LEI Nº 467 DE 26 DE MARÇO DE 2014.
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- Angélica Mascarenhas Beppler
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1 LEI Nº 467 DE 26 DE MARÇO DE DISPÕE SOBRE O SERVIÇO VOLUNTÁRIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O PREFEITO MUNICIPAL DE IRAMAIA, ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Considera se Serviço Voluntário, para os fins desta lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a órgãos e entidades públicas de qualquer natureza, ou a instituições privadas sem fins lucrativos, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos e/ou de assistência social, inclusive mutualidade. Art. 2º A organização municipal do Serviço Voluntário primará pelas seguintes atividades: I cuidados com az gestante e com o recém nascido; II cuidados com a criança e o adolescente; III cuidados com a pessoa com deficiência; IV cuidados com o idoso; V conscientização e prevenção do uso de drogas VI conscientização e prevenção ao alcoolismo; VII alfabetização de adultos; VIII educação para a paz e respeito aos direitos humanos; IX Valorização e divulgação de atividades e manifestações culturais; X promoção da cidadania e inserção social; XI preservação do meio ambiente; XII planejamento familiar; XIII apoio à defesa civil;
2 XIV educação no trânsito; XV apoio à agricultura familiar; XVI apoio à sociedade civil organizada; XVII valorização das atividades esportivas em geral. 1º As atividades descritas neste artigo poderão ser executadas sob a coordenação de todas as Secretarias Municipais, devendo, para tanto, cada Secretaria expedir atos necessários para o gerenciamento, organização e normatização do corpo de voluntários que irá atuar na respectiva secretaria. 2º O Serviço Voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais e afins. Art. 3º O prestador do serviço voluntário deverá cadastrar se na Secretaria de Administração do Município para que sejam encaminhadas às diversas entidades e órgãos que compõem o Poder Público Municipal, inclusive suas Secretarias, ou a instituição privada destinada a realização de atividade pública prioritária. Art. 4º O interessado em prestar serviço voluntário, deverá dirigir se à Secretaria de Administração e cadastrar 0se regularmente, mediante o preenchimento de Termo de Adesão ao Serviço Voluntário Municipal e entrega dos documentos nele referenciados, conforme modelo disposto no Anexo I desta Lei. 1º O cadastro mencionado no caput deste artigo, deverá ser analisado pelas autoridades envolvidas com o serviço que se pretenda prestar, sendo encaminhada tal documental para análise e apreciação. 2º A inscrição realizada pelo pretendente à prestação de Serviço Voluntário terá validade de 01 (um) ano, podendo ser renovada pelo mesmo período, estando a dita renovação também sujeita à análise e aprovação pelo Poder Público Municipal. 3º Sendo o pedido deferido, o interessado deverá tomar ciência da decisão e, somente a partir de então, estará autorizada a iniciar os serviços, que será desempenhada sempre de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Poder Público. 4º Uma vez deferido e tendo o Termo de Adesão ao Serviço Voluntário Municipal, sido devidamente preenchido e firmado pela autoridade competente, este deverá ser encaminhado ao Departamento de Recursos Humanos, da Secretaria Municipal da Administração, para cadastro e arquivo em pastas próprias.
3 5º Ao firmar o citado Termo, caberá ao interessado informar expressamente qual a sua disponibilidade de horário e os dias em que estará prestando os serviços por ele propostos. 6º Aquele que estiver prestando serviço voluntário e tiver a intenção de deixa lo, deverá informar à Administração ou o órgão competente, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, para que a população não seja prejudicada com a interrupção do serviço prestado. 7º Caso o voluntário não se adapte aos procedimentos impostos pela Administração Pública ou não apresente frequência constante, que possibilite a manutenção do serviço, o supervisor do serviço por ele prestado deverá comunicar à Secretaria de Administração imediatamente, para que seja providenciado seu desligamento definitivo das atividades voluntárias. Art. 5º Será entregue pelo Poder Público, ao prestador de serviço voluntário que solicitar, o Certificado de Serviço Voluntário ao prestador que, a cada 12 (doze) meses, desde a sua inscrição, preste 60 (sessenta) horas, no mínimo, de trabalho voluntário. 1º A comprovação do serviço voluntário para cômputo das horas será feita mediante a entrega de declaração da entidade ou órgão na qual o serviço foi prestado. 2º O Certificado previsto no caput deste artigo poderá ser utilizado pelo Poder Público Municipal como título nos concursos públicos do Município. Art. 6º O Serviço Voluntário a que se refere esta Lei poderá ser prestado nas seguintes entidades: I hospitais; II escolas púplicas; III defesa; IV Poder Executivo, através de suas Secretarias; V organizações não =governamentais que desenvolvam as atividades descritas no art. 2º desta Lei; VI entidades religiosas. Art. 7º As entidades que não integram o Poder Executivo Municipal que necessitarem de serviços voluntários deverão cadastrar se na Secretaria de Administração para encaminhamento dos voluntários.
