de base sobre o desenvolvimento da actividade empresarial na nossa Pátria Amada. Minhas Senhoras e Meus Senhores, A Pesquisa sobre as Cem Maiores Empresas em Moçambique é um estudo analítico da competitividade entre os principais operadores no mercado nacional. É, ao mesmo tempo, um indicador de crescimento: 1
3 v da disponibilidade de mais bens e serviços; v da expansão das carteiras de clientes das empresas; v da criação de mais postos de trabalho e geração de renda; v do aumento do seu volume de negócios e rendimentos; e v do reforço da contribuição de cada uma das empresas para o desenvolvimento social e económico desta Pérola do índico. Prova dessa saudável competitividade é que concorreram empresas que ontem figuravam em posições menos cimeiras e que hoje se colocam no topo da classificação. Outras empresas cederam os seus lugares a empresas que participam pela primeira vez, havendo ainda aquelas que deixaram de integrar as 100 Maiores. Esta rotatividade traduz a aposta das empresas moçambicanas na sua auto-superação constante, vencendo desafios e assegurando a sua presença e relevância no mercado nacional. Da nossa parte, como Governo, continuaremos a trabalhar para melhorar cada vez mais o ambiente de negócios, através da remoção dos obstáculos e constrangimentos legais e de vária ordem que impedem o funcionamento pleno das forças do mercado, bem assim para atrair mais investimento, nacional e estrangeiro, público e privado. Foi neste contexto que aprovámos, em Setembro de 2013, para os próximos 5 anos, a Nova Estratégia para a Melhoria do Ambiente de Negócios, instrumento que vem consolidar as reformas estruturantes que têm estado a manter o crescimento médio da nossa economia em 7% há mais de uma década e meia. 2
4 Trata-se de uma estratégia que visa ainda aprofundar os mecanismos de simplificação do ciclo de negócios. Visa, igualmente, aumentar a inclusão das micro, pequenas e médias empresas na dinamização sustentável da actividade económica, através da melhoria da competitividade e da qualidade dos produtos e serviços. A aprovação desta estratégia é resultado do diálogo institucional que temos estado a manter com o Sector Privado, representado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique, nossa parceira. Acreditamos que só continuando na senda de um diálogo franco e aberto podemos encontrar soluções para os desafios com que nos debatemos no quotidiano, assegurando o crescimento da actividade económica, através do aumento da produtividade e da oferta de produtos nacionais. Minhas Senhoras e Meus Senhores, É compromisso do Governo continuar a manter a estabilidade macro-económica, fruto da política fiscal e monetária sustentáveis que adoptámos. Trata-se de uma política promotora da interconexão entre o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas e os grandes projectos nacionais, por exemplo, nos sectores de energia, mineração, agricultura, indústria, transportes e turismo. A inclusão, na Lei das Parcerias Público-Privadas, de projectos de grande dimensão e concessões empresariais que interligam estes dois grupos de empresas com reconhecidos benefícios sócio-económicos, resulta da constatação de que as micro, pequenas e médias empresas constituem mais de 90% das 3
5 empresas nacionais, segmento preponderante na geração de renda e emprego. Por outro lado, a complementaridade entre estes dois sectores na busca de matéria prima, produtos e serviços, bem assim na partilha de factores de produção como infra-estruturas e mão-de-obra estimula a criatividade e a inovação, elementos geradores do crescimento e da competitividade. É neste ciclo e nas ligações verticais e horizontais que se estabelecem entre estes dois grupos de empresas que situamos a promoção do emprego e a capacitação profissional como uma resposta estrutural, com benefícios na criação de riqueza e na melhoria das condições de vida dos nossos compatriotas. Este é também um dos maiores desafios com que as empresas moçambicanas, bem representadas nas 100 que foram objecto de análise da pesquisa que hoje vem ao público, enfrentam para o seu crescimento e a contínua afirmação. Exortamos o Instituto para Promoção das Pequenas e Médias Empresas e o Centro de Promoção de Investimentos, em colaboração com outras instituições do Governo, a tornarem efectiva a ligação entre estas empresas de pequena dimensão e as 100 Maiores, por constituírem os alicerces da economia Moçambicana. Este relacionamento profícuo entre elas tem o condão de conferir sustentabilidade ao crescimento da economia nacional e à constante melhoria da nossa qualidade de vida. Importa aqui sublinhar que é no desenho de soluções de integração e permanente visualização das condições de competitividade, incluíndo os ganhos decorrentes do mercado da SADC, que as 100 Maiores Empresas em Moçambique devem 4
6 assegurar a conectividade com as micro, pequenas e médias empresas. Sendo a disponibilidade do capital humano um requisito importante para fazer face às exigências e desafios deste mercado regional, o nosso Governo está a levar a cabo um conjunto de reformas no ensino técnico profissional, com vista a contribuir para a constante elevação da qualidade dos produtos e serviços disponibilizados. A existência de quadros moçambicanos com elevada qualificação técnico-profissional permite que as nossas empresas prestem serviços de forma eficiente e com a qualidade requerida. São esses profissionais qualificados, imbuídos do espírito empreendedor e devidamente motivados e empenhados que garantem a rotatividade na premiação das 100 Maiores Empresas em Moçambique. Prevalece, contudo, para além dos desafios atinentes à obtenção do Certificado de Qualidade, um outro grande desafio, desta feita relacionado com a disponibilidade de recursos financeiros que permitam às micro, pequenas e médias empresas potenciar as oportunidades que se abrem no seu relacionamento com as grandes empresas, para preencher o vazio e as insuficiências do mercado e assegurar o seu próprio crescimento. Caros Empresários, A terminar, queremos deixar inscritas palavras de apreço e de felicitação às 100 Maiores Empresas em Moçambique. De forma particluar, saudamos as empresas hoje premiadas pelo trabalho, dedicação e empenho subjacentes aos prémios e menções com que foram brindados. Aos seus gestores, 5
7 trabalhadores, colaboradores e demais pessoal de apoio felicitamos por este feito. Estão de parabéns: v A GRINDROD Moçambique, galardoada Melhor Empresa do Ranking 2013 e empresa com a maior subida no topo da classificação, em relação ao ano passado; v A MOZAL, empresa com o maior volume de negócios; v A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, maior empresa com capitais privados moçambicanos; v A KAWENA, maior empresa por rentabilidade dos capitais próprios; e v A SERVITRADE, por ter se inaugurado no ranking, conquistando uma posição cimeira. Fazemos votos para que as posições e os prémios consquistados sirvam de estímulo para que aumentem a produtividade tendo em vista melhores resultados na classificação do ano que vem. Às 11 empresas que acabam de receber Certificados de Mérito pela sua distinção nas respectivas áreas de actividade vai o nosso reconhecimento por darem forma ao critério de competitividade, razão primeira das reformas que o Governo está a levar a cabo em prol da melhoria do ambiente de negócios neste nosso belo e rico Moçambique. Muito obrigado pela vossa atenção! 6
A sustentabilidade da economia requer em grande medida, a criação duma. capacidade própria de produção e fornecimento de bens e equipamentos,
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