4 Art. 8º As entidades deverão emitir declaração de prestação de serviço voluntário, com a descrição da atividade realizada, bem como, a totalidade de horas do serviço voluntário prestado. 1º A declaração deverá ser emitida em duas vias, assinada pelo responsável legal da instituição, sendo uma entregue para o voluntário e a outra, protocolada pela entidade junto a Secretaria de Administração do Município. 2º A veracidade dos fatos alegados na declaração é de inteira responsabilidade da entidade na qual o serviço voluntário foi prestado, podendo o emissor da declaração ser responsabilizado por fraude, em caso de manipulação de dados. Art. 9º As entidades são competentes para coordenar as atividades dos voluntários conforme suas necessidades e critérios. Art. 10º Fica estabelecido o dia 05 (cinco) de dezembro, a ser comemorado como o Dia do Voluntário no Município de Iramaia, em consonância com a data de comemoração internacional. 1º Neste dia, deverá a Secretaria Municipal de Administração organizar atividades que incentivem o Serviço Voluntário. 2º Deverão ser priorizadas atividades recreativas e palestras que valorizem os colaboradores inscritos e incentive a participação de novos voluntários. 3º Para garantir a participação e a massificação deste ideal, as atividades alusivas a data comemorativa deverão ser prioritariamente realizadas na Praça Municipal da Cultura e/ou órgãos onde essencialmente são realizadas atividades do Serviço Voluntario. Art. 11º Fica o Poder Executivo autorizado a criar, em âmbito municipal, campanhas de prestação de Serviços Voluntários, e atividades de interesse público com voluntários cadastrados, admitindo se a participação de cidadãos não cadastrados. Art. 12º A presente lei visa incentivar o voluntário em âmbito municipal, sem prejuízo de outras formas de serviços voluntários de cunho social e coletivo. Art. 13º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizados pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.
5 Art. 14º Fica o Município autorizado a conceder auxílio financeiro ao prestador de serviço voluntário, que poderá ter o valor de até R$ 300,00 (trezentos reais) e será custeado com recursos orçamentários específicos. 1º O auxílio financeiro de que trata o caput deste artigo poderá ser pago de forma mensal, a título de antecipação de despesas a serem realizadas para implementação do serviço voluntário, desde que seja apresentada planilha circunstanciada do pretendente quando do protocolo do Termo de Adesão de que trata a presente Lei, onde deverão constar o orçamento de gastos regulares previstos. 2º Eventuais despesas a serem efetuadas pelo prestador de serviço voluntário devidamente cadastrado na Secretaria de Administração poderão ser ressarcidas pelo Município, em caso de demonstração da imprescindibilidade do gasto efetuado, desde que previamente autorizadas pelo Poder Público, mediante a demonstração criteriosa e discriminada dos gastos propostos. 3º Nenhuma despesa será antecipada ou ressarcida se tiver sido previamente autorizado pelo órgão competente da Secretaria de Administração do Município, seja no ato de assinatura do Termo de Adesão ou quando já da consecução das atividades voluntárias. Art. 15º Esta Lei rege se de acordo com as regras dispostas na Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, devendo entrar em vigor na data de sua publicação e revogando a Lei Municipal nº 347, de 25 de abril de 2006, bem como todas as demais disposições em contrário Gabinete do Prefeito do Município de Iramaia, Estado da Bahia, em 26 de março de ANTONIO RODRIGUES CAIRES Prefeito Municipal
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